Lances da Vida escrita por CaahOShea


Capítulo 3
Capítulo 2 - O gato comeu sua língua?


Notas iniciais do capítulo

Olá flores, tudo bem?
Em primeiro lugar, eu gostaria de me desculpar pela imensa demora flor. Além de ficar dodói, eu tive um bloqueio temporario com o capitulo flor, eu queria caprichar, mas minha inspiração resolveu tirar umas férias. kk. Mas finalmente ela resolveu voltar, graças a Deus! Prometo não demora mais tanto assim flores.
Em segundo, gostaria de agradecer imesamente a todas vocês lindas que comentarem no capitulo anterior, eu ADOREI cada review de vocês lindas, vocês moram no meu S2! E flores, prometo responder todos eles em breve, okay?
E eu também gostaria de agradecer especialmente a minha amiga, Bella, por ter me ajudado com o capitulo e me deu alguamas ideias pra ele. ^^ Obrigada linda, você é minha amiga, parceira de fics e beta número 1! Esse capitulo é dedicado também a você!
E por último, eu gostaria de dar uma noticia ótima! Lances da Vida agora tem um trailer! Sim, isso mesmo! A fic agora tem um trailer, ele foi feito pela Victoria Salles, da sparklingdesigner.org!
Aqui vai link do trailer, espero que curtam flores e não se esqueça de comentar o que acharam: http://www.youtube.com/watch?v=iy5e3v-1iKA
Sem mais, boa leitura, espero que curtam o capitulo! Até lá em baixo!



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POV. Bella Swan:

Jessy, a garotinha de cinco anos que eu cuidava nos finais de semana, grudou-se em meu pescoço, choramingando. Já passava das 17h30 e a mãe dela, Wendy, saiu mais cedo do trabalho para buscá-la. Geralmente eu ficava com Jessy até às 21h00, quando a mãe dela deixava o plantão, mas hoje eu teria que trabalhar na festa dos Cullen.

– Desculpe por não poder ficar com ela hoje Wendy. – Desculpei-me acariciando as costinhas da garotinha. Ela era muito esperta pra uma garota de cinco anos, cheia de energia, era como uma irmãzinha pra mim, e Jess me adorava também.

– Tudo bem Bella, eu entendo. Na verdade, foi até bom que sair mais cedo, assim eu posso ficar mais tempo com o meu anjinho. – Ela respondeu sorrindo. – Dê tchau pra tia Bella, está na hora de irmos pra casa amorzinho.

– Mamãe, eu num quelo ir! – Ela disse choramingando com um olhar suplicante, se agarrando ainda mais a mim. Cortava-me o coração, toda vez ela chorava pra voltar pra casa. Somos muito apegadas, afinal, eu cuidava dela há quase um ano.

Mas eu sabia que esse não era o único motivo. James - o pai de Jessy– era muito violento e todos os finais de semana ele chegava bêbado ou drogado em casa e acabava agredindo Wendy. A própria Jessy me contava tudo. Tentei convencer Wendy a denunciá-lo pra policia, mas ela tinha medo que ele tentasse algo contra a pequena.

– Filha, a tia Bella precisa ir trabalhar. – Wendy disse acariciando os cabelos castanhos da filha.

– Prometo que amanhã levo você ao Central Park pra tomar um sorvete bem gostoso de morango, que tal? – Falei piscando pra ela. Ela deu uma risadinha e assentiu, pulando pra o colo da mãe. As duas se despediram rapidamente e eu entrei em casa para me arrumar.

Em cima da mesinha de centro tinha um papel quadriculado com endereço da Mansão dos Cullen. Eu teria que atravessar a cidade praticamente pra chegar lá.

Abri a porta do pequeno guarda roupa de madeira onde eu guardava minhas poucas roupas, separando uma calça jeans surrada, um casaquinho de linho branco com botões, e um sapato de salto alto. Depois guardei meu uniforme na bolsa, e segui pra o banheiro tomando um banho morno. Hoje o sol finalmente havia dado o ar de sua graça em Nova Iorque, e a temperatura estava agradável.

Quando sai do banho, enrolada de tolha e com os cabelos molhados, já passava das 18h00min. Fiz uma maquiagem em leve tom dourado, penteei meus cabelos, prendendo-os em um coque, e me vesti, dando uma última olhada no espelho. Meu celular começou a vibrar na bolsa. Era Irina, a minha chefe.

– Isabella, aonde é que você está garota?! Os convidados vão chegar em dez minutos, e a Jessica me fez o favor de não aparecer, nem dar o mínimo sinal de vida. – Ela disse numa enxurrada. Droga, e agora? A festa não seria só as 19h30? Ainda eram 18h30!

– Boa noite pra você também Irina!

– Não brinque comigo Isabella, estamos realmente precisando de você! – Ela disse exasperada. - Se você não chegar logo aqui Isabella considere-se desempregada, ouviu? Vou desligar, tenho milhões de coisas a resolver.

– Okay. Eu estou indo Irina, já estou pronta. – Falei pegando a minha bolsa e saindo do meu apartamento. Ou melhor, apertamento. Seria uma longa viagem até a Mansão dos Cullen.

Como sempre a rua estava deserta enquanto eu caminhava até o ponto de ônibus. O Brooklyn, bairro onde eu moro, é conhecido pelo seu alto índice de criminalidade, entre eles estão assalto, estupro e assassinato. Por isso, as pessoas quase nunca saiam de casa depois que escurecia.

Eu sabia que estava me arriscando, mas eu precisava do meu emprego. Meus pais estavam passando por uma crise, as vendas da pequena lojinha que minha mãe mantinha em Forks despencaram e para agravar a situação, minha mãe contraíra uma forte pneumonia por causa do clima úmido, e precisava de remédios para o tratamento, por isso todos os meses eu mandava uma quantia em dinheiro pra que ela comprasse os remédios, que custavam caro. Mas eu não me importava. O importante era que pra mim era que a minha mãe se curasse logo.

Seis homens desconhecidos estavam sentados em um beco escuro próximo ao ponto de ônibus, todos eles gargalhavam alto e falavam coisas sem nexo. Estavam drogados com certeza!

Apressei meus passos quando percebi que um deles se distanciara do grupo e caminhavam com passos trôpegos em minha direção. Caminhei ainda mais rápido sentindo meu coração saltando pela boca.

– Ei gatinha, aonde você vai com tanta pressa? – Ele perguntou com voz grogue. Surpreendi-me ao perceber o quão perto ele estava. – Vamos conversar...

Quando finalmente alcancei a avenida principal, atravessei-a correndo com a respiração arfante. Estava tão distraída e assustada que por pouco não fui atropelada por uma moto que vinha em minha direção. Olhei para trás e vi que o homem que me seguia havia ficado pra trás.

Respirei fundo e só então reparei que todo meu corpo tremia. Estremeci ao pensar o que eles fariam comigo caso eu não tivesse conseguido fugir a tempo.

Por sorte, não demorou muito para que o ônibus passasse. Dali seria mais meia hora até a Mansão dos Cullen. Embarquei no ônibus atônita, sentindo meu coração se acalmar aos poucos.


POV. Edward Cullen:

Pela janela do meu quarto eu podia ver os convidados chegando. O clima estava ameno hoje, e o jardim estava perfeitamente decorado com algumas mesas e toalhas delicadamente bordadas que combinavam perfeitamente com a decoração. Tudo obra do trabalho e esforço de mamãe e Alice, que trabalharam muito pra preparar a casa para receber as setenta pessoas convidadas.

Em poucas horas, saberíamos se o meu pai seria reeleito ou não para o seu cargo de Senador, por isso a maioria dos seus aliados, e alguns familiares, estariam presentes na festa. Pessoas da elite e de forte influencia econômica e política. Entre eles estariam os sócios da Cullen’s Eletronic & Cia, onde meu pai era o Presidente.

Parece que todo mundo tem um preço
Eu me pergunto como eles dormem à noite
Quando as vendas vêm em primeiro lugar
E a verdade vem em segundo lugar


Eu terminava de vestir meu smoking preto, quando uma batida soou na porta. Sibilei um ‘’ entre’’ baixinho e Alice entrou feito um furacão no quarto.

A fadinha estava linda com um vestido roxo tomara que caia de cetim, sapatos pretos de salto alto, brincos de brilhante, e uma maquiagem em tom azulado, que contrastava perfeitamente com sua pele branca.

– Edward Cullen, os convidados estão chegando e você ainda nem terminou de vestir seu smoking?! Anda logo!– Ela disse colocando as mãos na cintura, me fazendo revirar os olhos. Alice sempre seria Alice. – Tem sorte de papai não ter subido aqui e te arrastado pela orelha até lá!

- Ah, qual é Allie. – Falei bufando tentando arrumar a minha gravata borboleta que insistia em não querer ficar no lugar. – Você está linda, mademoiselle.

Pisquei pra ela e ela deu uma risadinha. Eu sempre conseguia amansar Alice nessas situações. Quer dizer, na maioria das vezes.

– Obrigada, e você também não está nada mal. – Ela disse sorrindo. – Agora vem, deixa eu te ajudar com a gravata.

Depois que Alice arrumou minha gravata, descemos as escadas até o primeiro andar, que também estava perfeitamente decorada com muito requinte. Uma musica baixa ecoava pelo ambiente e algumas pessoas conversavam enquanto mantinham suas taças de champanhe nas mãos.

– Por favor, Ed, nada de brigas hoje okay? Apenas por hoje. – Alice sussurrou baixinho. – Vou procurar Rosalie.

Alice saiu do meu lado saltitando, rumando em direção ao jardim. Mamãe e papai recebiam os convidados próximos à porta com imensos sorrisos nos lábios. Mamãe estava exuberante em um longo vestido azul Royal, enquanto meu pai mantinha os braços em torno de sua cintura. Pareciam um casal perfeito. Completamente felizes. Mas eu sabia que isso estava bem distante da realidade.

– Edward, querido, que bom que está aqui. – Mamãe me chamou, tirando-me dos meus devaneios. Aproximei-me a passos lentos, forçando o melhor dos meus sorrisos.

Carlisle me examinava com o cenho franzido, e eu sabia que ele estava apenas procurando algum deslize meu. Mas eu não seria infantil dessa vez. Eu mostraria dessa vez que eu também poderia entrar no jogo dele.

Por que todos estão tão sérios
Agindo tão misteriosamente
Você usa seus óculos escuros
E sapatos tão altos
Que não consegue nem
Se divertir

– Não se preocupe, serei um típico Cullen perfeito. – Sussurrei baixinho.

– Boa noite mademoiselle. – Cumprimentei a senhora Reed dando-lhe um beijo na mão num gesto cavalheiro. Ela conversava animadamente com meus pais. Molly Reed era chamada pela alta sociedade de nova rica. Ela se casara a menos de dois anos com Thomas Reed, dono de uma das maiores linhas aéreas do mundo, conhecida como American Airlines.

– Boa noite querido, que bom te ver. – Ela disse sorrindo dizendo que eu era um perfeito cavalheiro.

Deixei minha mente vagar, enquanto eles conversavam sobre politica e a bolsa de valores. Meu pai tentava me incluir na conversa, mas eu apenas respondia as perguntas om frases prontas e monossilábicas. Aproveitei para pegar uma taça de champanhe que uma das garotas que trabalhava na festa oferecia. Quando me dei conta, a maioria dos convidados já estavam presentes.

– Filho, vá devagar, essa bebida é forte. – Minha mãe disse quando eu bebi minha segunda taça de Martini. Era cômico e patético o quanto eu me sentia perdido numa festa em minha própria casa. - Edward, será que você poderia chamar Alice filho, logo eles irão anunciar o resultado das eleições, seu pai quer a família reunida. – Mamãe pediu me olhando com olhos suplicantes. Eu sabia que ela tinha medo que eu aprontasse alguma coisa e estragasse a festa ‘’ perfeita’’. E ela não era a única.

Assenti com a cabeça dando-lhe um beijo na bochecha e fui à procura da pequena Alice. Achá-la entre tantos convidados não fora uma tarefa fácil. Procurei a fadinha em todos os lugares possíveis, e não a encontrei. Subi até o segundo andar e estanquei ao ver a porta do quarto de Alice entreaberta.

– Eu sei disso, mas, por favor, tente entender o meu lado – Ouvi sua voz ecoar baixinho. – Eu não posso simplesmente chegar e contar isso agora, diante de toda a minha família. Nossas fotos sairiam amanhã nos principais jornais do país, e com certeza isso não agradaria meu pai nenhum pouco.

Franzi o cenho estranhando aquele conversa. Alice provavelmente estava no telefone. Mas com quem ela estaria falando? E o que ela quis dizer com ‘’Eu não posso simplesmente chegar e contar isso agora, diante de toda a minha família’’?!

– Tudo bem, nos vemos na Segunda. – Alice respondeu com uma voz chorosa e um silêncio se instalou no quarto. – Eu também te amo , beijos.

Balancei a cabeça freneticamente tentando compreender a conversa de Alice ao telefone. Eu tinha tantas perguntas, mas sabia que nenhuma delas seria respondida naquele momento. E eu também não perguntaria a Alice, por enquanto.

Antes de Alice saísse do quarto e percebesse minha presença ali eu desci novamente as escadas, encontrando minha mãe no caminho, me olhando com o cenho franzido.

– Cadê sua irmã querido? Aconteceu alguma coisa?

– Ela já deve estar descendo. – Respondi entornando pegando mais uma taça de Martini sentindo o liquido descer queimando pela minha garganta. Pelo visto, essa festa promete!


POV. Bella Swan:

Parei boquiaberta diante da exuberante Mansão a minha frente.

A frente da casa era adornada por um belíssimo jardim com diversos estilos de plantas, a grama verde e brilhante forrava tudo como um imenso carpete verde. No centro havia uma imensa porta de vidro no estilo vitoriano, no andar de cima havia diversas janelas que pareciam ter sido esculpidas num formato único.

Na lateral do jardim, do lado esquerdo, havia uma imensa piscina rodeada por espreguiçadeiras. Mesmo ainda um pouco distante, dava pra ver que o lugar estava repleto por pessoas elegantíssimas e refinadas. A decoração, a iluminação. Era tudo perfeito.

Respirei fundo, andando a passos rápidos sobre a grama. Dois homens altos vestidos com um elegante terno preto estavam parados a frente da porta. Eram seguranças.

– Ei moça, não pode entrar assim, precisa de um convite. Qual o seu nome? – Um deles perguntou entrando no meu campo de visão.

– E-e-e-u não sou convidada. – Respondi nervosa esfregando as mãos. – Eu vou trabalhar na festa. Eu fui contratada pelo Buffet. Me chamo Isabella Swan.

– Sei... – O outro segurança respondeu me analisando de cima a baixo enquanto coçava o queixo levemente. – Será que eu posso ver seu crachá de identificação?

– Claro. – Falei abrindo a minha bolsa, procurando meu crachá. Irina havia dado crachás de identificação pra todas as meninas do Buffet, pra evitar esse tipo de problema.

Revirei minha bolsa em busca do crachá e comecei a entrar em desespero quando não o achei. Os dois seguranças me encaravam, esperando uma resposta. E foi ai que eu me lembrei que havia deixado meu crachá em cima da mesa, mas a ligação de Irina me distraíra e eu acabei esquecendo ele lá.

'’ Ótimo Isabella’’ pensei ‘’ belo dia pra esquecer seu crachá em casa! Agora você vai ser expulsa daqui como um cachorro sarnento!’’

- E então senhorita? – O segurança perguntou impaciente

– Eu esqueci meu crachá em casa. – Murmurei baixinho e eles se encararam – Mas, por favor, eu juro que é verdade. Eu já estou atrasada e a minha chefe vai querer arrancar meu fígado por isso, por favor, me deixem entrar! Podem confirmar com Irina, se quiserem!

- Sinto muito senhorita. Seu nome não consta na lista de convidados nem de pessoas que trabalharão na festa. O nome que temos aqui é Ângela Webber. – Ele disse – Não há nenhuma Isabella.

– Eu deveria substituir Ângela na festa, foi de última hora, por isso meu nome não está na lista. Se vocês se dessem o trabalho de ir perguntar a Irina, saberiam que eu estou falando a verdade! – Grunhi prestes a girar meus calcanhares pra sair daquele lugar quando uma voz me fez retesar.

– Ora, mas olha quem está aqui. A garçonetezinha. – Mike Newton disse me encarando com um sorriso de deboche. – Sabia que é feio fazer escândalos em festas alheias?

– O que você faz aqui?!

– Eu sou convidado, o contrário de você, eu tenho um convite. Não que isso te importe, claro. – Ele falou enquanto entregava o convite aos seguranças. Droga! – E há, acho que você deveria ir embora sabia, esse lugar não é pra você, volta pra sua casinha no Brooklyn.

– Você a conhece senhor? – Um dos seguranças perguntou, visivelmente confuso.

– Hum, não. – Mike mentiu com um riso de escarnio enquanto estava prestes a entrar na Mansão. – Mas eu dou cinquenta dólares pra cada um se tirarem essa garota daqui.

Pisquei varias vezes aturdida quando ele tirou duas notas de cinquenta dólares da carteira e entregou aos seguranças. Mike sorriu triunfante e entrou pela porta, saindo completamente do campo de visão.

– Ei! ME SOLTEM! – Gritei quando os seguranças me pegaram pelos braços, me afastando da casa, enquanto eu me debatia como um peixe fora da agua. – ME SOLTEM SEUS BRUTAMONTES!

Eu sabia que ir aquela festa não era uma boa ideia, minha intuição nunca falhava.

– Ei, o que é que está acontecendo aqui?! – Inquiriu uma voz feminina firme, porém delicada.

– Essa mocinha aqui está tentando entrar de penetra na festa senhorita.

– Bella? – Virei-me surpresa por ela chamar meu nome e então me deparei com a fadinha Alice me encarando, boquiaberta. Espera, o que ela fazia aqui?!

–Alice?!

– Oi Bella! – Ela respondeu sorrindo e então se voltou para os seguranças com uma carranca no rosto - Seus idiotas, Bella é minha amiga, ela não está tentando entrar na festa. Deixem ela passar!

Os dois seguranças brutamontes abaixaram a cabeça, engolindo seco saindo do meu caminho. Caminhei até Alice com o cenho franzido.

- Alice? O que faz aqui?

– Essa é a minha casa Bella, eu moro aqui. – Ela disse revirando os olhos. – E vocês dois, tem sorte de eu não demiti-los. Deviam se envergonhar por tratar uma pessoa desta forma!

– Senhorita Alice nós...

– Não quero explicações. Só quero que pensem na grande besteira que fizeram okay?

– Espera, então, você é... Você é... – Perguntei dando um passo para trás, surpresa ao vê-la dando ordens aos seguranças.

- Sim. – Ela disse aos risinhos. – Sou uma Cullen. Alice Cullen.

- Nossa! Eu nunca imaginaria que você seria a... Filha do Senador.

– Bom, agora você já sabe. – Ela disse sorrindo dando de ombros. – Mas e você, o que faz aqui?

– Eu vou trabalhar na festa, tenho que substituir uma colega.

– Ah Bella, não precisa, você pode ficar na festa, como minha convidada. – Ela disse com os olhos brilhando. – Eu te empresto uma roupa e...

– Eu agradeço o convite, mas eu realmente não posso. Tenho que ir trabalhar. – Falei e ela soltou um sorriso muxoxo.

– Tudo bem, eu entendo. Mas não gosto da ideia de ver minha amiga trabalhando na minha própria casa.

– Alice nós conhecemos há apenas um dia... – Falei sorrindo. Alice era uma garota incrível, ao contrário da maioria, ela não me humilhava por eu não ser rica.

– Eu sei, mas parecem ser anos de amizade.

– Eu vou ficar bem Alice. – Falei assim que entramos na imensa Sala de Estar perfeitamente decorada com muito requinte. Uma musica baixa ecoava pelo ambiente e algumas pessoas conversavam enquanto mantinham suas taças de champanhe nas mãos.

Senti um frio estranho na barriga afinal aquele não era meu lugar. Não era meu mundo.

– Será que você pode me levar até a cozinha Alice? Eu preciso encontrar a minha chefe.

– Claro, vem comigo. – Ela disse me puxando pela mão, acabei esbarrando em algumas pessoas tentando alcançar a pequena espevitada. Algumas pessoas me olhavam pelo canto de olho como se eu fosse uma super vilã ou algo assim.


Todo mundo olha para a esquerda
Todo mundo olha para a direita
Você pode sentir isso?


- Chegamos. – Alice disse assim que paramos de frente por uma porta de madeira. Se não fosse Alice eu com certeza me perderia naquela casa imensa. Assim que passamos pela porta eu pude observar melhor. A cozinha era perfeitamente decorada com moveis de cor branca, e utensílios prateados que reluziam de tão brilhantes e belas taças de cristal guardadas nos armários. Aquela cozinha era praticamente todo o meu apartamento!

– Bella, eu vou indo. Qualquer coisa me chama sim?

- Tudo bem Alice. Obrigada por tudo. – Falei sorrindo. Alice girou os calcanhares pra fora da cozinha e só então eu reparei na roupa que a fadinha estava usando. Um lindo vestido tomara que caia roxo de cetim e lindos sapatos de salto de Jimmy Choo um dos mais famosos estilistas de sapatos. Seus sapatos altíssimos são sinônimos de elegância e estilo.

– Ah até que fim chegou Isabella, anda, vá vestir seu uniforme! – Irina disse tirando-me dos meus devaneios. – Preciso que sirva champanhe aos convidados no Jardim.

Logo depois de vestir meu uniforme Irina me estendeu uma bandeja prateada com várias taças de cristais finíssimos que continham um líquido rosado dentro. Oh meu Deus, com a minha fama de desastrada, eu estava frita se quebrasse uma daquelas taças. Papai costumava dizer que eu tenho dois pés diretos.

– Nada de conversa com os convidados. Apenas respondam se eles falarem com vocês, caso contrário, permaneçam de boca fechada okay?


POV. Edward Cullen:

– E por último e não menos importante, eu gostaria de agradecer a minha família, que sempre esteve ao meu lado, e que sempre me apoiou e que me ajudou a chegar aonde eu cheguei hoje. - Carlisle disse finalizando o ser ‘‘ discurso’’ de agradecimento. Sim, ele havia conseguido. Havia sido reeleito para mais um mandato como Senador. – A minha família, que sempre esteve ao meu lado, e que sempre me apoiou e que me ajudou a chegar aonde eu cheguei hoje. – Muito obrigado, a todos, e prometo não decepcionar vocês.

Por fora, eu podia estar sorrindo, mas por dentro, eu me sentia como se estivesse aprisionado, como se eu estivesse gritando a plenos pulmões pra que me tirassem dessa situação, mas ninguém escutava os meus apelos.

– Carlisle, os fotógrafos e jornalistas estão lá fora, querem uma coletiva. – Disse Jonathan, assessor e braço direito do meu pai. – Posso confirmar a entrada deles? Meu pai assentiu saindo junto com Jonathan. Lá fora inúmeros fotógrafos e jornalistas esperam por ele para sua primeira coletiva depois se sua reeleição. Provavelmente seria a matéria da primeira capa de amanhã, com uma foto de todos nós juntos mostrando a incrivelmente bem sucedida família Cullen.

– Edward! – Uma voz estridente e extremamente aguda me chamou, tirando-me dos meus devaneios. Virei-me para encarar a loira que vinha em minha direção com um sorriso de orelha a orelha. – Que saudade!

Tania Denalli vinha em minha direção vestida com um longo vestido vermelho bordô, e os lábios vermelhos num tom igual ao do vestido. Tania estava bem diferente da última vez que eu tinha visto, há dois anos. Ela agora era uma loira alta de corpo escultural.

Tania e eu nos conhecíamos desde crianças, já que o pai dela, Andrew Denalli, era um dos principais acionistas da empresa. Ela nunca escondeu que era apaixonada por mim, sempre tentando me conquistar, mas eu sempre fugi das investidas dela, por que eu sabia que por trás de toda aquela beleza, havia uma mulher fútil e vazia.

Tania agarrou-se em meu pescoço, me dando um abraço com entusiasmo desnecessário.

– Tania?!O que faz aqui? Você não estava em Londres? – Perguntei surpreso, fazendo-a revirar os olhos. O pai de Tania havia mandado ela pra estudar fora do país, nas melhores escolas de Londres.

– Nossa, que ótima recepção Edward, pensei que iria ficar feliz em me ver! – Ela disse fazendo-se de ofendida. Eu feliz com a volta de Tania?! Não mesmo! Agora que ela estava de volta, eu sabia que ela não largaria do meu pé. Emmett a chamava de Tania Chiclete.

– Eu fiquei surpreso Tania, só isso. – Falei tentando afastá-la, mas seus braços permaneciam em torno de mim. Quem nos visse, pensaria que éramos namorados.

– Vem, tenho muitas coisas pra te contar Ed! – Ela disse toda empolgada me arrasando para o meio dos convidados. De longe vi Emmett observar a cena com uma expressão cômica. Infeliz, ele ria por que não era com ele!

– Aceitam mais champanhe? – Ouvi uma voz doce e aveludada perguntar, me fazendo levantar o rosto. Uma linda jovem de pele branca, lábios rosados em forma de coração, e olhos castanhos de uma cor sem igual nos encarava esperando uma resposta. Assim que ela notou que eu a encarava, suas bochechas ruborizaram fortemente. Aquela era a garota mais bonita que eu já havia visto.

– Não obrigada. – Tania a respondeu seca e ela saiu de cabeça baixa, indo em direção à cozinha - Edward, eu estou falando com você! Está me ouvindo?!

– O que? - Perguntei desviando meu olhar do corredor em que a morena havia desaparecido.

– Estou falando com você e você não me dá ouvidos! – Ela choramingou – Vamos dançar?

– Tania, eu já volto. – Me desvencilhei de Tania e passei a seguir o mesmo caminho que a garota misteriosa, como eu supunha, ela entrara na cozinha. Encostei-me na porta apenas observando os seus movimentos. Ela estava de costas, e nem sequer notou minha presença quando pegou uma nova bandeja em cima do balcão.

– Olá. – Falei fazendo-a dar um pulo de susto. A bandeja saltou de sua mão e as taças caíram no chão se espatifando.

Ela estava com uma expressão de puro medo no rosto, me olhando assustada e abaixou-se imediatamente para recolher os pedaços de cristais do chão. Droga, a minha intenção não era assustá-la. Xinguei-me internamente já que ela poderia ser demitida por minha causa, afinal, aquelas taças custaram muito caro e fora um presente de casamento de Carlisle pra Esme.

– Me desculpe, eu não queria assustar você. – Falei rapidamente me abaixando ao seu lado para ajudá-la a retirar os pedaços de cristais do chão. – Deixe-me ajudá-la.

Ela permaneceu calada, e sem sequer me encarou por nenhum momento. Apenas olhava para o chão e só então percebi que as mãos dela estavam tremendo devido ao nervosismo.

– Ei, se acalma. Ninguém vai te demitir, eu posso explicar que foi um acidente– Falei segurando suas mãos trêmulas, fazendo-a ela me encarar com aquelas lindas orbes chocolate. Ela apenas meneava a cabeça em negação, olhando para a porta como se temesse que alguém nos encontrasse por ela e nos visse ali juntos.

Ela se levantou abruptamente pousando com um longo suspiro a bandeja repleta de pedacinhos de cristais quebrados em cima do balcão de mármore, abaixando a cabeça. Eu não entendia o porquê de todo aquele silêncio, era medo? Na verdade eu não havia notado que eu não passava de um desconhecido pra ela. Apesar de duvidar que ela talvez me conhecesse de alguém jornal da cidade.

- Me perdoe pela falta de educação, eu nem me apresentei. Eu me chamo Edward. – Falei estendendo a mão em cumprimento pra ela. Ela apensar olhou por alguns segundos como se pensasse se devia ou não aceitar meu cumprimento. – O que? O gato comeu sua língua? Vamos lá, eu não mordo.

Ela riu com gosto, fazendo suas bochechas atingirem um tom de vermelho vivo e depois negou com a cabeça, apontando para um pequeno bloquinho de papel quadriculado que dizia que era ‘’ proibida a conversa de empregados com os convidados’’

– Bom, tecnicamente eu não sou um convidado, eu moro aqui, então, você não estaria violando a nenhuma norma. – Falei dando de ombros fazendo-a rir novamente. De repente, um musica começou a ecoar por todo ambiente e não demorou muito pra que eu reconhecesse, era Here Without You, do 3 Doors Down.

– Bella – Ela disse mordendo os lábios.

– O que?

– Eu me chamo Isabella. Mas pode me chamar de Bella. – Ela disse estendendo a mão.

– Muito prazer, você tem um belo nome. – Falei aceitando seu aperto de mão. Mas espera, ela disse que se chama Isabella?! Isso só pode ser muita coincidência! – Espera, você é Isabella Swan, a garota que Mike Newton jogou leite estragado?

Ela assentiu com a cabeça mas eu pude ver que seu olhar ficou triste de repente.

– Oh, me desculpa, eu não queria ter trazido más lembranças. – Desculpei-me embaraçado.

– Tudo bem, já passou. Mas como você sabia quem eu sou?

– A minha irmã, Alice, falou de você.

– Espera, você é irmão de fadinha?!Oh! – Ela disse parecendo surpresa. – Você é Edward Cullen!

– O próprio. – Falei sorrindo. – Me desculpe pelas taças, eu realmente não queria assustar você. Você vai se prejudicar?

–Tudo bem, eu estava distraída – Ela disse – Bom, apenas alguns dólares a menos no meu salário no final do mês, mas eu sobrevivo. Digamos que esses contratempos acontecem bastante comigo.

– Não se preocupe, eu falo com a minha mãe. Ela não vai permitir que seja prejudicada. – Garanti.

–Obrigada – Ela disse sorrindo, mas logo sua expressão de tornou uma careta de dor. – Oh droga, acho que eu me cortei. Tem um pedaço de cristal na minha pele.

Deixe-me ver. Talvez eu possa ajudar. – Falei e ela hesitou um pouco antes de estender a mão para mim. Havia um pedaço considerável de cristal gravado em sua pele macia. – Eu vou ter que tirar isso, ou vai ficar pior.

– Oh droga, isso vai doer?

– Ora, não me diga que você faz parte dos que odeiam agulhas? – Falei brincalhão.

– Na verdade, sim. Odeio agulhas!

Eu ri. Era tão engraçado, como eu poderia me sentir tão à vontade perto de alguém que eu conhecera há apenas alguns minutos?


Apenas pare por um minuto e
Sorria


– Conte até cinco em voz alta. – Falei e ela assentiu, e quando ela chegou ao numero três, eu puxei o pedaço de cristal com cuidado, ele saiu sem grandes dificuldades. – Prontinho. - Sabe, tenho que pensar numa forma de te recompensar por eu ter feito você quebrar as taças – Falei – Que tal um passeio no Central Park, amanhã as 9h00?

– Oh não, me desculpa, eu não posso. – Ela disse rapidamente dando um passo pra trás. – Não posso aceitar seu convite.

– ISABELLA MARIE SWAN! – Gritou uma voz fina e tilintada fazendo Bella dar um pulo de susto. – O QUE FAZ AI PARADA GAROTA? ANDA MENINA, VAI TRABALHAR!

– Já estou indo Irina. Eu só... Vim pegar mais Champanhe. – Ela disse rapidamente se afastando de mim e a mulher loira saiu novamente como um furacão da cozinha sem ao menos perceber minha presença. Pelo visto, ela era a chefe da Bella.

– Espera Bella, não vai. – Falei segurando com cuidado pelo pulso impedindo-a de se afastar.

– Eu tenho que ir Edward, me desculpa. – Ela disse e se desvencilhou de mim e saiu correndo pela porta da cozinha me deixando sozinho. Mas antes de ela sair, eu coloquei um pequeno papel no bolso do casaco dela.

De repente algo me chamou atenção. Algo prateado, caído no chão perto de onde Bella havia derrubado as taças. Andei a passos vacilantes e peguei o pequeno objeto nas mãos e não demorou muito pra eu o identificasse. Era uma pequena pulseira prateada, muito delicada e com um pequeno pingente com a letra B.

Sorri involuntariamente. Eu tinha certeza de quem era aquela pulseira e esperava poder ter a oportunidade de devolvê-la a sua dona.

POV. Bella Swan:

Respira Bella, respira. – Minha mente ordenava, enquanto eu me afastava a passos largos de cozinha Eu ri involuntariamente. Eu sabia que não deveria, mas por mais estranho que parecesse eu não podia negar que me sentia bem estar ao lado dele. Ele me fazia sorrir e mais estranho ainda era que eu me sentia segura ao lado dele.

Eu só posso estar ficando louca, acorda Isabella! Ele é Edward Cullen, o filho do Senador mais prestigiado de Nova Iorque, e eu era só uma pobre garçonete do subúrbio. Uma garçonetezinha do Brooklyn, como Mike sempre dizia. É claro que eu nunca poderia aceitar o convite dele

Mas eu não conseguia tirar os lindos olhos dele da memória Aquele par de orbes verdes, tão lindos que fariam qualquer esmeralda morrer de tanta inveja. E aquele sorriso torto que faria qualquer garota suspirar. Mas aquela era realidade não um conto de fadas em que seriamos felizes pra sempre. Assim que desci do ônibus, já passava da 01h00 a.m. A festa havia sido agitada. Quando Irina soube sobre as taças, ela felizmente não me demitiu. Mas eu não fiquei sem punições. Ela descontaria do meu salário pouco a pouco, até completar o valor das taças. Nada de inesperado.

Depois o episódio na cozinha eu não voltei a encontrar Edward na festa.

De repente, algo me chamou atenção. Ou melhor, a falta de algo. A minha pulseira, que eu havia ganhado de presente dos meus pais. Era uma pequena pulseira prateada, muito delicada e com um pequeno pingente com a letra B e não estava mais no meu pulso.

Forcei minha mente e lembrei-me que eu ainda estava com ela na cozinha, antes de Edward aparecer e tudo acontecer. Oh não, eu tinha deixado a pulseira na cozinha!

Coloquei as mãos geladas no bolso do meu casaco, tentando aquecê-las. O vento gelado soprava forte e eu tentava me esquentar da melhor forma que podia enquanto caminhava pela rua deserta até minha casa. Estranhei ao sentir um pequeno pedaço de papel dobrado entre os meus dedos. Nele tinha um numero de telefone que eu não conhecia. Aquele número só podia ser de uma pessoa. Edward.

Mais tarde, já deitada entre os lençóis quentes da minha cama eu travei uma verdadeira guerra mental entre aceitar ou não a proposta dele de um passeio ao Central Park. Meu lado racional dizia que não, que era uma verdadeira loucura, mas meu lado irracional dizia outra coisa complemente diferente.

Respirei fundo tomando coragem, pegando o celular no criado mudo e digitei uma mensagem. A resposta não demorou muito a chegar.


‘’ Sabia que iria mudar de ideia. Fico feliz, você não vai se arrepender. Te espero amanhã no Central Park! Boa Noite, Bella. - E.C. ’’

E eu só esperava não ter tomado à decisão errada...

‘’Esqueça a etiqueta de preço’’

Price Tag - Jessie J

Continua...

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Notas finais do capítulo

E ai, e ai, gostaram? Espero que sim, de coração!
Lindas, Lances da Vida agora começará a ser postada em todos os Domingos OU Segundas okay lindas? ^^
Bom, e ai ein, como sera que vai ser esse encontro deles no Central Park ein? Palpites? hehe. Isso só no próximo capitulo lindas. ;D
Há, você viram que fofa a Jessy? Eu amei criar ela gente, ela é um fofa né?
Bom, antes de tudo flores, eu gostaria de explicar um coisa. hsuahsahu. Gente, eu adoro o Carlisle, ele é um dos meus personagens preferidos da Saga, além de gato, sei que é dificil imaginar ele assim, como nessa fic, mas vocês vão ver, muitas aguas vão rolar e vai valer a pena flores. ;D
Há gente, se alguém não conseguir visualizar algum link da festa flores, é só me pedir okay lindas? Dai eu envio pra vocês!
Espero que tenham gostado do capitulo, não deixem de comentar e até o próximo capitulo flores!



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