They Belong Together escrita por Victor Stark


Capítulo 22
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

WOW T..T
Acho que vou chorar... Essa fic foi tão especial para mim!
Bem, de qualquer forma... nos vemos nas notas finais... Fiquem com essa doze de nostalgia!



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Midgard

Era uma bonita manhã, o sol era irradiado entre as nuvens, um garoto de olhos profundamente azuis encarava aquele céu da mesma cor, deitado sobre suas asas no fundo de uma confortável casa nos subúrbios da grande metrópole americana, Nova Iorque.

Um homem tomava seu café, era tão cedo, ele nunca dormia, mas para o seu amado era demasiado cedo para estar acordado. Andou alguns passos para poder se sentar ao lado do mesmo.

— É tão cedo... — Murmurou Steve. — Por que já acordou?

— Queria ver o céu hoje, faz tempo que não admiro tal beleza Midgardiana... — Respondeu, tirando um sorriso dos lábios do maior. — E outra, a tanto que não te vejo pela manhã, desde que você está trabalhando.

— Não me leve a mal... — Steve pegou na mão pálida do Asgardiano, beijando-a de maneira carinhosa. — Mas é algo importante instruir jovens garotos, estar preparados para a guerra é o melhor que podem fazer.

— Meu pai sempre diz... — Agora quem murmurou foi o outro, entrecerrando os olhos, lembrando da face com milhões de rugas do pai, alguém que tem realmente uma grande experiência de vida. — “A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”.

Steve sorriu, repousando seu café um pouco longe, enquanto se deitava ao lado do amado, sentindo as largas asas do mesmo acariciá-lo de forma carinhosa, para então o menor beijar-lhe de forma doce e sincera, passando-lhe correntes não controladas de sentimentos bons.

— Seu carinho me faz feliz. — Sussurrou o soldado, que nunca antes havia amado alguém daquela maneira. — Sua inteligência me faz sentir novo e ignorante.

— Não fale isto. — Os olhos azuis o reprimiu. — Infelizmente você é tal como meu pai, um ser feito para a guerra. Mas tão logo você aprenderá que a guerra de nada vale.

— E você já encarou muitas guerras? — Ele deu um sorriso sarcástico, encarando os olhos hipnóticos do outro.

— Lembra-se do meu poder?

— Sei... — Respondeu o maior, ainda hipnotizado pelo menor.

— Na primeira vez que toquei meu pai senti todo o peso de gerações de guerras. Foi algo involuntário, nunca toquei em muitas pessoas depois disto, sempre com medo de ver tantas coisas horríveis...

— O bom é que seu coração nunca se corrompeu. — Afirmou Steve, puxando levemente o corpo de Hugo contra si, fazendo o garoto se assustar com o ato involuntário, arregalando os profundos olhos, em seguida tendo um beijo roubado do soldado.

O sol cada vez mais iluminava aquele bonito dia, Steve sabia que já estava atrasado para o trabalho. Ele agora trabalhava na instrução de um grupo de soldados de elite, aquilo era o que ele sempre sonhara em fazer. Os dois se afastaram brevemente, entre os suspiros dando lugar a um sorriso enigmático no rosto de cada um.

— Eu estou atrasado... — Murmurou Steve. — Mas digo que é tentador ficar aqui.

— É melhor que você vá, não é bom atrasar compromissos.

— Eu sei, irei. — O soldado sorriu galanteador, se levantando junto ao Asgardiano.

Ambos voltaram para dentro da casa, Steve ainda tomando seu forte café, enquanto Hugo apenas se contentava em comer as torradas que sempre queimava na torradeira.

Eram um casal feliz e normal, apesar das diferenças que ambos tinham. O dia se passou comum, como qualquer outro, e como sempre passaria, até que outra aventura pudesse começar, ou que alguma coisa pudesse afligir a Terra.

Para Hugo, aquele agora era um lar, um lugar que poderia sempre contar. Talvez fossem as pessoas daquele planeta, que apesar de algumas vezes terem mal entendidos, sempre contavam com o fator humano. Afinal o garoto estava feliz.





Asgard

Era noite, o céu brilhava com o cosmos como paisagem. Um dedo esguio brincava com a asa de uma xícara cheia de um forte chá, os olhos esmeralda contemplava a visão de seu antigo quarto, que agora se tornara apenas uma outra biblioteca. Bebericou da bebida quente, refletiu.

A vida estava cada vez mais perfeita, o homem que sempre almejara agora enfim estava ao seu lado, o perdão vinha de forma coletiva, e por razões boas estava cada vez mais incluído na família eixo de Asgard, de qualquer maneira Loki não se sentia mais uma parte excluída daquela família, agora ele era noivo de Thor, seu eterno amor.

Não seria nada legal ter tido o amor dele de maneira fácil, prática. Talvez a melhor maneira tivesse sido como foi, lutando contra ele, encarando-o, provando cada vez mais que nunca poderia ir contra ele.

No final das contas, tudo o que ele fez provou que Thor sempre estaria lá para ajudá-lo, para levantá-lo, para amá-lo, incondicionalmente. Sempre em livros de guerra falam que o amor é um sentimento falho, pobre dessas almas, o amor é um sentimento inexplicável, tão profundo e desconhecido...

Mãos pesadas agarraram sua cintura, um fio de calor percorreu por toda suas costas, os olhos esmeraldas se arregalaram, para então relaxar em um pequeno sorriso. Aparentemente Thor havia dado a sorte de pegá-lo de surpresa. O loiro não hesitou e o virou bruscamente.

— O que você está tramando...? — Thor sorriu elegantemente, beijando o amado de maneira sincera e direta.

— Não sei... — Respondeu Loki entre o beijo, segurando o rosto do maior com as mãos pálidas e gélidas. — Talvez a destruição de um novo planeta... O que você acha?

Thor sorriu ainda mais, selando o beijo e pegando nas mãos do outro, apertando-as de maneira tenra, logo as beijando de maneira carinhosa, apalpando-as com os dedos ásperos.

— Seu bobo... — Murmurou Thor, pensando na ideia do irmão. — Tenho um pedido a te fazer... — Sussurrou, se aproximando de maneira ainda mais íntima.

— Se for quanto a um casamento... Você sabe que ainda...

— Shiii! — Interrompeu Thor, colocando um dos dedos nos lábios do outro. — Ainda não vamos nos casar. — Riu-se. — Só queria te chamar para uma cavalgada, pelos campos celestes...

— Oh, isto. — Os olhos de Loki brilharam, aquele lugar tinha algo de bem especial. — Claro, desejo muito ir até lá. Só eu e você...

— Claro, só eu e você. — Confirmou Thor.

O mais velho pegou firmemente nas mãos do mais novo e ambos, tal como crianças, correram até o estábulo real. Haviam dois cavalos perfeitamente selados, como sempre um branco e outro marrom. Talvez Loki estivesse exigente demais naqueles dias, então ficou com o cavalo de Thor, ou seja, o branco.

— Aviso que ele é um pouco bravo... — Falou Thor, acariciando a grande coxa do animal.

— Eu não sou de porcelana Thor, se eu cair sempre me levantarei... — Sorriu Loki.

— Claro, claro... — Resmungou o mais velho, se contentando de ir no outro e não em seu cavalo. — Mas se você cair eu vou rir, isto vou... — Riu-se Thor, enquanto começava a correr ao lado do seu amado.

Eles não demoraram em chegar aos campos celestes. Aquele definitivamente era um lugar especial: A relva era de um profundo verde, enquanto as flores que adornavam todo o campo brilhavam como joias refletindo ao brilho do universo. Havia apenas uma árvore no meio de uma enorme clareira. A árvore era um velho salgueiro com suas inconspícuas flores em uma cor rosada, as folhas delgadas postas em longos ramos pendentes até quase o chão.

— Você se lembra? — Perguntou Loki, descendo do cavalo, olhando aquele velho salgueiro.

— Claro. — Respondeu o loiro, igualmente descendo do cavalo e ficando ao lado de seu amado. — Como eu poderia esquecer?

— Não sei, as vezes o tempo é divertido, nos faz esquecer de pequenos detalhes. Mas isso eu sei que nunca esquecerei...

Uma fina lembrança passou pela mente dos dois. Eles eram apenas dois garotos, Thor deveria ter seus dezessete, enquanto Loki tinha os seus quinze anos. Aquela clareira era terrivelmente solitária, era aonde Thor ia treinar quase todos os dias, enquanto Loki ficava com seus encantamentos.

Naquela época, Thor clamava por guerra e sangue, inspirado nas crónicas cantadas pelos velhos guerreiros Asgardianos. Por infelicidade, naquela época Loki ainda pregava suas peças, tirando risos de si mesmo, era uma forma de alegrar-se quando ele se sentia distante de todos. Ele tentou pregar uma peça em Thor, enquanto ele treinava, e por reação sem pensar do loiro, recebeu um soco no nariz.

...

— Aquilo havia doído... — Murmurou Loki, enquanto se sentava com Thor debaixo do salgueiro, relembrado o passado.

— Você que me assustou... — Respondeu o maior, aconchegando o amor de sua vida entre seus braços.

— Eu sei. — Sorriu Loki. — Se me bater daquele modo de novo, eu te transformo em um rato eternamente.

— Eu nunca farei isto... — Thor beijou o pescoço do amado.

...

O sangue escorreu pelo rosto do menor, e logicamente Thor entrou em pânico, não era corriqueiro apenas com um golpe um Asgardiano sangrar. O loiro ficou com medo de que o pai lhe castigasse, então de todos os modos tentou fazer com que o menor se acalmasse. Loki era impaciente e nervoso.

Depois de longos exaustivos minutos, o sangue havia parado, uma pequena possa se formava na grama rala. Loki chorara bastante, deixando Thor com medo de ter realmente machucado o outro. Em um impulso o abraçou, o mais forte que pôde, o moreno estagnou, ter o amado tão próximo de si era como ter uma droga depois de um período enorme de abstinência. Em uma inocência dissimulada rodeou os braços nas costas largas do loiro, sentindo o calor que o mesmo transmitia para si.

Aonde o sangue de Loki havia caído, um pequeno broto de uma resistente árvore havia fecundado aquele solo estéril. Talvez as gotas de sangue do moreno fossem mágicas, mas nada teria acontecido se aquele sentimento tão bom que ele sentia pelo irmão não houvesse sido exposto, irradiado, mesmo que de maneira silenciosa.

...

No presente, Thor beijava de forma carinhosa o irmão. Tantos anos antes desejou tê-lo beijado. Se sentia idiota naquele momento, sempre pensando que seguir seus impulsos fosse errado, que o que sentia pelo outro era apenas hormônios, e não um verdadeiro amor. Naquele momento, aquele beijo fazia tanto sentido, mas se fosse a tanto tempo antes, seria a coisa mais estúpida de todas...

Jogar-se num abismo tanto tempo antes fazia tão pouco sentido, seria loucura, insanidade. Nunca faria isso por alguém. Somente por Ele. Pois naquele momento, jogar-se em um abismo fazia todo o sentido, nem se fosse por um último beijo, um último pedido.

— Te amo Thor. — Confessou o moreno de forma casual.

— Te amo Loki. — Respondeu Thor, selando o beijo, sentindo a mão do outro adentrar sua roupa, tocando-o com a mão gelada. — Você está gelado...

— Eu sei. — O menor sorriu, beijando o pescoço do amado. — Estou me esquentando, afinal, eu mereço.

Thor sorriu, deitando-se na linda relva, puxando para si Loki. Ambos ficaram ali deitados, beijando-se como qualquer casal normal. Afinal, eles se pertenciam.

Eles Se Pertenciam Juntos


Fim



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Notas finais do capítulo

E então? =D Gostaram? ^^
Bem, agradeço aqueles que leram aqui até o fim! Aqueles que leram em segredo, sem preferir comentar, e aqueles que comentaram. Agradeço também aos que deixaram recomendações...
Muito obrigado, mesmo!
E quanto a uma falada segunda temporada... que me perguntam :P Bem, essa crónica acabou, não vejo problema em continuar uma próxima ^..^, os personagens continuarão, mas será uma história nova, esta está acabada, não há o que tirar nem por... =) Mas será uma continuação... Só que de uma outra forma... =)
Bem, ainda não tenho um capítulo totalmente escrito, mas quero publicá-la no primeiro domingo de outubro... =D Que tal? ^..^ dia 7...
Muito obrigado! mesmo! xD de novo... Por haverem lido a história deste louco aqui ^..^, isso é muito bom, pois uma história começa comigo e terminam com vocês... Espero que tenham gostado, mesmo mesmo!
Até mais! E deixem reviews aqui neste chap os que quiserem ser avisados quando publicar minha nova história ^..^, claro com o pedido que desejam... hehe =), eu sei que é chato publicidade por mp, então apenas peço que só os que querem me avisem...
Até!, Aiko~Vii.