Julliét e Désirée ficaram na sala um bom tempo conversando sobre os bailes que se passaram, para Désirée todos tinham sido um tédio, mais era a única ocasião que ela via sua filha. Julliét captou isto em seus pensamentos.
- Então, porque odeia tanto Nicolau? Disse fitando com um olhar sereno. Désirée pensou por um momento.
- Antes de te contar sobre isto, preciso lhe contar o que descobri, Désirée olhou seria para Julliét que se sentou olhando fixamente para Désirée.
- Tudo bem me conte. Désirée respirou fundo.
- Antes de ser banida, achei o livro que conta sobre os primeiros vampiros, Julliét permaneceu em silencio fazendo com que a amiga continuasse.
- Só existe de fato um original, ele se chama Leonel, bom ele transformou Hector, Nicolau e Miguel. Conta à lenda que ele foi aprisionado e só poderia ser liberto pelo sangue da herdeira de uma inocente. Julliét estava ouvindo calada tentando absorver tudo.
- Ta, mas porque ele foi aprisionado? Perguntou ainda apreensiva.
- Porque ele queria dominar o mundo “místico” por assim dizer. Mas, os vampiros antigos tinham mais poderes a seu favor. Eles podem ter filhos e com o passar do tempo eles adquirem mais poderes. E quem recebe o sangue de um antigo legitimo no caso Hector, Miguel ou Nicolau, também se torna um original. Mas eles sempre os matam mais primeiro deixam que criem novos vampiros que não tem esses poderes. Julliét fez uma cara de pergunta e depois pensou um pouco e fechou os olhos jogando a cabeça para trás e sussurrou

- Recebi o sangue do Hector.
Désirée fez cara de pânico.
- Mas continuando, eles precisam de uma descendente. Julliét balançou a cabeça.
- E onde eu e sua filha entramos nisso? Désirée continuou fitando Julliét.
- Você é a herdeira de uma inocente, sua mãe morreu no lugar de uma bruxa e anos depois que a bruxa morreu você herdou os poderes da antiga Mayfair se tornando uma de nos. Vallentina é minha filha e de Nicolau! Julliét voltou à cabeça abrindo os olhos e fitando Désirée.
- Ta me dizendo que tem uma filha com Nicolau e que eu sou a chave para libertar um filho da mãe miserável? Julliét agora exalava a ódio.
- Sim exatamente. Mas, Hector, Miguel e Nicolau não queriam tirá-lo de lá, a única forma, era te matar ou te aprisionar. Julliét sorriu por um instante.
- Então Hector resolveu me aprisionar. Ótimo! Désirée não entendeu o que ela queria dizer.
- Ótimo? Julliét sorriu.
- Agora tenho certeza que Hector ainda é caído por mim e acho que Miguel ainda esteja.

Désirée olhou para Julliét tentando formular a idéia.
- Não sei dessa parte, conte-me. Julliét a olhou, ela gostava de desabafar.
- Olha, eu lhe prometo que te contarei tudo que quiser saber, mas não agora , o sol já esta quase se pondo . Mas o que você precisa saber é que , quando eu era humana , Miguel e Hector brigaram por mim. Mas, acabou que foi Hector que me transformou e acabou se apaixonando por mim. Agora como faremos para matar os vampiros? Désirée se encostou-se no sofá e pensou por um instante.
- Não sei , me diga você. Julliét pensou um pouco antes de dizer algo, sabia que qualquer deslize acabaria com o plano.

- Bom você ainda pode fazer os vampiros se enfraquecer certo? Julliét olhava para Désirée com o mesmo ar de ansiedade de quando recebera sua e encomenda.
- Sim. Julliét voltou a sorrir.
- Ótimo, eles já vão estar fracos pela verbena e você, vai deixá-los ainda mais enfraquecidos, assim fica fácil enfiar uma estaca no coração deles. Désirée pareceu gostar do plano.
- Mais e se alguém ver ou algum deles escapar ? Julliét pensou mais um pouco.

- Esse é o grande problema, ninguém pode ver, não podem saber que estou viva, mas, a vida é muito sem graça quando não tem riscos, vamos ? Disse Julliét olhando o sol começar a se por.
- Mas e Williams? Julliét se levantou e caminhou ate a porta.
- Ele já esta no bar. Désirée caminhou ate a porta. Julliét a trancou por fora.
As duas caminharam devagar ate a porta dos fundo , Williams chegou ate a porta.
- Coloquei a verbena , vocês esperem aqui, Williams tacou uma mochila que estava cheia de estacas. Julliét pegou a sacola sem muito esforço e se afastou de Désirée indo mais para perto da floresta. Désirée estava com medo, que algum contasse a Hector e que Williams e Julliét acabassem mortos. Eles eram os únicos depois de anos que ela depositava sua confiança. A noite já havia caído e Williams já havia servido aqueles que iriam morrer. Com o passar do tempo a verbena começou a fazer efeito no corpo do primeiro vampiro.
- Galera! Vou ali fora não to me sentindo bem. Diego se levantou da mesa um pouco tonto.
- Me espera também não to legal, disse Vilma se levantando e saindo com o amigo pela a porta dos fundos. Os dois olharam pros dois lados e não havia ninguém ali, a cada segundo suas cabeças doíam mais , quando viram a figura de uma mulher de longos cabelos negros se aproximando , os dois caíram ajoelhados.
- AH! Pare com isso Désirée pare agora ou... Disse Diego a enfrentando. Désirée deu uma risada alta.
- Ou então o que? Acho que mexeram com a bruxa errada! Vilma levantou uma das sobrancelhas se encostando a  parede do bar.
- Não pode nos matar, você é só uma somos dois. Désirée riu enquanto Julliét se aproximava por trás. Julliét tapou a boca do garoto por trás e enfiou a estaca em seu coração. Vilma se virou e ia gritar quando Julliét tapou sua boca a encostando-a na parede do bar. Enfiou a estaca no coração de Vilma.
- Faltam quantos? Perguntou Julliét olhando para os corpos no chão. Désirée olhou com nojo para os corpos.
- Uns dez, eu acho. Julliét pegou os dois corpos sem esforço.
- Ótimo! E sumiu no meio da mata, Julliét havia roubado uma caminhonete e pos os corpos na parte de trás do carro. Désirée ficou escondida novamente.
- Cara, já faz um tempo que o Diego e a Vilma saíram, cadê eles? Lorenzo olhou em volta do bar para procurar os amigos, mas não os encontrou.
- Pow! Verdade Bruno. Vamos lá procurar eles? , Bruno e Lorenzo se levantaram.
- Você vem Lia? Lia se levantou seguindo os amigos ate a porta dos fundos. Eles saíram e sentiram a cabeça doer.
- Lia corre, gritou Bruno enquanto caia no chão de dor. Lia correu em disparada para a floresta. Então sentiu alguma coisa a derrubar, se sentou e ficou olhando para os lados.
Começou a ouvir alguém sussurra seu nome Lia, Lia eu vou te pegar depois ouvia longas risadas que a faziam arrepiar, tentou se levantar mais algo voltara a derrubá-la no chão. Lagrimas começaram a brotar em seus olhos. Então viu a figura de uma mulher. Não é uma mulher é só uma garota, de fato Julliét havia sido transformada muito cedo.
- Olá Lia, disse prendendo os dois braços da garota no chão, - Sabe ate te deixaria ir, mais tenho que cumprir minha parte no trato, Adeus Lia. Lia começou a se contorcer debaixo de Julliét tentando escapar. Julliét enfiou a estaca no coração da garota, depois balançou a cabeça em forma negativa e sussurrou:
- Novatos...
Julliét se levantou e pegou o arco e flecha que estava encostado na arvore , não daria tempo de chegar ate Désirée. Pegou o arco e flechas e mirou em Bruno, lançou o arco que atingiu a barriga do vampiro que estava quase pegando o pescoço de Désirée, logo depois mandou mais uma flecha que acertou em seu coração. Lorenzo estava quase entrando quando foi acertado por uma estaca que uma garota enfiara em seu coração. Julliét conhecia aqueles cabelos, Castanhos escuros e lisos ate o quadril. Foi correndo ate o local. A garota se virou e sorriu.
- Georgina, disse Julliét em um tom de surpresa.
- Julliét, disse ela com emoção na voz, - Não acredito que esta de volta. As duas se abraçaram.
- É bom lhe ver também, mas, não tenho tempo para cerimônias agora, tenho cinco vampiros para matar ainda. Georgina sorriu.
- Posso ajudar? Julliét assentiu com a cabeça como dizendo que sim, Julliét pegou um corpo e Georgina o outro, ambas entraram na floresta em silencio. Julliét pegou o outro corpo que estava no meio da mata, chegaram ate o carro e jogaram o corpo por lá. Georgina ficou olhando para Julliét em silencio.
- Ta, não vou dizer o que todos dizem, mas é verdade, ele te ama.