Confissões De Um Vampiro: Corpo E Sangue escrita por AléxiaDuarte


Capítulo 4
A bruxa Mayfair


Notas iniciais do capítulo

Já que você não é o que eu quero
Você pode negociar tudo o que tenho
Tome o assento, tome o impulso
Se eu dizer que te amo, eu sou uma mentirosa - The Pretty Reckless



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/219878/chapter/4

– O baile esta próximo, não parece estar preocupado, disse Nicolau se dirigindo ao irmão que estava na sacada de seu quarto observando a rua quase sem movimentação. Hector não desviou o olhar da rua ao se dirigir ao irmão, ele estava aparentemente incomodado esses últimos dias, uma sensação estranha, e tudo o fazia lembrar Julliét.
– Não estou preocupado, fazemos essa festa todos os anos há mais de mil anos, e o motivo ainda me tortura. Nicolau levou a mão aos seus cabelos negros parecidos com os do irmão mais um pouco mais finos.
– Você precisa parar de se flagelar, Julliét não esta morta esta apenas... , Nicolau escolheu bem as palavras para não provocar a fúria do irmão, - Digamos que ela esta apenas dormindo. Hector soltou uma gargalhada alta e assustadora, mais ao mesmo tempo irônica. Mesmo assim não voltou a atenção para o irmão, abaixou a cabeça a balançando em forma negativa.
– Fazemos esta festa para comemorar o aniversario de Julliét como se isso mudasse alguma coisa, ela ainda esta como uma múmia. Hector agora dispensava formalidades e educação e falava com grosseria.
– Hector, esse amor possessivo por Julliét ainda vai lhe matar irmão, escute o que te digo! Nicolau agora exaltara a voz, as conversas sobre Julliét naquela casa eram raras e restritas, ninguém gostaria de ver Hector realmente estressado, e se não segurassem Hector, ele já haveria tirado Julliét daquele lugar, mas , não podiam , havia muitas coisas em jogo.



Após sair de casa Williams caminhou ate o bar e pegou seu carro que estava na garagem. Um Corolla preto de vidros expressos e escuros, que ate mesmo para um vampiro, seria difícil distinguir quem o estava dirigindo. Williams dirigiu por horas ate chegar a New Orleans, pois comprar roupas femininas em cidades mais próximas chamaria muita atenção, durante o caminho Williams tentava incessantemente tirar a cena do beijo de sua cabeça, mais estava quase impossível, toda hora os fleches vinham em sua mente involuntariamente. Passou então pela rodovia que dava pra ver ao longe o lugar onde seria o baile. Williams temia o que ia acontecer, por mais que confiasse na amiga, tinha medo de perdê-la mais uma vez, afastou definitivamente os pensamentos de Julliét de sua mente. Ele não queria que nenhum vampiro visse e espalhasse que Julliét havia voltado, não antes do baile, Julliét odiaria que alguém estragasse sua chegada triunfal. Finalmente chegou ao Shopping Altaid Glad. Ficou horas transando de uma loja para a outra tentando encontrar desde sapatos ate peças intimas para Julliét o que era extremamente desagradável para ele. Ao longe ele avistou um vestido vermelho que por cima vinha uma renda preta desfocando o vermelho que havia por baixo, ele ficaria justo na silhueta perfeita de Julliét e os babados ficariam um pouco acima dos joelhos, era perfeito, ficaria perfeito para Julliét, comprou então um meia pata vermelho que contrastaria com o vermelho desfocado do vestido. Por fim, também comprou algumas roupas para si, lembrou que Julliét queria que ele á levasse em algum lugar então se apressou e voltou para casa. Chegou a casa e não avistou Julliét em nenhum cômodo por perto, então subiu ate o quarto da amiga, quando entrou ela estava dormindo. Williams percebeu que havia algo em cima de Julliét, então pegou a fotografia, - Sebastian Andretto – 1001. Williams levou a mão na cabeça em sinal de não saber como estaria Julliét quando acordasse após ver aquela foto. Sebastian foi o amor da vida de Julliét e ela nunca superou sua perda.

Julliét ficou olhando Williams sair com seu luxuoso carro por estrada a fora. Começou a caminhar por toda casa observando-a. Entrou então em um quarto que parecia o lugar onde Williams guardava suas coisas antigas, que estavam bem limpas para o espanto de Julliét. Normalmente Williams não ligava muito pra limpeza, depois de analisar bem viu que não se tratava das coisas de Williams, mais sim de suas coisas, sorriu brevemente ao deduzir isto, depois começou a fuçar em seus antigos vestidos, como são lindos, pensou Julliét ao olhá-los atentamente. Pegou alguns livros e diários que estavam ali e de um deles caiu uma fotografia. Julliét se abaixou e pegou a foto. Ao ver a foto todo seu corpo estremeceu e um nó apareceu em seu estomago. Julliét olhou fixamente para foto Sebastian Andretto – 1001, enquanto Julliét lia o nome lagrimas brotaram em seus olhos e ela simplesmente não conseguia conte-las e então fleches começaram a surgir em sua cabeça e isso era uma tortura para ela.
– Julliét me escute, não importa o que aconteça comigo, eu preciso fuja, não deixem que te pegue, não suporto a idéia de que possa morrer meu amor. Ao se recordar desde momento era como se alguém tivesse rasgado todo o peito de Julliét.
– Sebastian, você não ira morrer, eu nunca, nunca permitirei!
Sebastian, o homem que morreu para salvar Julliét, o único homem que ela realmente amou, e que Hector havia sentenciado a morte, Julliét sentia seu ódio crescer a cada segundo. Julliét se levantou e voltou para o quarto e deitou-se na cama ainda com a foto em mãos. Acordou algum tempo depois com Williams a observando.
– Como esta? Perguntou ele segurando a foto de Sebastian em suas mãos. Julliét respirou fundo tentando não gaguejar nem suspirar.
– Estou... A palavra tremeu em sua boca – Estou bem! Williams continuou a fitando calmamente apenas erguendo uma das sobrancelhas.
– Jura? Julliét se aproximou de Williams e o abraçou, seus olhos se encheram de lagrimas e novamente ela começou a chorar, ela parecia uma criança que acabara de machucar o joelho. Williams ficou fazendo carinho em sua cabeça. Julliét soluçou e limpou o rosto.
– Não quero me lembrar dele, não agora, ela balançou a cabeça, - me mostra o que comprou? Disse com olhos de criança pidona, Williams não resistiu e riu baixo.
– Claro! Esta tudo lá em baixo, vamos? Julliét apenas forçou um sorriso, foi o que pareceu, caminharam ate o sofá central onde Julliét ficou boquiaberta com a quantidade de sacolas.
– Nossa! Humilde você não? Disse zombando no amigo que sorriu,
– Se quiser, eu volto devolvo e dou o dinheiro para os pobres. Disse a provocando
– Ah! Claro que não, vamos ver, por onde começo? Perguntou olhando para o amigo, Williams apontou para uma sacola branca de papelão.
– É seu vestido e sua sandália para o baile, Julliét foi ate a sacola e retirou o vestido e a sandália, pelo rosto de Julliét ela adorou isso era uma coisa que ela gostava chamar a atenção. Revirou algumas sacolas e encontrou pesas intimas, sorriu e pegou um conjunto preto de renda em forma de estrela, tirou o roupão que usava mais uma vez não se importando com a presença do amigo. Vestiu ambos e depois voltou a revirar as sacolas, pegou uma calça jeans justa e rasgada nas pernas e uma blusa preta que tinha um nome, ela leu baixo.
– The... The Pretty Reckless? Olhou para Williams com cara de pergunta.
– É uma banda de rock, você vai gostar.
– Se você diz, ela voltou a revirar a sacola encontrando uma botinha que não chegava ao tornozelo, era preta e tinha um laço de lado, sorriu e a pos, depois olhou para Williams, ele se moveu ate as sacolas e retirou uma escova de cabelo. Williams penteou os longos cabelos de Julliét . Sentir alguém pentear seus cabelos era uma sensação que Julliét adorava, desde humana e que há tempos não sentia.
– Agora, preciso das coisas que pedi verbena e estacas, sabe onde encontrar? Virou-se para Williams ao pronunciar as palavras.
– Sei sim, vamos? Perguntou a fitando, ela apenas fez sinal como positivo e saiu com ele de encontro ao carro. Eles entraram e Julliét observou pequenos discos, se concentrou e entrou na mente de Williams absorvendo o que era e como se usava aquele aparelho, viu um disco escrito The Pretty Reckless, sorriu e o colocou, Williams tinha razão só o começo da musica já encantara a Julliét. Williams começou a cantar junto.
– Since you're not what I want You can take everything I've got Take the seat, take the drive If I say I love you, I am a liar. Julliét se encostou-se ao banco olhando através dos vidros negros , eles estavam indo para perto de onde Julliét fugira , então entrando em uma casa de campo , Williams desceu do carro e abriu a porta para Julliét .
Ele bateu a campainha , e uma mulher de cabelos longos e negros com uma leve ondulação , como os de Julliét , abriu a porta .
– Olá Désirée ! Disse Williams sorrindo para a mulher, que estava encarando Julliét.
– Olha Williams, é um prazer revelo, ela olhou para Julliét a encarando novamente.
– Nos conhecemos de algum lugar? Perguntou a mulher inocentemente.
– Provavelmente não, sou Julliét Mayfair, Julliét lhe ofereceu a mão. A mulher sorriu maravilhada.
– Désirée Mayfair, não me diga que você é a primeira? Perguntou a mulher agora com os olhos brilhando. – Você é a legitima? A que estava presa? As perguntas surpreenderam Julliét mais estava animada em conhecer uma descendente.
– Sim eu mesma, você é uma bruxa, certo? Julliét a olhou sorridente.
– Certíssimo, vamos entrem, Julliét e Williams entraram, - então, o que querem comigo? Julliét a fitou e depois olhou para a casa.
– Preciso de verbena, mais não é qualquer uma, preciso que tire o cheiro dela! E preciso em grande quantidade, preciso de estacas também. Désirée ficou um pouco assustada, com o pedido, mais uma parte dela adorou. Williams sabia que a amiga não ajudaria. Mas era a única que poderia ver Julliét sem que contasse nada a ninguém. Há vários anos Désirée havia sido exilada por não obedecer às ordens de suas superiores, o que não era o primeiro caso na família Mayfair.
– Mais para que exatamente quer isso? Perguntou Désirée curiosa.
– Vou matar alguns vampiros antes do Baile de Outono. Julliét sorriu maliciosamente, como se fosse a um parque de diversões, - E não to nem ligando pra quem vou matar, contando que morram alguns vampiros, disse fitando Désirée nos olhos, - Então me arruma? Désirée pensou um pouco.
– Com apenas uma condição! Disse olhando Julliét, - Quero que mate alguns vampiros , digamos que especiais para mim, feito? Williams se espantou, geralmente era difícil negociar com Désirée, pois ela tentava ser o mais discreto possível.
– Feito! Então quando pego minha encomenda? Perguntou Julliét a fitando.
– Amanha levarei a casa de Williams. Ainda se lembra como bruxas selam acordos Charlotte de Gauthier? Julliét sorriu e fez um corte em X na mão, Désirée fez o mesmo, as duas deram as mãos e uma ventania forte atingiu a casa. Fazendo com que todas as portas e janelas se abrissem, logo em seguida um trovão seguido de um relâmpago cortou o céu fazendo um estrondo infernal, varias folhas voavam em volta de Julliét e Désirée que se olhavam fixamente enquanto folhas e flores dançavam ao redor de ambas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi meus amores e ai vocês estão , tão gostando da historia ? tem alguma dica ? Como acham que vai ser o baile ? Eu paro ou continuo ?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Confissões De Um Vampiro: Corpo E Sangue" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.