Vampire Memories .:: Meia-noite escrita por William Grey


Capítulo 8
Reunião Sombria


Notas iniciais do capítulo

Gente, neste capítulo, Julliét está de volta. Não se esqueçam que o nome humano de Julliét é Alicia.



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Joseph passou enfrente a uma casa noturna. Os últimos clientes já estavam saindo, após longa noite no local. Havia algumas mulheres paradas na porta. Todas usavam vestidos muito curtos, cabelos longos e brilhantes, algumas fumavam cigarro, outras usavam droga. O lugar perfeito! Ele pensou maliciosamente.

Enquanto Joseph se aproximava, uma mulher sorriu para ele e foi ao seu encontro do outro lado da rua. Jogou o cigarro que estava em uma das mãos na beira da estrada e parou diante do homem. Que homem lindo! Ela pesou. Muito raro ver tipos como ele por aqui.

- Olá - disse ela. - Bonne journée! A casa já fechou, mas se quiser, podemos negociar uma hora. Você tem carro? - ela olhou Joseph dos pés a cabeça.

- Podemos sim - ele respondeu, sorrindo frio. - Mas não quero que seja no meu carro. Moro aqui perto. Uma mulher como você, preciso aproveitar na minha cama.

Incrível! Ela pesou.

- Bom, então vamos!

Joseph sorriu. Os dois caminharam pelo mesmo caminho de onde Joseph viera. Não conversaram durante o caminho, apenas se olharam. Mas nos pensamentos, aconteciam coisas diferentes. Ela pensava nas diferentes maneiras que proporcionaria prazer ao homem sexy e incrívelmente lindo ao seu lado. Ele, por sua vez, pensava em Louise, e no destino da prostituta ao seu lado. Pobre garota.



Nicholas jogou a pequena mala que trazia sobre a cama do hotel.

- É o melhor hotel da cidade. O serviço de quarto é uma maravilha! - disse ele.

Julliét estava pensativa, olhando pela janela a Jean-Baptiste Pigalle. Ela sabia muito bem que o Plaza Opera Hotel era o melhor hotel de Paris, mas aquilo não era importante. Ela só estava de volta a cidade por um motivo: concertar o erro do passado. Por ser fraca, tirou de alguém uma vida normal e condenou a uma vida de escuridão. Uma vida que ela jamias escolheria para ela. Nunca mais serei fraca!

Ela fechou os olhos e tentou se lembrar da noite que ela se transformou. Lembrou da mãe e do pai morrendo com a Peste Negra. Lembrou do homem que ofereceu ajuda a ela. Que prometeu trazer a cura para os seus pais. Lembrou de tudo claramente.

- Ele é um homem de bem - disse o pai, Rony, deitado em sua cama. A febre estava muito alta. Alicia pegou um pano molhado e colocou na testa do pai. - Precisa ir com ele minha querida.

- Não papai! - Alicia não queria abandonar a família. - Vou estar com vocês até o fim. Vou procurar uma cura. Ele disse que tem uma cura!

- Não, não há. - disse a mãe, Marry. - Precisa pedir para que ele não tente procurar a cura. O risco é muito grande. A igreja pode condená-lo por bruxaria.

Alicia chorou. Saindo do quarto dos pais, encontrou o homem parado perto da porta. Ele sorriu para ela.

- Você vai vir comigo? - disse ele. - Tenho uma surpresa para você.

- Estou preocupada com meus pais. Eles não podem morrer! - Alicia se jogou no chão. Cobriu o rosto com as mãos e chorou.

O homem se aproximou e levantou a garota.

- Você precisa ser forte. Já te expliquei que ao meu lado você nunca mais sofrerá. Você vai ganhar o mundo. Preciso de alguém como você ao meu lado.

Uma lágrima escorreu pelo rosto de Julliét. Ela balançou a cabeça negativamente tentando afastar os pensamentos. Reviver o passado era perturbador.

- Julliét? - Nicholas quebrou o silêncio. - O que está acontecendo com você? Parece que não está aí dentro.

- Eu estou sim Nick.

- E agora? O que acontece agora? Já estamos em Paris, mas como iremos encontrar o tal garoto e a menina bruxa?

Julliét se concentrou. Pensou no rosto de Joseph. Já havia se passado muito tempo desde que o deixou nas mãos de Armand, mas ela se lembrava muito bem dele. Esperou por um momento e depois a imagem dele apareceu em sua mente. Ele andava por uma rua com uma mulher ao lado. Julliét olhou ao redor. Era uma rua conhecida, próximo ao um parque municipal.

- Não me diga que você viu onde ele está... - Nicholas ficou de boca aberta.

Julliét colocou a mão no rosto do amigo e sorriu.

- Nick, você tem muito a aprender. Mas não tenho tempo para explicar como fiz isso. Precisamos ir logo.



Joseph parou um pouco distante da casa de Louise. Algo estava errado. A porta estava aberta. Joseph tentou escutar algum barulho dentro da casa, mas estava longe de mais.

- O que aconteceu? - perguntou a prostituta.

- Nada. Venha.

Os dois caminharam até próximo a porta. Perto o suficiênte para Joseph idêntificar quem havia entrado. Sua parte humana, a parte que controlava seus sentimentos, saltou dentro dele, sentiu medo. Não pode ser! Gritou em sua cabeça. Você não podia ter convidado ele Louise, Droga!

- Olhe, - Joseph segurou a mulher pelo ombro e olhou no fundo dos olhos dela. - Você vai ficar aqui fora, não entre. Só me espere. Repita!

- Eu vou ficar aqui fora - disse ela obediente. - Vou somente te esperar.

- Ótimo.

Joseph soltou a mulher, respirou fundo e entrou na casa.

Louise, Armand e Jane olharam para ele. Louise estava assustada, perto do sofá. Armand junto dela, ele sorriu ao ver Joseph. Jane continuava perto das cortinas.

- Joseph! - exclamou Armand. - Meu fiél soldado. Ah não! Quase me esqueci que você me traiu. Escute Joseph - Armand se aproximou dele. - Quando dou uma ordem, espero que ela seja cumprida. Você dependia desta tarefa para conseguir a liberdade. O que aconteceu? Depois de matar a velha, sentiu pena da pobre filha órfã? Ou se apaixonou pela garota?

Armand olhou para Louise, depois se virou novamente para Joseph.

- Eu podia mandar minha bruxa, Jane, te matar agora mesmo. Mas não vou fazer isso. Agora que me traiu, tenho outros planos para você. - Armand se aproximou muito do rosto de Joseph, quase o beijando. - Eu gostava muito de voce, e lamento muito, muito mesmo.

- Esqueça o ritual! - disse Joseph. - Louise será mais útil viva. Ela tem um poder enorme. Pode fazer você ganhar este confronto com as bruxas.

- Ela tem um poder enorme - repetiu Armand. - Antes este poder não era tão grande, mas graças a você, agora ele é. Idiota!

Armand olhou para Jane.

- Mate a garota! - ordenou ele.

- Como?

- Sei lá, de uma forma dolorosa. - ele olhou para a janela. - O que está esperando, coloque ela na frente da janela e abra as cortinas!

- Não! - gritou Joseph. - Vamos conversar!

- Eu não converso com traídores.

Jane foi até Louise e a puxou pelo braço. Louise se debateu.

- Me solta! - gritou Louise.

- Fique calada! - gritou a bruxa.

- Joseph! - Louise gritou.

- Armand, deixa ela viver. Ela não tem culpa. A guerra não é dela.

Armand riu.

- Também não é sua. - ele agarrou o pescoço de Joseph e apertou.

- Me solta! - disse Joseph, sem ar.

Armand colocou a outra mão no bolso da jaqueta e tirou um punhal.

- Isso não vai te matar, mas vai te causar dor. E você merece.

Ele pegou o punhal e enfiou no peito de Joseph. O vampiro gritou. Joseph olhou para o lado. Jane segurava Louise perto da janela, e com a outra mão, tentava abrir a cortina. Acabou. Pensou ele. Joseph fechou os olhos.

- Que feio, estão dando uma festa sem mim?

Armand olhou para a porta. Largou Joseph. Ele não acreditava no que estava vendo. Jane olhou também, assustada. Joseph foi quem virou por último. Seus olhos se arregalaram.

- Julliét?




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Notas finais do capítulo

Nossa ´-´ O que acharam desta reunião de "amigos" ?
Será que podem responder estas perguntas:
1) O que vai acontecer com a Louise?
2) A volta de Julliét será boa para Joseph?
3) O que Armand vai fazer com eles?
4) Quem é o homem que transformou Julliét?
- uma pista> Lembra que Julliét precisou cumprir uma tarefa para Armand, para conquistar sua liberdade?
bom só posso dizer isso. Até mais.