Amor Intenso, Amor que Dói escrita por Dumpling


Capítulo 4
Sinto a tua falta




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Capítulo 4 Sinto a tua falta

- Vocês aqui? – Os "Starlights" acabando de derrotar o maldito aliado de Demand.

- Viemos assim que soubemos o que se passou, enquanto a nossa Princesa vagueava pela Terra soube… - Seiya disse calmamente – eu nem acredito no que aconteceu com a Usagi.

*** No Hospital ***

- Hum minha princesa parece-me que chega de estares aqui, vamos embora antes que apareçam os teus amiguinhos.

- Eu ainda não estou bem, ouviste o médico..

- Quero lá saber. Nem que venhas por arrasto. Achas que não fico feliz de teres abortado do filho do Endymion?

- Tu não podes ser tão mau assim… és demasiado cruel.

- Cala-te e vem comigo. Sou cruel porque te amo.

- Amy… onde está ela?

- No quarto 492, os médicos acabaram de retirar o bebé dentro do corpo dela… Mamoru, lamento muito.

Mamoru não se move. Só consegue chorar. Lembra-se das palavras de Usagi, quando ambos sofriam, partilhavam a dor. Usagi dizia-lhe "Afunda teus olhos nos meus, para não me perder" , principalmente nos últimos tempos, quando desesperavam por não conseguirem conceber. Ele dizia-lhe "Vamos conseguir, porque a tua pureza é maior, e a Chibiusa vai nascer e surgir nas nossas vidas para nos fazer sorrir."

Já nada disso era possível.

Acabou tudo.

Só começou uma nova era: a de sofrerem ambos.

Mamoru pensava que talvez era uma partida do destino. A vida já tinha desafiado muito Usagi: ela sempre lutou por ele.. quando descobriram que era príncipes, que o seu destino era para ser passado junto, quando Mamoru perdeu a memória… e até a atacou… quando renasceram e lutou pelo seu amor em frente a All e Ann, quando os sonhos surgiram na sua mente, sonhos aterradores, magoou-a… magoou-a tanto. E finalmente quando estavam bem, ele ia partir para os Estados Unidos porém fora atacado pela Galáxia e a morte foi certa para ele… mas ela lutou, deu a vida e salvou-o…

Sim… talvez fosse um desafio da vida. Só não entendia porque é que esse desafio tinha de envolver a morte da sua querida filha, a que ambos amavam mesmo sem a ver.

Ele pensava que não, que cada dia a amava mais e que era impossível amar mais… mas… a dor que sentia no coração: era a verdadeira força do amor.

Mais do que nunca, naqueles dias, sentia a sua falta. Falta dos seus olhos… falta do seu sorriso… falta das suas mãos sobre as suas… falta do seu cheiro… falta do seu corpo… do seu abraço.

Sim, aquela dor era o amor. O que sentia todos os dias era amor mas aquela dor fazia-o pensar "O amor que sentia por ela não era suficiente… pois sempre pensei que a amaria mais a cada dia mas não poderia sabe-lo sem sentir esta dor. Sem sentir o que ela sempre sentiu: dor para lutar por quem ama."

- Pronto Mamoru? – Amy acordou-o dos seus pensamentos, já estavam na porta do quarto.

-Sempre.

Entraram e a cama encontrava-se vazia, a janela aberta… e o cheiro de Usagi na almofada.

Mamoru arrepiou-se e ajoelhou-se no chão, com a almofada nas mãos – Sabem, nunca acreditei em Deus. Quando ela desapareceu comecei a pedir por ela, a rezar mesmo sem acreditar… Agora vejam: que razão há para acreditar?

Uma mão surge no ombro de Mamoru, ajoelhando-se ao seu lado – sabes, eu sabia que a ias proteger e foi o que fizeste, digo-te apenas: pode não haver Deus, mas estamos aqui nós ao teu lado, e vamos encontrá-la. - Seiya diz-lhe tentando acalmá-lo.

- Obrigado pelo apoio. Eu sei o que sentiste por ela e mesmo assim vieste.

- Senti, e sinto. Mas eu sei que ela está ao lado do homem que ama e esse homem protege-a e eu por muito tempo que passa-se ao seu lado, nunca iria amá-la da maneira que amas. Esse amor é intenso.

- E dói… Descobri que o amor dói muito no coração.

- Engraçado… A Usagi disse-me, um dia, que sentia dor no coração quando pensava em ti. Estavas longe.

- Ela sempre lutou. E nunca desistiu. E é isso mesmo que vou fazer. Não desisto.

*** Num lugar escuro ***

- Meu príncipe,chegou – Joan estava surpresa, a sua futura princesa estava a sangrar muito, - interviram? Ela está bem? – apesar de não conhecer bem a princesa da lua, Joan sentia sofrimento nos olhos de Usagi, da maneira que nunca tinha visto em ninguém, nem mesmo aquando tinha a sua vida normal.

- Interviram, e está tudo bem. Não era preciso ela ficar lá a repousar, aqui ela está bem. Aqueles idiotas tentaram atacar.

- Bem, o que precisar de mim, estarei ao seu dispor.

Usagi sentia-se fraca mas mais do que isso: sentia falta de parte dela. Da parte que há um mês a completava.

- Eu pensava que isto iria parar… já foi demasiado… porquê isto? Que desafios são estes que a vida nos dá? Não chegava já? Não merecia paz e felicidade junto ao meu Mamo-chan? – lágrimas corriam na sua face, limpando a sua alma. O mundo não voltaria a ser o mesmo.

- Os teus amiguinhos mataram o Saphire! E agora minha querida princesa… terei de dar cabo deles! Derrotaram o meu melhor aliado e meu irmão.

Usagi murmura – também mataste alguém.

- Matei Serenidade. Mas o que matei não merecia nascer.

- QUE DIREITO TENS EM DIZER ISSO? NÃO TE BASTA O MAL QUE ME FAZES? MATAS-TE A MINHA FILHA MAS TAMBÉM ME MATASTE INTERIORMENTE. EU SINTO QUE MORRI PARA O MUNDO!

- É bom que te acalmes princesa. Eu já te avisei para não me levantares a voz.

- FAZES O QUE? QUE MAIS ME PODES FAZER? JÁ ME FIZESTE TUDO O QUE ME PODIA MAGOAR!

- Aí é que te enganas!

- Como?

Passado 1 mês, ninguém parou buscas – para além da polícia que começou a desistir e a querer arquivar o caso, mas Mamoru não permitiu – o brilho do olhar dele desapareceu, não dormia, não comia… a ideia do que poderia acontecer a Usagi matava-o por dentro, esfaqueava-o dia após dia. Mamoru decidiu várias vezes procurar, até sonhando acordado, sim porque ele já não dormia… como encontrá-la? Ele não sabia… mas não tinha desistido… nem nunca iria desistir, porque ela nunca desistiu dele.

*** Em casa de Mamoru, à noite ***

- Mamoru, devias dormir… vais acabar com um esgotamento nervoso – Rey disse. Naquela noite ficou com ele e com Lita. – não vais ter forças assim para continuar procurando.

- Tenho sempre forças Rey. Vou buscá-las ao amor que sinto.

- Não achas que poderias sentir isso por outra? Há anos que namoras a Usagi… 7 anos certo?… nunca sentiste falta de nada, de experimentar mais nada? Sempre foste fiel a ela?

- Eu sempre a amei, e agora ainda mais…esses anos só me fazem querer mais 7000 anos e sim Rey, sempre fui fiel.

- E agora… continuas a querer ser?

- Continua -


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