Darkness escrita por The Fallen Angel


Capítulo 20
Capítulo XVIII - Por que eu fui me apaixonar?


Notas iniciais do capítulo

OUTRO CAPÍTULO, ESPERO QUE GOSTEM. U-U -q ~caps dá emoção~
Obrigada Tumn Cipriano, por ainda me acompanhar.
Enfim, boa leitura.



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                                          Nora

- A Matamos agora? – Perguntou o homem mais gorducho, animado.

Eu não tinha parado de gritar desde que saímos do carro e um deles me carregou no ombro para dentro de uma casa acabada. A rua estava vazia, e aparentemente àquela era a única casa por ali, e aparentemente ninguém morava nela. Estava com as paredes quase pretas de tanto mofo e por causa da umidade, todas as janelas todas foram forradas por madeira ou panos o que deixava só um pouco de luz entrar no cômodo.

Meus pés e minhas mãos foram amarrados numa cadeira, tinham me deixado num dos cantos mais escuros do que parecia ser a sala de estar e agora conversavam animados sobre mulheres, como se eu nem estivesse ali.

- SOCORRO! ALGUÉM?! – Berrei já quase rouca e perdendo a voz.

- Dá para você calar a boca?! Ou eu vou precisar cortar a sua língua? - O homem que tinha me carregado gritou o que fez seu rosto redondo ficar vermelho.

- Ei, calma, Eric. – O outro disse com uma voz suave, ele estava com as pernas cruzadas e totalmente à vontade em uma poltrona que tinha sua espuma toda saltando para fora do tecido verde escuro. – Temos que mantê-la viva por um tempinho, preocupar o Patch... Ah, como eu adoro meu trabalho.

- Patch? O que ele tem a ver com isso? – Eu parara de gritar e me concentrava mais em tirar os cabelos que tinha caído em minha face suada.

- Tudo, minha querida.

- Agora você vai aprender a não se meter com anjos, ou nefilins. – O homem que agora eu sabia que se chamava Eric deu uma risada comprida como se aquilo quase o estivesse matando de tanto rir.

- Do que vocês estão falando? – Fiz-me de mal entendida e os encarei com uma cara de que achava tudo aquilo um absurdo.

- Não precisa fingir, queri...

- Não me chame de querida! – Interrompi-o, ele se levantou quase ofendido da poltrona e veio em minha direção, pegou meu rosto com uma mão e me fez olhá-lo.

- Eu a chamo de como eu quiser, entendeu? Agora que tal nós termos uma conversa simpática?

Balancei a cabeça positivamente e ele me soltou, mas se agachou a meu lado.

- Sou Elliot. – O mesmo apontou para trás com o polegar. – Esse é Eric. E você deve ser...Nora Grey, certo?

- O que vocês querem comigo? – Respondi com outra pergunta e Elliot fez cara de diversão.

- Seu precioso Patch não deve ter dito que estão pagando um bom preço pela sua linda cabeça, não é?

- Do que você está falando? – Levantei a voz enquanto me debatia para me soltar das cordas, já quase não estava sentido minhas mãos de tão apertadas que estavam.

- Ainda não se deu conta que está no meio disso tudo? Você é a única coisa que o mantêm aqui, na terra.

Fiquei calada o olhando atentamente, como se a qualquer momento alguém fosse saltar de trás das velhas cortinas gritando algo como: “PEGADINHA!”. E é claro, isso não aconteceu.

- Somos nefilins, não precisa fingir que não sabe de nada.

Continuei sem dizer nada.

- Jogo do silêncio? – Arqueou uma sobrancelha. – Prefere passar suas ultimas horas assim... Quieta?

- Ultimas horas? Patch não vai deixar nada acontecer comigo... Ou pelo menos eu espero que não. – Minha voz foi diminuindo, e eu abaixei a cabeça.

- Ele é um traidor, não se importa com os outros, a não ser ele mesmo. Tudo o que ele faz, querida, tem alguma coisa relacionada a ele, tudo.

- Não acredito em você.

- É, era de se esperar que você não acreditasse. Ele é tão lindo, não? Sedutor, aquele estilo eu-não-ligo-para-regras dele, você se apaixonou.

- Todas se apaixonam. – Completou Eric do outro lado da sala.

Por que logo ele? Por que eu tinha que me apaixonar justamente por ele? Ele era um idiota, um bobo, sarcástico. Aquele jeito dele andar, de falar... Me irritava só de pensar, mas apesar de tudo, era um verdadeiro charme. O olhar que me tentava agora não saia de minha cabeça. Por que não me apaixonei por um garoto normal? Sem não ter nenhum segredo mortal. Estudioso e bom moço, ou que pelo menos não jogasse bilhar em um bar o dia todo. Talvez até alguém que fosse bonzinho, que não fumasse nem bebesse.

Mas infelizmente era tarde demais para aquilo tudo, tarde para pensar. Eu o amava, muito.

Fortes pancadas na porta me tiraram de meus pensamentos e Elliot, num pulo, se levantou e olhou para Eric.

- Cuide disso.

Eric saiu na hora e eu ouvi seus passos pelo corredor, a porta rangeu ao abrir e uma voz familiar invadiu meus ouvidos.

- Me chamaram?

- SCOTT! – Eu gritei o mais alto que pude, minha garganta estava seca e dolorida.

- Nora? – Ouve um intervalo em que só se ouviu som de uma movimentação. – Me solte! Nora? – Ele entrou na sala tentando se soltar dos braços do outro nefilim.

Elliot ficou a minha frente, cruzou os braços com uma cara superior.

- Solte-o, ele é um dos nossos, não precisamos nos preocupar. Não é, Scott?

- COMO ASSIM “DOS NOSSOS”? SCOTT! – O garoto continuava parando, me fitando como se decidisse se ficava ali ou simplesmente ia embora.

- É, não precisa se preocupar. Não vou ajudá-la. – Sua voz fria me cortou como se fosse uma lâmina, e assim ele se sentou no sofá, me encarando.





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Notas finais do capítulo

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