Darkness escrita por The Fallen Angel


Capítulo 10
Capítulo IX - Amigas da onça.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, boa leitura. *-*
Obs: Patch e Nora vão dar uns bons amassos. q



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      - Idiota, idiota. – Eu resmungava para mim mesma. Estávamos eu, Vee, Nayara e Eduarda no meu quarto. É claro que Vee já tinha contado em detalhes tudo que tinha acontecido com Patch.

       - Eu não acredito! Você pegou aquele gatinho. – Nayara tinha praticamente pirado quando ficou sabendo, me abraçou e ficou pulando igual uma doida.

  Eduarda como sempre, continuava com seus fones de ouvido e fez só um sinal de “positivo” quando soube.

        - Nayara, eu estou te falando... Não foi só um beijinho! Eles quase engoliram a cabeça um do outro! – Vee e Nayara conversavam alegremente, sentadas em minha cama.

        - Dá para parar com isso?! – Quase gritei e elas ficaram quietas por um minuto. – Nem eu estou acreditando que eu fiz isso, eu nem sei o nome completo dele.

        - Patch Cipriano. – Vee disse com a maior naturalidade.

        - Como você descobriu?

        - Tenho meus contatos. – E deu um sorrisinho.

    Eduarda finalmente guardou o celular dentro da bolsa, eram 18:00h de sábado tínhamos passado o dia inteiro na casa.

        - Por que não saímos? Comida mexicana, talvez?

        - Ótima idéia, vou trocar de roupa. – Peguei qualquer roupa de dentro do guarda roupa e fui me trocar no banheiro. Dez minutos depois eu sai, short jeans, regata preta e uma camisa (bem maior que eu) por cima. Marquei bem meus olhos de deneliador e meus cachos presos num rabo de cavalo.

         - Vamos? - Vee já tinha se maquiado e estava calçando um de meus saltos.

    Fomos de carro até o Borderline, estava quase lotado, mas conseguimos achar uma mesa num dos cantos do restaurante. Uma moça ruiva veio nos atender e eu olhava o cardápio quando Nayara me deu uma cotovelada e apontou para o balcão de bebidas.    

   Patch estava de costas mexendo em algumas garrafas de bebidas e com um avental amarrado na cintura, bati com a mão em minha testa. Como eu fui esquecer que ele trabalhava aqui? Agora ele iria pensar que eu estava perseguindo ele.

         - Ah, legal... – Lamentei quando a garçonete saiu, agora Patch estava com os braços apoiados no balcão me fitando, com um sorriso cheio de sarcasmo no rosto.

 Quando nossos pedidos chegaram, as garotas praticamente engoliram tudo de uma vez, e em cinco minutos seus pratos estavam limpos.

         - Hm, acho melhor eu ia andando, Nora... – Vê deu um sorriso a Patch e depois se virou para Nayara e Eduarda.

          - E eu vou para casa com quem? Já que só estamos com o sue carro.

          - Bom... – Ela consultou o relógio. – O turno do Patch acabou agora, ele poderia te levar...

           - Você nem sabe se ele tem carro ou...

           - Sem mais, já vi ele andando de moto, OK? Tirem a história a limpo e depois me ligue.

      Elas já estavam em pé, e eu não estava nem para terminar de comer. Pagaram a garçonete os pratos, e simplesmente saíram dando um tchauzinho de diversão.

      - Eu vou matar você. – Sibilei para Vee.

 Mordi o lábio e vi que Patch estava saindo de trás do balcão, já sem o avental.

 Por favor, não vem para cá. Por favor, por favor. Eu pensava olhando fixamente a comida. Mas quando percebi ele já estava sentado a minha frente.

       - Nora...

  Respirei algumas vezes antes de responder. Eu tinha que agir com naturalidade, eu não gostava dele, não é?

       - Patch... – Empurrei o prato para o lado, se eu colocasse comida em minha boca eu iria engasgar.

        - Suas amigas te deixaram aqui?

        - Sim, infelizmente.

        - Quer uma carona? – Ele deu um gole em minha coca cola, e eu hesitei em responder.

         Ah, que se dane. Pensei, eu não podia me esconder dele parar sempre. O que de pior podia acontecer? Nos beijarmos de novo? Eu até que tinha gostado...

         - Tudo bem, mas... Direto para minha casa.

         - Você manda. – Patch se levantou com as chaves já em mãos.

     Eu não fazia idéia de qual era o veiculo dele. Devia ser a moto, quero dizer, um cara como ele não andaria num fusca velho. Chegamos á calçada do restaurante e ele indicou para frente.

    Uma moto, a mesma que eu tinha visto, grande e preta. Patch empurrou o único capacete para mim, e subiu na moto.

     Eu soltei meu cabelo e enfiei o capacete, passei uma perna por cima da moto e deixei minhas mãos em minha coxa.

        - Melhor se segurar, anjo.

  Anjo? Da onde ele tinha tirado esse apelido?

      Quando ele acelerou a moto, apertei meus braços ao redor da cintura dele. Quase pude ver o sorriso de satisfação que estaria estampado em seu rosto naquele momento.

      Durante o caminho, me perguntei como ele sabia a direção de minha casa. E aquela idéia idiota de que ele estaria me seguindo veio de novo em minha mente. Ele era só um garoto normal, só um garoto normal.

       Patch parou a moto já no gramado da frente da casa. Tirei o capacete e desci o entregando a ele, que para minha surpresa também desceu da moto e guardou a chave em seu bolso. Ele seguiu para a porta da sala e parou encostado á soleira.

        - O que você está fazendo?

        - Não vai me convidar para entrar?

        - Não...

        - Por que não? Medo de mim, Nora?

        - Nem um pouco. – Fiz cara de corajosa e abri a porta da sala. – Bom, tchau, até...   

       Mas ele já tinha passado por mim e já estava encostado em um dos sofás da sala.

         - Sai, agora.

         - Pensei que quisesse tirar a história de ontem a limpo.

        - Não tem nada para ser tirado a limpo. Quero dizer, somos adolescentes, podemos nos beijar sem termos que nos casar ou gostar um do outro, não é mesmo? – Engoli em seco. Droga, ele não tinha que estar ali, na minha sala, parado como um Deus e com aqueles olhos penetrantes.

        - Está certa, então não vai se importar se eu fizer isso... – Com um movimento rápido, Patch me puxou pela cintura e deu um beijo leve em meus lábios. Ele já tinha se separado quando, desta vez, eu o puxei.

      Nos beijamos como no dia anterior, só que com a diferença é que agora não podiam nos atrapalhar. Ele apertou minhas coxas e me levantou, coloquei minhas pernas em volta da cintura dele e Patch me colocou deitada no sofá, se colocando em cima de mim.

     Sem pensar, tirei a camisa dele e a joguei no chão, ele ainda estava me beijando. O jeito que ele me beijava... Rude, mas ao mesmo tempo ele conseguia ser carinhoso. Ele mordia de leve meu lábio inferior, e dava chupões em meu pescoço. E eu tinha quase certeza de que aquilo ficaria roxo.

      Patch já estava com as mãos dentro de minha blusa, ele fez menção de tirá-la, mas antes olhou para mim e com uma voz firme, perguntou:

        - Quer mesmo fazer isso?

     E por um minuto eu pude pensar no que eu estava fazendo, eu não estava pronta para fazer sexo, e eu nem conhecia ele direito...

        - Não. – E o empurrei para o lado, ele caiu no chão, e se levantou rapidamente com sua camisa em mãos.

        - Hm... Eu tinha perguntado por educação, mas tudo bem. Não vou te forçar a fazer nada que não queria, Nora. – Patch deu as costas para mim, antes de vestir sua camisa e eu vi que suas costas tinham duas cicatrizes horríveis. Ainda estavam roxas e feias, em forma de V, de cabeça para baixo.

        - O que aconteceu nas suas costas?

        - Nada de mais.

      Levantei-me e puxei a camisa dele para cima, olhando melhor as cicatrizes.

         - Não parece nada.

           - Não se preocupe comigo, Nora. É melhor eu ir. – Patch puxou a camisa para baixo e se virou para mim.

         - OK... – Ele me deu outro beijo daqueles “calientes” e depois um simples beijo na bochecha.

         - Até a aula de biologia. – E saiu da casa, fui atrás dele e tranquei a porta.

   Ah, Deus. O que eu estava fazendo?              

     

        

              

                                                                                   


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Notas finais do capítulo

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