Two More Lonely People escrita por darthvanner


Capítulo 8
Capítulo 8 - I Never Told You


Notas iniciais do capítulo

Hello peepz.
Bom, capítulo 8 finalmente pronto! Confesso que ficou menor do que eu esperava, mas to satisfeita. Dessa vez não pude mandar pra minha amiga ler e corrigir, ela ta um pouco doida com esses negócios e faculdade e preferi não incomodá-la. Mas mesmo assim obrigada por ajudar nas outras correções @kalorine sua otária ♥ E desconsiderem os possíveis errinhos de português.
Haha toda vez eu tenho que me desculpar pela demora, então vocês ja sabem: me desculpem pela demora. Esse capítulo é no POV do Russell e reclamaram que eu deveria melhorar os POV'S dele :( Well gente, eu sou uma menina eu não consigo (por mais que eu tente) pensar como um macho de 34 anos, mas dei o meu melhor.
A música desse capítulo me deu uma dor de cabeça do caramba, eu não sabia qual escolher e fiquei entre 4 que acabaram sendo perfeitas pro momento. Mas no fim decidi colocar I Never Told You da Colbie Caillat porque além de linda, a tradução da música tem bastante a ver com o momento etc etc.
Link: http://www.youtube.com/watch?v=Ij9NtI3xh8Y
Deem play pra ler o capítulo, não esqueçam hehe.
Ok chega de bíblia, último aviso: eu fiz um twitter pra fic e etc, seria muio legal se vocês seguissem: http://twitter.com/lonelypeoplefic é só vocês avisarem que são leitores que eu sigo por lá, no problems. E qualquer outra coisa vocês podem me falar pelo meu twitter pessoal também.
Boa leitura kittens.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/217607/chapter/8

Russell's POV

Acordei em um quarto horripilantemente branco e iluminado. Uma dor excruciante de cabeça me acompanhava, e um cheiro forte de álcool invadiu minhas narinas.

A última coisa que eu conseguia lembrar claramente era o barulho estridente vindo da ambulância e o olhar apreensivo que Katy lançava sobre mim, antes de tudo se tornar apenas um borrão.

Logo deduzi que a claridade do quarto devia-se ao fato de eu estar em um hospital.

E então, eu estava á salvo. Ou pelo menos parte de mim.

Todas as imagens da fatídica noite que me levara pra lá, vinha á tona em minha mente, me fazendo suspirar de dor e remorso.

Tentei fazer algum tipo de movimento, mas me arrependi imediatamente, ao sentir a ponta de uma agulha revirar-se por dentro de minha pele. Afastei minha cabeça para o lado e pude ver um tubo fino interligado á meu braço, fazendo um longo caminho até uma bolsa de sangue já pela metade. Meu estômago revirou.

Além do tubo, alguns fios saiam de meu peitoral e corriam para uma máquina que fazia um bip sonoro baixo, enquanto monitorava meus batimentos cardíacos e pressão arterial.

Não pude deixar de reparar em uma respiração pesada, que aparentava vir do outro lado do quarto. Uma figura dormia contorcida na pequena e única poltrona do lugar.

Pisquei algumas vezes até reconhecê-la.

Eu esperava ver Katy ali, mas logo deduzi que pela cor da pele e dos cabelos não era ela, e sim sua assistente Tamra.

No mesmo momento em que a reconheci, a fechadura se moveu com um estalo alto e isto a acordou.

A porta se abriu devagar, e agora quem eu finalmente esperava ver estava lá.

– Me desculpe por fazer você ficar Tam. – Praticamente sussurrando, ela se dirigiu á figura no sofá. – Eles precisaram de uma dose extra. – E completou, apontando para um pequeno curativo branco em seu braço direito.

– Tudo bem. – Com uma voz rouca e igualmente baixa, Tamra respondeu esfregando os olhos.

Nenhuma das duas percebera que eu estava acordado até aquele momento.

Katy estava com um copo de café nas mãos, com os cabelos molhados e trajando uma camiseta branca do The Smiths. A minha camiseta.

– Oh. – Ela arfou espantada, quando olhou para a cama e percebeu que eu encarava as duas há um bom tempo. – Você acordou! – Os olhos dela pareciam brilhar.

– Bem... Você sabe o que dizem. – Com a voz ainda fraca comentei. – Vasos ruins não quebram.

Ela deu um sorriso cansado e Tamra, sorrateiramente nos deixou a sós.

– Preciso comer. – Declarou ela e em segundos desapareceu do quarto.

– Isto é seu? – Indaguei me referindo ao cateter em meu braço, junto à bolsa de sangue que já aparentava estar pela metade.

Ela apenas confirmou com a cabeça.

Ótimo. Como se não bastasse minha ex-mulher me salvar de um humilhante quase afogamento seguido de overdose, ela também teve que me doar seu próprio sangue.

– Você não precisava. – Falei a analisando.

Katy parecia não dormir a dias, e eu a conhecia suficientemente bem para saber que isso a deixava extremamente vulnerável.

– Achei que você não fosse mais acordar. – Ela falou praticamente sussurrando, enquanto passeava com a ponta de seu indicador pela borda de seu copo de café.

– Há quantos dias eu... Bem... Dormi? – Me movi um pouco, tentando captar uma visão melhor do rosto dela.

– Quatro.

E eu tinha plena certeza de que ela não dormira em nenhum deles.

– Você não precisava ficar. – Engoli o bolo que se formou em minha garganta.

– Eu quis ficar. – Katy se calou, e por um momento achei que ela não tinha mais nada a dizer, mas logo ela continuou dessa vez em um longo discurso que apenas me fez sentir mais dor. – Você acha que eu não me importo com você? O que você acha que aconteceria comigo, se a sua pequena tentativa funcionasse?

Sua respiração pareceu alterar-se, e seu rosto se fechou.

– Não se esqueça do fato de que... Você quem acabou com tudo. – Ela se aproximou da pequena cama. – Eu, nunca te superei. E você não faz ideia do quanto me machuca, ter perdido o que eu costumava considerar o amor da minha vida.

O lábio inferior dela, agora trepidava e eu sabia que ela estava prestes á chorar.

– Por favor... Não. – Implorei. – Eu não mereço mais nenhuma lágrima, nem esforço seu.

E então o pressentimento de que ela não me amava mais, sumiu.

– Escute. – Me sentei com dificuldade, tentando em vão me aproximar dela. – Eu te amo. Eu te amei. E provavelmente, vou continuar amando. Mas eu não posso voltar atrás em minha decisão, não agora.

– Katheryn... Eu sinto que sou uma âncora em sua vida. Não quero, e nem posso te privar de ser quem você está destinada a ser. Este é o seu sonho, eu não vou impedir que ele se torne realidade...

– Você é o meu sonho. – Ela me interrompeu, em um choro praticamente mudo.

– Eu era. Mas você sabe que devemos abrir mão de muitas coisas, inclusive as que amamos, para termos outras que almejamos muito. Abri mão de você, porque quero que os seus sonhos principais estejam em primeiro lugar. Infelizmente, eu por enquanto, não sou adaptável á sua vida cercada deles.

As lágrimas escorriam furiosamente de seus olhos, e foi difícil vê-la daquele jeito, principalmente sabendo que o único motivo era eu.

Depressiva, ela sentou-se em um pequeno canto de minha cama e imediatamente me aproximei, segurando sua mão livre.

– Bom dia Sr Brand! – A voz da enfermeira de plantão, nos interrompeu de nossos devaneios pessoais.

A enfermeira era uma representação gorda, corada e americana de minha mãe e aquilo me assustou. Ela empurrava um carrinho de metal com suprimentos médicos na parte de baixo, e aparentemente comida na de cima.

– A sua amiga veio nos informar que você acordou, e fiz questão de trazer o melhor de sua direta. – Falou ela, posicionando o carrinho ao lado de minha cama. – E trouxe uma porção extra para sua namoradinha. – Ela piscou para Katy. – Mas vocês não podem contar para os outros pacientes.

– Muito obrigado. – Agradeci carinhosamente. – Kelly. – Completei lendo seu crachá.

– Obrigada. – Katy também a agradeceu, terminando de limpar seu rosto pegajoso.

– Por nada doçuras, é para isso que estou aqui. Em algumas horas, seu médico virá te visitar. Bom apetite. – Avisou Kelly, e logo, se retirou do quarto.

– Maldita sopa vegetariana. – Reclamou Katy após levar sua primeira colherada de sopa á boca.

– Sua preferida. – Zombei.

Tentei me levantar inutilmente, alcançando minha colher, mas logo após desistindo ao sentir meus braços fraquejarem. Respirei profundamente irritado, encarando a colher em minha mão.

– O que?

– Aparentemente, meus braços não querem colaborar.

– Eu te ajudo com isto... – Ela falou e em seguida se aproximou com seu próprio prato de sopa.

– Não! – Respondi, já prevendo o que ela pensava em fazer.

– Você acha mais humilhante eu te servir, ou uma mulher de meia idade que apelida as pessoas de doçura? – Perguntou ela.

– Droga.

– Vamos, tome a sua maldita sopa. – Disse Katy rindo de minha teimosia.

Nunca imaginei que os próximos momentos daquele dia, seriam os melhores de minha vida. Nós sequer lembrávamos o real motivo de estar ali, eu provavelmente disse que a amava 543 vezes e em todas, ela respondeu o mesmo. Eu não pretendia contar sobre a pequena loucura que eu havia feito horas antes de minha overdose, mas em poucas semanas ela descobriria. Aquilo não significava algum tipo de reconciliação entre nós, mas era certo que o tempo poderia nos ajudar.

Depois que finalmente deixei o hospital, minha mente e meu coração começaram uma contagem regressiva, que provavelmente mudaria o rumo de minha vida e a de Katheryn.

Faltavam duas semanas.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai? Reviews? Considerações? Quero saber! :D