Two More Lonely People escrita por darthvanner


Capítulo 4
Capítulo 4 - Harder To Breathe


Notas iniciais do capítulo

Alô terráqueos, esse capítulo também é no ponto de vista e conta mais um dia de Coachella.
A primeira música que eu recomendo vocês darem play (vai parecer eventualmente no texto todo ai vocês dão play quando aparecer) é Ruby do Kaiser Chiefs:
http://www.youtube.com/watch?v=VEfqozzL5uc
E a segunda é Harder To Breathe do Maroon 5 que vocês tem que dar play em uma cena em particular:
http://www.youtube.com/watch?v=K53UEgCPDBc
Boa leitura! Mil perdões eu não sou muito boa em narrar alguns tipos de ações, espero que vocês gostem :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/217607/chapter/4

Katy's POV:

There must be a combination of everything 'cos I haven't seen a lot of things as interesting as you”*

Deve existir uma combinação de tudo pois eu não vi muitas coisas tão interessantes quanto a você*
Ouvi dizer que você gosta de Kaiser Chiefs, eles vão estar no line up daqui á dois dias, seria legal se você viesse. XX, Rob.


A mensagem me fez  instantâneamente sorrir de orelha á orelha, sim, eu gostava de Kaiser Chiefs.

Depois Coachella, eu já havia fotografado para dois photoshoots e dado entrevista em uma rádio local. Eu ainda deveria comparecer a milhares de ensaios para algumas performances, porque além do fato de minha memória ser péssima, não era segredo para ninguém que eu sempre fui uma dançarina terrível. Passei o resto do dia pensando em voltar ao festival, sempre quis ir em mais de três datas e minha agenda parecia nunca possibilitar. Dois dias se passaram, e minha cabeça ainda parecia estar em êxtase com os simples flertes. Desde a separação eu não tinha dado uma a chance a mim mesma de paquerar daquele jeito, e a vida de solteira, nesse ponto de vista, era melhor do que eu conseguia lembrar.

Eram quatro e meia da tarde quando decidi que deveria cometer um tipo de rebeldia. Liguei para Shannon, e pedi para que ela vestisse uma de suas roupas hippies malucas de novo. Eu ia voltar para o Coachella, e ninguém podia contestar.

http://i46.tinypic.com/34y371x.png *

Eu não conseguia esconder absolutamente nada de Shan, e ela já sabia o motivo de nós estarmos ali de novo. Não precisei dizer nada, ela me conhecia tão bem que logo deduziu.

– Bom, pelo menos ele é bonito. - Ela disse acendendo um cigarro com um isqueiro old school estampado com a bandeira dos EUA.

– Ele é um cavalheiro também. - Peguei um cigarro do maço e me inclinei para ela acender. - Ele é britânico, você sabe que não resisto.

– Eu sei muito bem... Você trouxe camisinhas? - Ela disse com o cigarro preso entre os dentes arrumando o cabelo.

– SHANNON!

– Eu só estou sendo realista. Se você quiser, eu tenho uma coleção de sabores na minha bolsa e - A interrompi dando um tapa em seu ombro magro.

– Eu não vou transar com ele. - Dei uma tragada longa e soltei a fumaça para cima.

– Por que não? Se você não for, eu vou.

– Transar comigo? Me sinto lisonjeada. - Coloquei minha língua entre os dedos, fazendo um gesto obsceno - Que tal no estilo t.A.T.u?

– Não com você, idiota. Com ele. - Ela começou a rir engasgando com um pouco da fumaça - Você sabe que adoro caras altos.

– Você tem meio metro, todos os caras são altos perto de você.

Shannon me socou na cintura, e continuamos rindo e dando apelidos nada carinhosos uma para a outra por quinze minutos enquanto terminávamos nosso cigarro.

– São quase oito horas. - Falei tirando meu celular da bolsa - Acho melhor eu ligar para ele.

– Você não ligou antes de vir? E se ele estiver do meio de algum show e não te ouvir?

– Ele vai. Tenho certeza que sim.

Por mais auto-confiante que eu fosse, quando o telefone tocou mais de cinco vezes, pensei em desligar, mas no décimo toque milagrosamente ele atendeu.

– Alô?

– Eu disse que ia voltar!

– Quem é? Katy? Espera... Você está aqui? - Ele disse praticamente gritando em meio a um grande estrondo.

– Sim, estou perto do portão 7, do lado direito.

– O quê? Acho que nós estamos no mesmo lugar. Não se mova. - Robert parou de falar por uns instantes e pensei que a ligação tivesse caído.

– Rob?

– Aqui! – Ele gritou à uns 50 metros de distância e acelerou o passo, eu ainda não tinha desligado o celular até ele chegar perto de nós duas. – Tenho que desligar, estou vendo um par de olhos muito interessantes aqui.

Comecei a rir e ele me deu um abraço apertado me levantando do chão. Logo depois ele cumprimentou Shannon e analisou meu vestido.

– O que foi? – Falei arrumando a barra curtíssima de propósito.

– Belo vestido! – Robert disse, enquanto encarava minhas coxas sem nem ao menos disfarçar. – Boa escolha.

Hoje ele parecia um pouco menos tímido em comparação a primeira vez, nós havíamos trocado algumas SMS’s desde a última vez que nos vimos e eu sentia como se já nos conhecêssemos há tempos.

– E ai, quando você vai me oferecer uma garrafa de água? – Eu disse com os braços cruzados.

– Água? O show do Kaiser Chiefs começa daqui á 10 minutos, você precisa mesmo desta garrafa?

Não precisei responder, e lá fomos nós. Shannon, Robert e eu, rumo ao show do Kaiser que não ia ser muito longe dali. Andamos lado a lado, conversando sobre como deveria ser o setlist do dia, e constantemente nossas mãos se tocavam sem querer. Depois de um tempo, ele pareceu desistir de alguma coisa que aparentemente o impedia e segurou a minha mão, entrelaçando nossos dedos com firmeza, naturalmente começamos a andar de mãos dadas. Era engraçado andar daquela forma de novo com alguém que não fosse um dos meus amigos, era bom.

O show tinha começado há poucos minutos quando chegamos e eles estavam tocando Good Days Bad Days, uma de minhas preferidas. Após duas músicas, Robert ainda não havia soltado minha mão, e eu realmente não queria que ele soltasse. Shannon estava no milionésimo cigarro daquela noite e claramente seduzida pelo vocalista da banda.

– Preciso de uma bebida. – Anunciou ela praticamente gritando – Você vai ficar bem?

Afirmei que sim com a cabeça e em poucos instantes vi seu pequeno corpo desaparecer entre a multidão.

*podem dar play na primeira*

Ruby começou a tocar e Robert apertou a minha mão. Ambos nos olhamos e sorrimos como dois bobos, obviamente estaa era a nossa preferida. Encostei a cabeça em seu ombro e nós dois recitávamos as estrofes da música junto com Ricky Wilson, que cantava de um jeito encantador no palco.

– Obrigada por me incentivar. – Falei em seu ouvido e em seguida virei, ficando frente à frente com ele.

– Incentivar? – Ele se aproximou para falar. – Não entendi.

– Sim, só estou aqui hoje por ter lido seu SMS. Foi por sua causa. – Hoje eu estava sóbria e disse isto ele em um tom sugestivo, que ele pareceu entender.

– Obrigado por vir, não seria o mesmo assistir a esse show sozinho.

E então ele ficou quieto por alguns instantes, apenas me olhando. Quando achei que ele ia dizer mais alguma coisa, algo me surpreendeu: ele se inclinou um pouco e, em questão de segundos, um beijo acabara de começar.

Assim que nossos lábios se tocaram pude sentir o gosto de vodka e suco de laranja em sua boca. Era delicioso.

Sensação estranha e ao mesmo tempo divertida, era engraçado beijar alguém diferente depois de dois anos convivendo com a mesma pessoa. Eu não estava nem perto de superar Russell, mas eu definitivamente precisava daquilo.

Seus lábios tinham um toque aveludado, e enquanto me beijava, pude sentir suas mãos deslizarem até meus quadris. Me impulsionei um pouco pra frente fazendo nossos corpos grudarem e instantaneamente ele apertou meu quadril com um pouco de força. Cravei minhas unhas em sua nuca o beijando com um pouco mais de urgência. Nossas línguas se entrelaçavam em sincronia e eu pude sentir meu corpo começar a esquentar com todo o contato. Aos poucos, nosso beijo foi desacelerando até se resumir apenas no roçar dos nossos lábios, ele beliscou meu lábio inferior com seus dentes e deu uma leve puxadinha, me deixando arrepiada.

Eu não sabia o que dizer.

Nenhum de nós dois disse nada, ele apenas beijou o topo da minha cabeça e voltamos assistir o show, mas dessa vez ele me abraçou por trás, enquanto eu repousava minha cabeça em seu peitoral. Uma corrente elétrica parecia passar por todo o meu corpo e, mesmo sem ter bebido uma gota de álcool naquele dia, senti minha adrenalina subir.

Durante o resto da apresentação, Robert beijava o meu pescoço de vez em quando e cantava baixinho as letras das músicas no pé do meu ouvido com o seu sotaque totalmente irresistível. Eu odiava admitir, mas aquilo me deixava um pouco excitada. Não só isso: eu também podia sentir um volume bem peculiar em sua calça enquanto estávamos abraçados.

Depois do show acabar, tratei de arranjar um copo de bebida extremamente gelada, eu pretendia abaixar o calor de meu corpo antes de fazer qualquer estupidez.

– Preciso encontrar Shan. – Falei com uma voz nada animada – Ela deve estar preocupada.

– Vocês vieram de carro? Ela provavelmente está por lá.

– Oh, verdade. Vou mandar uma mensagem pedindo para ela me encontrar. Você me acompanha?

– Obviamente. – Ele disse beijando uma de minhas mãos.

Eu não ia mandar nenhuma mensagem. E nem tinha a intenção.

Ao chegarmos no carro, ele me perguntou onde Shannon estava. Inventei uma desculpa qualquer, sobre ela estar envolvida com um cara mas que não iria demorar. Eu era uma péssima mentirosa, mas isso pareceu convencê-lo.

– Está ficando frio aqui fora e eu não trouxe nenhum casaco, vamos entrar um pouco para esperar? – Disse, tentando soar exageradamente inocente.

– Tudo bem. – Ele falou um pouco desconfiado, mas me seguiu para dentro do carro.

Ao entrar tratei de ligar o rádio, e logo um cd com as minhas seleções preferidas começou a tocar. Deixei o volume em uma altura mínima, e sentamos nos bancos da frente, em silêncio. Mas não demorou muito para eu quebrá-lo:

– Como você sabia que eu gosto de Kaiser?

– Eu não sabia. – Ele disse dando de ombros – Mas você parece ter um gosto muito refinado. Em todos os sentidos.

– Em todos? – Falei com uma voz carregada de malícia.

– Todos.

Não precisei dizer mais nada e logo nós estávamos nos beijando de novo.

Dessa vez não foi um beijo recatado. Nos beijávamos de um jeito mais caloroso, um pouco mais selvagem. O jeito que nossas línguas se entrelaçavam, se chupavam, era bem mais arisco e safado se comparado à última vez. Logo levantei do banco do motorista e sentei em seu colo. Robert segurava minha cintura, e então subiu uma de suas mãos até a minha coxa por dentro do vestido, e começou a acariciá-la. Ao sentí-lo me tocar daquela forma, coloquei minhas mão por dentro de sua camisa, também acariciando seu abdomen e sentindo sua pele quente entre meus dedos. Ele imediatamente parou de me beijar e me encarou.

– Você tem certeza? – Rob falou olhando diretamente em meus olhos.

– Absoluta.

*queridos leitores esse é o momento em que vocês podem dar o play na segunda música recomendada e deixar a imaginação rolar solta*

Nós dois sabíamos que se aquilo fosse acontecer ali, não seria uma coisa que deveria durar por muito tempo. Em questão de instantes tratei de tirar o cinto que prendia o meu vestido, o próprio vestido e minha sandálias. Robert tirou a camiseta, desabotoou os shorts e então começou a olhar para os meus seios mordendo o lábio inferior.

– Vai ficar só olhando? - O provoquei.

Não precisei dizer mais nada, logo ele estava beijando meu pescoço e desabotoando meu sutiã. Assim que conseguiu lidar com o fecho, ele o jogou no banco de trás e deslizou os lábios até um de meus mamilos, onde começou a passar a língua e dar leves sugadinhas, até fazê-lo endurecer. Como eu estava sentada em seu colo, obviamente sentia o volume crescendo dentro de sua calça, e tratava de roçar devagar em sua “protuberância”, apenas para atiçá-lo ainda mais. Ele desceu as mãos de minha coxa até minha virilha, e então começou a esfregar seus dedos por fora de minha calcinha, me fazendo respirar fundo. Olhei para o rosto dele e pude ver uma expressão presunçosa em seu rosto. Pelo visto, ele também gostava de fazer provocações. Encostei meus lábios em seu pescoço e tratei de dar uma grande e generosa chupada, deixando a região marcada. Enquanto eu o fazia, ele moveu sua mão até a parte interna de minha coxa e apertou com força, me fazendo dar um pequeno gemido de surpresa. Aquilo pareceu o agradar ainda mais.

Por mais que eu gostasse e fosse especialista no quesito provocar, não nos restava muito tempo de sobra para isso. Encostei meus lábios de leve nos de Robert, e então, sorrateiramente, coloquei minhas mãos por dentro de sua cueca, também o pegando de surpresa. Pude sentir o quão excitado ele estava, e comecei a massagear seu sexo devagar, olhando sua expressão. Ele fechou os olhos deitou a cabeça no recosto, respirando fundo com os lábios entreabertos. Por sorte minha bolsa estava no banco do lado, e com uma das mãos, abri o zíper e encontrei um pacote de camisinha. Eu havia mentido para Shannon, eu tinha levado a minha pequena proteção como sempre.

Retirei minha mão de dentro da cueca dele e rasguei a embalagem rapidamente. Ele estendeu a mão para pegá-la, mas antes que pudesse a tocar, afastei minha mão e logo após ele entendeu o que eu pretendia fazer, dando um sorriso malicioso com os cantos dos lábios.

Segurei seu membro já ereto entre meus dedos e coloquei a camisinha na ponta, a desenrolando devagar. Ele deu um gemido, me deixando ainda mais excitada. Comecei a masturbá-lo devagar, fazendo-o arquear um pouco as costas no banco. Gemidos masculinos sempre me levaram à loucura.

Logo afastei minha calcinha, e não demorou muito até ele me penetrar, me fazendo fechar os olhos e dar um gemido alto. Coloquei minhas duas mãos em seus ombros e comecei a me movimentar para cima e para baixo, enquanto ele seguia meu ritmo. As mãos de Robert passaram de minhas costas até meus cabelos, entrelaçando seus dedos no meio deles e dando leves puxões. Nós seguíamos um ritmo frenético cada vez mais rápido, e conforme ele puxava meus cabelos, eu apertava seus ombros, deixando enormes marcas avermelhadas em sua pele extremamente branca. Minha respiração começava a ficar acelerada e seus gemidos só me faziam sentir mais calor e excitação. Após um tempo, alternei os movimentos e comecei a me empurrar para frente e para trás como se estivesse cavalgando. Aquilo o levou a loucura, e ele puxou meus cabelos com tanta força que minha cabeça se curvou para trás, fazendo meus seios ficarem exatamente em sua linha de visão. Não demorou muito até ele voltar a beijá-los, me fazendo gemer um pouco mais alto. Assim como eu, ele parecia apreciar gemidos, e quanto mais eu gemia, mais ele fazia o mesmo.

Meu corpo começava a estremecer quando o vi respirar profundamente e o sentir se derramar quente dentro de mim. Ele havia chegado em seu ápice, mas continuou a se movimentar até que eu também alcançasse o meu. Um verdadeiro cavalheiro.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Reviews? :B