POV Alice

– Meu pai você já conhece, a Esme não pode vim. Esses são Rosalie e Edward meus irmãos.

IRMÃOS?

(...)

– Irmãos? Mas ela... - disse apontando para a garota loira que ainda sorria para mim.

– Sim, o que você pensou? - disse Jasper e seu tom de voz parecia divertido.

– Oh, bem, eu, anh.. Sabe.. - droga, onde está um buraco quando você precisa se esconder?

– Ela pensou que a Rose era sua namorada Jasper. - disse o ruivo sorrindo.

Como ele sabe? OMG! Está tão na cara assim que ate o ruivo topetudo percebeu?

– Hunpf! - ele fechou a cara pro meu lado, mas o que eu fiz? Eu que deveria ter fechado a cara, alias foi ele que falou que sou ciumenta.

– E como você sabe que eu pensei que ela era a namorada do Jasper? - disse me afastando do Jazz e colocando as mãos na cintura.

– Digamos que você deixou essa informação meio evidente demais criança. - disse sorrindo novamente.

O que esse garoto tem? É bipolar? Uma hora está sorrindo e outra de cara feia.

Mas espera ai. CRIANÇA? Eu não sou criança.

– Escuta aqui seu topetudo bipolar, quem você pensa que é para me chamar de criança? Até parece que você é muito mais velho que eu. - eu estava muito irritada, só porque sou baixinha não sou uma criança.

Hunpf!

– Sem dúvidas sou mais velho que você, tanto na idade quanto na mentalidade. - continuou com aquele sorriso idiot,a mas dessa vez eu pude notar, ele estava irritado.

Toma topetudo. O QUE? Ele me chamou de burra? Ain mas eu mato.

Senti braços fortes me envolverem em um abraço protetor, era o Jasper.

– Shi, não ligue pro Edward pequena, ele é um idiota. - disse e beijou meu pescoço, hunm quem sou eu pra não obedecer quando ele pede assim.

O Edwa.. digo o ruivo topetudo rolou os olhos e os outros estavam nos olhando sorrindo.

Oh Mon Dieu! Eu falei isso na frente da familia do Jazz. Corei.

E como se sentisse algum perigo nos rondando o Jasper me apertou mais em seus braços, como se dissesse a todos: Ela é minha.

Estranho. Estavamos em um hospital, qual perigo teria ali? Apenas as enfermeiras com as malditas agulhas.

Eu já disse que odeio agulhas? Não? Pois é, eu odeio elas. Argh!

Olhei novamente pro topetudo e ele estava rindo, isso mesmo. O bipolar do nada começou a rir. Eu hein. Todos estavam olhando para ele, depois disso ele se controlou e ficou normal, se é que podemos chamar aquela cara de tapado de normal.

Ouvi um rosnado baixinho, Oh Mon Dieu, isso me assusta.

– Oh Alice, espero que tenha gostado das roupas que escolhi. - disse a loira vindo lentamente em nossa direção. Parecia que estava com medo de me assustar.

– Muito obrigada, eu adorei as roupas. Adorei tudo. - disse e rapidamente me soltei do Jasper indo abraça-la.

– Oh Ela se assustou, mas correspondeu meu abraço.- De nada querida. - disse me soltando e indo para o lado do topetudo que a abraçou pelos ombros e sussurrou algo em seu ouvido.

Será que me empolguei?

– Tudo bem? - senti sua voz e sua respiração lenta roçando minha nuca.

– Unhunm, eu acho.

Ele me virou e sorriu. O meu sorriso, aquele sorriso que me deixou sem fala no primeiro dia em que o vi.

– Coisa muito raro de se acontecer. - ouvi a voz do ruivo.

– Edward, deixe a em paz. - disse o Jasper irritado.

Estavam falando de mim?

– Oi! Estou aqui. Dá para falar sobre mim para mim ou tá dificil? - disse batendo o pé.

Ouvi o riso de sinos da loira.

– Briguinha de irmãos Alice, está com fome? Jasper? - disse, sorriu e me deu um beijo no rosto.

– Vamos Edward, temos de falar com o papai. Até mais meninos.

Dito isso saiu puxando o topetudo para longe, nem tinha notado que o Dr Cullen tinha saido.

– Tem certeza que está bem? - disse me puxando para a saida.

– Sim, só foi estranho. - todos no estacionamento nos olhavam, bando de curiosos.

– Não gostou deles? - disse preocupado, parecia que ele nem notava os olhares curiosos.

– Não! Quer dizer... Não é isso. - sorri, ótimo. Existe alguem mais desastrada que eu? NÃO.

– Alice...

– Eu adorei sua familia Jazz, todos. - ele me olhou com uma sobrancelha arqueada.

– Ok, nem todos. Você bem que poderia ter apenas a Rosalie como irmã, não acha? Ela me parece ser bem simpática. - será que falei besteira? Afinal bem ou mal o topetudo era irmão dele.

– Assim vou ficar com ciumes hein, sabe o que dizem, ódio e amor andão de mãos dadas. - disse sorrindo, mas seus olhos estavam serios.Não acredito que ele falou isso de verdade.

– Não precisa ter ciumes de algo que nunca terá a menor possibilidade, ódio e amor podem andar de mãos dadas, mas eu só quero andar de mãos dadas com você e tenho certeza que esse sentimento não é ódio.

É tão fácil falar essas coisas com ele, nunca fui de falar sobre sentimentos com as pessoas. Normalmente eu falava com minhas bonecas, contava como foi meu dia, se estava triste ou feliz. Nunca tive ninguém para conversar, tinha a Mary, mas era estranho.

– Eu amo você, mais do que minha própria existência. - disse e tocou meus lábios. Eu o amava? O que eu digo?

– Eu.. - não sei o que dizer.

– Minha Alice... Venha, vamos comer. - disse dando meu sorriso e me fez entrar em um carro muito lindo, diga-se de passagem.

– Mas... - eu não sabia o que dizer, mas não queria que ele ficasse triste comigo.

– Mas nada. Depois conversamos Ok? Gosta de comida italiana?

– Sim

–Vamos comer no La Bella Italie, depois te levo na sua casa para pegar suas coisas sim?

(...)

– Boa tarde senhor! Em que posso ser útil? - disse a vadia da garçonete olhando (leia-se comendo com os olhos) o Jazz.

Ain que vontade de quebrar um prato desses na cabeça dela. Ouvi um risinho baixo e olhei pro lado.

– Boa tarde Srt. Queremos uma mesa pra dois por favor, de preferência afastada. - Disse o MEU Jazz sorrindo. SORRINDO pra vadia disfarçada de garçonete.

– Me acompanhe. - disse e saiu rebolando.

Ele me abraçou por trás e me guiou para a tal mesa afastada. Puxou uma cadeira para mim e depois sentou a minha frente me olhando como se me analisasse.

– Ram ram, o que vai querer? - É impressão minha ou a vadia só fala com ele? ÓDIO.

– Querida? - disse me olhando e acariciou minha mão que estava em cima da mesa.

Toma vadia u.u

Olhei o cardápio por um momento, adoro comida italiana mas estava na dúvida.

– Talvez a criança queira ajuda, se quiser posso lhe recomendar um prato. - disse me olhando e sorrindo irônicamente.

Oh Não! O topetudo ainda vai, mas essa vadia não. O Jasper pareceu sentir minha fúria e apertou minha mão, me olhou como se dissesse: Quieta.

Eu já disse que ele é mandão?

– Oh como é seu nome mesmo? - disse sorrindo, obvio que não iria fazer escandâlo. Sou uma garota educada.

–anh Lucy.

– Agrh! Detesto esse nome. Sabe a maioria das vadias tem esse nome, porque será? Bom, querida, não preciso de recomendação, ao contrário de algumas pessoas por aqui eu entendo muito bem esse cardápio. - Ponto para Alice Brandon.

– Alice... - disse Jasper, mas pude ver que sua voz tinha um tom de diversão.

– Sim amor? Já escolhi, eu quero torteline di cicale, salmão com tagliolini, ravioli de batatas recheadas e para beber, deixa eu ver.. hunm, ja sei. Quero vinho Marsala.

– Nossa, isso tudo? - ela parecia espantada, que foi? Eu tô com fome ué.

– Sim, algum problema?

– Não senhorita, desculpe. E o Sr?

– Retire o vinho e traga um refrigerante. Não quero nada.

– Como? Nada disso, deixe o vinho.

– Alice, você tem 17 anos. Não pode beber.

– Eu não vou ficar bêbada. E sou acostumada a beber vinho em festas ou eventos sociais então pode trazer MEU vinho. - disse fazendo bico, onde já se viu, tirar um vinho de uma garota. Hunpf!

– Não vou discutir com você, traga o pedido dela. - suspirou se rendendo. Yeah!-

Oh! Tudo bem, e o Sr?

– Não estou com fome.

Ela falou mais alguma coisa antes de sair, mas nem prestei atenção.

– Você é muito teimosa sabia? - disse sorrindo.

– Hunpf! Não sou não. - fiz bico

–hausahsaush sim você é, e fica muito mais linda quando está com ciumes. - provocou

– Eu não estou com ciumes.

– Não?

– Claro que não.

– E porque tudo isso? - disse e apontou para a garçonete vadia.

– Não gostei dela. - droga! nem consigo mais mentir, eu estava morta de ciumes, mas ele não precisa saber disso.

Antes dele falar mais alguma coisa o garçon trouxe meu pedido e um pratinho com um doce de alguma coisa.

– Han, desculpe. Mas eu não pedi isso. - disse apontando para o pratinho.

– Ah, é cortezia. O chefe está fazendo ótimos doces e quer saber se os clientes aprovam suas criações. - disse sorrindo, ele até que é bonitinho, sorri de volta.

– Ah então tudo bem. Obrigada.

– Ram ram - olhei pro lado, é o Jazz não está com uma cara muito boa.

– An, eu, é.. Oh! - e saiu

Credo.-

O que você fez? - disse o olhando

– Como?

– O que você fez com ele?

– Eu não fiz nada.

– Fez sim. - bufei, obvio que ele tinha feito. O que, eu não sei. Mas tinha sim. O coitado saiu praticamente correndo.

–Alice. Apenas coma.

– Não vai me responder?

– O que você quer que eu diga?

– A verdade

– E qual seria a verdade? Eu ja disse, não fiz nada. - ele estava zangado. ótimo Alice, cutuca a fera cutuca.

– Eu sei que você fez algo, se não tivesse ele não sairia praticamente correndo.

– Não tenho culpa se ele é um covarde.

– Covarde? Então você assumi que fez.

– Eu já disse que não vou discutir com você, não aqui. Agora faça o favor de comer logo, a comida não espera por seus ataques.

O olhei chocada. Como ele pode falar assim comigo? Pois se é assim que ele quer, é assim que será.

Comi tudo quietinha, não falei nada e nem olhei em sua direção. Pude sentir seu olhar sobre mim, mas nem me atrevi a corresponder. Tomei e abusei do MEU vinho, até ele tirar a taça da minha mão e me olhar de cara feia, mostrei a lingua e virei o rosto.

É meio infantil. Mas quem liga?

Depois de algum tempo a garçonete vadia veio ate nossa mesa e pelo que pude perceber gostou da nossa falta de contato. VADIA.

O Jasper pagou a conta e se levantou, me levantei antes dele chegar ao meu lado e sai. Isso mesmo, sai e o deixei. O que? Eu tô magoada.

Fui ate o estacionamento e procurei o carro, quando olhei dei um leve pulo para trás. Como?

– O que você está fazendo aqui? - disse de olhos arregalados.

– Esse é meu carro, estava lhe esperando oras. - disse revirando os olhos.

– Mas, você.. lá, eu.. aqui.. Como? - nem eu entendia minhas proprias palavras.

– Me desculpe, não queria ser grosso com você pequena. - me abraçou e acariciou meus cabelos.

E chorei. Yeah! Estou muito sentimental ultimamente.

– Me perdoa? Você me tirou do sério, mas não deveria ter agido daquela forma. - seu olhar era angustiado. Ele sofria.

– Porque você não me explica Jasper? Essas.. coisas estranhas, me confundem e me assustam. - confessei.

– Eu te assusto? - me soltou e caminhou para trás.

– Não, você não, mas as coisas ao nosso redor sim. - disse indo em sua direção e o abracei com força.

– Coisas estranhas... Eu sou estranho. - sua voz era sombria e assustadora. Sim, isso dá medo.

– Você é meu estranho.

– Não sabia que você era tão possessiva - disse sorrindo, é a bipolaridade é de familia.

–Não vai me falar não é? - ele suspirou

– Você não está preparada, não quero te ver surtando. Depois.

– Promete?

– Sim

(...)