Meu Cavalheiro Do Sul escrita por Ozzi Thawanny


Capítulo 10
Capítulo 9 - Afundando na Escuridão


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Cap postado como prometido *-* Espero que gostem!
~Boa leitura e Bom São João p/ todos xD



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POV Alice


Acordei sentindo dores pelo corpo inteiro. O sol forte entrava pela janela, deveria passar da hora do almoço, porém eu não sentia fome, não sentia sede. Apenas sentia dor, tristeza, raiva, decepção, ódio, medo.

Meu mundo tinha acabado, minha vida não significava mais nada, a não ser um bom negócio. Não tenho família, nunca tive para falar a verdade. Isso sempre foi apenas um jogo de interesse e eu era o troféu de exibição.

Não tenho ninguém a quem pedir ajuda, uma só pessoa que me defenda e me proteja do mal. Nunca senti  isso, ser protegida por alguém, ser amada. E acho que nunca vou sentir.

O que eu deveria fazer? Esperar aquele monstro voltar e me usar novamente?  Não. Que se danem os negócios do meu pai, não tenho mais forças para nada, vou acabar com meu tormento de uma vez.

Levantei lentamente, meu corpo doía a cada movimento. Eu estava enrolada num lençol, o deixei cair sobre o chão e vi minha cama com enormes manchas de sangue. A prova da crueldade que aqueles monstros fizeram comigo.

Mas não me importava, nada mais me importava. Caminhei para o banheiro e vi meu reflexo. Aquela não era eu, sempre fui alegre e sorridente essa pessoa era triste, sua pele tinha marcas, seu rosto antes de fada agora era uma boneca de porcelana quebrada.

Esforcei-me e consegui tomar um banho, precisava tirar o cheiro daquele homem de mim. Entrei no enorme closet, sempre que entrava aqui ficava feliz, adorava procurar roupas, combinar com sapatos. Mas isso acabou. Peguei uma roupa qualquer e me vesti.

(Roupa da Alice http://www.polyvore.com/cgi/set?id=51316592&.locale=pt-br)


Voltei ao banheiro, abri a gaveta procurando algo, depois de um tempo achei o que eu queria. Uma faca.  Eu não tinha mais forças pra continuar vivendo aquilo, dia após dia. Afinal ninguém vai sentir minha falta mesmo, meus pais iram ficar felizes, nunca me quiseram. Não tenho amigos, não tenho ninguém.

Fiquei em frente ao espelho e vi meu reflexo novamente. Peguei a faca com força, fechei os olhos e a levei a meu pulso esquerdo.

Pressionei lentamente sua lamina afiada em minha pele frágil uma dor aguda me invadiu, abri os olhos e vi gotas de sangue caindo no chão. E mais gostas, até que tudo foi ficando escuro e senti meu corpo perder as forças.

- NÃO! – um grito agoniado me fez abrir os olhos novamente.

Oh! Jasper! Ele estava me olhando com uma expressão retorcida em horror.

- Jasper – disse com a voz fraca e sorri. Mais sangue caia agora numa velocidade maior molhando minha roupa e minha pele. Senti uma tontura e me preparei para cair no chão frio, mas mãos fortes me seguraram.

- Alice! O que você fez? Alice fala comigo, por favor, Alice. – sua voz era agoniada.

Olhei em sua face de anjo, tão lindo. Ah como eu queria ter o conhecido antes. Seus olhos tinham uma cor única, um vermelho escuro. Em seus lábios saiam presas. Mas nada daquilo fazia sentido. Larguei a faca ali e olhei novamente para meu cavalheiro do sul.

- Jasper, ah como eu queria ter te conhecido antes. Teríamos mais tempos juntos, agora estou de partida. Cansei de sofrer vou dar um basta nisso de uma vez por todas.

- ALICE! Não por favor, Alice.  Lute, por favor, não morra, eu preciso de você, eu te amo. ALICE.

- Adeus Jazz – sorri novamente e me deixei levar pela escuridão.

Senti uma dor em meu pulso e logo depois não senti mais nada.

POV Jasper


Deixei Alice dormindo e fui para casa. Há essa hora meus pais já sabem do ocorrido, nem me dei ao trabalho de esconder meus olhos. Entrei silenciosamente em casa e toda a família estava reunida na sala de estar.

- Jasper. – disse minha mãe, vindo me abraçar. Seu abraço doce e amoroso era tudo que eu mais queria.

- Já sabemos o que aconteceu filho. Como você está? E a garota? – Carlisle disse preocupado.

- hahaha – ri sem humor. – Como ela está? Como você acha que ela está Carlisle? Ela foi violentada. É claro que ela não está bem. E eu? Eu daria minha vida para evitar o que aconteceu. Como acha que estou me sentindo? Eu não fiz nada para evitar. NADA.

- Filho você conheceu Alice há um dia, não tinha como saber o que iria acontecer. Você a livrou daquele monstro meu querido, ela nunca mais irá sofrer por causa dele. – disse Esme, carinhosa.

- E o que adianta? Se o mal já está feito. – eu estava inconformado. Eu deveria ter passado a noite em sua casa, ela não teria sofrido tudo aquilo.

- Jasper, não se culpe. Estamos com você, em qualquer decisão conte com sua família. – Carlisle disse e me abraçou.

 - Obrigado, eu amo vocês. Preciso sair. – disse e abracei os dois.

Estava com um mau pressentimento. Corri o mais rápido que pude e cheguei em pouco tempo na sua casa. Tudo escuro e nem um barulho. Escalei a janela de Alice e entrei, olhei em sua cama vazia. Onde ela estava? Fui em direção ao banheiro e senti. Sangue. Sangue de Alice.

- NÃO! – minha voz saiu agoniada. Isso não poderia estar acontecendo. NÃO! NÃO! NÃO!

Ela virou-se em minha direção, seus olhos opacos e sem vida brilharam e depois a vi sorrir. Um sorriso triste, como uma despedida. Olhei em sua volta, Alice tinha uma faca coberta de sangue entre as mãos, seu pulso tinha um corte profundo e seu sangue fluía rapidamente.

Minha garganta ansiou por aquele liquido, controlei ao máximo meus instintos e me aproximei dela.

- Jasper – disse com uma voz fraca, seu corpo balançou e perdeu o equilíbrio, corri e a peguei nos braços antes que caísse.

- Alice! O que você fez? Alice fala comigo, por favor, Alice. – estava desesperado.

- Jasper, ah como eu queria ter te conhecido antes. Teríamos mais tempos juntos, agora estou de partida. Cansei de sofrer vou dar um basta nisso de uma vez por todas.

Sua pulsação estava ficando cada vez mais fraca, e sua pele gelada, seu rosto estava pálido.

- ALICE! Não por favor, Alice.  Lute, por favor, não morra, eu preciso de você, eu te amo. ALICE.

- Adeus Jazz – sorriu novamente e seus olhos se fecharam.

Não! Minha Alice não...

Sua pulsação estava se esvaindo aos poucos e seu rosto mantinha um sorriso. O meu sorriso.

Seu braço caiu em meu corpo, seu sangue tão próximo, não resisti e passei a língua em seu pulso. OH sim seu gosto era incrível, continuei chupando seu sangue até me dar conta do que estava fazendo.

Eu estava a matando. Que tipo de monstro eu sou?

Corri com ela em meus braços, a levei para o hospital, meu pai estaria lá e poderia ajudar. Cheguei em poucos minutos e encontrei Carlisle no corredor.

- CARLISLE – gritei chamando a atenção de todos.

- Jas... O que aconteceu? Oh venha Jasper, coloque a aqui. – disse enquanto a colocava numa maca e a levava para emergência.

Fui atrás. Não deixaria Alice sozinha, nunca.

- Jasper. Fique aqui, eu cuidarei dela. Tem muito sangue é perigoso, fique aqui. – disse tocando meu ombro e me empurrando pro sofá.

- Ficar aqui Carlisle? Como eu posso ficar aqui se a minha vida está correndo risco? Diga-me! Como? Eu vou – disse e entrei na sala de emergência.

- Tudo bem – o ouvi sussurrar.

O corte foi bem fundo, teve que levar pontos. Enquanto os médicos e enfermeiros cuidavam de seus ferimentos sua pulsação continuava caindo cada vez mais. É como se ela tivesse desistido de lutar, se entregando a morte.

Os batimentos de seu coração caíram aos poucos e os bips do aparelho diminuíram. Carlisle e os outros tentaram reanima-la, até que o batimento chegou à zero. Corri, toquei sua face gelada, seu pequeno rosto, minha vida não poderia morrer.

- Alice- sussurrei. – Alice eu sei que você é forte, lute. Por favor, você não pode morrer, lute Alice por você, por mim.

- Jasper, sinto muito – Carlisle disse tocando meu ombro.

- ALICE, fala comigo. Acorda meu amor. Não vá. – eu não podia acreditar.  O som irritante do bip já não era mais ouvido, sua pulsação parou e seu rosto ainda tinha meu sorriso.

A sala estava cheia de médicos e enfermeiros, mas eu não prestava atenção ao que eles diziam. Ela não poderia morrer.

- Senhor, ela está morta. - Um médico disse.

- NÃO ELA NÃO ESTÁ MORTA – gritei rosnando, ela não poderia estar. Ele se assustou e saiu da sala atordoado.

Segurei em suas mãos e acariciei sua pele, toquei seu rosto frio e beijei seus lábios. Meus olhos estavam mortos. É isso? Passei séculos da minha existência procurando algo sem saber o que era e quando achei, ela se vai.

Não tem mais motivos para continuar então.

- Nem mesmo a morte é forte o bastante para me separar de você, se tiver que escolher entre viver sem te ter ou morrer ao seu lado tenha a mais pura certeza que morrerei e ficarei com você para sempre. – disse tocando em seu rosto.

Beijei novamente seus lábios, era isso. Ela se foi, minha vida se foi. E a minha existência também acabará.

Virei-me em direção a porta, iria para Volterra.

- Jasper, aonde você vai? Filho?

- Não tenho mais motivos para continuar Carlisle. Diga a Esme que ela é a melhor mãe que eu pude ter, e que eu amo o Edward. Vou para Volterra, adeus pai.


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Notas finais do capítulo

Olá meus amoures *-*
Não sei se eu tava sensível no dia que escrevi esse cap mais confesso que me emocionei... Meio triste e um pouco dramático neh?!
O que vcs acham? Alice morreu? E Jasper vai p/ Volterra?
Comentem comentem *-*