Pequenos beijos estão sendo distribuídos aos poucos sob o ombro nu de Sam, ela, por sua vez, se mexe um pouco e sente os olhos arderem com a claridade do quarto, assim que os abre lentamente. Leva as mãos nos olhos e o braço dele a puxa para mais perto, ela se sente aconchegada.

– Você sempre vai cheirar tão bem? - A voz rouca de Fred se pronuncia, logo ela sente a respiração dele em seu pescoço e sorri satisfeita.

– E você sempre vai ser tão bobo? - Sua voz foi rouca e baixa. Fred riu baixo entre os cabelos da loira. Minutos se passaram em pleno e harmonioso silêncio. As mãos dele viajavam lentamente sobre as curvas da loira, que somente fechou os olhos e se deixou sentir arrepiada com o toque tão conhecido. Ela suspirou quando as mãos dele apalparam seus seios e imediatamente segurou suas mãos.

– Fred... - Chamou baixo e manhosa.

– Eu sei. Daqui uma semana e quatro dias... Como o doutor mandou... - Ele suspirou também, agora a virando para ele. - Você é uma droga pra mim.

– Do pior tipo? - Ela perguntou entrando lentamente no jogo dessa conversa. Levou as mãos para a nuca dele e acariciou ali, fazendo beiço pra ele.

– Sim, daquelas que o usuário vicia e nunca consegue deixar a droga... - Ele sussurrou e ela sorriu, observando atenta os seus olhos.

– E sempre quer mais? - Perguntou fechando o sorriso e roçando a ponta do nariz no dele. A respiração quente que tanto conhecia e sempre lhe dá nova sensação a invadiu ferozmente.

– Mais e mais... Incansavelmente por mais... - Ele disse fechando a distância dos lábios de ambos. Pressionaram os lábios várias vezes, até ela dar a abertura para um beijo mais profundo. A sensação de finalmente estar casada, escancarou seu coração e se sente completamente feliz. Ele sempre vai desejá-la e isso é o suficiente para sorrisos brotarem entre os beijos.

Está chovendo forte e sentia cada vez mais arrependida por estar ali, na frente do prédio dele. Do amante. Respirou fundo e sentiu o vento contrário a ela levando a chuva inclinada, molhando aos a sua calça. Depois de longos minutos, decidiu por fim ir direto para o hotel onde Carly a esperava. Grunhiu a si mesma por ser idiota o bastante para se sentir mal por Jonny, se sentir mal por ignorá-lo há dias e ainda ter profunda dor no coração ao assistir as repetidas ligações dele. Apertou mais a sua mão no cabo do guarda chuva. Quando Samantha o conheceu, viu um homem que não se importava com as mulheres que andava, mas ainda assim era um perfeito cozinheiro e um garanhão.

A verdade é que amou a forma que ele a deu valor e quando chegava em casa procurava esse valor em Fred. Não achou. Ele estava dormindo o tempo inteiro, sem ao menos enxergar que a cada dia a perdia para outro. Jonny tem uma parte dela, a fração insegura que ela sentia estava em suas mãos e, por isso, ela sentia que também tem uma parte dele para si. Não que estava desistindo de seu casamento nesse momento por ele, mas que queria resgatar esse sentimento para não perdê-lo. Ela o quer em sua vida, só não tem certeza se ele se encaixaria como um simples amigo. Pelo menos, essa é a coisa mais estranha que podia imaginar... Jonny sendo somente seu amigo.

Ela parou na porta de seu carro e destravou ele pelo controle, mais uma vez hesitou pensando se deveria mesmo ir embora. Mataria muito se conversasse com Jonny? Mais cinco minutos se passaram e seus pés diversas vezes deram um passo para trás, mas sempre voltando para a posição que estavam.

– Samantha... Não vai... - Ela engasgou. Se virou devagar para encarar os olhos do amante, do dono da voz ofegante e se deparou com ele molhado. Completamente molhado pela chuva, que continuava forte. Não falou nada, mas pode observar as bolsas roxas debaixo dos olhos do homem. Estaria indagando em pensamento se ele chorou por ela, se não dormiu por ela, se bebeu muito sentido por ela não ter lhe dado à devida atenção.

– Você está mais linda ainda... Achei que não fosse possível ficar mais linda. - Ele sorriu fraco, e o comentário não provocou nenhum tipo de reação na loira.

– Como você está? - Sam perguntou com a voz firme.

– Sozinho. - Ele respondeu rapidamente.

– Procure a Cléo, então. - Resmungou a loira, mentalmente gostando da resposta que ele a deu.

– Estamos terminando?- Perguntou ele com ressentimento na voz. Sam continuou sem falar nada. Ela queria terminar mesmo?

– Podemos tomar banho de chuva agora mesmo... Pintar quadros ou simplesmente nos jogarmos em uma piscina... Por favor, Sam... Não me deixe... - A voz trêmula fez seu corpo arrepiar. Sam não viu, mas lágrimas roçaram o rosto do homem a sua frente.

– Eu não sei... Pintar quadros não se parece com você. - Sam riu baixo, mas seu coração estava apertado.

– Eu prometo ser somente seu... Não ficarei com ninguém além de você, mas não me deixe. - Jonny falou agora mais firme e com uma sinceridade interior.

– Não quero falar disso agora. - Respondeu ela, baixinho e finalmente abriu o carro.

– Pelo menos me ligue. - Ele parecia suplicar e ela assentiu com a cabeça. Jonny teve certeza que ela ligaria, observou então o carro da loira virar a esquina e somente naquele momento teve a certeza que a ama. Os dias sem ela o fizeram ver o quanto estúpido ele foi e quanto sua cama é fria sem ela ao lado.

Abriu a porta da suíte na qual Carly e Anita estavam. Logo pôde ver a amiga correndo para a porta do banheiro, a seguiu abandonando a bolsa em qualquer lugar. Carly vomitou e, com a ajuda da amiga, lavou as pontas do cabelo que acabaram sujando.

– Está nervosa, Shay? - Sam sorriu ao ver a amiga andar de um lado do quarto para o outro.

– Eu devia ter organizado a festa e a cerimônia tudo em um só lugar... - Resmungou a morena, agora estralando os dedos.

– Calma, o casamento só vai ser daqui a quatro horas. - Samantha a lembrou. - Sei que a decoração da igreja está perfeita também, todos irão amar...

– Será que a Melanie vai estar mesmo na cerimônia sem aquele monstro? - Perguntou ela com agonia na voz. Sam respirou fundo ao lembrar desse detalhe.

– Você disse que ela disse que sim.

– Tomara que Sansa esteja com ela. - Anita pela primeira vez se pronunciou, passando a mão no vestido de fada que está estirado sob a cama.

– Sansa. Eu já disse que não quero você de amizade com essa garota. - Resmungou Carly.

– A menina não tem culpa do pai. - Falou Sam, dando uma piscadela para a pequena menina que sorriu satisfeita. Pelo menos alguém entende o quanto a menina gosta da Sansa.

– O cabelereiro chega as quatro e o maquiador também... - Carly nervosamente olhava atenta para seu celular, onde Sam sabia que estava no aplicativo My Wedding ou no iWedding Deluxe.

– A mãe de Brad falou comigo ontem... Odiou o fato que minhas madrinhas serão minhas damas adultas. Argh... Eu achei uma ótima ideia... - A morena mais uma vez reclamou e Sam riu do nervosismo da morena.

– Talvez ela passe a criticar mais seu vestido de noiva do que nós damas... - Sam falou de propósito, queria sentir a amiga desesperada e retribuir o sentimento que a morena passou a ela, no dia do seu casamento.

– MEU DEUS! ELA VAI ACHAR ADOLECENTE DEMAIS?! SEMPRE ME ACHOU UMA CRIANÇA PARA BRAD... - Carly levou as mãos para a cabeça e berrou desesperada, olhou para perto da janela na qual seu vestido está pendurado.

Carly se olhou pela última vez no espelho e teve vontade imensa de chorar. Ela está casando, iria se tornar a Sra. Prentice. Observou atenta aos detalhes do vestido, passou a mão por sua barriga e sorriu. Uma criança dele está crescendo nela e se formando no momento mais feliz da sua vida. Ela vai se casar e se perguntou por que resistiu por tanto tempo. Ontem dormiu como Carlotta Taylor Shay e hoje irá se deitar como Carlotta Prentice Shay. Riu diante do espelho, pois isso soava tão bem. Estava vinte minutos atrasada para seu casamento e um bater na porta a despertou.

– Como você está linda, parece uma princesa! - Tom a elogiou com lágrimas roçando no rosto, pegou sua mão e sorriu com orgulho.

– Obrigada. - Ela suspirou e olhou pelo quarto por uma última vez. Ao sair do lugar foi acompanhada pelos flashes da equipe de fotógrafos que contratou. Sorriu em todos eles, claramente emocionada. Entrou em uma limusine branca, com cuidado ajeitando o vestido e sentiu seu coração acelerar. Carly está muito nervosa, suas mãos tremiam e seu olhar demonstrava a ansiedade que sente. Esperou o carro andar impaciente.

– Se acalme, minha pequena. - Disse Tom em voz baixa e ela sorriu nervosamente.

– Estou quase morrendo... Tom... Mande esse homem dirigir! - Disse doce, mas sentiu sua voz falhar um pouco. O caminho para a igreja pareceu uma eternidade para a morena, que minuto a minuto reclamava da demora.

Quando finalmente viraram a esquina, seu ar começou a parar de entrar em seus pulmões e ficou em choque por alguns minutos. Ela se deslumbrou consigo mesmo mais cedo, tinha consciência plena que está indo ao altar com o amor de sua vida, mas somente agora se tocou. Olhou para as escadas da igreja que levavam até a porta que está fechada e sorriu. Tinha ficado como tanto exigiu. Em cada degrau têm dois vasos de vidro com flores brancas e vermelhas, um vaso em cada extremidade do degrau. Tom saiu da limusine primeiro e retirou do bolso um crucifixo dourado, sem cristo pregado na cruz. Ajudou uma sorridente Carly sair da limusine, aproveitanto ali para tirar várias fotos. Com o buquê de tons neutros e faixa vermelha em mãos, encarou o homem que a levará para o altar. Que a entregará a Brad. Tom está parado na sua frente, um pouco irritado com tantos flashes, mas, ainda assim, emocionado.

– Minha Flor casou com esse crucifixo no buquê. - Tom falou lembrando-se da imagem da amada, entrando na simples igreja, com um ramo de flores brancas e o crucifixo juntando todas as flores. Sorriu com nostalgia e voltou-se para a realidade, para Carly e para o porquê de está mostrando esse objeto importante a ela.

– É lindo. - Ela sorriu docemente, imaginando que ele a daria.

– Brad é como um filho para mim. Assim como Samantha se tornou uma filha para mim e sabemos que eu dei para ela e meu neto, as alianças que foram colocadas em mim e na Flor quando casamos. - Ele disse sorrindo.

– Então o que quer vovô? - Os olhos da pequena lagrimejaram ao entender a linha de raciocínio dele.

– Estou velho e já não tinha mais minha mulher quando fiz isso a eles. Para você, tenho esse crucifixo... Quero ver em seu buquê, mas tire ele quando jogar o buquê as encalhadas... - Ele riu baixo, se lembrando da tradição.

– Claro. - Foi tudo que Carly conseguiu dizer sem se debulhar em lágrimas. Ajudou o velho homem, a colocar o crucifixo em seu buquê que ficou mais lindo ainda do que já estava. Ela segurou firme entre o crucifixo e começou a subir as escadas. Ouviu delicadamente " Heres Comes the sun - The Beatles " tocar e sabia que as suas damas adultas estavam passando pelo grande tapete vermelho felpudo. Não conseguia ver, mas tinha a certeza que a hora de chegar estava chegando.

Little darling ( Queridinha )

The smiles returning to the faces ( Os sorrisos voltaram aos rostos )

Little darling ( Queridinha )

It feels like years since it's been here ( Parece que fazem muitos anos desde que ele esteve aqui )

Here comes the sun ( Lá vem o sol )

Samantha passou pelo tapete vermelho com um sorriso grande no rosto, com o vestido inspirado na década de 60 que moldava muito bem o seu corpo. O vestido é bem rodada e na cor de marfim, mas o que o acinturava é o laço vermelho. Seu decote em V e com alças grossas de renda com fios de ouro. Nas costas, até encontrar o laço vermelho é todo rendado com botões de pérolas brancas bem pequenas. Segurava nas mãos um pequeno buquê de rosas brancas e a fita do buquê é de renda branca. Os sapatos da loira, e de todas as damas/madrinhas são vermelho verniz de mesmo modelo. Fred entrou do seu lado com um meio fraque cinza médio e gravata vermelha. A flor na Lapela é uma mini rosa branca. Todos os padrinhos estão com o mesmo estilo de meio fraque e flor na lapela.

And I say ( E eu digo )

It's all right ( Que está tudo bem )

Here comes the sun ( Lá vem o sol )

Here comes the sun ( Lá vem o sol )

It's all right ( Que está tudo bem)

It's all right ( Que está tudo bem )

– Isso me recorda de muita coisa, minha linda. - Fred sussurra no ouvido da esposa, antes de se separar dela em frente ao altar.

Os seis homens ficam do lado direito do altar, onde deveriam ficar ao lado do noivo. Mas por ordem da Shay, os homens vão ficar do lado dela e as mulheres do lado de Brad. Sam olhou para o marido, que piscou para ela e fez com uma mão um telefone, balançando diversas vezes. Ela pode ler seus lábios dizendo " Me liga, gata? " e riu baixinho. Mandou um beijo e piscou para ele, a brincadeira terminou logo. Pois a atenção da loira se voltou para a irmã que está entrando com o primo de Brad, Eduardo.

Melanie não estava muito feliz por estar ali, prestes a presenciar o casamento da antiga namorada. Seu ego sofria por saber que ela não serviu para o futuro e que foi ilusão. Ainda tinha marcas do relacionamento mal sucedido que teve com a morena, mas não as mostraria. Não mesmo. Acima de tudo, ela ainda é uma Puckett e aprendeu muito bem como fingir satisfação. A loira está com um vestido marfim, cheio de babados rendados e de mangas longas e bufantes, com o mesmo laço e sapato vermelho. Os cabelos trançados e com pequenos strass vermelhos, por toda a grande trança embutida. O vermelho também predominou nos lábios e no anel grande que usa. Se separou do rapaz alto e musculoso que a acompanhava, sorrindo em agradecimento. Se pôs atrás de Samantha. Segurando o mesmo mini buquê que ela. Com um grande sorriso, viu Gibby e Jade já na metade do caminho para o altar.

Jade com o vestido tomara que caia mullet, com o mesmo laço vermelho que chamava mais atenção ao cintilante branco do vestido. Segurava em uma das mãos o mini buquê e com a outra segurava a mão de Gibby. Entraram de forma errada e Melanie deu um pequeno riso, quando encontrou a cara da cerimônialista. O marido dela, esta vestido que nem os outros padrinhos e permanecia com um sorriso galanteador. Ela se pôs atrás de Melanie, e não prestou tanta atenção quando viu Lohany no tapete vermelho.

A moça estava fixado na filha, que permanecia em um canto bem atrás mas suspirou um pouco tranquila com Josh e Anita ao lado dela. Mesmo assim, ficou atenta. A mulher é uma mãe superprotetora e nunca confiava em alguém para ficar com sua filha. E tinha razões. Quando Gabrielly tinha um ano, a mãe contratou uma babá que dava wishy para a filha invés de leite. Teve a menina por duas semanas internada no hospital e desde então, não confia em ninguém para cuidar da pequena.

Lohany está com um vestido marfim de tule, curto e com a saia um pouco cheia. Está com o mesmo laço vermelho e as mangas do vestido plissadas. O cabelo da garota está em um penteado parisiense. No pescoço está pendurado uma câmera da Nikon, personalizada, branca e estampada de rosas vermelhas. Spencer vestia o que todo padrinho usava, mas a barra de sua calça está mais curta, deixando transparecer uma meia listrada de branco e vermelho.

When I look into your eyes ( Quando olho nos seus olhos )

It's like watching the night sky ( É como assistir o céu noturno )

Or a beautiful sunrise ( Ou como um belo amanhecer )

Theres so much they hold ( Eles carregam tantas coisas )

And just like them old stars ( E como as estrelas antigas )

I see that you've come so far ( Vejo que você evoluiu muito )

To be right where you are ( Para chegar aonde está )

How old is your soul? ( Qual é a idade da sua alma? )

O coração de Carly quase parou quando ela ouviu a música começar. Apertou a mão no braço de Tom e sentiu uma grande emoção alcançá-la e transportá-la para o céu. Assistiu as portas da igreja se abrirem então fechou os olhos, abaixou a cabeça e respirou fundo. Deixando a música entrar dentro dela e sorriu para si. Fora uma ótima ideia escolher I won't give up do Jason Mraz. (n/a: Música que a GSantos me mandou e eu amei)

I'm giving you all my love (Estou te dando todo o meu amor)

I'm still looking up ( Eu ainda olho para cima)

Levantou a cabeça olhando para cima e depois para frente. Um enorme sorriso tomou conta de seus lábios involuntariamente. Avistou um pouco longe seu amor, e, daqui a alguns minutos, seu futuro seu marido. Brad está um tanto diferente que os padrinhos, seu terno é cinza claro e usa uma gravata slim azul marinho, e a flor na Lapela é mini callas um tanto avermelhada com branco.

Carly seguiu o ritmo de Tom, e manteve o grande sorriso nos lábios. Em nenhum momento foi quebrado o contato visual que mantinha com Brad. Podia sentir os olhos do moreno vibrarem e tanto é que tudo ao redor parou, não de verdade, mas ela só seguia com a atenção nele. Só o via. Só o quis. Somente desejou falar "Sim" rapidamente para chamá-lo de marido.

I don't wanna be someone who walks away so easily

(Eu não quero ser alguém que vai embora tão facilmente)

I'm here to stay and make the difference that I can make

( Estou aqui para ficar e fazer a diferença que eu posso fazer )

Our differences they do a lot to teach us how to use

( Nossas diferenças fazem muito para nos ensinar como usar )

The tools, the skills we've got yeah we got a lot at stak

( As ferramentas, as habilidades que temos sim que temos muita coisa em jogo )

Brad se sentiu realizado por ver a menina, garota e hoje mulher, atravessar a igreja para encontrá-lo. É ele, foi ele quem ela escolheu. Foi a ele que ela decidiu dar o coração e finalmente, é para ele todo o seu futuro e seu presente. No presente momento ela está fazendo o homem, o mais feliz e realizado. Nos olhos negros dela, ele enxergava os olhos que seu filho terão e os olhos que fitará com mesmo amor daqui sessenta anos. Desejava ter esses olhos o penetrando com amor pelo resto dos seus dias e por todas as suas noites. A perfeita mulher que admirou na infância, foi sua conhecida na terceira série, sua amiga no segundo ano, sua melhor amiga no final do segundo ano, seu amor no último ano no colégio e sua namorada nesse mesmo ano. A mulher que sofreu e venceu as barreiras, o aceitou depois que a destruíram. Ainda lhe deu o maior presente de sua vida, Anita. Sua filha de alma e coração. A completa certeza e firmeza de que ele é dela e ela é dele, transformou seu olhar quando ela parou no pé do altar.

I won't give up on us ( Eu não vou desistir de nós )

God knows I'm tough, he knows ( Deus sabe, sou difícil, ele sabe )

We got a lot to learn ( Temos muito a aprender )

God knows we're worthy ( Deus sabe que somos dignos )

– Cuide bem dela, Brad. Meu filho, neto e amigo. Torne os dias como um eterno paraíso e seja com ela para todo o sempre. - Tom disse em voz alta, fazendo todos suspirarem de emoção ao ouvi-lo. Pois a música cessou.

– Eu tornarei. - Brad sorriu para ele, o abraçando com força.

– Eu tornarei. - Repetiu sorrindo e soltando o avó de coração.

– Cuide dele também, minha pequena Shay. - Tom já chorava, pegou delicadamente na mão da morena e beijou o dorso da mão dela.

Então a entregou para Brad, que no primeiro toque pode perceber que a morena tremia um pouco. Beijou a testa da Carly, e entrelaçou os dedos nos dela. Brianna, mãe de Brad, pegou o buquê dela e sorriu carinhosamente para a garota. Mas a Shay pegou o crucifixo e voltou a entrelaçar os dedos com os de Brad, mas o crucifixo unindo ambas as mãos. Com a mão livre, ela levantou um pouco a parte da frente do vestido e subiu os degraus com o noivo. Pararam então na frente do padre que com o olhar pediu a permissão para começar a cerimônia. Anteriormente, Brad tinha exigido que o padre fosse curto em seu sermão, pois achava um tédio ficar lá em pé sem fazer nada enquanto o padre falava. Shay também exigiu que fosse um pouco diferente. Então seria curto, rápido e um pouco diferente.

– A data de hoje é muito importante... Duas pessoas que se amam e se respeitam vão unir-se aos olhos de Deus. Muitos que estão aqui presentes acompanharam a longa caminhada desse casal e conhecem também as barreiras que derrubaram para hoje estarem se unindo. - O Padre falou em voz alta. – Carly está de frente a Brad e agora mantinha um sorriso pequeno nos lábios vermelhos. Cerca de vinte minutos se passaram e o noivo parecia impaciente demais.

– As alianças são o maior símbolo de um amor recíproco. Que a aliança de vocês seja o amor e o respeito. Seja a própria fidelidade, para que vocês sejam um só. Mas como os outros precisam ver... Que entre as alianças. - O padre falou e os noivos olharam para a ponta distante do tapete felpudo vermelho. Shay desejava um casamento informal e queria que sua filha levasse as alianças. Assim o fez, a pequena Anita está com uma roupa de fada com direito as asas e tudo. Tinha glitter nos cabelos e nos olhos, claro, em um arco íris. A menina sorria, se balançando em harmonia com a música e deslocando-se em direção aos pais.

Together can never be close enough for me ( "Estar junto" pode nunca ser perto o suficiente para que eu )

Feel like I am close enough to you ( Sinta que estou perto o bastante de você )

You wear white and I'll wear out the words I love you( Você usa branco e vou usar as palavras "eu te amo" )

And you're beautiful( E você é linda )

Now that the wait is over( Agora que a espera acabou )

And love and has finally shown her my way( E o amor finalmente mostrou a ela minha maneira )

Marry me ( Case comigo )

Today and every day ( Hoje e todos os dias)

Marry me ( Case comigo )

A pequena chegou à frente do altar, subiu as escadas e mostrou a almofada de renda que segurava para o padre. Ele olhou a menina confuso. A música Marry me - Train, acabou.

– As alianças não estão aqui. - Sussurrou o padre e todo mundo começou a falar. A menina riu sapeca e piscou para sua tia Samantha.

– Filha, onde estão as alianças? - Carly perguntou se controlando para não surtar.

– Eu não sei mamãe... Procura no seu vestido. - A menina riu e pulou um pouco longe dos pais. Colocou as pequenas mãos nas maças do rosto e os olhava com os olhos brilhando.

– Você... ANITA! - Carly a repreendeu e produziu uma gargalhada gostosa na filha. Então Carly apalpou a parte de cima do vestido e provavelmente estava vermelha de raiva. Olhou impaciente para Brad e bufou, batendo as mãos no vestido.

– Dá para achar as alianças? - Carly mandou e ele assentiu. A morena desceu dois dos quatro degraus que levavam ao padre, e depois suspendeu uma perna no último degrau. Ainda com raiva.

Brad entendeu e desceu todos os degraus, suspendeu o vestido da morena que ofereceu a visão de suas delineadas pernas a todos. O padre olhou para o lado. Melanie se permitiu sorrir ao ver essa cena. As mãos de Brad percorreram o interior do vestido até que achou na segunda camada de baixo, as alianças presas a uma fita vermelha e algo a mais. Ele tirou e riu baixinho. É um pingente de coração junto às alianças. Carly desceu o vestido e encarou.

– Pronto, voltando ao casamento? - Ela perguntou e todos sorriram ao ver. Ficou ao lado de Brad quando aqui o coração e fitou o lado direito do coração, uma foto deles juntos e do lado esquerdo uma foto da Anita.

– Minha querida... - Carly choramingou e a chamou, que correu até ao altar. Recebeu os beijos e o abraço dos pais, depois voltou para o seu lugar com um largo sorriso.

– Continuando... - O Padre disse e ungiu as alianças. - Assim como a unção de Deus esteja nessas alianças, que venha também acompanhar vocês.

Carly já tem os olhos cheios de lágrimas e olhava contente para ele. O dono de seu futuro. O Padre deu a aliança para ela, pois antes pediu que ela falasse primeiro e assim se concretizou. Ela começou a colocar o anel no dedo dele e deu um pequeno riso, achou tão engraçado a felicidade que sentiu ao começar a colocar a aliança no dedo de Brad.

– Tem muitos anos que comecei a abrir mão das coisas para te ter por perto. Eu já te amava quando nos tornamos melhores amigos e nunca meu amor por você parou de crescer. Brad, eu te escolhi como meu e te fiz meu ao longo dos anos... Desenhei no ar o meu futuro e você estava nele. Você se tornou o meu dia de amanhã e o dia de hoje. Tornou-se meu tempo e meu coração... Mais que tudo se tornou meu. Eu te quero para todos os dias da minha vida. Por que... Sei que sempre vou te amar. - Carly já tinha lágrimas correndo na face e ele permanecia com um grande sorriso no rosto. Um longo minuto se passou.

– Faça a pergunta. - O Padre disse, pois assim queriam, perguntar um para o outro.

– Brad Prentice, você aceita me amar e me respeitar... Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza... Nas birras dos nossos filhos e na euforia deles... - Ela parou rindo junto com todos que atentos a escutavam - Você, meu amor, me aceitaria por todos os dias da sua vida?

– Mesmo quando só fala de moda? - Brad perguntou divertido e ela assentiu, com um enorme sorriso.

– Até mesmo falando sobre tendências, paleta de cores e tudo mais. - Ainda sorrindo, o olhava atenta.

– Por toda a minha vida, eu direi sim. Sim, sim e sim. - Brad respondeu e a morena sorriu mais ainda. Terminou de posicionar a aliança e beijou o dorso da mão de seu amor.

Brad tomou a mão dela e começou colocar a aliança em seu fino dedo. Olhou nos olhos dela e novamente a certeza invadiu seu peito. Ela é a mulher de sua vida.

– Você era bem magrinha e sem graça quando éramos crianças. - Todas da igreja caíram na risada e a morena revirou os olhos. - Mesmo assim eu te admirava, mas você não me percebia. Apesar de que começou a ficar impossível me perceber com um cão de guarda de cachos loiros do lado... - De todos, Fred foi o que mais riu e vislumbrou a esposa colocar a mão na cintura e fazer careta. - Mas na terceira série você me chamou pelo nome. Virei um conhecido e fiquei feliz por isso. Depois lembrou que eu existia quando precisava de um assistente para o iCarly, e aos poucos se tornou minha amiga. Mas acho que os chocolates diários ajudaram...

– Os chocolates caseiros me conquistaram? - Ela riu - É foi.

– Eu te amo. Amo seus olhos negros e profundos. Amo seus cabelos, o tom da sua pele, sua irritação, seu doce jeito... Eu amo como se veste. Eu te amo tanto, Shay. E principalmente amo o que sente. Amo o fato de ter me dado uma filha e por ter me deixado entrar na sua vida. Eu amo te amar. - Brad disse rapidamente e assistiu lágrimas inundarem a face da morena.

– Eu também te amo, bebê. - Carly sussurrou.

– Carlotta Taylor Shay, você aceita me amar e respeitar na saúde e na doença... Na alegria e na tristeza, quando meu time vence e quando ele perde... - Todos deram risadas, então suspirou. - Você, minha morena, aceita acordar todos os dias da sua vida ao meu lado?

A posição trocada dos padrinhos foi tática da morena, pois, queria espiar as reações da Melanie. Respirou fundo quando encontrou o olhar da loira, que simplesmente começou a deixar cair lágrimas e virou o rosto para não olhar para a morena. Carly sabe que o único de sua vida será Brad e sempre será ele. Então voltou a encarar o marido que esperava a resposta com um beiçinho. Ela riu.

– Por toda a minha vida, eu direi sim. - A morena sussurrou. Todos com muito emoção se levantaram das cadeiras e começaram a bater palmas. Um turbilhão de palmas e palmas invadiu o lugar.

– Eu vos declaro... Marido e Mulher... - O Padre disse e todos ficaram atentos aos recém-casados. Brad pegou a morena pela cintura e selou os lábios com os dela. Nada tão grandioso, mas simplesmente demonstrando o amor que eles sentem.

– Por toda a minha vida, eu direi sim a você... - Os lábios de Fred se moveram e Sam os leu, sorrindo.

– Por toda a minha vida, eu direi sim a você... Nerd bobo. - Fred leu os lábios da esposa e riu deliciosamente.

Fred e Sam se casaram novamente ali, vidrados um no outro e resgatando o motivo do qual usavam uma aliança. Pois a sete anos atrás, os dois disseram sim um para o outro e nessa noite acabaram de dizer que por toda a vida irão dizer sim um para o outro. Ninguém viu, mas eles se casaram novamente com o olhar.