Catastrophe escrita por sakurako


Capítulo 22
Capítulo 22




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Apertei a campainha e olhei para trás pela milésima vez, me certificando de que Jazzie estava no carro. Ela estava olhando na minha direção, e, quando me virei, revirou os olhos provavelmente pensando em como eu era cagão. Voltei a encarar a porta, que foi aberta violentamente, me assustando. 

- O que você quer aqui? - Kevin perguntou, cruzando os braços. - Alice está?

- Alice não está, não. Por que? Ela não tá na sua casa? - Ele parecia aborrecido. Fiz que não com a cabeça e encarei meus pés, colocando as mãos no bolso. - Você manodu ela embora, não foi?

- Foi isso sim, garoto. Agora, se não se importa, pode ir embora você tam...

- Deixa que eu falo com ele, papai. - Frankie apareceu. Kevin a lançou um olhar do tipo, 'estou de olho em vocês' e entrou para dentro, cedendo lugar para a filha. - O que você quer?

- Você mentiu, não é? 

- Você me traiu, não é? - Sorriu, cínica. - Dougie, você estragou todo o plano. 

- Ok, agora eu vou pedir desculpas para a sua irmã, quer ir junto? 

- Se você foi atrás dela, eu vou fazer da vida de Alice um inferno. - Ameaçou. 

- O que você quer comigo?

- Sinceramente? Não muita coisa. Mas, se você não é meu, não é dela. A filhinha bastarda não fez nada de bom na minha vida, por que eu faria na dela? 

- Frankie! - A encarei tipo 'WTF'. - Não, sério, eu vou embora. - Virei as costas, indo em direção ao carro. 

- Eu avisei. 

-- 

Point of view: Alice 

- Eu tô até orgulhosa da minha mala, - coloquei a mão no coração, adicionando drama á fala. - ela está tão organizada, nem parece que é minha mala. 

- Se eu jogar tudo no chão, durante a noite, você fica com preguiça de reorganizar e desiste de ir embora? - Tom perguntou. - Não, eu jogo tudo bagunçado aqui dentro. - Sorri e ele fez biquinho. - Você só vai embora por causa dele? Sério? - Charlie estava meio revoltado. - Quando a gente finalmente se conhece pessoalmente e vai passar um tempo junto, você vai embora por causa de um cara? Alice! Você nem é assim, você...

- Não precisa jogar na minha cara, Charles! 

- Charles é nome de velho. 

- É seu nome, eu vou fazer o que? 

- Fica aqui e o Charlie deixa você chamar ele de Charles o quanto quiser! - Tom me lançou um sorriso Colgate e uma piscadela marota. - Deixo, deixo mesmo. - Charlie fez cara de cachorro abandonado.

- Eu posso pensar no caso. Jogar umas coisas na minha cara, isso funcionou. 

- Sempre funciona.

- Vai. Cagar. - Disse, pausadamente. - Mas, vamos supor que eu fique, daí eu não posso ficar aqui na casa do Tom pra sempre. Também tá na hora de resolver minha vida e parar de viver de mesada, sabe? Tipo, arrumar um emprego, começar uma faculdade... Eu tenho dezoito anos e durmo o dia inteiro. Eu posso arrumar um emprego e estudar aqui mas... Eu... eu sinto falta da minha mãe, do meu padrasto, do meu irmão. 

- Não vai sentir falta da gente?

- É claro que vou! 

- Então! Não importa para onde você vá, vai ter saudades de alguma coisa. Não tente usar isso contra nós, Alice. 

- Mas é minha mãe!

- Visitas existem pra quê?

- Realmente, Thomas, visitas existem pra quê? - Sorri ironicamente e ele fechou a cara. - Pode ir cagar, mocinha. 

- E você pode ir atender a porta, mocinho. 

- Eu não vou, não. É muito longe. - Tom se espreguiçou, ao mesmo tempo que bocejava.  - Mas provavelmente é pra você. - Dei de ombros. Charlie estava muito concentrado no Ipad e na turnê da Madonna (GAY!) para dizer alguma coisa. 

- Vai lá. - Tom pediu, com um biquinho. Revirei os olhos e saí do quarto, descendo as escadas e indo direto até a porta.  - Já vai! - A pessoa apertava a campainha como se nunca tivesse visto uma antes. Abri a porta e fui recebida com um beijo. Dougie, o inconfundível Dougie, me puxou pela cintura e selou nossos lábios, com certa pressa. Tentei me afastar, com sucesso, e o encarei desafiadora:

- Você sempre faz isso com estranhas?

- Alice... 

- Alice? Você sabe meu nome? Andou me stalkeando, Poynter? - Ele suspirou. - Me desculpe por não acreditar em você e dizer todas aquelas coisas estúpidas.

- Desculpe, minha cabeça ainda está em Nova York. Não era para eu estar aqui, sabe, vamos fingir que eu nunca apareci por aqui. Você pode repetir? 

- Me desculpe por não acreditar em você e dizer todas aquelas coisas estúpidas.

- Mais alto, que tal? - Ele riu, provavelmente achando inacreditável. - Ok, - Tomou folêgo. - EU QUERIA PEDIR DESCULPAS POR NÃO ACREDITAR EM VOCÊ E DIZER COISAS ESTÚPIDAS. 

- Ótimo, está perdoado. Somos amigos. 

- Amigos? - Ele me puxou para mais perto novamente, deixando nossos rostos com pouquissimos centímetros de distância.  - Só amigos? Eu estava pensando em algo mais...

- Amigos. Só amigos. Você não pode pensar em nada mais se não confia em mim. Acho que eu também não confio em você... Quer dizer, se você fez com ela, pode fazer comigo. - O empurrei um pouco, usando todo o restinho de autocontrole que eu tinha. Ele não podia continuar fazendo aquele tipo de coisa, eu não era tão forte com aqueles olhos azuis no meio. 

- Amigos com benefícios? 

- Amigos, Dougie! 

- Mas eu já disse que nós...

- Amigos ou nada. 

- Tudo bem, tudo bem! - Ele ergueu as mãos, se rendendo. - Ainda te faço mudar de idéia.  - Murmurou. Como se ele precisasse de algum esforço pra isso.

- Agora, você pode me convidar pra entrar, best? - Me chamou de best em um tom ironico. - Eu apertei muitas campainhas hoje e ninguém me convidou para entrar, tô ficando meio carente. 


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Notas finais do capítulo

BOM DIA, BOA NOITE, BOA TARDE
Eu sei lá se eu gostei desse capítulo, mais pra não do que pra sim, viu? (agora kd as novidads?)
Enfim, eu não tenho muito que escrever aqui, mas eu quero escrever de qualquer forma. Vamos falar sobre pandas :3 pandas são lindos :3 gatos também :3
tchau



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