My Dear Devil escrita por ana_christie


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

konnichiwa minna-san!
Aqui de volta com mais alguns capítulos. Onegai, desculpem a minha demora a postar! Tanto a Nana-chan quanto eu, a beta, estamos muito ocupadas! Mas fazemos o possível para trazer algo de qualidade! Esperamos que gostem!



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— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? — sussurrei-gritando para ele.

— Não é meio óbvio? — ele fechou a distância entre nós, apoiando suas mãos aos lados da minha cabeça. — O “playboy” está perseguindo você...

Eu corei com as suas palavras.

Oh, meu Deus...

OH MEU DEUS!!!!

NÃO ME DIGA QUE ELE OUVIU MINHA CONVERSA COM HOTARU?

 — VOCÊ OUVIU MINHA CONVERSA COM SUA IRMÃ?

Diga que não ouviu... diga que não ouviu...

— Cada palavra... — ele veio mais uma vez para cima de mim como se quisesse me beijar, e eu abaixei minha cabeça, tentando empurrá-lo com as mãos.

Isso não é legal...

Num cubículo com Chiba...

— NÃO SE ATREVA! — desviei de seus lábios. — VOCÊ POR ACASO É MALUCO? VOCÊ ESTÁ ME PERSEGUINDO DESDE QUANDO?

— Desde que vocês entraram aqui...

— E posso saber como nos encontrou aqui? — olhei firme em seus olhos.

— Informaram-me que Hotaru havia fugido do estúdio de balé, e então resolvi procurá-la. Ela usou várias vezes o meu cartão de crédito... e como eu sou rico... foi fácil encontrá-la... — ele sorriu de lado. — Só não sabia que você estaria junto...

Senti a mão dele em minha cintura, me acariciando.

ARROGANTE, BESTA, HENTAI!

E COMO ELE JÁ TINHA A MÃO ALI?

— Afaste essa sua mão... — falei por entre os dentes.

— Que eu me lembre... — ele disse sem se importar com o que eu tinha falado. — Hotaru deveria ter ido para a aula de flauta. E não para um shopping com a amiguinha dela — ele quase encostou seu nariz no meu... só por alguns centímetros.

Oh, droga.

Estou com falta de ar novamente...

— Não sabia que você era uma má influência para ela... — ele sorriu novamente.

— Má influência? MÁ INFLUÊNCIA... ESCUTA AQUI, SEU ARROGANTE ID-

A boca dele me calou, e ele me empurrou contra a parede fortemente, prendendo meus braços e minhas pernas.

Miserável...

Tentei puxar por ar, mas ele enfiou sua língua em minha boca, deixando o beijo numa intensidade em que eu quase não podia aguentar...

Quebrou o beijo, e eu o olhei sem fôlego.

— Isso foi por desviar minha irmã das obrigações dela... — ele murmurou sobre a minha boca. — E isso, pela joelhada... — seus lábios voltaram para mim com mais força ainda.

Sua mão desceu e ergueu minha saia, tocando minha perna.

Minha mente foi a mil...

Meu cérebro só gritava:

ALERTA, ALERTA, ALERTA, ALERTA, ALERTA, ALERTA.

Mas tudo o que eu procurava era respirar!

E ele não me oferecia nem um pouco de ajuda.

Parecia que ele queria me sufocar com seus beijos e seu atordoante perfume. E ter a pele dele sobre a minha apenas fazia rodar cada vez mais a minha cabeça.

Eu abri mais minha boca, e ele gemeu quando fiz isso.

Mordi com toda força seu lábio; ele sentiu, por que vi seu cenho franzir, mas continuou me beijando mesmo assim.

Senti um gosto de sangue, e minha pele se arrepiou.

Até o sangue dele parecia saboroso!

Uahhh o que estou pensando!?

— Usagi-chan? — ouvi a voz de Hotaru do lado de fora, e Chiba se afastou de meus lábios.

Ainda procurava por ar quando os olhos dele se voltaram para mim.

UGH como eu queria matá-lo agora mesmo...

A mão quente dele subiu pelo meu corpo, até parar no meu pescoço, provocando arrepios estranhos. E afastou meus cabelos, colocando-os atrás de minha orelha.

Uahhh... o que está acontecendo comigo?

Tá tudo rodannnndo...

Ele beijou demoradamente meu pescoço, como se quisesse me provar, e se afastou, colocando sua boca em minha orelha.

— Diga algo, odango-chan... — ele sussurrou, e meu corpo se arrepiou.

Pareceu mais um clic, fazendo funcionar meu cérebro.

— A-ah... Ho-Hotaru...

EU PODIA PEDIR AJ-

— Não a deixe entrar... Não seria muito legal ela ver nosso estado agora — e ele beijou minha orelha.

Me fazendo tremer...

UUUAAAAAHHHH!

CORPO TRAIDOR!

Corpo traidor...

 — AH! Você está aí ainda! — a voz dela era amável. — Não gostei muito de algumas roupas, mas eu escolhi outras que são bem bonitas...

— A-ah! I-isso é ótimo, Taru-chan!

Ohhhh... alguém me ajude!

Chiba continuava beijando meu pescoço com tanta vontade...

— Pa-pare com isso!

— E quanto a você? Serviu o vestido?

— Ah-ah... er... na-não deu muito certo. E-ele ficou um pouco apertado, só...

— Está perfeito assim... — ele sussurrou enquanto me beijava, e suas mãos acariciavam minhas costas, minha cintura.

— Pare com isso! — sussurrei mais uma vez na orelha dele. Mas parecia que ele não me ouvia.

— Deixe-me ver! — a vi segurar a cortina, e meu cérebro disparou mais uma vez.

— NÃO! — falei um tanto alto, e a vi largar a cortina. Chiba deu uma risadinha, e eu corei. — E-eu já o tirei... E-estou apenas me arrumando, a-aconteceu um problema co-com a minha saia...

Droga...

— Quer ajuda?

— Não, na-não precisa, arigatou...

Não consigo mexer meus braços, minhas pernas...

— Diga para ela ir em frente... e te esperar na porta... — ele sussurrou novamente, e se afastou do meu ouvido, voltando a me olhar.

— Você me paga por isso... — sussurrei também, e ele sorriu, beijando minha boca mais uma vez.

— Usagi-chan?

— Hum! — afastei meus lábios dos dele. — Va-vai indo em frente, Ta-Taru-chan, e me espere na porta... — o ouvi rir baixinho outra vez, e tive vontade de estraçalhá-lo... — Eu logo te encontro...

— Hum... okay — ela falou ainda amável. — Estarei te esperando lá na frente...

E se afastou.

— Seu miserável... — respirei com raiva quando ele voltou a me olhar.

— Não foi tão difícil, foi? Podemos nos divertir mais um pouco... — e ele veio novamente tentar me beijar.

Abaixei minha cabeça novamente. Libertei meus braços e o empurrei.

— PARE! — e finalmente ele se afastou com uma respiração agoniada.

— Você sempre tem que estragar os melhores momentos, odango...

Ergui minha mão e, louca de vontade de machucá-lo, tentei dar um tapa na cara dele, mas ele a segurou no ar.

— Não desta vez... — sorriu o miserável e, lentamente, cruzou nossos dedos. Tentei puxar minha mão, mas ele manteve o aperto forte.

— Idiota, idiota, idiota!

Eu era a idiota, por não conseguir ser forte o suficiente para fazê-lo se arrepender das coisas que ele fazia.

— Vista-se... Hotaru está te esperando... — e ele se encostou na parede do cubículo, olhando para mim. Soltei minha mão da dele.

— COMO SE EU FOSSE ME VESTIR NA SUA FRENTE! SAIA DAQUI! — apontei para fora. E Chiba apenas encostou a cabeça na parede, me olhando com seus olhos profundos.

— Tem gente ali fora, odango, se eu sair agora, as pessoas podem armar um escândalo, já que essa loja é só para mulheres...

Corei violentamente, e ele sorriu.

— Não que isso seja problema para mim... mas se voc-

— Não saia, então, besta! UGGH! Por que você tem que fazer essas coisas comigo? — coloquei minhas mãos na cabeça, agoniada, e olhei para ele. — Posso saber como você conseguiu entrar aqui?

— Se... gre... do... — continuou ali, encostado, me olhando tão ternamente que minha respiração até falhou novamente.

— Fi-fique de costas... — murmurei, olhando para o lado. Ele pareceu pensar por algum tempo e fez o que eu mandei. — E FECHE OS OLHOS!

— Não vou olhar, odango...

— NÃO CONFIO EM VOCÊ! Agora apenas FECHE OS OLHOS! — ele suspirou e colocou a mão em seus olhos. Eu verifiquei várias vezes se ele não estava espiando e tentei abrir o zíper.

MAS A DROGA NÃO ABRIA!

EU HAVIA ME ESQUECIDO QUE EU HAVIA QUEBRADO...

— Oh, não... — escapou sem querer.

— O que houve? — ele sussurrou, e eu mordi meus lábios, pensando se deveria ou não falar o que acontecera.

— E-eu quebrei o zíper... não consigo tirar a droga do vestido! — tentei forçar o zíper, mas ele não se movia um pouco sequer. Olhei no espelho à frente e vi o reflexo de Chiba se virando.

Nossos olhares se encontraram ali, e eu senti vergonha e olhei para baixo.

O senti se aproximar por trás de mim.

— Deixe que eu abro... — sussurrou em meu ouvido, e eu voltei para o reflexo à frente. Seus olhos me fitaram e baixaram, olhando para o zíper em minhas costas.

Ahhh, droga...

Odiava sentir essa sensação de conforto quando estava com ele.

Seus olhos estavam atentos no zíper atrás de minhas costas, e seus dedos tentavam abri-lo. E cada vez mais minha cabeça rodava...

Por que tudo isso tinha que acontecer?

E por que ele tem que ser tão atraen.te?


AAAAAHHHHHHHHHHH!

E, pensando bem... por acaso eu o deixei me beijar alguns minutos atrás?

Uaaahhhhhhh

Não estou me suportando hoje...

Esses pensamentos idiotas apenas me confundem mais...
Chiba levantou seus olhos para mim, e esse simples movimento me surpreendeu. Os batimentos em meu pulso começaram a acelerar, e minha respiração se tornou pesada.

O porquê disto...

Ainda não sei exatamente...

Só soube que, apenas naquele momento, eu queria que o tempo parasse... Como naquela primeira vez quando ele estava no estádio ao longe, e seus olhos pararam em mim.

— Viu, foi fácil... — ele sussurrou.

Senti enquanto ele descia o zíper, porque seus dedos tocaram minha pele.

Ele largou o vestido, e suas mãos tocaram minha cintura.

E, inconscientemente, eu deixei.

Percebi que a respiração dele estava pesada também, pela sua aproximação, e nossos corpos se tocaram.

— Quer saber como o filme termina? — ele murmurou perto de minha orelha sem desviar nossos olhares.

Mas eu acabei piscando, e aquela magia que estava no ar simplesmente foi desaparecendo.

Não entendia como ele conseguia me deixar dessa forma...

Perdida...

— Não, Chiba Mamoru... — afastei suas mãos, olhando para baixo. — Fique de costas... e feche os olhos... para que eu possa me vestir...

Ouvi-o puxar por ar e se virar novamente.

###############

Coloquei minhas roupas rapidamente, com medo que ele se virasse. Eu o olhei, mas ele realmente tinha a mão sobre seus olhos. Ajeitei minha blusa e peguei o vestido em minhas mãos, vendo o estrago que eu tinha feito.

— Pronto, baka... — falei mal-humorada, vendo se tinha algum jeito de arrumar o zíper. Ele se virou para mim e soltou a respiração novamente.

— O que quer fazer agora? — sussurrou e abaixou a cabeça, ficando ao meu nível.

— Tentar arrumar isso aqui e lhe dar uns bons tapas! — pude ver o seu sorriso.

Droga...

Até o sorriso dele me causa asfixia.

— Deixe como está, ninguém vai saber mesmo... — ele murmurou, pegando o vestido da minha mão e colocando de lado.

— Não vou deixar como está! — voltei a pegar o vestido. — Foi por minha culpa que acabou estragando...

— Baka-odango... deixa isso de lado. Você não tem dinheiro para pagar por ele... — ele tirou novamente o vestido de minhas mãos e enlaçou minha cintura.

— Como assim não tenho dinheiro? Você está me chamando de pob-

E ele me beijou de novo...

E de novo...

E de novo...

— Uah! — empurrei o queixo dele. — Mas que droga, eu disse para você parar!

— Não posso evitar... eu gosto de beijar você... é gostoso... — ele tentou novamente, mas coloquei todos os dedos sobre seus lábios.

— Se você não parar com isso eu vou... eu vou... — ele começou a beijar cada dedo com muita ternura, fazendo novamente meu coração se acelerar.

— Vai o quê? — murmurou com seu olhar maligno.

Uggghhh, eu odeio esses seus olhos...

— Vou quebrar todos os seus dentes... e quero ver se o poderoso Chiba vai conseguir alguma garota...

— Como você é violenta... — ele beijou mais algumas vezes. — Dá até vontade de ir mais além, para ver o que você faz...

Uaahhhh

Meu rosto está quente!

Ele apenas riu mais uma vez.

— Já falei que você fica ainda mais linda corando?
Cada nervo meu pareceu estalar!

Uaaaahhhhhhhhhh alguém me acuda!

O que faço... o quê...

AH!

Afastei minhas mãos da sua boca e segurei seu rosto, ele me olhou surpreso, achando que provavelmente eu o beijaria...

Ele realmente acha isso?

Trouxa...

— TOMA, HENTAI-CHIBA!

Segurei bem firme e fui com tudo com a minha cabeça, acertando com força a testa dele.

Iiiiiitaiiiiiiiiiiiii!

Doeu...
Como doeu!

Que cabeça dura é a desse Chiba!


Mas ele me largou.


— Ahhh... odango... — ele murmurou, tocando sua testa. E, aproveitando a situação, abri a cortina e saí correndo daquele cubículo dos infernos!

Continua...


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