My Dear Devil escrita por ana_christie
Notas iniciais do capítulo
konnichiwa minna-san!
Aqui de volta com mais alguns capítulos. Onegai, desculpem a minha demora a postar! Tanto a Nana-chan quanto eu, a beta, estamos muito ocupadas! Mas fazemos o possível para trazer algo de qualidade! Esperamos que gostem!
— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? — sussurrei-gritando para ele.
— Não é meio óbvio? — ele fechou a distância entre nós, apoiando suas mãos aos lados da minha cabeça. — O “playboy” está perseguindo você...
Eu corei com as suas palavras.
Oh, meu Deus...
OH MEU DEUS!!!!
NÃO ME DIGA QUE ELE OUVIU MINHA CONVERSA COM HOTARU?
— VOCÊ OUVIU MINHA CONVERSA COM SUA IRMÃ?
Diga que não ouviu... diga que não ouviu...
— Cada palavra... — ele veio mais uma vez para cima de mim como se quisesse me beijar, e eu abaixei minha cabeça, tentando empurrá-lo com as mãos.
Isso não é legal...
Num cubículo com Chiba...
— NÃO SE ATREVA! — desviei de seus lábios. — VOCÊ POR ACASO É MALUCO? VOCÊ ESTÁ ME PERSEGUINDO DESDE QUANDO?
— Desde que vocês entraram aqui...
— E posso saber como nos encontrou aqui? — olhei firme em seus olhos.
— Informaram-me que Hotaru havia fugido do estúdio de balé, e então resolvi procurá-la. Ela usou várias vezes o meu cartão de crédito... e como eu sou rico... foi fácil encontrá-la... — ele sorriu de lado. — Só não sabia que você estaria junto...
Senti a mão dele em minha cintura, me acariciando.
ARROGANTE, BESTA, HENTAI!
E COMO ELE JÁ TINHA A MÃO ALI?
— Afaste essa sua mão... — falei por entre os dentes.
— Que eu me lembre... — ele disse sem se importar com o que eu tinha falado. — Hotaru deveria ter ido para a aula de flauta. E não para um shopping com a amiguinha dela — ele quase encostou seu nariz no meu... só por alguns centímetros.
Oh, droga.
Estou com falta de ar novamente...
— Não sabia que você era uma má influência para ela... — ele sorriu novamente.
— Má influência? MÁ INFLUÊNCIA... ESCUTA AQUI, SEU ARROGANTE ID-
A boca dele me calou, e ele me empurrou contra a parede fortemente, prendendo meus braços e minhas pernas.
Miserável...
Tentei puxar por ar, mas ele enfiou sua língua em minha boca, deixando o beijo numa intensidade em que eu quase não podia aguentar...
Quebrou o beijo, e eu o olhei sem fôlego.
— Isso foi por desviar minha irmã das obrigações dela... — ele murmurou sobre a minha boca. — E isso, pela joelhada... — seus lábios voltaram para mim com mais força ainda.
Sua mão desceu e ergueu minha saia, tocando minha perna.
Minha mente foi a mil...
Meu cérebro só gritava:
ALERTA, ALERTA, ALERTA, ALERTA, ALERTA, ALERTA.
Mas tudo o que eu procurava era respirar!
E ele não me oferecia nem um pouco de ajuda.
Parecia que ele queria me sufocar com seus beijos e seu atordoante perfume. E ter a pele dele sobre a minha apenas fazia rodar cada vez mais a minha cabeça.
Eu abri mais minha boca, e ele gemeu quando fiz isso.
Mordi com toda força seu lábio; ele sentiu, por que vi seu cenho franzir, mas continuou me beijando mesmo assim.
Senti um gosto de sangue, e minha pele se arrepiou.
Até o sangue dele parecia saboroso!
Uahhh o que estou pensando!?
— Usagi-chan? — ouvi a voz de Hotaru do lado de fora, e Chiba se afastou de meus lábios.
Ainda procurava por ar quando os olhos dele se voltaram para mim.
UGH como eu queria matá-lo agora mesmo...
A mão quente dele subiu pelo meu corpo, até parar no meu pescoço, provocando arrepios estranhos. E afastou meus cabelos, colocando-os atrás de minha orelha.
Uahhh... o que está acontecendo comigo?
Tá tudo rodannnndo...
Ele beijou demoradamente meu pescoço, como se quisesse me provar, e se afastou, colocando sua boca em minha orelha.
— Diga algo, odango-chan... — ele sussurrou, e meu corpo se arrepiou.
Pareceu mais um clic, fazendo funcionar meu cérebro.
— A-ah... Ho-Hotaru...
EU PODIA PEDIR AJ-
— Não a deixe entrar... Não seria muito legal ela ver nosso estado agora — e ele beijou minha orelha.
Me fazendo tremer...
UUUAAAAAHHHH!
CORPO TRAIDOR!
Corpo traidor...
— AH! Você está aí ainda! — a voz dela era amável. — Não gostei muito de algumas roupas, mas eu escolhi outras que são bem bonitas...
— A-ah! I-isso é ótimo, Taru-chan!
Ohhhh... alguém me ajude!
Chiba continuava beijando meu pescoço com tanta vontade...
— Pa-pare com isso!
— E quanto a você? Serviu o vestido?
— Ah-ah... er... na-não deu muito certo. E-ele ficou um pouco apertado, só...
— Está perfeito assim... — ele sussurrou enquanto me beijava, e suas mãos acariciavam minhas costas, minha cintura.
— Pare com isso! — sussurrei mais uma vez na orelha dele. Mas parecia que ele não me ouvia.
— Deixe-me ver! — a vi segurar a cortina, e meu cérebro disparou mais uma vez.
— NÃO! — falei um tanto alto, e a vi largar a cortina. Chiba deu uma risadinha, e eu corei. — E-eu já o tirei... E-estou apenas me arrumando, a-aconteceu um problema co-com a minha saia...
Droga...
— Quer ajuda?
— Não, na-não precisa, arigatou...
Não consigo mexer meus braços, minhas pernas...
— Diga para ela ir em frente... e te esperar na porta... — ele sussurrou novamente, e se afastou do meu ouvido, voltando a me olhar.
— Você me paga por isso... — sussurrei também, e ele sorriu, beijando minha boca mais uma vez.
— Usagi-chan?
— Hum! — afastei meus lábios dos dele. — Va-vai indo em frente, Ta-Taru-chan, e me espere na porta... — o ouvi rir baixinho outra vez, e tive vontade de estraçalhá-lo... — Eu logo te encontro...
— Hum... okay — ela falou ainda amável. — Estarei te esperando lá na frente...
E se afastou.
— Seu miserável... — respirei com raiva quando ele voltou a me olhar.
— Não foi tão difícil, foi? Podemos nos divertir mais um pouco... — e ele veio novamente tentar me beijar.
Abaixei minha cabeça novamente. Libertei meus braços e o empurrei.
— PARE! — e finalmente ele se afastou com uma respiração agoniada.
— Você sempre tem que estragar os melhores momentos, odango...
Ergui minha mão e, louca de vontade de machucá-lo, tentei dar um tapa na cara dele, mas ele a segurou no ar.
— Não desta vez... — sorriu o miserável e, lentamente, cruzou nossos dedos. Tentei puxar minha mão, mas ele manteve o aperto forte.
— Idiota, idiota, idiota!
Eu era a idiota, por não conseguir ser forte o suficiente para fazê-lo se arrepender das coisas que ele fazia.
— Vista-se... Hotaru está te esperando... — e ele se encostou na parede do cubículo, olhando para mim. Soltei minha mão da dele.
— COMO SE EU FOSSE ME VESTIR NA SUA FRENTE! SAIA DAQUI! — apontei para fora. E Chiba apenas encostou a cabeça na parede, me olhando com seus olhos profundos.
— Tem gente ali fora, odango, se eu sair agora, as pessoas podem armar um escândalo, já que essa loja é só para mulheres...
Corei violentamente, e ele sorriu.
— Não que isso seja problema para mim... mas se voc-
— Não saia, então, besta! UGGH! Por que você tem que fazer essas coisas comigo? — coloquei minhas mãos na cabeça, agoniada, e olhei para ele. — Posso saber como você conseguiu entrar aqui?
— Se... gre... do... — continuou ali, encostado, me olhando tão ternamente que minha respiração até falhou novamente.
— Fi-fique de costas... — murmurei, olhando para o lado. Ele pareceu pensar por algum tempo e fez o que eu mandei. — E FECHE OS OLHOS!
— Não vou olhar, odango...
— NÃO CONFIO EM VOCÊ! Agora apenas FECHE OS OLHOS! — ele suspirou e colocou a mão em seus olhos. Eu verifiquei várias vezes se ele não estava espiando e tentei abrir o zíper.
MAS A DROGA NÃO ABRIA!
EU HAVIA ME ESQUECIDO QUE EU HAVIA QUEBRADO...
— Oh, não... — escapou sem querer.
— O que houve? — ele sussurrou, e eu mordi meus lábios, pensando se deveria ou não falar o que acontecera.
— E-eu quebrei o zíper... não consigo tirar a droga do vestido! — tentei forçar o zíper, mas ele não se movia um pouco sequer. Olhei no espelho à frente e vi o reflexo de Chiba se virando.
Nossos olhares se encontraram ali, e eu senti vergonha e olhei para baixo.
O senti se aproximar por trás de mim.
— Deixe que eu abro... — sussurrou em meu ouvido, e eu voltei para o reflexo à frente. Seus olhos me fitaram e baixaram, olhando para o zíper em minhas costas.
Ahhh, droga...
Odiava sentir essa sensação de conforto quando estava com ele.
Seus olhos estavam atentos no zíper atrás de minhas costas, e seus dedos tentavam abri-lo. E cada vez mais minha cabeça rodava...
Por que tudo isso tinha que acontecer?
E por que ele tem que ser tão atraen.te?
AAAAAHHHHHHHHHHH!
E, pensando bem... por acaso eu o deixei me beijar alguns minutos atrás?
Uaaahhhhhhh
Não estou me suportando hoje...
Esses pensamentos idiotas apenas me confundem mais...
Chiba levantou seus olhos para mim, e esse simples movimento me surpreendeu. Os batimentos em meu pulso começaram a acelerar, e minha respiração se tornou pesada.
O porquê disto...
Ainda não sei exatamente...
Só soube que, apenas naquele momento, eu queria que o tempo parasse... Como naquela primeira vez quando ele estava no estádio ao longe, e seus olhos pararam em mim.
— Viu, foi fácil... — ele sussurrou.
Senti enquanto ele descia o zíper, porque seus dedos tocaram minha pele.
Ele largou o vestido, e suas mãos tocaram minha cintura.
E, inconscientemente, eu deixei.
Percebi que a respiração dele estava pesada também, pela sua aproximação, e nossos corpos se tocaram.
— Quer saber como o filme termina? — ele murmurou perto de minha orelha sem desviar nossos olhares.
Mas eu acabei piscando, e aquela magia que estava no ar simplesmente foi desaparecendo.
Não entendia como ele conseguia me deixar dessa forma...
Perdida...
— Não, Chiba Mamoru... — afastei suas mãos, olhando para baixo. — Fique de costas... e feche os olhos... para que eu possa me vestir...
Ouvi-o puxar por ar e se virar novamente.
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Coloquei minhas roupas rapidamente, com medo que ele se virasse. Eu o olhei, mas ele realmente tinha a mão sobre seus olhos. Ajeitei minha blusa e peguei o vestido em minhas mãos, vendo o estrago que eu tinha feito.
— Pronto, baka... — falei mal-humorada, vendo se tinha algum jeito de arrumar o zíper. Ele se virou para mim e soltou a respiração novamente.
— O que quer fazer agora? — sussurrou e abaixou a cabeça, ficando ao meu nível.
— Tentar arrumar isso aqui e lhe dar uns bons tapas! — pude ver o seu sorriso.
Droga...
Até o sorriso dele me causa asfixia.
— Deixe como está, ninguém vai saber mesmo... — ele murmurou, pegando o vestido da minha mão e colocando de lado.
— Não vou deixar como está! — voltei a pegar o vestido. — Foi por minha culpa que acabou estragando...
— Baka-odango... deixa isso de lado. Você não tem dinheiro para pagar por ele... — ele tirou novamente o vestido de minhas mãos e enlaçou minha cintura.
— Como assim não tenho dinheiro? Você está me chamando de pob-
E ele me beijou de novo...
E de novo...
E de novo...
— Uah! — empurrei o queixo dele. — Mas que droga, eu disse para você parar!
— Não posso evitar... eu gosto de beijar você... é gostoso... — ele tentou novamente, mas coloquei todos os dedos sobre seus lábios.
— Se você não parar com isso eu vou... eu vou... — ele começou a beijar cada dedo com muita ternura, fazendo novamente meu coração se acelerar.
— Vai o quê? — murmurou com seu olhar maligno.
Uggghhh, eu odeio esses seus olhos...
— Vou quebrar todos os seus dentes... e quero ver se o poderoso Chiba vai conseguir alguma garota...
— Como você é violenta... — ele beijou mais algumas vezes. — Dá até vontade de ir mais além, para ver o que você faz...
Uaahhhh
Meu rosto está quente!
Ele apenas riu mais uma vez.
— Já falei que você fica ainda mais linda corando?
Cada nervo meu pareceu estalar!
Uaaaahhhhhhhhhh alguém me acuda!
O que faço... o quê...
AH!
Afastei minhas mãos da sua boca e segurei seu rosto, ele me olhou surpreso, achando que provavelmente eu o beijaria...
Ele realmente acha isso?
Trouxa...
— TOMA, HENTAI-CHIBA!
Segurei bem firme e fui com tudo com a minha cabeça, acertando com força a testa dele.
Iiiiiitaiiiiiiiiiiiii!
Doeu...
Como doeu!
Que cabeça dura é a desse Chiba!
Mas ele me largou.
— Ahhh... odango... — ele murmurou, tocando sua testa. E, aproveitando a situação, abri a cortina e saí correndo daquele cubículo dos infernos!
Continua...
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