Diário De Um Lírio! escrita por Peter Van Houten


Capítulo 2
Capítulo 2 - Black, o ladrão!




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7 de Janeiro – Quarta-feira.

11h55. Ai, ai, aula de adivinhação, nunca sou boa nesta matéria, em primeiro lugar, como é que eu vou saber o que tem dentro de uma bola de cristal? Por acaso eu tenho algum poder? Não, eu não tenho, estou pensando em abandonar tudo isso, mas acho melhor não... sinceramente, eu não sei o que eu quero ultimamente.

Fiz cara feia para você, e a professora notou.

– Previu alguma coisa, querida? – ela falou olhando fixamente para mim.

– Hã... – pensei – receio que minhas notas vão diminuir um pouco, como todo mundo não fico feliz com isso... – olhei o rosto dela de decepção, acho que ela esperava algo mais vibrante, acho que deveria ter mentido, e não falado o que eu realmente receava. – E também, que coisas terríveis vão acontecer comigo... – pensei em uma mentira bem feita – Alguns à minha volta vão murchar como flores do campo.

No momento em que falei isso ouvi o Potter cochichar com o Sirius “Claro, que, meu lírio, o mais lindo de todos nunca vai murchar, não é mesmo almofadinhas?” “Eu não sei de nada...” Sirius riu.

Almofadinhas? O.k, vou ignorar isso, Sirius Black parece uma almofada? Aff, Merlin!

– Oh, minha queria, realmente, sua vida vai está agitada! – a professora concordou comigo... a professora... a professora... A PROFESSORA CONCORDOU COMIGO!

Meu queixo quase caiu agora, desde quando eu adivinho alguma coisa nesta minha vida?

Chega de perguntar, tenho que me concentrar nos estudos.

12h, almoço. Sem fome, um milagre aconteceu, eu, Lílian Evans, estou sem fome, estou à anos pensando neste dia, eu posso perder uns quilinhos e deixar de ter essas dobrinhas na minha barriga.

Sentei no salão comunal, ainda não tinha ninguém com quem eu ficava diariamente na grande mesa, eu ia começar a fechar você e ler um bom livro.

– Lily, preciso falar com você. – uma voz conhecida para mim, era a Kat, com uma cara aflita.

– Agora?

– Si... – seus olhos miraram em cima de meu ombro, obviamente alguém havia chegado.

– Olá meninas... - falou Remo – Você... está bem?

– Ah, sim, estou. – ela pegou um pouco de salada. – Lily, depois você poderia me encontrar na orla do lago?

– Sim, estarei lá.

Depois disso, ela fez o possível para não falar, acho que foi difícil para ela, já que a Kat sempre fala, e fala muito!

– No que deu em você, Kat? – perguntou Emelina, olhando para Remo, seu olhar era diferente, mas Remo não percebeu.

– Hã? – ela fixou seus olhos nos olhos de Emelina, com um certo digamos... ciúme? Deve ser porque eles são bem amigos, sabe, a Kat conheceu o Remo desde quando o Potter conheceu o garoto.

– Por que você está tão calada? – ela perguntou novamente – você nunca foi assim.

– Nada... só ando meio confusa, depois esclareço mais. – ela mexeu um pouco na sua comida, que quase não colocou na boca. – Depois das aulas, Lily, se encontre comigo, por favor.

Essa foi sua ultima palavra, Potter, Sirius e Remo tentou chama-la de volta para comer mais, obviamente ela não deu ouvidos.

Fitei ela sair do salão principal, com seu livro favorito em suas mãos, “Romeu e Julieta”, romance trouxa, raramente ela ler romance, esperava isso mais do lado de Marlene.

– Bom, tenho que ir. – anunciei ao parar de olhar para ela.

Tenho aula de Aritmancia agora, com a Alice e a Kat, não sei como as duas estão nesta aula, desde quando elas gostam de calculo?

12h30, Aritmancia. Alice e Kat se sentaram uma em cada lado meu, a sala não estava muito cheia, quando entrei com Alice, a Kat já tinha guardado lugares para gente, mesmo não sendo necessário.

– Ai, ai, aulas com lufalufinos, os lerdos, a aula de Aritmancia nem me agrada muito, foi a melhor opção, não ai querer ficar com História da magia, agora com lufalufinos lerdos, já é brincadeira com a nossa cara! – comentou Alice, no que a Kat riu, menos eu.

Não gosto muito como chamam os lufalufinos, tudo bem que eles são um pouco lerdos, todos eles, mas mesmo assim ninguém tem direito de julgar eles. Pronto! A Lílian boazinha entra em ação!

18h, orla do lago. Aulas acabaram, vim esperar a Kat para ela me esclarecer o que está acontecendo com ela.

18h17. Ela está vindo depois relato tudo!

22h, dormitório feminino. Estou com pena da Kat, e muito cansada também, cheguei um pouco atrasada para a patrulha nos corredores de Hogwarts, para observar se alguém estava fora da cama, agora é que eu penso “As pessoas de Hogwarts são muito desobedientes!”, só hoje consegui pegar 3 primeiranistas fora da cama, a hora de explorar Hogwarts é de manhã e nos fins de semanas, não na madrugada.

Bom, voltando, sobre a Kat.

– Ainda bem que você veio Lily! – falou Kat se sentando ao meu lado, e se encostando em uma árvore.

– Estou aqui para lhe ajudar! Pode disser!

– Ér.. em primeiro lugar, eu vim lhe procurar, porque até agora você foi a primeira pessoa que encontrei e que tenho certeza de quando estou com você sei o que está acontecendo. – ela respirou fundo. - Acho que você pode ter percebido que eu não estou boa como era antes em adivinhação, não vou enrolar muito – seus olhos estavam marejando –, você pode pensar que é besteira minha, às vezes até reclamava, mas é a verdade Lily...

Silêncio.

– Qual é a verdade? – perguntei, ela sempre começa no final!

– Estou perdendo meu certo “dom”, e você é minha prova, quando eu chegava perto de você, Lily, quando ficava com você sozinha, via uma confusão reinando em seu corpo, e agora eu não sinto mais nada! Eu já havia me acostumado a viver com tudo isso, eu quero saber o que me fez o meu dom se afastar de mim, me ajuda. – uma lágrima brotou em seus olhos.

Realmente ela sempre reclamava de ter seu “dom”, e eu também acho desnecessário chorar por isso, mas eu me coloquei no lugar dela, não saber como viver sem uma coisa que lhe acompanha desde o começo de sua adolescência, é a mesma coisa de uma criança sem mãe.

– E você acha que eu iria falar não para você? Neste fim de semana passaremos na biblioteca para averiguar isso, certo?

– Obrigada Lily, só você mesmo!

Agora ela está contando para as garotas, no que elas deviam está dormindo, isso sim, elas tem que acordar cedo amanhã!

/Lílian Evans, momento chata.

Estou com muito sono, vou dormir.

9 de Janeiro – Sexta-feira.

12h, almoço. Manhã cansativa, Transfiguração, Herbologia, e Poções, os professores passaram mais trabalhos, argh! Estou atolada!

– Lily! – ouvi uma voz atrás de mim, era Stive.

Me virei para ver o garoto.

– Olá Stive, como você vai?

– Ah! Vou bem, creio que com você também!

– Acertou. – dei um leve sorriso.

– Eu vim te perguntar se você vai mesmo comigo para Hogsmeade.

– Ah, sim, vou.

– Pensei que não.

– Porquê?

– Sabe, acho que você só tava me usando para fazer ciúme ao Potter, e se foi essa intenção você conseguiu, ele não fala mais de você no dormitório, coisa que ele fazia toda hora, notei também que ele nem fala direito com você quando está perto de mim.

Senti uma pontada, por que ele não falava mais de mim? Quê? Não Lílian Evans, não se preocupe com esse arrogante, apenas responda.

– Bom, eu escuto cochichos dele sobre mim – revirei os olhos –, mas não me importo com o Potter.

Silêncio

– Te vejo amanhã! – ele colocou as mãos no bolso.

– Ok, até amanhã. – falei indo embora.

Vim caminhando entre os corredores vazios, até chegar no salão principal, estava cheio, receio que todos os alunos de Hogwarts estão aqui.

– Oi Lily! – exclamou Marlene. – Demorou em?

– Estava falando com o Stive.

Potter torceu o nariz, no que fez eu lhe fuzilar com o olhar.

– Não adianta me intimidar, Evans – EVANS? Pai do céu, isso é um milagre ou o quê? –, não vou chamar a sua atenção como fazia antes, - no que deu nele? – me fazendo de idiota.

– No que deu em você? – perguntou Emelina.

– Em mim? – perguntou ele irônico – Nada, apenas vou mudar meus modos, já que a Evans não gosta de mim, não vou me ajoelhar aos seus pés.

Coitado! Ele ta se sentindo um lixo, acho bom, eu não sou qualquer uma que ele “pega” por aí, mas sinceramente acho que ele está mudando por que caiu na real e percebeu que eu, Lílian Evans, nunca, eu disse NUNCA, ficaria, namoraria ou ser quer chegaria a casar com esse ser, e nem expressaria ou sentiria algum tipo de sentimento por ele a não ser Ó-D-I-O!

Peguei um porção de purê, e suco de abóbora normalmente, sentindo uma alegria imensa dentro de mim, seria verdade ou não duraria muito tempo?

– Remo... – chamou Emelina.

– Sim? – ele estava comendo seus legumes.

– Bom... er... você tem acompanhante para ir a hogsmeade amanhã? Por que se não... eu poderia ir com você... – falou ela meia tímida.

Remo parou de comer e olhou para ela durante 4 segundos, com os olhares voltados dele para Emelina, de Emelina para ele, menos o da Kat que estava arregalado.

– Irei pensar, hoje à noite te darei a resposta. – ele deu um pequeno sorriso, e voltou a comer, e todos lhe seguiu.

Conversamos, mas não foi por muito tempo.

17h57, História da magia. Sozinha, sem ninguém, na aula do professor Binns, pela primeira vez na vida não vejo a hora do sinal tocar, ainda bem que falta pouco, o professor está falando sobre a guerra dos duendes, coitados perderam, eles não mereceram isso!

Na aula de Poções Stive sentou ao meu lado, e nós conseguimos fazer e melhor poção, o professor Slughorn nos deu um pequeno frasco, o idiota do Potter estava com a tal de “Karinne Johnson”, ele não parava de olhar para mim e o Stive com seu olhar mortal, ele nunca me olhou assim, até me sinto meia incomodada com isso, na maioria das vezes ele me “venerava”, ainda não acostumei com o “Potter-do-mal”, mas o que estou pensando? Eu não ligo para isso! Até acho bom, já que ele não vai pegar mais no meu pé, ele pode se agarrar com quem quiser agora sem pedir desculpas! Sim, antigamente ele pedia desculpas a mim, você pode pensar muito bem que não é preciso já que não temos nem um relacionamento sério, mas o danado sempre fazia questão de pedir desculpas, Arhg!

Por um lado esse novo Potter me deixa feliz, já que eu posso ficar tranquila sem um papagaio no meu ombro!

/finalmente o sino toca.

23h, dormitório. Quando cheguei no salão principal ainda não havia ninguém, ia dar uma pausa para ler um bom livro, já que não tenho tempo algum.

Só foi eu tocar no meu livro que Remo, Sirius e o Potter chegam acompanhados de Peter.

– Como foi a aula, Lily? – perguntou Remo educadamente.

– Péssima! – falei lendo, tentando não encarar o Potter, que por sinal estava a minha frente.

Ouvi risos.

– O que foi? – levantei meu rosto.

– Lílian Evans, a certinha falando que uma aula, a coisa que é seu passa-tempo, é ruim! – Potter riu da minha cara, no que me fez estreitar os olhos, ele não estava falando para me irritar, e sim para magoar, no que está dando nele? – Isso é inédito. – o garoto pegou uma jarra de suco de laranja e colocou em seu copo.

– Olá! – falou Lene, se sentando ao meu lado.

– Oi! – todos responderam.

– Onde está a Mel e a Kat? – perguntou Remo à Marlene.

– Se não me engano Mel subiu para colocar suas coisas no dormitório, e a Kat... – ela parou para pensar – Ah! Foi falar com o David.

– David?! – exclamou todos indignados.(Hoje é o dia do coro, só pode!)

O motivo de todos ficaram tão espantados é que à uns meses atrás, a Kat namorava com o Backhan, e no aniversário de dois anos de namoro, um certo bilhete foi parar nas mãos erradas, nas mãos da Kat, o bilhete indicava a orla do lago, sem pensar duas vezes ela foi se encontrar com ele, totalmente iludida, pensando que o traste ia fazer uma linda surpresa, mas na verdade ele fez uma surpresa sim, se atracou com outra garota, quando a coitada chegou ele estava aos beijos com uma tal de “Geórgia Parkinson”, uma sonserina, foi o pior dia da Kat até hoje, ela ainda diz que o idiota ainda gosta dela, na minha opinião ele só quer usar ela, é como se fosse o Potter com as garotas.

Todos estavam praticamente de boca aberta, até que a própria chegou e se sentou do lado de Sirius.

– O que aconteceu? – perguntou ela olhando para todos.

Todo mundo começou a falar de uma vez, a única palavra que ela escutava com clareza era “Como pode... David”.

– CALMA! – gritou ela fazendo todos calarem a boca. – Apenas uma pessoa poderia falar?

– Que história é essa de você está de papinho com o Backhan? Depois de tudo que te vez? – me precipitei à falar.

Ela arregalou os olhos.

– Como você soube?

Olhei para Marlene e novamente para a Kat.

– Lene sua X9!

Marlene deu um sorriso amarelo.

– Em primeiro lugar, - ela falou um pouco baixo – eu e o David, estávamos apenas conversando, como nos últimos tempos, e só aceitei em ir com ele à hogsmeade.

Arregalei os olhos.

– Peraí Lily, ele parece ter mudado! Ele quando está perto de mim, não olha para pessoa alguma, só para meus olhos. – ela parou.

– Você está caindo no mesmo truque, da mesma pessoa? – perguntei seriamente.

– Ah, Lily, deixa a Kat viver poxa! – exclamou Sirius.

– Obrigada, Sirius! – falou ela, no que eu desaprovei.

– Belo exemplo você dá, como amigo para ela, se eu não me lembro você foi o único que não a ajudou no pior momento de sua vida, - virei-me para ela – quando o Backhan à traiu, você só queria saber de mulheres. – voltei a olhar para Sirius.

– Ei, eu tinha um encontro importante, e você sabe que eu já pedi desculpas, não precisa jogar na cara!

– Evans, você fala como se tivesse sofrido por amor. – Potter dá sua palavra.

Todos estão contra mim ou o quê? Quem ta errada é a Kat, eu nunca iria voltar com uma pessoa que me traiu.

– Por que você aceitou? – perguntou Lene, tentando evitar uma nova briga.

– Coisas minhas... – ela olhou para todos, e por fim disse: - Antes que me falem mais alguma coisa, eu pretendo ser apenas uma amiga para o David, eu sinto sua falta, não o amo mais, depois do que fez comigo, mas foi um bom tempo de convivência, ninguém me enxerga como ele – abri a boca para falar mas ela foi mais rápida – e não, ele não me vê como um brinquedo Lily, ele se arrependeu, eu vejo em seus olhos.

Remo que até agora estava calado, finalmente falou:

– E com que... – ele deu uma leve pausa – olhos exatamente ele lhe vê?

Kat coçou a cabeça.

– Diferente – falou ela pensativa. –, como se o mundo parasse, não tenho tanta certeza do que ele sente, afinal eu não vejo mais nada!

– Essa eu não sabia! – exclamou Sirius.

– Não sabia o quê? – perguntou Mel, se sentando.

– Eu perdi a fome, vou indo. Tchau para vocês, e Lily, por favor não fique com raiva de mim, sei que você apenas quer me ver feliz. – ela falou como se eu fosse sua mãe.

Ela foi embora, olhei para a mesa da corvinal, e vi o Backhan correndo para falar com a Kat, andando em seu encalço.

Emelina ainda estava confusa no meio de tudo aquilo.

– O que aconteceu? – perguntou ela.

Todo mundo resolveu contar, até ficar esclarecido tudo para a Mel.

– Então mudando de assunto...

– Eu aceito, Mel, aceito ir a hogsmeade com você. – Remo não esperou ela terminar de falar.

– Finalmente! – falou Potter sorrindo para ele.

– Finalmente o quê? – perguntei arqueando uma sobrancelha.

– O Remo aqui – Sirius deu umas palmadas nas costas do garoto – estava indeciso.

Resolvi não conversar como todos estava fazendo, comi logo e me direcionei para a sala comunal, antes de passar pelo quadro avistei o Backhan, com um sorriso no rosto, saindo na direção oposta que a minha.

Passei pelo quadro, as únicas pessoas que eu encontrava era algumas pessoas do ultimo ano, estudando. Subi a escada oval, a porta do dormitório estava entreaberta, ao entrar me deparei com uma Kat de costas para mim encostada em um janela admirando as estrelas.

– Lindas, não é? – falei quebrando o silencio que reinava dentro do quarto.

– Sim... – respondeu ela sem graça.

– Não fique com raiva de mim...

– Eu não estou. – ela me cortou com uma voz fraca.

– E por que você está tão... triste? – era diferente ver a Kat triste, só a vi assim uma vez.

– Ah, Lily! – ela se vira para mim. – Eu não sei no que está acontecendo comigo, eu enlouqueci, foi de impulso ter aceitado sair amanhã com o David, não foi certo eu sei, ele já me fez sofrer uma vez, quem sabe que não é capaz a segunda?

– Você está confusa?

– Acho que sim, nem isso eu realmente sei no que está acontecendo. – um pequeno sorriso sai de seus lábios rosados.

– Você brigou com a Mel?

– Eu? – ela arregalou os olhos para mim. – Não...

– E então por que você saiu daquele jeito quando ela chegou no salão principal?

– Como você consegue Lily? – ela mudou de idéia rapidamente, como se não tivesse me ouvido – Pode fazer pouco tempo que o James está te evitando, muito pouco tempo, mas você já está sentindo falta dele, por que o James mexe com você.

– Só se mexer na minha paciência, e você está enganada, eu até estou aliviada como ele está agora, quantas vezes eu orei para ele parar de me seguir?

– Lily, você não consegue esconder. – ela voltara ao sei jeito de antes, alegre e com um sorriso no rosto.

Sorri de leve, para ela não murchar.

– Você fala isso, por que aquele traste é seu amigo!

– Se você conhece-se ele mais profundamente, você iria ver, Lily, que o Jay é a melhor pessoa que você já viu, ele pode ter seus defeitos, tanto ele quanto qualquer pessoa, o Sirius, o Remo, Eu, até você tem!

– Nunca! Vamos descer? – tentei mudar de assunto, não gosto de falar do... Potter.

– Admita, você o ama! – ela passou por mim descendo as escadas como se ela não tivera quase chorado ao olhar as estrelas.

– Não amo! – retruquei descendo a escada com a Kat.

– Ama sim!

– Não amo! – falei novamente já na sala comunal.

– Quem você não ama? – perguntou Sirius curioso.

– Como você é burro, Sirius! – exclamou Potter. – Mas é claro que ela está discutindo com a Kat, de que ela não ama o Stive, mas uma afirma que sim e outra que não.

– Quase James! – falou Kat.

– Ganhei! – exclamou Remo jogando xadrez com Emelina.

– Ah! Eu não vou jogar mais, essa é a terceira vez que eu perco! – Mel saiu da mesa.

– Alguém quer jogar comigo? – o garoto olhou para todos do local.

– Eu jogo! – Kat se sentou em sua frente.

– De quem é este jogo? – perguntei.

– Do James. – respondeu Sirius, atento em suas cartas.

– Desde quando o Potter joga lógica?

– Desde sempre, nunca viu, Evans?

– Não.

– Você realmente não me conhece!

– Prefiro não conhecer!

– Calem a boca vocês dois! – exclamou Remo, tentando se concentrar.

– Não adianta Remo, eu vou ganhar!

– Há, há. Não me mate de rir Kat, é lógico, lógico mesmo, que quem vai ganhar sou eu, já ganhei três vezes da Emelina, e...

– Mel não vale! – cortou ela, percebendo a diferença. Remo nunca havia chamado a Mel de Mel. – Você sabe muito bem que ela não é nada boa com lógica.

– Eu ainda estou aqui, se você não percebeu, Kat! – Emelina fez sinal.

Kat riu.

– Eu sei.

– Bom, eu vou dormir, amanhã tenho um encontro com a Julia Paker, até amanhã!

Todos deram um aceno para ele, até mesmo o Remo que estava mais concentrado do que nunca, menos eu, que permaneci na cadeira que sentei não fazia muito tempo, lendo o meu livro de aventura.

– Poxa Lily, você sempre dando gelo no coitado. – comentou Lene, ao fitando o Potter subir as escadas.

– E ele faz o que comigo?

– Isso é sinal que você se importa, né? – Sirius estancou um enorme sorriso no rosto.

Revirei os olhos bufando.

– Lógico que não! – tirei meus olhos do livro. – apenas estou fazendo o que sempre faço. Por graça de Merlin ele faz o mesmo.

Remo deu um pequeno sorriso que apenas eu percebi.

– Ah, não! – exclamou Emelina toda entretida no livro que a própria recomeçara a ler a pouco tempo. – A Jarlote está com o Jhin! Isso está fora de cogitação, Jarlote deveria ficar com o Julios, ele sim mostra que a ama, mesmo a rejeitando, pelo fato dela pensar que gosta do Jhin! – ela de levantou da mesa que estava sentada depois que completou seu comentário.

Todos olharam para mim, era só impressão minha ou todo mundo estava achando que a pior coisa do mundo que eu chamo de vida era parecido com uma ficção de um livro.

– Mel! – Kat a chamou antes que ela subisse para o dormitório. – você já terminou de ler este livro?

– Ah, sim, é tão bom que estou lendo novamente, mas sempre me revolto quando chega no capitulo que a Jarlote fica com o Jhin, eles não combinam por que são iguais em tudo! – ela respondeu pensando com seu cérebro que todos só estavam querendo saber da historia por que estavam interessados.

– Como termina? – Lene a perguntou, no que fez a loira se virar para encara-la.

– Bom, acho que o obvio, Jarlote fica com o Julios, depois de muitas coisas juntos, mesmo não se parecendo em nada!

Todos voltaram a olhar para mim, para meu incomodo.

– Vocês não acham que...

– Mas é o obvio, Lily! – Lene me cortou.

– Ora, não, mas é claro que não! – ignorei o ‘obvio’ dela. – Isto é apenas um ficção, é um livro!

– Não estou entendendo – comentou Mel. –,mas o livro é baseado em fatos reais.

– Tudo indica que este será seu fim, Lily!

– Que fim? – Emelina ainda não entendia nada. – Terminar com o Julios? Você conhece um Julios, Lily?

– Não, Mel! – falei. – Essas pessoas estão pensando que este livro tem tudo a ver com meu futuro, que eu vou terminar com o Potter! – será possível que eu tenho que repetir isso aqui quantas vezes? NÃO A POSSIBILIDADE DE LILIAM EVANS TER UM CASO COM JAMES POTTER! – Então quer disser que se vocês lerem um livro que relata um cão que é um pessoa, você relatam isso como uma verdade? – olhei atentamente para cada um. – Você pensariam que é um absurdo não é mesmo?

Ouvi um coro de “sins” – que veio das meninas – e de “nãos” – que veio dos garotos –.

– Você ainda duvida que isso possa não existir? – perguntou Remo olhando para Sirius.

– Olhe em volta, Lily, está num mundo mágico, não é possível que você pense que está dormindo!

– Lógico que não! – falei levando a mão a minha cabeça. – vou subir, até amanhã!

E assim encerrei a conversa.

HAHA, eles realmente pensam que eu o fim na minha historia de vida ira terminar algo bem do tipo “... e assim Lílian e James Potter se casaram, tiveram seus filhos e viveram para sempre”? estão muito enganados, coitados!

Bom, subi as escadas com a Mel, que estava quase caindo no sono, a única coisa que ela fez quando finalmente nós chegamos no dormitório foi se jogar na cama como uma folha de papel que foi jogado ou perdida. Eu até que senti uma ponta de sono, mas logo passou, é como se a cama não gostasse que eu dormisse, era como se ela quisesse que eu refletisse na pior hora que se deve refletir as coisas, afinal, cama é lugar de dormir e descansar!

23h30. Nossa serio mesmo? Passei meia hora relatando tudo isso? Nunca escrevi tanto, a não ser uma certa vez que a professora McGonagall passou um trabalho de 40 cm de pergaminho.

00h00. Passei um bom tempo abraçada com o Chocho, mas não consegui dormir, resolvi mandar uma carta para mamãe e papai, já que não me comunico muito com eles.

“Olá mamãe e papai!

Como vai vocês? Desculpe ter mandado um carta tão tarde, ando tendo problemas para dormir ultimamente, tenho sono, lógico, eu dou muito duro aqui, mas sempre que estou disposta a dormir o sono se esvai, é realmente frustrante.

Estou com saudades das tortas e bolos caseiros da mamãe, da água na boca só de pensar!

Um beijo, para você papai, e para você mamãe.

Ah, e que Petúnia morra daqui para as férias, não quero ver a cara de songa-monga dela!

Com amor,

Lily.”

Deu para perceber o quanto amo minha irmã (irônica, claro), Petúnia daria certo com os sonserinos, ela e seu ‘ficante da vez’ Valter Dursley.

Ai, ai, o sono está vin___/

10 de Janeiro – Sábado.

7:40, café da manhã. Ok, presumo que dormir antes de terminar o que eu estava escrevendo ontem a noite, mas isso não importa mais, o que importa é que minha barriga está roncando, e muito. Então, me levantei sem nem ligar para o sono que eu estava e corri para o banheiro antes que alguma das meninas acordassem – detalhe, elas estavam dormindo no sono mais profundo. – e tomei uma ducha rápida e gelada para despertar.

Desci as escadas, a sala comunal estava vazia, só faltava voar levemente tufos de lixo nele.

Passei pelo quadro da mulher gorda, o acordando, “esta é a terceira vez que me acordam hoje,” disse ela furiosa “vocês só sabem acordar cedo dia de fim de semana?” complementou.

Sai da li antes que ela saísse do quadro e fosse me degolar. Com passos largos e rápidos cheguei em menos de 5 minutos no salão comunal, que por acaso não estava muito cheio – lógico – avistei o Backhan, sempre acorda cedo, logo depois o Stive e depois o... Potter? Emprestei os olhos para ter certeza se era o terráqueo que estava vendo, eu estava certa, era ele mesmo, lendo o profeta diário e tomando uma xícara de chocolate-quente, – afinal, nós estamos saindo do inverno e está um pouco frio. – ele parecia meu pai.

*Profeta diário: parece com o jornal trouxa, onde relata tudo sobre o mundo bruxo, mas à uma diferença entre os dois, as fotos do profeta se mexem, o que torna o jornal realmente curioso.

Stive acenou para mim, no que fez eu sair da frente do portão do salão.

– Lily, como vai? Dormiu bem? – perguntou ele gentilmente.

– Estou bem, e você? Para falar a verdade não dormir não, durmo muito tarde e acordo muito cedo, é cansativo sabe?

– Entendo... – comentou ele pegando um pão que se encontrava em sua frente. – Ainda está de pé... hogsmeade... não é mesmo?

– Lógico, por que não? – gosto muito do Stive, mesmo não conhecendo ele muito bem, mas eu preferia ir sozinha ou com a Marlene, se é que ela não tem alguém para ir!

Ele sorriu de leve, no que Potter não resistiu e começou a nos fitar.

– É verdade... – foi apenas o que escutei, ele estava falando cada vez mais baixo evitando não olhar para o Potter.

– Desculpe, não entendi.

– É verdade que o Potter, anda lhe... evitando?

– Quem te contou isso?

– Desculpe, não posso falar!

– Nunca pensei que existisse tantos fofoqueiros por aí.

– Não precisa de fofoqueiro, Lily, apenas perceba, ele está mais estranho do que nunca, não fala com você, se fosse como todos os dias, ele já estava aqui, me fuzilando com o olhar.

– Você tem razão... mas é estranho um Potter assim.

– Você sente falta do Potter de antes? – ele praticamente ficou triste.

– Hã... – pensei rapidamente – lógico que não, só não estou acostumada. O Potter é irritante, um arrogante, prefiro ele assim.

– Você é que ‘ta falando! – ele levou as duas mãos para perto de seu rosto. – Lily, eu já vou! – ele falou finalizando seu leite – Pode parecer estranho, mas estou muito apertado nos estudos, vou a biblioteca estudar, espero que o próximo ano não seja assim.

– Cuidado com a Madame Pince, você sabe, ela não gosta de pessoas lendo seus livros, ainda mais a esta hora da manhã!

– Não ligo para ela! – ele piscou para mim, atraindo o olhar do Potter. Novamente. – até mais Lily!

Acenei e dei um sorriso de leve me voltando a minha torrada.

– Namorado novo, Evans? – Potter falou, ainda olhando seu jornal, ele não se encontrava muito longe de mim.

– Não lhe devo satisfações, Potter.

– Ok, só estava perguntando, não precisa está triste por eu não está falando muito com você, eu ainda lhe amo. – ele sorriu de leve.

Sabia! Eu sabia que ele não iria aguentar para me irritar, Potter um dia eu te mato!

– Você sabe Evans, eu não falo mais com você por que desde que você me deu o primeiro não, hogwarts toda vive comentando que eu te venero e vivo correndo atrás de você, então eu parei com isso, se você não me ama, eu não vou morrer solteiro por sua causa, não é mesmo? – ele piscou, mas não foi para mim, foi para uma garota que estava perto da gente, uma corvinal, do 5° ano.

Uma tal de “Paker”, tinha cabelos ondulados, grandes, e negros, olhos cor de céu.

Revirei os olhos, é realmente estranho, Sirius sempre diz que o Potter não desiste do quer, e pelo visto ele desistiu de mim... não que eu esteja triste com isso, lógico, estou feliz, acho que é essa a palavra especifica que refiro ao meu sentimento.

20h, sala comunal. Ok, hogsmeade foi um pouco sem noção.

Todos estavam se encaminhando para as carruagens – inclusive eu – em pares, Potter com a tal de Julia Paker, Remo com a Mel, a Kat com o traste do Backhan – inclusive, ela parecia sorridente junto a ele, argh! Não suporto este garoto desde que o vi primeira vez –, eu e o Stive...

[interrompido].

*Deixando as coisas mais interessantes.*

20h10, dormitório masculino. Olá, aqui é o garanhão, o melhor de todos, o mais bonito, o mais charmoso, o brilhante, o que todas as garotas de Hogwarts deliram...

Sirius Black!

Ok, eu como o bonito em pessoa tenho que contar o que está acontecendo aqui, lógico que a senhora certinha e nervosinha não iria dar esta... este... é... este negocio para mim, não é mesmo?

Não sei como ela escreve aqui, mas farei o possível para que seja igual, ou não.

Eu estava lindo e maravilhoso andando por pelo o salão comunal, e avistei a ‘senhorita-certinha-nervosinha’ escrevendo neste tipo de livro, estava com os olhos vidrados, até pensei que isto aqui estava transformando ela em uma mutante, ou algo do tipo, alguém a chamou, era a Marlene.

Lily deixou este livro para trás, e eu que queria muito saber o que tinha aqui me aproximei charmosamente com minha beleza até a poltrona que ela estava sentada e peguei este suposto livro, vi que ela mesma escrevia as coisas aqui.

– BLACK! – vociferou ela para mim, no que fez meus olhos lindos se arregalarem, ela já falou de meus olhos? – DEVOLVA MEU DIÁRIO, SEU BISBILHOTEIRO! – ah, então é isso, você se chama diário, bom saber.

– Calma ruiva! – eu sei que ela não gosta deste apelido vindo de mim e nem do James.

Percebi que ela estava contando até 10 para não explodir, afinal, o que tem de tão importante aqui para ela não querer que eu veja? Será que ela já fez uma declaração de amor para mim dentro deste diário? Pobre pontas, ia ficar tão decepcionado em saber que a Lils me ama, eu sou mais bonito que ele, mais charmoso, tenho uma grande vantagem, mesmo sabendo que a Lily é do James.

– ME DEVOLVA BLACK, AGORA! – pelo visto contar não deu muito certo. – SEU... SEU... SEU SER RIDICULO E SEM BELEZA! – o quê? Sem beleza? Assim ela me ofende, estou chocado até agora, ela me acha feio? Que tipo de problemas esta garota carrega na cabeça?

Ela veio se aproximando como se fosse bater em mim, já que eu NÃO bato em mulheres, resolvi fugir, para o único lugar que a Lily nunca iria entrar, o dormitório masculino(apesar da ‘senhorita-certinha-nervosinha’ já ter entrado).

Aproveitei este momento para ver o que era um ‘diário’, e cá para nós, ela só escreve o quanto odeio o James? Pensei que iria encontrar algo mais vibrante como ‘Eu admito que amo o Potter, mas admito apenas aqui, ninguém pode saber se não vou acabar com minha fama de ‘a-garota-sem-noção-que-nunca-saiu-com-o-bonito-do-Potter’.

Não estou falando que o James é bonito, claro, mas não podemos negar que ele não é um lixo.

– James...! veja só o que eu tenho em minhas mãos!

– Um livro? – depois de pensar muito ele arregala os olhos para mim. – Você está estudando?

James fechou os olhos, acho que ele estava pensando ‘espero que não, por que, coitadas das garotas que saia com ele, agora a única coisa que elas vão falar a respeito é; um dia eu sai com Sirius Black, o carinha que hoje é um retardado.’

– Não! O diário da Lily, quer dá uma olhada?

– Mas é claro que não, você acha que eu vou estragar todo as minhas expectativas? E se ela descobrir? Tudo vai por água a baixo!

– Meu caro James, é lógico que ela não vai saber!

– Ah, não? E por que você ta escrevendo TUDO NO DIÁRIO DELA? APAGA ISSO! APAGA!

– Desculpe, mas a tinta é permanente.

Comecei a rir da cara do meu melhor amigo, isso realmente foi engraçado, e o mais engraçado é que a Lily está se roendo de raiva lá em baixo. Ai, ai, como minha vida é boa!


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