Rachel P.O.V

Cerca de um mês e meio se passou desde o casamento de Sant. Sam está em Londres, então ela está morando em casa. Quinn também tem passado muito tempo em casa, já que Puck está na Disney, em um congresso de festas infantis de seis semanas. Ele volta em três, e até lá, Q é 100% nossa.

Finn Nõ disse nada sobre o acontecido e nem eu tentei fala-lo. Certas coisas não precisam ser ditas e, quando ele voltou a frequentar nossa casa, vi que nossa reaproximação era iminente. Ann não poderia estar mais feliz. A loira perfeita estava em Oklahoma cuidando da avó e só Deus sabe quando e se voltaria (não reclamo disso)

Era terça de manhã, 4 de julho, feriado nacional. Ann amava ir a avenida ver o desfile de balões e carros alegóricos em Fort Wayne. Finn nos pegou em casa as 9h e, com Santana resmungando sobre a barriga, chegamos perto das 11h. o desfile começou as 11h45 e Ann ficou nos ombros do pai, digo, padrinho, maravilhada.

Perto das 14h, encontramos Artie, Britt e Harper para um piquinique. A barriga de Britt já salientava em três meses, e ela contou que Emma e Claire seriam os nomes. Quinn se maravilhou com mais duas meninas a caminho e brincou que Leo seria gay. Sant quase a matou.

No fim da tarde voltamos para Lima e fomos a casa de Sugar, para um churrasco. Ela pediu pra adiantar o casamento para não entrar de barriga. Quinn surtou e disse que precisamos ser apresentado a camisinha. Artie brincou que a conhece, mas não é fã dela. Quase apanhou coitado.

Quando as crianças já bocejavam, fomos embora e eu e Finn colocamos nossa filha na cama juntos.

Quinn P.O.V

_ Eu pego a Bells amanhã e passo o dia com ela, OK? – disse Finn, enquanto apanhava o casaco. Ele beijou o topo da cabeça de Sant e da minha, antes de ir até a porta com Rachel. Ela lhe beijou no rosto e ficou acenando enquanto ele ia embora. Eita, de onde saiu esse bom humor?

_ O Finn não é um ótimo pai? – perguntou Rachel, quando voltou para dentro. Sant comia uma melancia sentada no balcão e eu digitava minha coluna ao seu lado. Parei estática e olhei Rach, mas nossa amiga latina pareceu alheia ao ocorrido.

_ Sabe o que eu quero? Sorvete de abacate com amora! – disse ela, cuspindo as sementes de melancia.

_ Toma no cu ninguém quer. – resmunguei fechando o notebook – De abacate não rola, mas do Mc a gente providencia.

_ Vai pau né! – disse ela dando de ombros – Mas quero fritas também!

Rachel ficou cuidando da filha e fomos caçar um drive. No caminho, comecei a penar no ocorrido minutos antes e abordei Sant sobre o assunto.

_ Tana, você percebeu algo estranho na Chel?

_ Ela anda bem humorada. – ponderou minha amiga – E não me chame de Tana, só o Sam me chama assim, e na cama.

_ 1º: Eca. 2º... Eca de novo. – eu fazia careta e ela ria – 3º: eu me refiro as coisas que ela diz e como ela age. – expliquei – Hoje ela chamou o Finn de pai da Annie, outro dia ela falou para ele ‘nossa filha’... Eu to preocupada. E por último: ECA TRIPLO MANO, TRAUMATIZEI COM ESSA!

_ Você acha que ela pode estar tentando reconquista-lo? – perguntou enquanto eu parava no drive in.

_ Três top sundae, quatro fritas grandes, um McChicken, um Big Mac, dois quarteirões com queijo, três cocas grande e um McFlury. É pra hoje meu anjo! – disse dando o cartão a atendente, enquanto ela me olhava chocada – E não sei Sant. Pode até ser, mas tudo é possível vindo de Rachel Barbra Berry St. James.

_ Faz tempo que ela não usa o nome de casada. – disse Sant, pensativa. Realmente, ela o usava publicamente até Annie completas três anos. Assim como a aliança de casamento até alguns meses atrás.

Após alguns minutos, nos quais esperamos os lanches, ficamos em silêncio com os pensamentos, até que Sant se manifestou.

_ Você está paranoica Q. Acho que você devia largar Grey’s Anatomy.

_ Seu pedido Srta. – disse a atendente e eu peguei os suportes e sacos, deixando-os com Sant, que já abocanhara o McFlury.

_ Pode ser... Mas eu ainda não consegui contar para ela que eu to noiva.

_ Qual o prazo que o Puck deu?

_ Até a volta dele. Ai eu começo a mudança para casa dele. – admiti frustrada.

_ Você está certa da sua decisão Q? – perguntou ela preocupada.

_ 10000% baby. É só que... Eu to preocupada. Sei que te disse para não ficarmos, mas eu tenho medo pela Annie, de acontecer algo. Ela já perdeu o pai, não quero que ela perca mais ninguém.

_ Você está com saudades do Puck e do Barney loira. – disse ela, tentando quebrar o gelo – Por isso essa paranoica.

Espero que ela esteja certa.

Santana P.O.V

A 4ª começou preguiçosa, com a cidade quieta por ressaca do feriado. Eu tinha ultrassom e Rach iria comigo, enquanto Quinn abria a empresa.

Após o exame de rotina, a médica pediu para diminuir o trabalho e aos sete meses e meio, repouso absoluto. Leo estava muito mal posicionado e queríamos que ele estivesse melhor até o parto.

No caminho para empresa, Rachel soltou:

_ A engenheira vai em casa amanhã.

_ Como? – perguntei confusa.

_ É. Para ver o que podemos fazer em relação ao quarto do Leo. Nosso garotão não pode dormir com a nossa princesinha.

_ Que poha é essa Berry? – eu quase gritei, os olhos arregalados. Pra que o Leo teria quarto na casa se eu sairia de lá antes dele nascer?

_ Francamente Sant... – disse ela verdadeiramente chocada – Leo não pode dormir em um quarto rosa, e acho que Ann não gostaria de um bebê chorando lá a noite toda. E temos que correr com isso, afinal, logo você vai precisar de repouso. – ela falava naturalmente, e isso me espantou – O Finn sempre demonstrou interesse me um quarto com tema de esportes. Pode ser uma boa ideia e...

Enquanto ela tagarelava, mandei uma mensagem para Quinn:

“O que está acontecendo com ela?”

“Não sei” Foi a única resposta. Mas eu sabia, e ela também. O surto de viúva louca veio quase quatro anos depois, mas veio com tudo.