Para Sempre Shadow-Kissed escrita por liljer


Capítulo 27
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Ok, como vocês sabem... Eu estou tendo uns problemas e tudo mais... Enfim, a postagem era para o sábado, como normalmente PSSK é. Não significa que eu não vá postar esse sábado. Nem que eu tenha que postar de madrugada.
Enfim, boa leitura e até lá embaixo.



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Eu não gostava de voar, então, eu nunca esperei tanto para poder chegar para casa. E honestamente, era estranho ver aquilo vir de mim, mas bem... Cá estava eu, esperando uma eternidade para chegarmos em casa em meio à toda aquela demora. Adrian reclamava abundantemente sobre ter alguma maldita festa para ir.

Dimitri se afundou no banco ao meu lado, e não precisou dizer nada. O que era obvio. Eu encostei minha cabeça em seu ombro, enquanto nossos dedos se entrelaçavam.

– Oh, por favor! Vocês fazem com que eu queira ir para casa andando. – Christian chiou do outro lado do corredor.

– Bem, você poderia ir para o inferno. Seria um bom começo – retruquei. Christian sorriu, exibindo um pouco de suas presas. Eu reprimi a vontade de estender-lhe um dedo, com um gemido.  Ainda com a cabeça encostada no ombro de Dimitri, eu me permiti sonhar em paz. Bem, exceto pelos rostos na minha mente que tanto me azucrinavam na maioria das vezes em que eu fechava os olhos.

Depois do que me pareceu um dia inteiro, eu senti a mão de Dimitri me sacudir. Eu não precisava de muito para saber que era ele. Dimitri tinha uma expressão de negócios, o que me fez crer que havíamos chegado na Corte. Eu suspirei, me levantando da cadeira, e tirando seu casaco pesado de couro que havia me aquecido boa parte da viagem. Eu entreguei a ele, notando então que não havia ninguém no avião. Provavelmente, Dimitri esteve tentando me acordar há um bom tempo. Pegando-o de surpresa — ou não. Eu me estiquei nas pontas dos pés e o beijei, o que era complicado de se fazer, já que ele tinha quase dois metros de altura. E Dimitri me beijou de volta, mesmo que ainda hesitante. Não de forma quente, como fazíamos quando não havia ninguém olhando, mas bem... A verdade seja dita, qualquer momento era quente. Tão logo, ele me afastou, ainda que relutante, segurando meus pulsos.

– Vamos... – sussurrou ele. Eu sorri de forma preguiçosa, enquanto o seguia para fora.

A primeira coisa que eu pude ver, além do sol que brilhava alto no céu, mesmo que ainda estivesse fazendo um frio infernal, foi ela. Lissa pulou encima de mim, me abraçando apertadamente, quase que me sufocando. Eu a abracei de volta.

– Whoa! – exclamei, quando nos afastamos. Ela ainda segurava meus ombros.

– Eu pensei que você não iria voltar. – disse ela timidamente. Eu sorri, de forma carinhosa.

– Bem, agradeça à “cavalaria”. – Lissa riu, enquanto voltava a me abraçar, até que então, percebeu Ozera, e se desculpou, indo de encontro a ele. Eu senti um braço rodear meus ombros, então Dimitri estava ali novamente, dessa vez, na frente de outros guardiões e bem — Lissa.

– Acho que hoje será meu dia de folga... – ele aproximou-se do meu ouvido para sussurrar. Eu levantei meus olhos para ele.

– Uh. – gemi – Isso seria bom... Se eu não precisasse tanto de uma cama.

Dimitri sorriu, beijando minha testa. Então eu senti que Lissa havia assistido aquilo. Assim como senti o choque pelo nosso laço. Assim como, também, havia sentindo a onda de “precisamos conversar” dela.

– Se bem que com Lissa, eu não vou poder dormir tão cedo... Não até esclarecer algumas coisas... – suspirei.

– Eu estarei no meu quarto, se precisar. – ele disse, não houve aquele tom de “segundas intenções” tão explicito, mas claro... Nós não precisávamos de muitos convites. Então, outra vez me surpreendendo, Dimitri me segurou pela cintura, me puxando para um beijo. Um que demorou bastante, enquanto eu sentia que minhas pernas bambearem.

– Whoa. – suspirei quando ele terminou, ainda segurando minha cintura, na tentativa de eu não cair. – Você poderia me dar outros desse...

– Não se preocupe. – ele piscou, antes de caminhar em direção dos prédios, enquanto eu o observava.

~ VΛ̴ ~

subindo pelas escadas dois degraus por vez. Eu me fechei para os sentimentos de Lissa enquanto andava pelo corredor dela. Eu bati na porta.

A porta abriu, uma Lissa carrancuda me encarou, me dando passagem para entrar. Eu suspirei, enquanto me sentava em uma das cadeiras antigas e bonitas que eram mais para a decoração, contando que elas não eram tão confortáveis assim.

Lissa fez uma careta, e outra vez, eu me limitei a saber seus sentimentos. Talvez com medo de me arrepender de tê-lo feito. E então eu esperei... Mas não tardou.

– Eu não posso acreditar o quão cega eu fui. Eu não consigo acreditar que eu nunca notei. Os comentários Avery... Ela estava certa. – Lissa passou seus finos dedos em seus cabelos, desarrumando-os. – Porque você não me contou? Eu acreditei que fossemos amigas o suficiente para isso, Rose. Assim como fossemos amigas o suficiente para você não fugir de novo.

– Eu não fugi – eu disse. Lissa riu sem humor. – Claro que não... Afinal, foram te buscar. Dimitri e os outros. Todos escondendo coisas de mim. Quem mais sabia sobre vocês dois?

– Bem...

– Christian sabia? – ela questionou, eu assenti – Adrian sabia? – outro aceno. – Deus, Rose! Todos sabiam disso, menos eu.

– Não é como se eu soubesse todas as coisas sobre você, também, Lissa. – eu disse, sentindo uma pontada de raiva.

– Claro, você tem um laço comigo! Eu não preciso te contar todas as coisas, mas ainda sim, eu o faço. Eu tento ao máximo compartilhar coisas com você, Rose. Eu contei sobre mim e Christian. Sobre os nossos planos de morar juntos. Eu...

– Eu sinto muito, ok? Eu sinto muito em não ser tão boa. De fazer coisas ruins o tempo todo. De magoar você, magoar os outros. Eu sinto muito. Eu não consigo controlar. Eu passei tanto tempo sozinha, mentindo para mim mesma, para todos que eu não consigo mais ser aberta com você como éramos antes. Não somos mais duas adolescentes. Você seguiu em frente, eu também... Eu voltei por você, Lissa. Eu senti o peso de ter ficado tanto tempo longe. Mas bem, você não está mal... E eu realmente não sei se as coisas seriam melhores se eu tivesse ficado com você. As coisas que eu fiz, Lissa... Eu não consigo me perdoar... – eu chorei.

– Então me conte! – gritou ela. Seu rosto molhado pelas lágrimas. – Você precisa me contar. Você está perturbada. Eu sinto isso... Você não é mais aquela Rose. E eu não me importo com isso. Eu me importo que você esteja aqui, comigo. Porque eu preciso de você... Eu só não sei se você precisa de mim, também... Você se virou bem o suficiente para não precisar.

Então, eu ponderei. As palavras de Lissa me cortaram milhares e milhares de vezes. Eu apenas não sabia se, se eu desabafasse, a maioria do peso sairia das minhas costas. Mas como contar a Lissa? Já que ela era envolvida nisso. E então, eu soube de algo naquele momento... Se eu contasse a verdade, Lissa jamais me perdoaria. E então, eu me calei. Eu me levantei da cadeira, caminhando até ela e a abracei, pegando Lissa e a mim de surpresa. Ela não me afastou, pelo contrário. Lissa se afundou no meu ombro, chorando. E aquilo cortou meu coração em milhares de pedaços.

– Shiu... – eu tentei – Vai ficar tudo bem... Eu prometo não fazer isso de novo. Eu juro.

E então, ficamos assim por bastante tempo. O que me pareceu horas. Mas dessa vez, horas boas.


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Notas finais do capítulo

Cara... Eu realmente to muito afim de me bater por todo esse suspense, mas não se preocupem. Há suas razões... Mas eu ainda me irritei. e.e'
Enfim... É isso.
Boa semana, e até o sábado. Beijos!