( Sentimentos de Sam Puckett )

Nossa...que filme chato! Muito meloso e romantico. Só a Carly pra gostar de filme assim. Nem tinha muita comédia, era romance mesmo. E aí pra me deixar numa situação ainda mais complicada, a Carly me fez sentar ao lado do Freddie. Não que eu não tenha gostado.... eu adorei, mas fiquei muito sem jeito, ainda mais quando havia cenas de beijo no filme, o que aconteceu em 90% do filme. O perfume dele me deixava louca, eu queria beijá-lo... mas não posso! Ele gosta de outra, e eu não quero mais sofrer, eu não vou ficar com mais ninguém. O que me deixa com mais raiva, é que até agora eu não sei quem é a garota que o Freddie, ta afim, não consegui descobrir.

Estamos aqui em frente ao cinema, decidindo para onde iremos. A Carly e a Tasha, não param um minuto de falar do filme, estão comentando cada cena. Argh! Isso irrita... pelo menos os meninos estão discutindo algo mais útil....onde iremos comer. Há tantos restaurantes e lanchonetes aqui no shopping, fica dificil decidir qual é a melhor... por mim comeria em todos os lugares... mas acho que vamos acabar indo comer lanches...acho que vou pedir um lanche de bacon e uma porção de batatas fritas.

Gibby: Eu prefiro ir naquele restaurante italiano ali...- Ele disse apontando para o restaurante.

Griffin: Olha... eu queria comer um hamburguer de frango.

Freddie: E se fossemos comer naquela churascaria nova, que abriu? - Ele disse empolgado.

Carly: Ah é... dizem que a carne de lá é muito boa.

Tasha: Gibby... sua mãe e o Spencer não foram comer lá outro dia?

Gibby: É... acho que sim!

Carly: Então vamos lá...

Griffin: Ah... mas eu queria comer lanche. - Ele fez uma voz de choro, muito engraçada.

Gibby: E eu quero comer comida italiana. - Ele diz contrariando Griffin.Eles começaram a discutir entre si. Eu fiquei apenas observando a cena.... era divertido ver todos eles brigando... mas comecei a ficar com vergonha, quando percebi que algumas pessoas que passavam por ali, nos encaravam. Também, eles estavam quase se matando ali... por mim, comeria em todos os lugares... as opções são ótimas. Mas no momento a que mais me agradou, foi a de Griffin. Eu também queria comer um hamburguer... só que de bacon.

Aos poucos eles foram se acalmando e falando mais baixo. Eu continuei calada.... só assistindo a cena. Comecei a me distrair com tudo que tinha no shopping, as lojas, o cheiro das comidas dos restaurantes e lanchonetes, as crianças que passavam sorrindo, indo direto para o lado direto do shopping, onde ficava todos os brinquedos e jogos. De repente senti uma mão quente e macia tocar o meu ombro, era Carly.

Sam: Ah...me assustou! O que foi?

Carly: O que você tem? Ta tão calada? - Ela parece preocupada

Sam: Nada... só estava observando o shopping...- Eu disse calmamente.

Carly: Bom... onde você vai querer comer?

Sam: Não decidiram ainda?

Carly: Não... e você foi a única que não opinou... você está bem ?

Sam: Claro... por mim, qualquer lugar tá ótimo! Mas... concordo com o Sr. Pelúcia ali... eu prefiro comer um hamburguer.

Griffin: Finalmente alguém que me entende e apoie...mas não gostei do apelido!

Freddie: Vá se acostumando... a Sam é uma máquina de apelidos. - Ele disse... com um tom de sarcasmo.

Sam: Não começa heim Freddnerd! - Eu disse... lançando um olhar meio raivoso pra ele.. mas ele nem ligou e sorriu. Aii... que sorriso lindo

Griffin: Bom.. o que importa é que eu ganhei... então vamos todos comer lanche.

Gibby: Que venceu o que... você não é maioria.

Carly: Eu tive uma idéia... - Ela falou toda empolgada.

Freddie: O que?

Carly: Porque cada um não faz o pedido no lugar que quiser.... e pedimos pra levar pra viagem... e vamos todos pra minha casa comer?

Griffin: Brilhante idéia amorzão! - Disse ele abraçando minha amiga e a girando no ar!

Gibby: Eu gostei...

Freddie: Por mim ótimo!

Tasha: Por mim também.

Carly: E você Sam? O que acha?

Sam: Ah...pode ser.

Griffin: Legal.. então vamos! - Ele disse dando um pulinho. Ele passou por mim, como se fosse nos guiar até a lanchonete. Carly veio atrás dele, e eu me virei em seguida.

Ao me virar, olhei para a entrada do cinema, assustei ao ve-lo ali... era o Dave. Ele estava parado em frente ao cinema, com a idiota da namorada dele. Não consegui sair do lugar, fiquei apenas olhando pra ele... fazia algum tempo que não o via. Mesmo estudando na mesma escola, tinhamos horarios diferentes, e eu evitei ficar no mesmo lugar que ele. E acho que ele não percebeu que estou aqui.

Carly: Saaamm!! Veem loogo!! - Eu ouvi minha amiga gritar de longe!Ela veio na minha direção e mesmo encarando Dave, percebi que Freddie, estava com ela também, pois sentia o perfume dele de longe.

Freddie: Sam... o que foi? - Ele perguntou num tom de voz, que demonstrava preocupação.

Carly: Porque ta parada aí?

Sam: Por...por...- Eu não conseguia dizer... não sei o que há comigo! As palavras não saem da minha boca.... e pra piorar, com o grito da Carly, Dave me viu.. e está vindo na minha direção... com aquela garota!

Argh!!Meu coração acelerou de repente, me deixando muito assustada. Porque? O que há comigo? Eu não o amo mais! Porque meu coração está reagindo dessa maneira? Sinto uma angústia enorme, meu coração está apertado.... estou me segurando para não demostrar qualquer reação de tristeza ou raiva. Fiquei calada. Carly e Freddie, falavam comigo e eu não conseguia responder.... assim que Dave se aproximou, ele abraçou mais a namorada e sorriu ao me ver ali, sem reação. Nessa hora, Carly e Freddie, perceberam a presença dele ali... e olharam feio para Dave.

Carly: Sam... vem com a gente!

Freddie: Porque está assim?

Sam: Ahn... o.. que? - Eu só consegui dizer isso. Dave se afastou, mas eu ainda estava muito estranha. Nem sei exatamente como explicar essa sensação. Eu senti raiva, angustia, tristeza. Eu sei que não o amo mais, e há meses não penso mais nele. Mas há algo dentro de mim, que me faz ficar muito triste. Sinto vontade de chorar... estou me segurando para não deixar uma só lágrima cair.

Respirei fundo... mas a dor está muito forte. Meu peito dói demais... isso é horrivel. Senti algo quente e macio tocar o meu braço, olhei e vi Freddie, com um olhar muito confuso me encarando. Novamente meu coração acelerou...só que dessa vez muito mais forte, fiquei assustada e comecei a passar mal. É uma sensação muito ruim.. nunca senti isso na vida. É como se fosse abrir um buraco no peito e eu fosse apagar a qualquer momento. Minhas mãos tremiam muito, e estavam frias, pois senti as mãos de Freddie, muito quente.

Freddie: Sam... o que você tem? - Eu ouvi ele dizendo enquanto segurava minha mão. Acho que ele viu que estou tremendo

Carly: Ela não parece nada bem Freddie.

Sam: Eu... to...bem! - Eu disse respirando fundo, tentando fazer com que meu coração batesse mais devagar.

Griffin: Gente.... o que houve? Estamos esperando vocês! - Ele disse se aproximando de nós. Gibby e Tasha estavam com ele.

Carly: A Sam ficou toda estranha depois que....

Freddie: Depois que o idiota do Dave passou aqui. - Ele disse bravo.

Griffin: Cara... ela ta mais branca do que ela já é... - Provavelmente estou mesmo.

Tasha: Ela ta bem?

Carly: Sam... vamos comer alguma coisa... - Disse minha amiga, me puxando pelo braço.

Sam: Não!! - Eu disse me soltando de Carly. Eu não queria mais ficar ali, essa dor e essa angustia no peito, estavam me matando. Eu precisava sair dali.

Carly: Não? Como assim não?

Sam: Eu...eu...vou pra casa! - Eu disse e logo em seguida sai correndo, em direção à saída do shopping.

Carly: Saaamm!! Volta aquiii!! - Eu ouvi minha amiga gritando de longe. Mas nem olhei pra trás. Eu só queria ficar o mais longe possivel daqui. Eu queria fazer meu coração parar de sentir isso... é muito ruim. Me sinto sozinha... perdida, abandonada. Como se eu não tivesse ninguém no mundo. Não consegui mais segurar... as lágrimas começaram a sair rapidamente dos meus olhos, caindo direto no chão, por onde eu passava. Eu mal conseguia enxergar com tantas lágrimas nos olhos, estava tudo meio embaçado, mas continuei correndo. Assim que sai do shopping, fui procurar algum táxi, que pudesse me levar pra casa. Passei a manga do meu casaco no rosto, enxugando as lágrimas, e olhei em volta à procura de um táxi, mas não encontrei.

De repente ouço uma voz... gritando o meu nome. Me virei e vi Freddie correndo em minha direção. Tentei correr para longe, mas ele já estava perto demais e conseguiu me alcançar.

Freddie: Sam...até...que enfim! - Ele disse ofegante. Ele se aproximou de mim, e me agarrou pela cintura, mas não me abraçou, era mais como um meio de não me deixar escapar. Ele me olhou nos olhos e eu não consegui dizer nada. Nesse momento eu não me senti sozinha, eu me senti muito bem, era como se toda a tristeza, tivesse sumido, dando lugar à uma felicidade e tranquilidade, que invadia meu coração. Mas mesmo assim, sentia vontade de chorar.

Freddie: O que houve? Porque saiu correndo daquele jeito?

Sam: Eu não sei o que me deu... mas quando vi o Dave e aquela garota juntos, me senti muito mal.

Freddie: Você ainda o ama? - Ele perguntou num tom de raiva.

Sam: Nããoo!! - Eu respondi ríspida.

Freddie: Então...??

Sam: Não sei... eu me senti triste, sozinha. Ah...olha, deixa quieto, ok!!

Freddie: Não...pode me contar, eu entendo!

Sam: Não entende, e quer saber, eu quero ficar sozinha...porque está aqui? - Eu perguntei me afastando.

Freddie: Po...po...porque...me preocupo com você! - Ele parece bem nervoso.

Sam: Hum...olha, eu agradeço, por se importar comigo...mas eu quero ficar sozinha...então vá embora.

Freddie: Eu não vou embora! - Ele disse convicto. Ele estava sério, mas tinha um brilho no olhar que me hipnotizava.

Sam: Freddie...é sério vá embora, eu quero ficar sozinha.

Freddie: Eu já disse que não vou sair daqui!! - Ele deu um passo à frente, e eu me afastei novamente.

Sam: Porque não?

Freddie: Porque....porque...eu te amo! - Hã? Como é que é? Eu ouvi bem...ele disse que me ama?

Sam: Você o que? - Eu estou muito confusa... só pode ser brincadeira.

Freddie: É isso mesmo que você ouviu.... eu te amo! Eu não aguento mais guardar isso pra mim. Eu precisava dizer isso... eu te amo, e te quero pra sempre comigo!

Sam: Fre..Fre...Freddie... é..é..sério? Não brinca comigo!

Freddie: Porque eu brincaria com você? - Ele veio se aproximando de mim, e eu não consegui me afastar.

Sam: Mas....mas...co..co..como? Qua...quando? - Eu não conseguia terminar de falar... eu estou chocada.Fiquei sem palavras... não estou conseguindo acreditar no que o Freddie acabou de dizer. Ele me ama! Freddie me envolveu num abraço e me beijou.

Tentei resistir... mas não consegui... eu queria isso...eu desejava esse beijo à muito tempo. Só o que consegui fazer, foi corresponde-lo e me entregar à um beijo que me fez esquecer toda a dor, que há poucos minutos, estava me consumindo. Passei meus braços ao redor do pescoço dele, puxando-o para bem perto de mim, e senti que ele me abraçou mais forte na cintura, deixando o beijo mais intenso. Tudo nele me deixava cada vez mais apaixonada, o jeito como me beijava, tão doce e delicado, mas ao mesmo tempo, com paixão e desejo...o jeito como ele me acariciava enquanto me beijava, o calor do seu corpo no meu. Tudo parece se encaixar perfeitamente. Ele me ama... e eu o amo. Será um sonho? Será que estou dormindo, na minha cama, e sonhei com tudo que está acontecendo? O ar nos faltou e eu parei o beijo.... e de repente vi que de fato não era um sonho... era real. Freddie estava realmente parado diante de mim...sorrindo. Mas algo em mim não está bem... não sei porque me sinto triste... assustada, com medo! É ISSO...MEDO! Eu estou com medo.... muito medo de amar... de tudo que aconteceu com o Dave, se repita e eu volte a sofrer. Porque... o Dave também dizia que me amava, e olha só no que deu. E se o Freddie, se der conta de que não me ama... e se ele ainda amar a Carly? Ele acabaria me deixando... e eu não suportaria outra decepção... ainda mais se eu fosse rejeitada pelo Freddie. Garotos como o Freddie, só se interessam por meninas como a Carly, doces, femininas, meigas... ele nunca ia me amar de verdade... ainda mais depois de tantos anos batendo nele. Mas.... ao mesmo tempo, eu tenho medo de ficar sozinha, sem ninguém pra me amar de verdade. Sinto a dor no meu coração voltar.... olhei para Freddie e percebi que ainda estavamos abraçados.Me soltei dele... e fui me afastando. Ele me encarava sem entender nada.

Freddie: Sam... o que foi? Porque se afastou?

Sam: Freddie... me deixa! Vá embora...

Freddie: Porque? O que eu fiz?

Sam: Nada... mas é melhor ir antes que a gente se machuque.

Freddie: O que? Como assim?

Sam: Freddie.... eu quero ficar sozinha... eu vou embora!

Freddie: Mas... porque? Não me quer por perto? Não quer ficar comigo?

Sam: Eu quero... mas não posso! - Eu já ia correr, mas ele me segurou pelo braço. Seus se encheram de lágrimas.

Freddie: Porque não pode?

Sam: Porque eu já disse uma vez... não posso mais me apaixonar... não vou mais ouvir meu coração! Eu não quero mais sofrer.

Freddie: Mas... Sam! Então... você também me ama?

Sam: Adeus Freddie...- Saí correndo em direção à um taxi que estava parado há uns metros.

Freddie: SAAAMM!! NÃÃO VAAI... Por favor... - Eu o ouvi gritando... mas não parei de correr. Eu preciso sair daqui o mais rápido possivel.

Ai meu Deus... o que eu faço? Estou muito confusa... ele disse que me ama e eu também o amo, mas tenho medo de que isso acabe, e eu volte a sofrer. Mas também, pode ser verdade...tem a possibilidade dele ser o amor da minha vida e eu estar jogando a oportunidade de ser feliz ao lado da pessoa que amo. Esse beijo que ele me deu... mostrou que ele realmente me ama, mas mesmo assim preciso ter certeza. Entrei no táxi e fui em direção ao único lugar que eu teria paz, para pensr em tudo que acabou de acontecer.