Percy me levou para o quarto. Notei que ele já estava preparado. Uma colcha azui da cor do mar cobria a velha cama de casal que ficava no meio do quarto. Desci de seu colo e continuei a observar o quarto. As mesmas velas de cheiro estavam por toda parte. Senti meu coração acelerar ainda mais, se é que isso fosse possível. Ouvi o barulho da porta se fechando. Me virei e vi que Percy tinha a trancado. Sua respiração estava alterada, assim como a minha. Ele se afastou da porta e veio até mim, segurou minhas mãos e disse:

– Tem certeza?

Sorri e lhe dei um beijo. Começou calmo, mas logo eu consegui sentir a urgência. Precisava dele. Precisava ser dele. Não queria mais ninguém. Percy poderia ter todos os defeitos do mundo, mas era isso o que o tornava especial. Ele não se importava em parecer perfeito, ele era ele mesmo, e isso era uma das coisas que eu mais amava nele.

Interrompi nosso beijo e olhei em seus olhos.

– Quero que seja você, Percy, quero que você seja o meu primeiro.

Depois de dizer isso, ele sorriu para mim e me beijou. Senti suas mãos, que estavam em minha cintura, descerem delicadamente para minha bunda. Ele a apertou de leve, fazendo com que eu soltasse um gemido baixo. Não perdi tempo, comecei a desabotoar sua camisa. A cada botão que eu abri, senti minhas mãos tremerem mais. Algum tempo depois, sua camisa estava jogada no chão. Sentia com as mãos seu abdômen, não era definido, mas não me importei com isso.

Percy então se afastou por um minuto e me puxou pela mão. Ele se sentou na cama e fez com que eu me sentasse em seu colo. Voltei a beijá-lo. Ele me puxava para si, e eu estava amando aquilo. Sentia suas mãos passarem por minhas coxas, isso me arrepiava. Era algo que nunca senti antes, a forma como Percy me tocava, era única. Suas mãos, então, sairam de minhas coxas e bunda, e foram para o laço de meu vestido, que ficava na costa. Ele o desamarrou e eu travei. Não era medo, pelo contrário, era vergonha. Parei de beijá-lo e o fiquei encarando. Me levantei de seu colo e ele se levantou atrás.

– Annie... não precisa ter vergonha... - Percy disse enquanto colocava suas mãos em meus ombros, fazendo com que meu vestido escorregasse por meu corpo.

Ele me fitava de cima a abaixo. Eu não estava com a lingerie perfeita, não era nem um conjunto. Estava com uma calcinha roxa de bolinhas brancas e um sutien preto. Cruzei os braços na altura dos seios. Ainda não tinha olhado para Percy.

Ele chegou mais perto e me puxou pela cintura, fazendo com que nossos rostos ficássem próximos. Deu um beijo em meu rosto, depois em minha orelha, o que fez com que os pelinhos de meu braço se arrepiassem. Mas quando chegou no pescoço, não resisti, soltei os braços e agarrei sua cintura.

– Você é linda Annie. E é minha, só minha. - Percy sussurrou no meu ouvido.

Apertei-me ainda mais a ele, e notei que ele ainda estava de calças. Corri minhas mãos para o botãos da mesma e a abri, depois desci o zíper. Ele soltou um gemido leve, quando minha mão, acidentalmente, rossou em seu amiguinho que parecia estar apertado dentro de sua cueca. A calça escorregou por suas pernas e vi que ele usava uma cueca box preta e... não resisto a homens de box preta!

Sorri para ele e o beijei de novo. Desta vez, fui eu quem o conduzi até a cama. Com um sorriso maroto, Percy me deitou e se deitou por cima. Nesta hora, já tinha perdido toda a vergonha na cara que me restava. Girei nossos corpos e me posicionei emcima dele. Beijei sua barriga, seu peitoral, até que cheguei no pescoço. Eu o beijava e dava algumas mordidas de vez em quando, ouvia Percy gemer e me apertar contra ele. Senti um arrepia em minhas costas, quando dei por mim, alguém tinha acabado de abri o feixe de meu sutien. Meu coração martelava dentro de meu peito, ele parecia querer sair.

Percy tinha as mãos delicadas, apesar de estar tremendo. Ele tirou meu sutien e o jogou do lado. Fiquei constrangida, afinal ele estava babando em cima de meus seios. Os escondi com o cabelo. Percy deu risada e segurou meu rosto com a mão, depois me beijou novamente.

Ele então nos girou de novo, ficando em cima de mim. Eu sabia o que estava por vir. Quando ele parou de me beijar, olhou no fundo de meus olhos e disse:

– Eu te amo, Annabeth, nunca se esqueça disso.

Sorri ao escutar aquilo.

– Eu também te amo, Percy.

Um enorme sorriso brotou de seu lábios. Percy então voltou a beijar meu pescoço, mas não ficou apenas ali. Desceu os lábios até meus seios e depois para minha barriga. Aquilo estava me arrancando suspiros acada vez maiores. Senti que suas mãos foram para minhas coxas, depois foram subindo e tiraram minhas calcinha. "Está quase" pensei, estava demorando!

Percy voltou para cima de mim.

– Pronta? - ele perguntou se posicionando entre minhas pernas.

Assenti e vi que ele já estava sem cueca. Ele me beijou novamente, um beijo longo e demorado. Quando me penetrou, senti uma dor afiada, segurei seus cabelos com força, o que fez com que ele gemesse. Estava olhando para mim, como se estivesse pedindo permissão para continuar. Assenti. Ele continuou. A dor já estava começando a passar, e senti algo diferente, prazer.

Percy continuou fazendo movimentos leves, mas que estavam quase me enlouquecendo. Agarrei-me em seu braços e senti que estava chegando ao clímax. Notei que, pela cara de Percy e por seus gemidos, ele também estava. Seu ritmo aumentou um pouco, agradeci. E então senti aquela explosão dentro de mim. Com um gemido alto, avisei a ele o que tinha acabado de acontecer. Não demorou muito para ele também chegar ao extremo.

Eu estava feliz. Um enorme sorriso brotou de meu rosto, e do de Percy também. Ele saiu de dentro de mim e foi para o banheiro. Não fui atrás dele, fiquei apenas olhando para o teto. Estava começando a sentir meus olhos pesarem, estava mesmo com sono. Escutei os milhares de fogos de artifício anunciando que um novo ano estava vindo. Pensei em minha mãe, e em o que ela devia estar pensando de mim. Porém estava feliz, afinal tinha acabado de perder minha virgindade com o cara que eu amo. Não me arrependi nem por um segundo. Adormeci daquele jeito mesmo.

Pensei que tinha sido um sonho. Pensei que tudo aquilo não tinha passado de mais um de meus sonhos. Mas quando abri meus olhos, tive certeza que estava acordada. Me deparei com Percy dormindo abraçado comigo. Notei que estava nua, e que ele estava de cueca. Sorri que nem boba ao pensar no que tinha acontecido naquela noite. O sol estava começando a acordar. Me levantei devagar para não acordar Percy. Peguei minha calcinha que estava no chão, a coloquei e coloquei a camisa que Percy estava usando.

Corri para o banheiro, fiz minha higiêne e voltei para o quarto. Eu ainda tinha aquele sorriso bobo no rosto. Fui me jogar em cima do homem mais lindo do mundo, mas vi que Percy não estava mais lá. Me deitei novamente e pus-me a esperá-lo. Não demorou muito para ele entrar no quarto segurando uma bandeja. E ele estava só de cueca, que homem era aquele!

Sorri para ele. Ele fez o mesmo. Colocou a bandeja perto de mim e me deu um selinho.

– Bom dia, como passou a noite? - Percy disse ainda com o rosto perto do meu.

– Bom dia, passei bem até. - eu disse me afastando e fingindo ficar séria.

Ele deu risada e trouxe a bandeja para mais perto. Tinha dois copos com suco de laranja, torradas, frutas, cupcakes azuis... estava tudo muito apetitoso. Comemos calmamento, sem dispensar os beijos nos intervalos.

Ao terminármos, Percy tirou a bandeja da cama e a colocou no chão. Que a propósito, estava cheio de roupas espalhadas. Como eu já estava embaixo das cobertas, ele foi até meu lado e me abraçou. Me deitei em seu ombro, pensando em como tinha sorte em tê-lo ao meu lado.

– O que achou? - Percy perguntando, fazendo aquele silêncio se quebrar.

– Foi incrível, foi... melhor do que pensava. - lhe disse sentindo meu rosto esquentar.

Ele riu e beijou o topo da minha cabeça.

– Annie, se eu fizer uma coisa... você jura que não fica brava? - Percy me perguntou.

Me levantei e fiquei encarando-o.

– Depende, o que quer fazer? - eu disse.

E então ele fez a última coisa que eu pensei que faria. Ele arrotou! Puta merda, ele arrotou na minha cara!

– Ah Percy, como você é romântico! - eu disse jogando um travesseiro em sua cara e saindo da cama.

Ele ficou vermelho e estranhou o fato de eu estar levantando.

– Para onde vai? - ele me perguntou.

– Para um lugar longe de você! - gritei e sai correndo pela casa.

Não demorou muito, Percy se levantou e começou a correr atrás de mim. Eu ria alto, e ele também. Parecíamos duas crianças brincando no parque. Passei pela sala e ele ainda estava atrás de mim. Fui para a cozinha mas não consegui despistá-lo. Voltei correndo para o quarto e senti que alguém tinha agarrado meu braço, fazendo com que eu voltasse violentamente. Percy caiu no chão e eu cai em cima dele.

Ficamos rindo no chão como dois idiotas, até que ele se deitou em cima de mim e me deu um beijo. Começou com um selinho, mas decidi aprofundá-lo. Percy segurava minha cintura e eu arranhava sua costa. Só paramos de nos beijar quando senti que precisava respirar. Ele olhava em meus olhos. Lhe dei um selinho e disse:

– Que horas são?

Ele riu.

– Não faço ideia, umas 9 e pouco, talvez.

Senti meu sangue gelar.

– 9 e pouco? Precisamos ir, se minha mãe perceber que eu não dormi em casa...

Fui interrompida pelos gentis dedos de Percy em meus lábios.

– Calma, Annie. Vamos daqui a pouco.

Sorri para ele e lhe dei mais um beijo. Eu estava com medo, afinal, estava sentindo que teria de enfrentar minha mãe. Ela não era boba. Já devia estar desconfiada do que iríamos fazer esta noite. Não posso culpá-la por isso.

Percy e eu ficamos namorando deitados no chão por um bom tempo. Por mim, não sairia de seus braços nunca.