Pov'S Sam

Eu estava descendo as escadas e tropeçei. Meu tornozelo começou a doer muito e voltei correndo para o corredor.

(sem falar que eu esqueci totalmente que minha mãe tinha viajado).

Minha primeira opção foi o Freddie, por que, como a mãe, é bom com machucados.

E eu também queria conversar com ele sobre o ''quase'' beijo.

Mas a porta estava trancada. Tentei, tentei, pensei em usar minhas técnicas, mas não iria fazer isso, o mais simples era abrir a porta da Carly.

Ela estava no sofá, assistindo.

- Carly... - falei, quase chorando - tá doeendo! - disse, andando que nem saci, com uma mão segurando meus sapatos e a outra no meu pé.

- O que está doendo? - ela perguntou, se levantando do sofá e vindo até mim.

- Meu pé, torci meu tornozelo.

- Xii, senta aqui. - e sentei.

- O Freddie deve ter várias coisas coisas disso, vou chamar el... - a interrompi.

- NÃÃÃÃO! Ele deve estar dormindo... á essa... hora. - falei, um pouco envergonhada.

- Hm... sei, então... acho melhor... - ela foi e correu até a porta e gritou.

- FREDDIE!! FREDDIE!! ABREEE!! - ela gritava, minha vontade era ir até ela e a socar bastante, até virar uma ''Narly'', mas meu pé estava doendo muito...

- Se eu pego essa garota... - resmunguei.

- Ah, Carly... o que foi? - Freddie falou, meio sonolento e esfregando o olho, seu cabelo estava meio bagunçado, e estava de pijama. Gostei.

- Sam machucou o pé e você precisa cuidar dela. - Carly me tratou como um bebê.

- Nossa Carly, eu sei me cuidar, só preciso que o Fredducho me empreste seus ''medicamentos''. - zombei.

Carly deu de ombros.

- Então...? - ela falou.

- Tá, tá, vou pegar. - entrou para dentro da casa dele.

Carly sentou do meu lado esquerdo.

- Viiu? Ele cuida de você. - ela disse, um tanto maliciosa.

- Carly... eu te amo sabia? - eu disse, sarcástica, pra não dizer coisa pior.

- Sabia. - ela disse com um sorriso satisfeito.

- Chegueeei. - disse o Freddie.

- Ótimo, então, vai rápido. - falei.

Freddie pegou uma pomada e meu pé, ele massageou o local e passou a pomada, senti uma cosquinha e dei um riso.

- HAHAHAHA! Freddie... HAHAHA! Para.... - eu ria muito, Carly me olhou assustada, Freddie se divertia.

- Não sabia que você tinha cosquinha nesse local Sam... - Carly falou, surpresa.

Eu e Freddie nos olhamos e demos de ombro, ele continuou fazendo seu trabalho.

Quando eu e o Freddie namoramos, bem, eu contei muitas coisas á ele e vice - versa. Freddie não me conhece TÃO bem quanto a Carly, mas há coisas que ele sabe mas ela não sabe.

- Terminei. Tá melhor? - ele falou, meio preucupado.

- Sim, ficou melhor. Valeu. - e dei meu melhor sorriso, ele deu seu sorriso de lado, acho que corei um pouco por que a Carly cochichou no meu ouvido.

- Ao menos dirfarça que não está gostando. - joguei uma almofada nela.

- Bruta... - ela falou, ainda rindo um pouco. - aiai, já vou dormindo.

- Já? - perguntei.

- ''já''? Sam, são 2 da manhã. - ela falou, indo ao quarto e fechando a porta, levei um susto.

- EITA! SÓ TEMOS 5H PARA DORMIR?? - falei.

- Nossa, é melhor eu ir indo, boa noite!. - Freddie falou, já saido.

- ESPERA! - gritei.

- O que? - ele perguntou.

- Hã... bem eu... - fiquei de pé, mas não aguentei e caí, para a minha sorte, caí em cima do Freddie, na mesma posição de quando a gente se beijava. Ele deu um sorriso lindo, retribui com o meu melhor.

- Quer me dizer algo? - ele perguntou, ainda com um sorriso.

- Q - quero... - falei, já voltando a minha posição e ficando em pé com dificuldade.

- Vai precisar andar de muleta, a região afetou bastante. - ele falou.

- É, mas agora eu tenho que te falar um negócio.

- Sobre lá no... Boliche? - ele perguntou, meio tímido.

- Sim, Freddie, isso não vai mais acontecer, fica tranquilo, sei que o que você sente não é mais o que eu sinto...

- O que? - ele disse, com um meio sorriso mais confuso.

- Eu ia dizendo que o que você sente...

- Sam! - ele chegou mais perto de mim - O que eu sinto por você não passou, continuo te amando do mesmo jeito que sempre te amei. Acha que o ''quase'' beijo foi só coisa sua? Eu queria aquele beijo tanto quanto você, acho que até mais. - ele falou tudo isso, e eu fiquei muda, parada, eu sinceramente, não sabia.

Ele ainda me ama.

- Você nunca vai saber o quanto eu também quis aquele beijo Freddie... - falei, quase chorando.

- Podemos dar um aqui, se quiser. - ele sugeriu.

Nos beijamos, calmo, como no primeiro beijo.

Nós não tínhamos voltado, muito menos ficado, só tínhamos, bem sei lá, ao menos, eu provei que eu ainda o amava.

E ele também.

Precisavamos disso, ao menos para ter força e dizer um ''Oi'' para o outro todo dia.

Demos um fim ao beijo, e ouço a Carly gritando.

- SAM! VEM DORMIR LOGO! - nem acredito que a Carly disse isso á mim.

- Boa Noite... - eu disse, um pouco corada e andando com dificuldade.

- Espera aí, vou te levar... - ele me disse, me pegando no colo.

- Não precisa e UOU! Nossa, você me aguenta? - ele me pegou mesmo!

- É, dá certo malhar as vezes. - rimos.

Ele subiu as escada e me colocou em frente á porta.

- Boa Noite. - dissemos juntos, rimos de novo.

- Carly...? - perguntei, entrando no quarto.

- Entra logo e dorme Sam! - ela disse, na cama, sonolenta.

Peguei um pedaço grande de madeira, um pau, que o Spencer ia usar para uma Escultura, e usei como uma muleta.

Vi algo estremamente interessante de baixo do corbertor da Carly, que era grande, por isso vi.

- Carly o que é iss... OMG! Carly Shay! - era um computador, dava pra ver o que estava acontecendo lá na sala, local em que eu e o Freddie nos beijamos de novo! - VOCÊ ESTAVA BISBILHOTANDO EU E O FREDDIE?

- E - estava! - ela disse - Sam! Foi muito lindoo! Me desculpa, mas eu não p... - a abraçei.

Começei a chorar.

- Está aprendendo comigo Carly Shay... que orgulho! - falei.

Carly deu um risinho abafado.

- Tá, me conta os detalhes agora, o que eu vi é pouco, só vi o final do beijo.

E comecei, eu não sou de falar meus sentimentos assim, mas Carly viu muita coisa, contei do ínicio até o fim. 

A cada coisa que eu dizia, Carly ás vezes demonstrava ciúme meu e do Freddie, mas na maioria, só um grande sorriso.

- Mas, Sam, se vocês se amam, por que terminaram? - Carly perguntou.

Eu ia responder, mas o relógio apitou.

O QUÊ? 6H? Conversamos tanto assim?

- É... vamos nos arrumar... - Carly falou, mas um tanto surpresa, que nem eu.

Ao menos, não respondi sua pergunta, por que não há resposta.

* Não damos certo?

* Brigamos o tempo todo?

* Não somos um casal normal?

Então...

... por que a gente se ama tanto?

Essa era uma pergunta que nem eu, nem o Freddie, e nem a Carly sabíamos responder.