P.O.V Miley C.

- Alô? - Meu celular tocou bem na hora que Justin tentava me beijar... De novo. Eu não sei o que estava acontecendo com ele, ele estava meio estranho esses dias.

Quando o senhor que avia me ligado falou o que tinha que falar, eu simplesmente paralisei e não pude manter minhas lágrimas.

- Ei, Miley. O que foi? - Justin disse assim que percebeu que eu estava chorando e ficando com uma cara e um tom preocupado.

- Eu vou para o Texas, Justin... Eu não vou mais poder ficar aqui, eu não vou mais te ver – Respondi e logo o abracei o mais forte que eu pude.

Eu não podia ficar sem ele, por quê? Simplesmente porque não! Ok, essa pode não parecer uma resposta muito boa, mais eu preciso dele perto de mim! Sem ele eu não sei o que seria de mim hoje, ainda mais agora, se não fosse por ele, eu nem deveria mais estar ali, na casa dele, com ele, ele era realmente tudo pra mim meu... Melhor amigo... É ele é meu amigo, ta eu gosto dele por isso não posso ficar sem ele, pronto falei, felizes?

O que vai acontecer quando eu for para o Texas? Eu não posso deixar ele!

Como eu não poderia desobedecer à ordem de um juiz por mais rebelde que eu fosse... Eu teria que ir mesmo por mais que eu não quisesse. Arrumei todas as minhas coisas com o Jus, é ele me ajudou, só ele mesmo pra me ajudar a arrumar a mala... Não, eu não o deixei pegar nas minhas roupas intimas se vocês acham que eu deixei tudo mesmo.

No domingo eu partiria, é hoje que ele me ligou ainda era sexta, eu e o Justin planejamos de madrugar essa noite, mas quem disse que eu estava com animo? Bom, a mãe do Justin havia ido para uma reunião de negócios na Califórnia, e voltaria na tarde de sábado, assistimos diversos filmes, comédia, romance, drama, suspense, terror, ta bom, vocês devem estar se perguntando como conseguimos assistir tudo isso, bom, a gente desistia de ver ele e ia pra outro canal porque cansava *risos*

Entupimos-nos de sorvete, pipoca, brigadeiro, balas e coca, nossa, que lavagem no nosso estômago né, e só com ele que eu fazia isso...

Acabamos dormindo na sala mesmo, o Justin dormiu com o pé na minha cara e eu com o pé na cara dele, pois é a gente dormiu ao contrário.

Saímos praticamente o dia todo, quando voltamos pra casa, Pattie já estava lá, preparando nossa janta, contei a ela numa hora em que o Justin estava no banho que o juiz tinha me ligado avisando o que eu teria de fazer... Ela é como uma segunda mãe pra mim, fala sério...

O resto do sábado passou com um piscar de olhos, e logo já era domingo... Eu teria de partir de manhã... Sim, não poderia ter um domingo com o Justin, que bom que podemos aproveitar esses últimos dois dias, ele e a Pattie foram ao aeroporto comigo, se despediram e etc... Mais o abraço do Justin... Foi como se eu estivesse largando minha própria vida, não sei bem, só sei que eu não queria mais soltá-lo, assim como ele não queria me soltar, nós só partimos o abraço bem em cima da hora quando aquela mulher lá que eu não sei de onde sai a voz falou a última chamada para o meu vôo, acenei para eles com lágrimas escorrendo pelo meu rosto sem ao menos conseguir falar “vou sentir saudades de vocês” ou um “eu quero ver vocês daqui a algum tempo, se cuidem”, muito menos um “adeus...”, acho que essa foi a minha despedida mais triste em toda a minha vida...
Entrei no avião, sentei-me no lugar indicado, coloquei os fones, e não queria saber de mais nada, só de chegar no bendito lugar que eu moraria e tentar viver como eu sempre vivi aqui, ou não...