O Beijo Londrino escrita por Amy Stille


Capítulo 2
Bulimia


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO! Releia o capítulo um, eu o mudei totalmente. Se não fica sem sentido.
Beijos, boa leitura.



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ATENÇÃO! Releia o capítulo um, eu o mudei totalmente. Se não fica sem sentido!

Eu estava sentada no canto do refeitório, ouvindo Nay falar em como o rock havia morrido, e que hoje em dia não se faz mais músicas que prestem. Quando vi Chaz andar em minha direção. Fazia uma semana desde que havia chegado, e desde então Nay e eu não nos separávamos. Era uma indo para casa da outra, como se fossemos amigas há bastante tempo. Minha relação com Chaz era muito forte e carinhosa, ele me tratava como uma irmã caçula.

- Olá, amore mio!

Nay revirou os olhos indignados por ter sido interrompida e levantou-se.

- Nos vemos mais tarde, Amy.

Nay e Chaz não se suportavam, e por mais que ele falasse com ele, Nayara o ignorava completamente.

- Claro! – respondi vendo-a desaparecer porta a fora. – A que devo a honra?

- Queria pedir para a senhorita ir a uma festa comigo. Queria lhe apresentar a um amigo meu.

- Festa! Que amigo?

- Um ai... Não importa – disfarçou. – Você vai?

Revirei os olhos.

- Depende! Irá me apresentar como sua amiga, quase irmã caçula, ou como “ela-é-minha-acompanhante-não-sua!” ?

Ele gargalhou.

- Muito engraçada você Amanda, irmã, ok? Preciso ir...

- Tchau.

Levantei e fui em direção ao estacionamento. Não estava com cabeça para aulas, muito menos de educação física! Minha cabeça estava latejando de dor. E por mais que eu negasse sabia o motivo. Não em alimentava desde ontem, sai atrasada hoje, e mesmo que tivesse tempo não comeria. Não aquele tanto de massa que minha avó havia preparado. Temos que tomar cuidado com o café da manhã e com o jantar, são os horários em que mais engordamos. Também não queria ir para casa, minha avó ficaria desconfiada de algo. E dessa vez seria mais esperta, inteligente o suficiente para não ir parar em um consultório frio e delicado, com uma psicóloga achando que sabia coisas sobre mim.

Resolvi ir para uma Starbucks, tudo que meu corpo precisava era de café para mantê-lo em pé. Sentei-me à mesa mais distante da porta, olhando o movimento. Havia algumas garotas chorando e berrando do lado de fora, elas olhavam para todos os lados como se procurassem alguém. Era muito estranho, minha curiosidade despertou, mas não tinha forças suficientes para ir lá ver o que estava acontecendo sem desmaiar no caminho.

- Já sabe o que vai escolher? – uma mulher simpática perguntou, ela usava um uniforme verde, e uma mini avental escrito o nome da Starbucks na frente.

- Café puro, por favor!

- Desculpa me intrometer, mas você está bem?

Assenti.

O alvoroço lá fora aumentou quando um menino alto, com cabelos castanhos claros e olhos da mesma cor, entrou na cafeteria. Eu o conhecia de algum lugar, já tinha o visto antes.

Balancei a cabeça, o que não foi uma boa ideia, já que senti tudo rodar. Respira Amanda! Controle-se agora! Fechei meus olhos com força e mordi meus lábios inferiores. Amanda, não passe mal! Minhas mãos estavam geladas, senti minha testa transpirar. Eu não conseguiria mais aguentar. Por favor, que minha avó não descubra! Esse foi meu último pensamento, antes dos meus olhos pesarem e tudo ficar escuro.

- Ela está bem? – ouvi uma voz levemente rouca perguntar.

- Esta sim, só foi uma queda de pressão. Acredito que já está para acordar.

Minha cabeça doía mais do que antes, meu corpo pesava. Abri meus olhos, olhando para as pessoas que se aglomeravam em volta de mim, preocupadas. Senti um aperto leve em minhas mãos, e vi que o garoto que havia entrado na cafeteria tinha sua mão entrelaçada a minha. Tentei levantar e minha cabeça latejou.

- Esta bem querida? – a garçonete que me atendeu perguntou-me.

- sim, só preciso ir para casa.

Tentei me levantar e fui impedida por ela.

- Mas nem pensar mocinha, irei ligar para seus responsáveis.

- eu não moro com eles. – tentei argumentar em vão.

- Pode deixar que eu a levo. – um homem de cabelos negros e pele branca, falou. A mulher pereceu pensar e acabou concordando.

O homem e o garoto – que ainda segurava minha mão – pareciam se conhecer, porque me ajudaram a levantar, me rebocaram para um carro preto, e entraram comigo.

- aonde mora? – o homem preguntou me olhando.

Dei as coordenadas e me afundei no bando, respirando fundo. Tinha que melhorar meu rosto antes de chegar, minha avó não podia descobrir de maneira nenhuma.

- Sabe que temos que contar para seu responsável o que aconteceu, não é? – entrei em desespero.

- Por favor, não.

- temos que contar. – continuou o homem impassível. – se fosse minha filha gostaria de saber, acho que com seus pais não seria diferente.

Gemi de frustração.

- A deixe em paz, Scoot. – era a primeira vez que o garoto falava, e sua voz era incrivelmente linda.

- Vou falar do mesmo jeito. - o garoto apenas deu de ombros.

Rapidamente chegamos a minha casa, abri a porta convidando eles a entrarem.

- vó?

Meu grito ecoou pela casa, se eu tivesse sorte ela ainda estaria no mercado. Minhas esperanças viraram pó quando ouvi sua voz vinda da cozinha.

- aqui criança. – respirei fundo, eu estava perdida! Fiz um sinal com a cabeça, um pedido para me seguirem, e foi o que fizeram.

Minha avó estava colocando uma bandeja de biscoitos no forno, quando me viu.

- Oh querida, quem são seus amigos.

- Sou Scooter, prazer. Esse é Justin, e a senhora é? – o homem disse.

- Cleonice Yohanna, sentem-se. O que os traz aqui?

- Sua neta, ela não parecia esta bem e então desmaiou, ficamos super preocupados e resolvemos trazê-la aqui. – minha avó me olhou arqueando as sobrancelhas, já entendendo tudo.

- Me fez um grande favor senhor Scooter, agradeço muito. – então olhou para mim. – Há quanto tempo não se alimenta Amanda?

Abaixei minha cabeça, respondendo sua pergunta em silêncio. Não conseguia mentir para minha avó, na verdade eu não conseguia mentir para ninguém. Era péssima mentindo.

Os convidados apenas olhavam em silencio.

-Sua mão irá ficar sabendo disso!

- Vó, por favor! –implorei, sentindo minhas lágrimas começarem a descer.

- Não Amanda! Eu não vou deixar que essa sua doença tome conta de você de novo!

Comecei a chorar desesperadamente. Minha avó suspirou.

- ok mais uma chance. Mas é a única ouviu dona Amanda? – assenti, - Ótimo, agora vá lavar esse rosto.

Corri em direção ao meu quarto.

- Desculpa por isso, muito obrigada. - Ouvi minha avó dizer.

Tranquei-me no quarto e coloquei meu som no ultimo volume, sentindo minhas lágrimas virem com mais intensidade.



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Notas finais do capítulo

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