O Beijo Londrino escrita por Amy Stille


Capítulo 1
Sorvete e cantada!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Go!



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Londres... Oh minha adorada Londres, onde se encontra? Por que não sinto mais seu ar cortante e frio em minha pele? Cadê as pessoas agitadas e preocupadas demais com suas vidas? Onde esta Londres? Talvez só do outro lado do mundo! Tenho que esquecer de uma vez minha amada Londres, que escapou de minhas mãos como areia. E agora que o destino me havia trago a Stratford, Canadá, teria que me conformar como se nada tivesse acontecido. Mais uma vez fingindo algo que não queria. Não queria magoar meus pais, que por mais que não soubessem o quanto estava me machucando deixar minha vida para trás, eles fizeram pensando no meu futuro, e em mim. Sabia que minha mãe havia ficado nervosa quando ele me ameaçou, é tanto que me colocou no primeiro voo que encontrou. Agora teria que morar com minha avó por um tempo indeterminado.

Terminei de me arrumar e desci em direção à cozinha. Encontrei minha Avó fazendo panqueca.

- Hum... Que cheiro gostoso. – ela só sorriu para mim.

Sentei-me à mesa, e fiquei observando a cozinha. Não tinha sido mudada em nada, desde a última vez em que vim aqui. As paredes eram pintadas em um tom de bege, e nelas haviam alguns quadros que meu avô costumava pintar. Os armários eram todos de madeira, com um tom amarelo forte, minha avó havia feito meu pai e pintar todos, para trazer um pouco de luz para casa. No centro da cozinha ficava a mesa, com algumas cadeiras faltando. Na parede oposta à sala de star ficava o fogão e a pia, com uma janela aberta em cima. As cortinas eram verde oliva e balançavam com a brisa que entravam em casa.

Minha avó cantarolava uma cantiga baixo e andava de uma lado para o outro preparando o café. Ela era uma mulher forte e solitária, gostava de viver só, falava que a solidão era sua melhor amiga. Era robusta, tinha as bochechas rosadas, os olhos claros. Alguns dos fios de seu cabelo grisalho caiam em sua testa devido ao coque frouxo que havia feito. Eu sentia certo orgulho dela, e me inspirava em sua personalidade, mesmo depois da morte do meu avô ela não se deixou abater e continuou a viver sua vida e sempre que alguém perguntava, dizia que não podia lutar contra o destino e contra a morte.

Comi minha panqueca em silêncio, sentia saudade da minha casa. Por mais que fosse ótimo morar com aqui, minha vida era em Londres.

- Vai se atrasar minha filha. – disse minha vó me despertando de meus devaneios.

Subi para o quarto, escovei meus dentes e peguei meu material, e sai me dirigindo a Felton High School. Era perto da minha nova casa, então eu fui a pé. Gostava de caminhar, me dava certa nostalgia.

A escola era formada por quatro prédios, dois jardins, um ginásio, e um campo de futebol americano. O primeiro prédio era a administração, onde ficava a secretária, a direção, sala dos professores. Para minha sorte minha avó havia pegado meu horário no dia anterior então não precisaria passar por ali. Os outros dois prédios eram salas e laboratórios. E o último era o prédio de laser, onde se encontrava o refeitório, o auditório e o anfiteatro.

O sinal tocou e entrei na sala 06, teria aula de matemática agora. Todos os alunos já estavam na sala, e pararam de conversar e olharam para mim. Corada caminhei até o fundo da sala e me sentei ao lado de uma gótica.

- Oi. – disse tentando ser educada.

Ela me olhou com indiferença e balançou a cabeça, com se isso bastasse. Achei melhor ignora-la, e comecei a prestar atenção na aula. Somente no final da aula ela me olhou e resolveu falar algo.

- Desculpa pela má educação. Mas fiquei um pouco desnorteada, sabe ninguém aqui faz questão de falar com uma gótica estranha. – ri pelo nariz – você foi a primeira a ter coragem. Meu nome é Nayara, me chame de Nay.

- Oi Nay, meu nome é Amanda, me chame de... De Amanda mesmo. E essas pessoas é que são estranhas por não falar com você.

Ela gargalhou.

- Vou te chamar de Amy.

- Ok.                                                                                                                                                                                  

Nay tinha a pele branquinha, e os cabelos pretos com mechas verdes, e os olhos castanhos. Era super comunicativa, e conversava sobre tudo. Tive mais duas aulas com ela, e na hora do almoço, sentamos juntas em uma mesa no refeitório.  Acabamos trocando nossos números.

Eu estava passando em frente a uma sorveteria, quando esbarrei em alguém. Olhei para cima desnorteada e encontrei um par de olhos castanhos me fitando.

- Desculpa... – o estranho coçou a nuca.

- Amanda.

- Desculpa Amanda. É eu acho que manchei sua blusa.

Olhei e vi que ele tinha derrubado sorvete de chocolate em minha blusa preferida.

- Não tem problema... Tenho que ir.

Comecei a caminhar me distanciando dele.

- Hey, meu nome é Chaz... É melhor ficar sabendo para quando nos encontrarmos novamente. – piscou.

Ok, eu havia acabado de ser paquerada por um desconhecido, fiquei lisonjeada. Abri um sorriso tímido e continuei meu caminho para casa. 



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Notas finais do capítulo

Eu repostei essa capítulo, porque o antigo estava totalmente diferente do jeito que escrevo, então.



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