O Caso Da Boemia escrita por SophieAdler


Capítulo 8
Capítulo 8 - Salvos Por Um Rapaz Encapuzado


Notas iniciais do capítulo

Olá e aqui está mais um capítulo. Aproveitem e conheçam J.P. e o aparecimento de alguém importante. Divirtam-se!



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-Apesar de ser totalmente o oposto, é um prazer em revê-la Sophie. – disse a ruiva de olhos verdes, saindo de atrás de uma árvore.

-Jeniffer Christine Porter. – falou o nome da ruiva friamente.

-E vejo que seguiu meu conselho e trouxe sua “aliada”. Eu também trouxe a minha. Ainda se lembra de como usá-la ou já perdeu a prática?

Sophie não demonstrou nenhuma reação, mas internamente estava remoendo-se de raiva.

-A única questão que interessa aqui é: Por quê?

-Eu não faço à menor ideia do que você está falando. – respondeu, fazendo-se de boba.

-Eu reconheci sua marca: a flor vermelha e a carta da dama de espada.

“Maldita!”, pensou Jeniffer.

Jeniffer mais uma vez se fez de desentendida.

-Por que você acha é minha? Poderia ser qualquer um.

“Por que não confessa logo? Eu sei que foi você!”, pensou Sophie.

 Holmes percebeu que a jovem detetive cerrou os punhos, sinal de que queria muito bater em Jeniffer, então foi para o lado da filha e segurou sua mão.

-Esse não é o momento apropriado. – sussurrou Holmes no ouvido de Sophie - Eu sei que está com muita raiva, mas acredite: não está na hora e ainda por cima, todos estão armados, inclusive Jeniffer.

-Que eu saiba, nós também estamos. – sussurrou Sophie.

-Eu sei, mas estamos em desvantagem de armamento. Temos três armas, eles têm quatro. – falou Holmes apontando para as armas nas cinturas do três, mais o sabre de Jeniffer. No grupo deles, os únicos armados com armas era Sherlock e John Watson, somente Sophie estava sem uma arma de fogo, mas estava com seu sabre, porém percebeu que seu pai estava certo, eles estavam em desvantagem, porém precisava perguntar algo que estava em sua mente e não poderia esperar para uma oportunidade melhor.

            -Por que queria se encontrar comigo e porque agora e em Paris?

            Jeniffer sorriu um sorriso que tirava o fôlego de qualquer garoto, mas que também era um sorriso maligno.

-Por acaso você não se perguntou como aquele rei idiota da Boemia soube de você? Como encontra – lá e tudo mais?

A ficha de Sophie caiu.

-Você estava me vigiando.

-Errado. Eu estava vigiando outra pessoa e que eu sabia que logo essa pessoa iria voltar para Londres e encontrá-la. Vocês dois juntos são tão lindos que me deixa enjoada, principalmente quando estão na Praça de St. James.

Sophie lembrou-se do dia em que brigou pela última vez com seu pai e que saiu de casa para ir à Praça de St. James e encontrou Damian, que lhe deu um sermão.

-Você estava vigiando Damian. – falou Sophie sem pensar.

- Exatamente, mas agora eu acho que está na hora do nosso duelo. – disse Jeniffer tirando seu sabre e apontando para Sophie, que começou a tirar o dela.

Quando de repente, apareceu um rapaz encapuzado e que lançou seu chicote na direção de Jeniffer e tirou-lhe a espada e jogou-a longe e logo em seguida atirou um tipo de “cortina de fumaça”, deixando o grupo da ruiva confusos.

-Venham os três comigo e depressa. – disse o rapaz falando com Sophie, Sherlock e Watson.

-Como saberemos que você é alguém confiável? – perguntou Watson, apontando sua arma e que não tinha falado absolutamente nada desde que Jeniffer apareceu.

O rapaz olhou para Sophie, que logo o reconheceu.

-Ele é sim. – disse olhando nos olhos de Holmes e Watson. – Nos tire daqui o mais depressa o possível.

Ele assentiu e obedeceu.

-Seus idiotas incompetentes! Recuperem minha espada! – gritou Jeniffer, mas percebeu que era tarde e que o rapaz havia levado Sophie, Sherlock e John, e gritou de frustração. – EU VOU TE ACHAR SOPHIE ADLER! NEM QUE SEJA A ÚLTIMA COISA QUE EU FAÇA NA MINHA VIDA! EU VOU TE ACHAR!

***

Já a salvos e longe o bastante e em um lugar onde todos podiam pensar, Sherlock Holmes e John Watson apontaram suas armas para o rapaz que ainda estava encapuzado.

-Quem é você? E como sabia onde nos encontrar? – perguntou Holmes friamente.

-Eu gostaria muito de ouvir um obrigado do senhor, Sr. Holmes.

-Obrigado. Agora responda as minhas perguntas ou nós vamos atirar em você.

-Não pai! Por favor, não atirem nele. – disse Sophie virando-se para o rapaz e tirando o capuz e revelando um jovem de 17 anos de cabelos loiros escuros e olhos verdes.

Holmes ficou desconfiado, mas abaixou a arma e Watson fez o mesmo.

-Por acaso você o conhece? – perguntou para a filha.

-Sim. –“Infelizmente”- Eu o conheço.

O rapaz se colocou na frente de Sophie.

-Permita que eu me apresente: Meu nome é Damian Henry Wolfe e é uma grande honra conhecer o maior Detetive Investigativo e Observador de toda a Europa e seu melhor amigo e fiel escudeiro o Doutor John Watson.

-É um prazer conhecê-lo. – disse Watson educadamente.

O detetive olhou e apenas disse:

-Sherlock Holmes, mas eu não sei se para mim é um prazer em conhecê-lo Sr. Wolfe. E se não se importa, minha filha e eu estávamos conversando antes da sua intromissão.

-Eu peço mil desculpas senhor.

-Nem se fosse um milhão.

-Para pai. Esqueceu-se que ele nos salvou?

-Isso é verdade. – falou John.

“Por que Sophie tem que ser igual a Ela nisso também?, pensou Holmes.

-Certo, ele nos salvou, mas isso não quer dizer que posso confiar nele, ou posso? Pois pelo que eu estou percebendo, você, Sophie não confia muito nele. Então, diga-me: Porque eu confiaria, se você, que o conhece, não confia nele?

Sophie muitas vezes se esquece de que seu pai tem um senso perceptivo mais desenvolvido do que o dela e acaba sempre sendo pega em seu próprio jogo de deduções.

-O senhor está certo. Eu não confio muito em Damian, mas ele nos salvou e, além disso, o senhor mesmo disse que nós estávamos em desvantagem e que não poderíamos lutar contra eles.

-Sim, mas se tivéssemos ficado mais um pouco, poderíamos ter tirado mais algumas evidências deles sobre o caso do príncipe, seu caso.

Damian pigarreou.

-Com licença e desculpa atrapalhar a conversa. – disse, enquanto olhava para os olhos azuis da jovem. – Mas eu sei de algumas coisas que podem ajudar no caso.

-Como o que, por exemplo? – indagou Watson.

-Como o rei soube de você, Sophie. Eu falei de você para ele, quando mataram o príncipe. E ele telegrafou para a Scotland Yard e pediu para que você desvendasse o crime.

Sophie estava desconfiada.

-E por que o rei escutaria alguém como você? O que você pediu em troca pela, digamos, informação? – perguntou Sophie friamente.

-Por que eu era amigo do príncipe. – respondeu, sentindo seus olhos arderem um pouco. Sophie pensou que nunca veria essa reação de Damian. – Apesar de não saber o que eu era de verdade, o rei gostava de mim, assim como o príncipe. E quando eu soube o que aconteceu, eu decidi falar para o rei sobre você. E ele adorou a ideia e te contratou. E eu não pedi nada em troca. Eu não sou tão insensível como você pensa. Você não é a única que já perdeu alguém que gosta muito.

A jovem não disse nada, mas sabia que ele estava certo: Ela não era a única a perder alguém que amava muito.

-Interrompendo o encontro do casal, mas nós vamos ficar aqui? – perguntou Watson.

Damian apontou para um lugar, que aparentemente, estava abandonado.

-Vocês ficaram ali, naquele prédio abandonado. E amanhã irão viajar para outro lugar.

-Mas nós temos que pegar nossas coisas, nosso dinheiro e...

-Não se preocupe com suas coisas, eu já peguei tudo o que pertencia a vocês e os coloquei lá. – disse Damian apontando para o prédio. - Vamos?

Watson queria protestar, mas foi impedido por Holmes e Sophie que o arrastaram para o prédio abandonado.

***

-Você disse que iremos viajar amanhã para outro lugar. E que lugar seria esse? – perguntou Sherlock.

-Jeniffer Porter vai para Roma amanhã, junto de Antony Oldman e Bradley Depp. – respondeu Damian.

-Por que eles vão para lá? – perguntou Sophie.

-Eu não faço ideia, mas antes de vocês chegarem ao museu, eu a escutei falando alguma coisa sobre Roma e que iria amanhã para lá. Era sobre algo muito importante. Então achei melhor vocês saberem.

-Eles vão para Roma, mas como iremos se não temos passagens? – perguntou Watson.

-Eu já cuidei disso também. – disse Damian mostrando quatro passagens de trem para Roma.

-E para quem é a outra passagem? – indagou Watson.

-Eu achei melhor eu ir com vocês, pois eu não sei algum de vocês conhecem Roma como eu conheço.

Sophie não demonstrou, mas ficou muito feliz por Damian querer ir com eles.

“Mas que pensamentos são esses Sophie? É claro que meu pai não vai deixá-lo vir.”, pensou Sophie.

Mas para seu azar e sua sorte, Holmes pensava diferente.

“Hum... Interessante. Talvez esse garoto possa nos ser útil”, pensou Holmes.

-Eu aceito que você viaje conosco. – disse Holmes.

-O quê? Holmes você não o conhece e nem sabe se ele é confiável.

-Eu sei, meu caro Watson, mas algo me diz que outra pessoa quer que ele venha, estou certo? – perguntou olhando para sua filha. – Você é a detetive do caso. Decida você mesma.

Sophie olhou para seu pai, para Watson e depois para Damian.

-Bom como você já viajou para muitos lugares, inclusive Roma, seja bem-vindo ao grupo Sr. Wolfe.

-Obrigado Srta. Holmes.


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Notas finais do capítulo

O quê vocês acharam? E o que será que vai acontecer em Roma. Só no próximo capítulo! Não percam!
Mandem reviews!
Beijos! E até o proximo capítulo.