O Caso Da Boemia escrita por SophieAdler


Capítulo 5
Capítulo 5 - Assassinato


Notas iniciais do capítulo

Já estava na hora do caso, não é? Aqui está! Eu não aguentei esperar até amanhã, tive que postar hoje mesmo. Aproveitem.



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Um mês depois.

John Watson estava no apartamento 221B da Baker Street, jogando um emocionante jogo de xadrez com Sophie, pela quinta vez, tentando sempre em vão vencê-la. A cada jogada que Watson tentava fazer, Sophie fazia várias expressões, desconcentrando-o.

-Pare de fazer isso. – disse Watson começando a ficar bravo.

-De fazer o quê? – perguntou indiferente, mas sabendo exatamente do que Watson estava referindo-se.

-Essas expressões. Está me desconcentrando e deixando-me louco.

Sophie riu da cara de, tentar ficar, bravo do Watson.

-Não estou fazendo nada de mais, Doutor, apenas observando sua próxima jogada, para eu poder executar a minha.

Watson olhou para suas peças, ou o que restara delas, pois Sophie havia “comido” quase todas elas.

“Como uma garota de 15 anos consegue vencer, quatro vezes seguidas, um homem de quase 40 anos num jogo de xadrez?”, era o pensamento de Watson ao fazer sua próxima jogada.

Sophie observou a situação do jogo.

-Xeque-mate!

Watson não acreditou que estava presenciando sua quinta derrota consecutiva. Sophie riu da cara de derrotado do doutor.

-Não fique assim doutor.

-Eu achava que perder no xadrez para seu pai fosse ruim. Perder para você é pior.

-Nossa. Fiquei comovida doutor. Quer jogar outra?

-Não, não, de jeito nenhum.

-Por que não, Watson? Está com medo de perder para uma adolescente? – indagou Sherlock Holmes, entrando em seu quarto.

-Pra dizer a verdade, sim. Ainda mais uma que, por acaso, é sua filha.

Holmes sorriu orgulhoso.

-Pois é muito bom que tenha medo dela.

-Por favor, cavalheiros, a uma dama presente. E doutor, eu o venci várias vezes por causa do seu descuido de proteger o rei e das suas estratégias para fazer-me cair numa armadilha. Entendeu?

Watson não sabia o que responder depois da explicação de Sophie. Porém não pudera, pois o Inspetor Clark havia chegado.

-Boa tarde Senhores. Senhorita.

-Boa tarde Clark! – disse Sherlock. – Qual é o problema?

-O príncipe da Boemia foi assassinado e seu pai, o rei Wilhelm Gottsreich Sigismond von Ormstein, grão-duque de Casell-Falstein, decidiu contratar seus serviços...

-Excelente Clark, eu estava mesmo precisando de um caso intrigante. Diga-lhe que eu aceito...

-Desculpe senhor, mas não eram os seus serviços que o rei contratou. – disse Clark, estragando a empolgação de Holmes.

-Pois, então, é de quem, Clark? – perguntou Holmes, friamente.

-Ele quer que a Srta. Adler resolva o caso.

-O quê? – falaram Holmes e Watson ao mesmo tempo.

-Como é? Querem que eu resolva o caso do assassinato de um príncipe? – perguntou Sophie surpreendida, pois não esperava isso numa tranquila tarde de sábado.

O Inspetor estava esperando uma resposta de Sophie, mas esta não sabia o que dizer.

-Inspetor, por que o rei não contratou meu pai?

Clark não teve a chance de responder, pois Sherlock Holmes disse primeiro.

-Por causa do escândalo da Boemia.

Aquilo não fez sentido para Sophie, mas esta percebeu que aquele não era o melhor momento para indagar.

-A senhorita aceita o caso? – perguntou curioso o inspetor.

-Eu... não sei...eu nunca resolvi um caso na minha vida antes. Eu acho...

-Aceite o caso Sophie. – disse Holmes, incentivando-a.

-Mas pai, eu acho que ainda não estou pronta.

-Sim, você está e sempre esteve. E eu pude observar isso. Mesmo que seu dom de observação, ainda seja um pouco prematuro, é o suficiente para ajudá-la no caso. Além disso, você acompanhou-me em três casos do mês anterior. E ainda por cima, você é minha filha e um dia você será a melhor detetive do mundo. Então, aceite o caso.

As palavras de seu pai motivaram Sophie, o que a deixo com mais confiança em si mesma.

-Inspetor, eu aceito o caso. E preciso de algumas coisas.

-E quais são senhorita?

-Primeiro: Eu quero a ajuda do detetive Sherlock Holmes e do Dr. John Hamish Watson. – Ambos olharam para Sophie, surpresos. – Eu não quero que os senhores percam isso. Principalmente o senhor pai.

Holmes percebeu que queria muito ver sua filha em ação no primeiro caso.

-É claro que eu aceito. Será uma honra ver minha própria filha resolver um caso do assassinato de um príncipe. – respondeu Holmes orgulhoso.

-Eu também aceito. Será um grande prazer em ajudá-la Sophie. Quero estar presente quando você pegar o assassino.

Sophie ficou grata por Holmes e Watson terem aceitado ajudá-la. E já para não perder tempo, começou a investigar.

-Inspetor, quais são os fatos? – perguntou, olhando para Holmes, que assentiu, dando mais confiança.

-Segundo o rei, seu filho estava em seu passeio matinal pelo quintal da propriedade, quando escutaram tiros e gritos. Todos os empregados saíram correndo em direção ao local dos barulhos e quando eles chegaram, o príncipe jazia morto com três tiros.

-É somente isso, Inspetor? Não tinha nada perto ou no corpo que possa nos auxiliar na captura do assassino? – Perguntou, olhando para o chão e tamborilando os dedos.

-Bem, já que a senhorita perguntou, encontraram perto do corpo uma flor e uma carta de baralho.

Sophie agora olhava para a janela, sua cabeça pensando sem parar nos fatos. Sherlock Holmes e John Watson a observavam intensamente, querendo poder saber o que ela estava pensando. Quando finalmente disse:

-Pai? Doutor? Arrumem as malas. E Inspetor, arranje três passagens com urgência. Nós vamos para a Boemia.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam?
Mandem reviews e recomendações.
Em breve capítulo 6.



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