Quem Tem Medo Da Flor De Cerejeira? escrita por Luangel


Capítulo 33
Aranha


Notas iniciais do capítulo

Oiê!^^ Tudo bem com vocês, meus amadinhos? ^-^ Bem, dessa vez eu vim bem em cima da hora pq tava c preguiça d escrever e tb falta d tempo... Boa leitura!o/ ah, feliz 2014 ;-)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/198841/chapter/33

“Fechei meus olhos, esperando que a lâmina atravessasse meu corpo, mas foi então que a mão da Haruno saiu de minha nuca e poucos segundos depois, a ninja estava estatelada no telhado, sofrendo violentos espasmos.”

Naruto Uzumaki:

Esquecendo-se de seu “oponente”, Sasuke se abaixou, acudindo Sakura que ainda tremia violentamente, sua pele estava úmida de suor e seus olhos focavam o nada, parecendo um peixe fora d’água, morrendo lenta e dolorosamente.

Corri até eles, passando por Sesshoumaru que não havia alterado sua expressão impassível, mas seus olhos não pareceram estar menos cruéis e sanguinolentos do que há poucos instantes.

O albino não fez nada para ajudar, apenas observou a cena por alguns segundos até guardar a espada e descer do telhado, para perto de Rin, que ainda estava assustada, mas que estava sendo acalmada por Sai, o que realmente não agradou o youkai.

O moreno carregou a rosada no colo e a levou até Kagome, que sem se importar, rasgou parte da roupa da Haruno, chegando a revelar um pouco de seus seios.

Eu e o Uchiha até começamos a ficar constrangidos e eu confesso que eu pensei seriamente em ficar de costas, mas não o fiz por duas coisas.

A ninja ainda estava muito agitada, se debatendo muito, o que dificultava e até impossibilitava que Kagome a examinasse.

Então eu e o Teme tivemos que segurar seus braços e pernas para que fosse examinada.

E segundo, no colo da garota havia uma mancha negra e medonha que pulsava, como um tipo de parasita, e aquilo sem sombra de dúvida desviou a nossa atenção dos seios fartos dela.

—O que é isso?—Gritei, assustado ao ver que aquilo se expandia cada vez mais, lentamente, possuindo o corpo de Sakura.

Ninguém me respondeu, Sasuke também não sabia e a sacerdotisa estava muito ocupada preparando selos com as mãos sobre um pedaço de papel.

Sinceramente, eu não via utilidade naquele ato, e comecei a ficar impaciente, mas me mantive quieto, vendo que ela estava se esforçando bastante e reclamar da demora não iria ajudar em nada.

Como se fosse mágica, o papel brilhou timidamente e quando olhei novamente, havia letras vermelhas nele, um encantamento.

Eu sorri, vendo que enfim, a minha dolorosa espera havia finalmente dado seus frutos.

Mas como tudo estava indo bom demais para ser verdade, Sakura conseguiu se soltar e me dera uma forte cotovelava, com uma força estrondosa, que vez minhas costelas se quebrarem em um som oco e doloroso, além de me empurrar para longe, ralando minha pele no chão de terra.

—Ops, me desculpe...—Murmurou a rosada, voltando a ter aquele tom de voz assustador de poucos instantes atrás.

A dor em meu tórax borrava a minha visão em um emaranhado de sangue e terr, mas mesmo assim eu conseguia ver o moreno tentando conter a rosada sozinho, o que não foi uma tarefa fácil.

Mas o que me assustou foi ver Sesshoumaru caminhar até nós com a fúria renovada, com a espada em punho novamente.

Rin chorava e tentava contê-lo, se segurando em sua perna direita, como um parasita, mas todo o seu esforço foi em vão, já que o albino era muito mais forte do que a morena e praticamente a arrasctava no chão, sujando todo o belo quimono de Rin.

—Kagome!—Berrei em meio a lancinante dor.—Rápido!

A mulher continuou seu trabalho, finalizando o encantamento, já o Uchiha virou a cabeça e ao ver o albino vindo na direção deles, tão raivoso e cruel como antes, o medo foi fácil de ser lido nos olhos dele.

Eu o entendo, afinal de contas, o ninja deve estar no maior dos dilemas, afinal, se Sasuke soltar a rosada, a mesma vai fazer coisas piores do que antes, se tornando até inimiga dele sem hesitar.

Mas se ele ficasse apenas domando a Haruno, o yukai podia muito bem simplesmente enterrar a lâmina nela, o que também não era uma boa idéia.

E eu... Bem, eu estava como um inútil, jogado no chão gemendo de dor como um fracote idiota.

Sasuke Uchiha:

Nunca fiquei tão feliz de ver Inuyasha se colocar no caminho de Sesshoumaru, que ao vê-lo, parou sua caminhada fúnebre até aqui, mas não mudou o olhar assassino.

Inuyasha não se acovardou e eu sabia que se fosse necessário, a espada que estava encostada em seu ombro seria usada sem hesitação.

—Irmão, não quero lutar contra você.—Disse Sesshoumaru, sua voz aveludada ainda mostrava sua determinação em matar a rosada.

Inuyasha abriu a boca para retrucar algo, mas não teve tempo para fazê-lo, já que foi bem nesta hora que Kagome pressionou o papel encantado no tórax de Sakura, gritando:

—Que Buda a purifique!

Uma luz azulada e brilhante, acompanhada de uma brutal onda de impacto, quase me deixou cego e tive que me segurar no chão para que não fosse arrastado para longe.

A sacerdotisa tentava se manter firme, pressionando pedaço de papel contra o peito da rosada que gritava assustadoramente como o toque do papel em sua pele a queimasse.

Quando a luz e a onda de impacto haviam cessado, eu me senti como se estivesse meio aéreo, sem notar as coisas ao meu redor com clareza.

Eu ainda via manchas escuras por causa da luminosidade de agora a pouco e o súbito silencio que se sucedeu depois daquele pandemônio, foi muito mais gritante e estranho, mas também me senti aliviado ao ver que a Haruno estava quieta, exausta demais na verdade tanto para lutar quanto para se debater.

A ninja estava suada, seu cabelo grudado em seu rosto molhado e brilhante. Seus olhos voltaram a ser como os ternos e belos de antes.

Seus lábios estavam secos e entreabertos, tentando puxar ar para seus pulmões e fazendo com que sua boca se ressecasse ainda mais rápido.

Suas orbes esverdeadas se voltaram para mim, dizendo milhares de palavras silenciosas, que eu me esforçava para entender, sem muito sucesso.

Será que a garota queria dizer que estava assustada, cansada ou sentindo dor? Vendo que minhas teorias não estavam dando nenhum resultado animador, eu sorri de lado, tentando lhe passar segurança e acariciei sua face cuidadosamente e disse:

—Isso Sakura, lute. Lute, agüente firme, nós vamos te ajudar.

Fazendo um esforço quase sobre-humano, ela assentiu com a cabeça. Seu olhar se intercalou entre mim e sua salvadora durante alguns instantes, até que depois, vencida pelo cansaço, acabou se entregando ao sono.

Inuyasha sorriu para Sesshoumaru de modo sapeca, provocando o irmão mais velho, como se tivesse ganhado alguma aposta ou algo assim.

—Viu, Sesshoumaru? Tudo terminou b...

—Não cante vitória assim tão cedo.—Retrucou o albino, sua voz era cortante como uma navalha.—Ainda não acabou, basta ver essa marca no peito dela.—Murmurou dando as costas para Inuyasha, guardando a espada na bainha.

Kagome tirou o papel do colo de Sakura e quase caiu para trás ao ver aquilo, balbuciando palavras desconexas, eu não estava muito diferente, estava perplexo e não sabia como reagir.

O que antes era apenas uma mancha disforme e até viva no peito da rosada, agora havia se tornado mais clara, quase um hematoma leve, mas agora estava na horrenda forma de uma aranha.

Aquilo pareceu atingir a todos como uma perplexidade coletiva e em meio aquele ar tenso e pesado, eu entendi que aquela mancha de aranha tinha mais significado do que eu pensava.

Naruto Uzumaki:

Acordei com a luz do sol incidindo em meu rosto e quase me cegando quando abri meus olhos.

As lembranças da noite passada me atingiram como um soco, e assustado, eu me sentei na cama, dando de cara com Sakura, que estava sentada no chão, esperando ansiosamente que eu acordasse.

Meu brusco movimento acabou por assustar a rosada também, que trocou seu amável sorriso por um olhar preocupado.

—Sakura!—Exclamei aliviado, abraçando a Haruno com toda força ele conseguia sem que suas costelas reclamassem.—Está tudo bem com você?—Perguntei me afastando da garota que sorriu e assentiu em resposta.

Ela ainda estava um pouco abatida, com aparência frágil, mas o brilho dos seus olhos eram vividos e seu sorriso caloroso.

Sua vestimenta era larga demais para seu corpo delgado, dando-lhe a impressão de que era menor do que já era, e eu consegui ver uma mancha em seu colo, coisa que chamou a minha atenção.

—Sakura, o que é isso em você?—Perguntei, apontando em mim a região da marca.

Ao ouvir aquilo, Sakura arregalou os olhos e puxou a gola da roupa para cima, escondendo a marca.

De súbito, antes que eu a interrogasse a origem e a razão daquele mancha em sua pele, alguém entrou no quarto.

Sasuke estava mais carrancudo do que nunca, quase soltando fogo pelas narinas, entrou como se fosse um ditador, e seus olhos pareciam duas fendas examinando tudo o que estava em seu caminho.

O moreno encarou a ninja e disse, quer dizer, ordenou:

—O que você está fazendo aí, Sakura?—Repreendeu o Uchiha, como se fosse uma espécie de irmão mais velho da médica.—Você ainda não se recuperou de ontem, volte para sua cama, agora.

Ela soltou um suspiro e se arrastou para sua cama, que era no canto oposto da minha e se deitou, dormindo logo em seguida.

—Ela ainda está muito cansada.— Murmurou o garoto ao meu lado, se sentando na minha cama. Toda aquela irritabilidade havia passado em um piscar de olhos. — Sakura melhorou bastante desde ontem, mas Kagome não faz milagres... Por isso ainda dorme muito e está muito fraca, não consegue nem falar!

—Mas mesmo assim continua sendo teimosa e quebrando todas as recomendações de se manter em repouso.—Murmurei olhando para o rosto sereno da rosada.—Ah, Sasuke, eu vi uma coisa estranha na pele da Sakura hoje.

O ninja voltou seus olhos para mim e percebi que eu não era o único que tinha ficado apreensivo ao ver aquilo.

—A marca tem a forma de uma aranha.—Respondeu ele.

—Uma... Aranha?—Indaguei, estranhando a fala do meu amigo.

Sasuke assentiu com a cabeça lentamente, com os olhos fechados, como se compartilhasse de minha confusão, e que já estivesse cansado de tentar encontrar alguma explicação lógica para aquela marca.

—Quando Kagome e Inuyasha viram aquilo, foi como se quase tivessem um ataque cardíaco. Sei que a marca é estranha, mas do jeito que Sesshoumaru falou e do modo que o pessoal da vila reagiu deixa a entender que tem mais significados nessa marca de aranha.—Disse o moreno, olhando fixamente para a Haruno.

—Já tentou falar com a Kagome, Inuyasha ou até mesmo a Rin?—Sugeri e o Uchiha suspirou, dizendo:

Sasuke Uchiha:

—Kagome está fugindo de mim, ela sabe que eu estou curioso e preocupado, se eu apareço no mesmo ambiente que ela, a mulher some da minha vista em segundos! E mesmo que eu não goste de Inuyasha, eu também tentei achá-lo, mas nem na vila ele está... —Respondi irritado, frustrado com meu fracasso.

—Bem, então só falta a Rin...—Murmurou Naruto.

—É, mas ela está com Sesshoumaru, e estou esperando que ela fique sozinha, mas aquele youkai não sai da cola dela... —Reclamei.

—Então vamos falar com ela assim mesmo, afinal, não temos todo tempo do mundo para esperar.—Observou o loiro, se levantando da cama lentamente, com certa dificuldade por causa das costelas quebradas.— O que você está esperando, Teme, um convite formal?

—Você está bem mesmo para sair batendo perna por aí?—Perguntei, me levantando da cama, ignorando o gracejo.

—Não duvide da força do Uzumaki, aqui!—Zombou sorrindo, enquanto apontava com o polegar para si mesmo.

Revirei os olhos e nós dois saímos da casa, sendo recebidos pela brisa suave e pelo sol escaldante.

Em poucos minutos nós chegamos na cabana de Rin, onde Sesshoumaru e Jaken estavam hospedados, para o ciúme de Sai.

Bati na porta umas três vezes e fui logo atendido pelo amável sorriso de Rin, mas nos ver, a morena engoliu a seco e sem abrir a porta disse com um sorrisinho amarelo:

—No que posso ajudar vocês dois?

—Queríamos falar sobre a Sakura, temos algumas duvidas sobre o que aconteceu ontem.— Respondi e aquilo pareceu deixar a garota amedrontada, pálida na verdade.

—Er... Acho melhor vocês conversarem com a Kagome-sama, ela sabe muito mais dessas coisas...— Rin falou a frase de um jeito tão rápido que foi até difícil entender o que ela dizia.—Então, até mais tarde!

Após dizer isso, a morena tentou fechar a porta, mas Naruto foi mais rápido e a impediu de fazê-lo colocando se pé no caminho.

—Podemos entrar?—Indagou o Uzumaki, sorrindo para ela, engolindo a dor que deveria estar sentindo no pé.

A garota abriu a boca para dizer algo, mas outra voz se fez presente, mais grave e mau humorada.

—O que está acontecendo aqui?—Rosnou o albino abrindo a porta, para o desespero da menina.

Ao nos ver, Sesshoumaru nos encarou como se fossemos insetos irritantes antes de perguntar, sem nenhuma sutileza ou educação forçada:

—O que você dois vieram fazer aqui?

—Queremos esclarecer algumas duvidas sobre a Sakura, vai ajudar ou não?— Disparei, sem paciência de ficar aturando aquele idiota albino.

Rin ficou branca como papel e arregalou os olhos como se eles fossem saltar de seu rosto.

Já Sesshoumaru se manteve calado, pensativo na verdade, e eu não pude deixar de tentar imaginar se ele estava dividindo seus pensamentos entre métodos de nos matar ou como nos ajudar.

Por fim de alguns poucos segundos que pareceram se arrastar como horas, o youkai falou:

— Kagome e meu irmão chegam a ser patéticos..—Murmurou de olhos fechados, como se estivesse irritado com aquilo.—Vocês querem saber sobre aquela marca na companheira de vocês, não é?

—Isso mesmo!—Exclamou o Dobe, animado como uma criança.— Como você sabe?

Naruto Uzumaki:

Ao me ouvir, Sesshoumaru riu uma risada seca e maldosa antes de me responder com a voz pingando a arrogância:

—Sei porque a ignorância e o desespero de vocês dois está quase palpável.

Confesso que não gostei do jeito que o albino falou comigo e com Sasuke, mas o youkai era a nossa única fonte de informações, levar provocações a sério só iria nos atrapalhar.

Ele deu passagem e nós dois entramos na mediana casa. Jaken estava sentado em frente a um tabuleiro de xadrez japonês, provavelmente esperando que Rin voltasse a jogar e foi o que aconteceu.

Eu e o moreno nos sentamos, assim como nosso anfitrião que parecia mais com um samurai, sentado daquele jeito.

—Então...—Falei, ansioso pela explicação que demorava para começar.— Você já pode começar a falar se quiser.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? ;-D mereço reviews :-)? Recomendações :-D? Então, o que vocês acham que vai rolar agr?
:*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Quem Tem Medo Da Flor De Cerejeira?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.