Harry’s POV:

Sexta eu não tinha passado a noite em casa, sim na casa da Caroline. Quem dera se eu dissesse a vocês que nós estávamos fazendo coisas boas e malucas... Na verdade ficamos discutindo o tempo inteiro. É assim que foi a semana inteira.

Caroline dizia que ficava mal por todas as directioners falando mal dela, disse até que chegou a receber ameaça de morte, e o porque das directioners não entenderem o meu relacionamento com ela, ou o porque delas não aceitarem a Caroline assim como aceitaram a Sav com o Zayn.

Eu já estava cansado de toda essa discussão. Foi assim a semana inteira. Eu sei que eu deveria estar apoiando-a ou dizendo no meu twitter para pararem de xingar a Caroline pois não ia levar a nada, mas, não era apenas isso. Um momento a Caroline estava assim por causa das directioners, no outro ela metia pau em mim porque eu só tenho 18 anos, e dizia o quanto eu era irresponsável, apontava todos os meus defeitos, brigava e dizia que Larry Stylinson era muito gay e mais sei lá o que.

– Porra Caroline! – exclamei. – Eu já te falei. Chega! Eu não sei mais o que fazer com as directioners. Ficar enchendo o meu twitter com tweets para que não te odeiem ou sei lá o que não vai resolver nada! – ela abriu a boca mas a fechou em seguida. - Eu sou novo, ok? Eu quero curtir, eu só tenho 18 anos.

Ela me olhou incrédula, como se eu estivesse a chamando de velha. Ok, só um pouquinho.

– Eu achei que ficando com você, por você ser uma pessoa mais experiente, você me aceitaria do jeito que eu sou. – ela abaixou a cabeça. – Eu tenho defeitos, assim como você e a porra do mundo. Ninguém é perfeito.

– Mas... – as lágrimas já desciam livremente pelo rosto dela. – Porque não me aceitam com você e aceitam a sua irmãzinha toda perfeita com o Zayn?

Só eu que percebi a ironia na voz dela quando ela falou da minha irmã? Eu tolero tudo, menos que falem mal da minha família, meus amigos e a minha irmã, sério.

– Olha Caroline, eu já disse. Eu não sou perfeito, ninguém é perfeito, a minha irmã não é perfeita! Se as directioners aceitam a relação dela com o Zayn, bom pra eles, não é? Eles se gostam, é isso o que importa. Você não vê? Não é só você que elas xingam. A Savannah, a Eleanor são alvos constantes das directioners. Até a Luce que não tem nada com ninguém da banda é alvo por ser nossa amiga. E vê se elas ligam pra isso o tempo todo? Elas sabe o que elas são, e também sabem o que não são. Em algum momento eu vejo as três reclamando com a gente por causa desses tweets maldosos que elas recebem constantemente, mas, do mesmo jeito eu peço para que as directioners parem com isso.

Caroline veio se aproximando de mim, obviamente para me beijar, como terminava toda a discussão. Era como se fosse um pedido de desculpas, mas ela só não pedia. Quando ela se aproximava, eu rendia ao beijo, que terminava na cama. Mas, eu estava cansado disso.

– Não, Caroline. – eu a afastei de mim. – Eu to cansado, ok? Nós discutimos a semana inteira, eu simplesmente cansei de tudo isso. Você diz o tempo todo que eu preciso amadurecer, mas eu acho que quem na verdade tem que amadurecer em algumas coisas aqui é você.

Aquelas palavras doeram um pouco em mim. Eu gostava bastante da Caroline, ela era uma pessoa legal e tudo, mas tem horas em que ela sabia ser fútil e coisas do tipo.

Quando eu disse tudo aquilo, fui embora da casa dela. A vi chorando, pela milésima vez, só essa semana.

Eu queria ficar, queria começar aquele beijo e terminar lá no andar de cima. Mas, se isso iria acontecer constantemente, eu prefiro que nós não tenhamos mais nada juntos.

Enquanto eu dirigia eu comecei a chorar. Não queria voltar para casa, mesmo sabendo que a Savannah saberia me consolar muito bem. O Louis deveria estar na casa da Eleanor, e os meninos devem estar fazendo alguma coisa de bom no apartamento, não quero estragar o momento feliz com a minha tristeza. Pensei rápido e decidi ir até a casa da Luce.

Luce’s POV:

Já era tarde, meia noite, mais ou menos. Seria tarde se eu tivesse aula amanhã, mas como é sábado já é outra história.

Eu tava no meu quarto, mexendo no meu twitter pelo iPad. Algumas directioners eram malvadas, algumas nem tanto. A maioria tuitavam coisas boas a meu respeito, como por exemplo que eu parecia ser legal, como a minha amizade com as meninas era legal e tals. Mas, a outra parte diziam coisas malvadas, como por exemplo que eu não deveria ser amiga dos meninos, não merecia uma amizade assim da Sav e da Eleanor. Mas sabe, eu acho que eu entendo. Eu meio que estaria assim também.

Minha mãe não estava em casa, estava resolvendo coisas da VS lá na empresa, ela provavelmente chegaria quando eu já estivesse dormindo.

O interfone de casa tocou, eu dei um pulo na minha cama e optei por não atender. Olha a hora, imagine se é um serial killer? Nem olhei pela janela do meu quarto, imagine se ele estivesse olhando diretamente para o meu quarto?

Alguns instantes depois, o interfone tocou novamente, mas eu não atendi. Permaneci quieta e imóvel na minha cama.

Holy shit, porque eu neguei a minha mãe de que eu não precisava de uma governanta para ficar por aqui essa noite? Eu sou muito burra mesmo.

Meu celular começou a vibrar na escrivaninha, no visor marcava que era o Harry, atendi.

– Oi Harry.

– Oi Luce. – ele fez uma pausa. – Porque você está sussurrando?

– É que... Ah, deixe pra lá.

– Ta mas, será que você pode abrir o portão? Eu to aqui fora e to congelando.

OMG! HARRY STYLES PARADO NO PORTÃO DA MINHA CASA? NÃO É UM SERIAL KILLER QUERENDO ME MATAR. OBRIGADA, DEUS!

– Ahn, ok.

Desliguei o celular e desci até a cozinha, baguiei o bagulho para abrir o portão e saí lá fora, de pijama mesmo, mas com um casaco por cima.

Assim que Harry me viu, veio correndo me abraçar. Ele estava chorando.

– Vem, Harry, vamos entrar. Aqui fora está congelando. – o guiei até a sala e sentamos no sofá. – O que aconteceu, Harold?

Harry’s POV:

Assim que eu cheguei na casa dela, nós sentamos num sofá e ela perguntou o que havia acontecido, usando o nome Harold. Eu não sei o porque, mas quando alguém me chama de Harold eu não gosto, mas, quando a Luce me chamou de Harold, eu sei lá, meio que gostei.

Luce’s POV:

Doía o ver assim. Doía muito. Sabe quando alguém que você ama está sofrendo e você não pode fazer nada para ajudá-la? Era assim que eu estava me sentindo.

Não era uma simples dor de qualquer pessoa que ama. Eu realmente amo o Harry. Pode parecer besteira, mas, não é um amor de fã para ídolo. É um amor de fã para ídolo, mas amor que uma pessoa sente pela outra. Eu era apaixonada por Harry Edward Styles.

Mas claro, eu sempre me dou mal quando o quesito é amor. Agora, eu vou me dar mal de novo porque a pessoa que eu amo não sente a mesma coisa que eu sinto por ele, acho que apenas um amor como amigos. Além disso, ele gosta de uma vovó pedófila que tem idade para ser a minha mãe e a dela também.

– Eu gostava tanto dela, Luce. – ele murmurou soluçando em meu colo enquanto eu fazia cafuné em seu cabelo cacheado.

– Gostava ou ainda gosta, Hazza? – perguntei curiosa, ele pareceu pensar.

– Sabe... Nem eu sei mais. Ela me faz tão bem, mas ao mesmo tempo me deixa tão mal.

– Quer me contar alguma coisa? Conversar? Eu to aqui.

Assim Harry me contou tudo. Tudo o que estava acontecendo desde o começo dessa semana.

O único problema é que tinha uma pessoa completamente apaixonada por ele bem na frente dele, será que ele não conseguia ver isso?

– Ei, ei, tá tudo bem. – falei percebendo que ele iria chorar mais um vez. – Vem, vamos subir, assistir a algum filme, ou dormir. Você precisa disso.

O puxei até o meu quarto, onde Harry foi logo deitar. Eu estava indo até o quartinho no filnal do corredor, onde tinha colchões.

– Onde você tá indo, Luce? – Harry perguntou.

– Eu vou pegar um colchão pra mim. – respondi.

– Nananinanão. – falou. – Sua cama é grande o suficiente para nós dois juntos. – dizendo isso, Harry me puxou e eu caí do lado dele em cima da cama. – Fica aqui.

– Ta Harry, eu fico. – falei. – Agora você tem que dormir.

Harry se ajeitou em baixo dos edredons, me abraçando de lado.

– Eu acho que a amo. – sussurrou bem baixinho, e eu achando que ele já tinha dormido.

– Ela não merece o seu amor, Hazza. – sussurrei.

– E quem merece?

– Alguém que você goste muito. Alguém para todas as horas. Alguém que você se sinta bem quando está com ela.

– Tipo quem? – perguntou e eu fiquei quieta.

Quando Harry já tinha pegado no sono, murmurei.

– Tipo eu, Harry.

Juro que o vi dar um sorrisinho.