Os tesouros da família Lestrange queimavam a minha pele, enquanto se multiplicavam. Foi uma das piores sensações que eu já senti, quase foi comparada à maldição que eu recebera de Belatriz.

–Ali! –Grampo gritou, apontando para um das várias taças À nossa volta. Harry mergulhou para apanhá-la depois de tê-la pegado com a espada.

A porta do cofre se abriu, e escorregamos junto à uma avalanche de tesouros. Grampo roubou a espada e se juntou aos outros. Draco pareceu tão enfurecido quanto eu.

Em um movimento desesperado,Harry montou no dragão branco, seguido por mim, Malfoy e Rony, então levantamos vôo.

–Então é isso que queria dizer. – Draco gritou para mim durante o vôo. Se referindo à palavra “afogado” – Aquela maluca.

...

Aparatamos na estreita rua de Hogsmeade, longe de onde o dragão havia pousado. A capa não podia nem ao menos cobrir três de nós, então Draco usou ainda um pouco da poção que havia guardado em seu bolso.

Tudo pareceu muito calmo, até que, da porta do três vassouras, comensais da morte apareceram.

–Accio, capa! – Um deles tentou. – Então está debaixo do seu xale Potter? Espalhem-se. Ele está aqui. Junto com aquele traidorzinho do Malfoy.

Draco segurou meu ombro enquanto corríamos por uma rua lateral. Por um triz, não fomos pegos.

–Vamos embora! Desaparatar agora! -Gritei.

Mas antes que pudéssemos fazer algo, um dos comensais disse o que eu mais temia.

–Que tal uns dementadores?

Então tudo pareceu escurecer, enquanto o comensal discutia com seu colega. Vultos negros emergiram pela rua, um deles parando, bem em nossa frente, se virando em minha direção.

Ele se aproximou de mim, as feições que lembravam uma caveira, coberta com um manto negro. Estava prestes a abrir a boca.

–Expecto Patronum! –Harry gritou,

Os comensais correram em direção de onde havia saído o feitiço, quando senti uma mão, me puxando para dentro de um bar.

–Potter, Entre! Depressa!

POV Draco

O barman nos puxou para dentro, resmungando, porque alguns comensais batiam em sua porta, esperando explicações.

Assim que fechou a porta, Granger saiu da capa.

–Ah, por Merlin! Eles quase nos pegaram! E sabem que você está conosco! Isso é ruim. Muito ruim. –Ofegou.

–Espere um momento. – O barman me encarou. – Você é o...

–Draco Malfoy. – respondi. –Mas mudei de lado.

–Sinto muito dizer, Malfoy, que foi para o lado perdedor.

–Que quer dizer?

–Perdido. Está tudo perdido garoto. Essa sua imprudência provavelmente vai custar sua vida.

–Eu tive meus motivos.

–Quais exatamente? Deveria ser algo muito importante para abandonar sua família no meio dessa guerra.

–Eu não os abandonei. Na verdade, acho que nem vou fazer falta. – Respondi, com frieza.

–E o que te levou a isso? Não me respondeu.

–Isso já não é da sua conta.

Ele me encarou, sério. Então se virou para os outros.

–Seus idiotas infelizes. Que idéia foi essa de virem aqui?