PDV - Jacob

Aquele maldito Cullen! Porque diabos ele tinha que aparecer? E justo agora que tudo estava indo tão bem entre mim e a gostosa da mulher dele!

Mas se ele pensa que pode chegar de repente e acabar com a minha felicidade... Pode tirar o cavalinho da chuva, que está muito enganado! Ele não irá a lugar nenhum com Bella/Ellie. Ela é totalmente minha e ninguém encosta.

Apesar de já estar muito bem informado sobre os “encontros” que eles andam tendo pelas minhas costas, deixei que se divertissem um pouco, mas não sou assim tão idiota, muito menos bonzinho com os meus inimigos. A alegria do casal terminará em breve – tenho dito ou não me chamo Jacob Black.

(...)

Comecei a dar inicio a um plano que com toda a certeza dará 100% certo. Mas trará a vida do queridinho amante da minha adorada esposa muita tristeza – pelo menos ele já está acostumado.

Mas o que eu realmente espero disso tudo é que dessa vez ele não consiga nos encontrar.

(...)

– E então Emma cadê a sua mãe? – Questionei olhando para a menininha que pintava distraidamente um desenho qualquer no papel.

– Não sei – Parecia alienada a tudo, mas já sabia exatamente em qual lugar se metera Isabella, e também na companhia de quem.

– Não está sentindo falta dela? – Puxei a cadeira a seu lado observando-a.

– Muita! - Ergueu a cabeça e me olhou fixamente – seus olhos verdes me enchendo de raiva por serem idênticos aos do Cullen.

– Então porque não ligamos para ela? – Dei a idéia já sabendo do resultado.

– Liga! Queo a minha mamãe – Fez bico e a peguei no colo discando o numero que já conhecia de cor e salteado.

Esperei e no quarto toque fui atendido.

– Alô? – Sua voz estava um pouco ofegante.

– Sou eu amor, onde você está?

– É... Estou fazendo compras – Fez uma pausa, acho que para respirar. – Isso! Compras!

– E precisa da tarde toda?

– Fazer compras requer tempo.

– Então é por esse motivo que você está ai toda ofegante? Deve estar cansada de tanto andar e ter que carregar tantas sacolas que suponho que não estejam assim tão leves.

– Você não tem idéia do quanto.

– Então porque você não vem para casa?

– Já estou indo.

– Você tem 20 minutos.

– Jacob eu já vou, não precisa me apressar.

– Precisa sim e sabe por quê? – Não esperei por sua resposta. – Você tem um marido, filha e responsabilidades aqui e não no shopping batendo perna!

– Jacob eu...

– Você tem apenas 18 minutos – Declarei, encerrando a ligação. – Pronto. A sua mamãe já está vindo.

– Obigada papai – Seus pequenos bracinhos envolveram meu pescoço.

– Não por isso minha princesa – Acarinhei seu cabelo sedoso como o da mãe.

– Com licença Senhor Black é que já está na hora da Emma tomar banho – Anunciou Margareth.

– Tudo bem – Assenti. – Pode levá-la.

– Mas eu queo toma banho com a minha mamãe! – Emma se recusou a sair do meu colo.

– Emma a sua mãe não está aqui ainda, então trate de ir com a Margareth.

– Não queo! Não queo! – Cruzou os bracinhos e fechou a cara. Teimosia ela só pode ter herdado da mãe.

– Emma querida, já conversamos sobre birra e você prometeu não fazer.

– Mas eu queo a minha mamãe! – E começou a chorar.

– Margareth você não tem nada para fazer? – A encarei. – Porque não vai fazer o jantar? Pode deixar que eu cuido da mocinha aqui.

– Sim Senhor. Se me der licença – E saiu.

– Vai parar de chorar agora?

– Quem é que está chorando? - Bella apareceu do nada e como imaginei sem sacolas.

Mentirosa! Traira!

– Mamãe! – Emma pulou nos braços de Bella que me olhou confusa.

– Ela se recusou a ir tomar banho com a Margareth e começou a fazer birra – Expliquei tentando contar a raiva.

– Emma porque você fez isso?

– Porque eu queria você mamãe.

– Mas eu estou aqui agora, meu amor.

– E amanhã, você vai estar? - Não consegui segurar minha lingua.

– Jacob não é hora para discutirmos.

– Então precisamos ter uma conversa.

– Só vou dar banho nessa boneca e depois me encontre no seu escritório.

– Estarei esperando.

(...)

– O que você quer de mim Jacob? – Desliguei o notebook e lhe dei atenção.

– Será que terei que lhe prender aqui novamente?

– O que quer dizer com isso?

– Como você tem saído muito ultimamente e por conta disso deixado de lado a nossa família, terei que pedir a Margareth que me ligue contando sobre cada passo seu.

– Você não teria coragem!

– Acho que teria sim.

– Jacob eu não tenho feito nada demais!

– Deixa que isso eu decida.

– Pelo amor de Deus! Agora só porque saio para me divertir sou crucificada pelo meu marido possessivo!

– Como ousa me chamar de possessivo?

– É o que você tem se tornado ou estou completamente enganada?

– Não venha querer mudar de assunto e colocar a culpa em cima de mim.

– Chega! Essa discussão não levará a lugar nenhum.

– Tem toda razão, mas eu não quero que você saia mais!

– Isso sou eu quem decide.

– Sou seu marido e tomamos as decisões em conjunto.

– Ah é? – Me olhou fingindo surpresa. – Desde quando?

– Sempre foi assim!

– Só se for para você que toma a maioria das decisões sozinho. – Cuspiu as palavras em tom acusatório.

– Não vem não Ellie! Eu sou o homem dessa casa e só estou fazendo o meu papel.

– Eu também cumpro o meu. Sou uma mãe dedicada e faço o que posso e não posso por Emma.

– Disso eu não posso reclamar.

– Então não venha dizer que a estou deixando de lado. É bem diferente. Eu só estou querendo aproveitar enquanto sou jovem.

– Você pode aproveitar comigo sempre que quiser – Resolvi pegar leve acariciando sua mão.

– Vamos deixar essa diversão para mais tarde, ok? – Foi em direção a porta. – Agora se me der licença, preciso tomar meu remédio antes que Margareth venha me amolar.

Por falar em remédio preciso urgentemente falar com Sue.

(...)

– Jake meu filho, você por aqui? – Sue me recepcionou alegremente enquanto abraçava-me.

– Não posso demorar muito, então serei direto – Olhei em volta. – Preciso de mais. Ultimamente estou tendo problemas por conta da aparição do Cullen. Tenho receio de que ele possa tentar ajudá-la a se lembrar – Expus meus medos.

– E porque deixou isso acontecer?

– Eu não sou Deus! Não tenho tudo sobre o meu controle.

– Mas deveria. Ela é sua responsabilidade.

– Eu sei, mas como iria saber que o marido dela iria aparecer? E justo em Seattle que por um acaso não é uma cidade pequena.

– Essa questão nem eu sei responder, porem aconteceu, e você precisa ficar ainda mais atento caso a queria de verdade.

– Mas é claro que a quero!

– Calma! Não estou duvidando dos seus sentimentos por ela. Eu já sei que o que você sente por ela é grande o suficiente para ter ido longe demais com essa história de “memória perdida”.

– Longe demais mesmo – Refleti.

– Você não pode botar tudo a perder agora, Jake. Caso ela se lembre de tudo, você estará muito, mais muito encrencado e para ajudar eu serei levada junto por ter sido sua cúmplice.

– Isso não irá acontecer. Não permitirei, por isso preciso que me dê mais.

– Volto já.

(...)

Com a ajuda de Paul consegui que manipulassem e fizessem mais comprimidos. Ele depois de Sue é o único que sabe a verdade sobre Isabella. Posso dizer que ele é meu único amigo. Compartilhamos tudo sobre a vida um do outro e me sinto seguro apesar dos pesares.

– Jacob está tudo bem?

– O que?

– Perguntei se está tudo bem?

– Ah, claro que está!

– Você parecia alienado.

– Só estava pensando nos acontecimentos dos últimos dias.

– Em resumo – Isabella Cullen.

– Como sempre.

– E ela ainda anda te traindo na cara dura?

– Eu estou deixando, mas só até que meu outro plano dê certo.

– Se você estiver fazendo tudo direitinho, claro que dará.

– Pode apostar que estou! Não tiro folga nem uma noite sequer - Ri malicioso.

– É assim que se fala! - Deu um tapa em meu ombro dando risada.

– Doutor Black se apresentar na sala de emergência.

– É nosso papo está bom, mas o dever me chama - Me ertgui da cadeira indo em direção a porta.

– Doutor Black se apresentar na sala de emergência.

– Alguém pode falar para Irina que não sou surdo! - Bufei.

(...)

– Amor, cheguei! – Me anunciei após uma longa jornada de trabalho.

– Senhor Black, a Senhora Ellie está deitada no quarto de vocês.

– Aconteceu algo com ela que não fui informado?

– Desculpe-me por isso, é que foi inesperado. – Falou apressadamente. – Durante o jantar a Senhora Ellie reclamou de uma forte dor de cabeça, enjôos e mal estar.

Será?

– Vou subir e ver como ela está.

Subi cada degrau ansiosamente e assim que adentrei nosso quarto a vi toda encolhida e coberta com o edredom.

– Amor, – Dei cada passo cuidadosamente até me deitar ao seu lado. – Como você está? – Perguntei lhe acariciando a bochecha direita que estava aparentemente sem cor.

– Edward – Se virou para me encarar. Engoli em seco e respirei fundo por ter de ouvi-la chamar pelo outro.

– Eu estou aqui, amor – Deixei passar. Ela deve estar sob efeito de algum remédio.

– Eu te amo – E se aconchegou a mim como se eu fosse à jóia mais preciosa da face da Terra. Senti um ciúme mortal por aquela declaração de amor não ser remetida a mim e tive que fechar as mãos em punho e controlar minha respiração para não perder a cabeça.

– Eu também a amo – Beijei seu cabelo e fui me acalmando conforme sua respiração se tornava apenas um suspiro de paz. – Agora descanse meu amor.

(...)

A minha noite foi regada a expectativa de meu plano estar prestes a se tornar realidade.

Caso esteja certo, nada daqui para frente me impedirá. Minha vida voltará a ser o que era antes, mas apenas com uma mudança. E o mais gratificante será nunca mais ver o boboca do Cullen.

Ele saberá com quantos paus de constrói uma canoa e que quem ri por ultimo ri melhor e bem mais gostoso.