iWish It Had Not Been Born! escrita por iGabriela Nocera


Capítulo 11
Um novo dia... com ainda mais surpresas.




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( Ponto de Vista Geral ) 

Após o pequeno escândalo de Sam, o jantar ocorreu tranquilamente. Claro que Freddie encarava a loira, meio desconsertado. Ele sabia que algo estava acontecendo com a namorada, mas não sabia o que, e estava com medo de perguntar. A atitude da garota era realmente suspeita. Mas o moreno, rezava para que no outro dia, ela acordasse melhor e normal. Quando o jantar terminou, Carlos levou Samantha para casa. O caminho fora bem silêncioso. Freddie abraçava Sam, e tentava beijá-la, mas ela quase sempre dava um jeito de desviar, deixando o garoto, triste. Assim que o carro, pára em frente à residência dos Puckett, Freddie leva Sam até a porta. E antes que ela pudesse dizer ou fazer algo, ele a puxa para um beijo. Simples, calmo, porém bem apaixonado e intenso. Sam, não teve opção, a não ser corresponde-lo. A loira se sentia bem, nos braços dele. Era como se por um instante, não existesse mais nada, além deles. Nada importava. Ela o amava, e agora tinha a chance de finalmente poder ficar com o amor de sua vida. E naquele beijo, ela pode sentir todo o amor, que Freddie tinha por ela... pelo menos naquela realidade. Já sem ar, ambos param o beijo devagar, com pequenos selinhos. Freddie desviou o ultimo beijo, para a bochecha da loira, que instantemente, ficou corada. 

Freddie: Boa noite, amor. - Ele disse, sorrindo.

Sam: Boa noite. - Ela sorriu, ainda vermelha. 

Freddie: Eu te amo. - Ele falou. Ela o encarou. Aquelas 3 palavrinhas, embora muito pequenas, juntas, tinham um significado enorme para Sam. Ela estava gritando por dentro. Ela sempre quis ouvir isso dele.... e finalmente ela ouviu. Sam tentava organizar rapidamente suas idéias, para poder respondê-lo. A loira respirou fundo...

Sam: Eu também, te amo! - Ela disse, abraçando-lhe fortemente. O garoto parecia surpreso. Nunca em 4 anos de namoro, sentiu um abraço tão forte, vindo de Sam. E assim, Sam entrou em casa, enquanto Freddie fora para sua casa descansar. A loira avistou o irmão, deitado no sofá, com um pacote de salgadinhos em mãos e uma garrafa de refrigerante. Ela deu '' boa noite '' ao rapaz, mas ele nem se incomodou em responder. Era como se ela nem tivesse dito nada. Aquela atitude irritou Sam, profundamente. Ela não sabia o porque, mas ela por um instante quis agarrá-lo e socar o irmão, até ele aprender a ser educado. Nesse mesmo, momento, ela lembrara de muitas vezes, Melanie ter chegado com um sorriso no rosto dizendo '' Boa noite '' ... e Sam ter mesma reação mal-educada, de não se dar o trabalho de responder, deixando a irmã triste. Essa lembrança, foi como uma facada, no peito. Ela já havia começado a entender... o irmão, Max, era na verdade uma versão dela mesma, que o tal anjo, criou, para que ele fizesse o mesmo, que ela fazia com Melanie. A loira ficou brava, passou pela cabeça, a idéia de chamar o anjo, só para tentar bater nele, e obrigá-lo a devolver sua antiga vida, mas a raiva e a culpa que sentira dela mesmo, era muito maior. Ela começara a sentir na pele, como Melanie se sentia toda vez que era ignorada, por ela. Sam sobe para seu quarto, em silêncio. Abre a porta, joga sua bolsa no chão e vai para o banheiro. Logo a primeira lágrima escorre de seus olhos. A garota se sentiu muito mal, ela não desejou essa vida, ela não estava feliz. Apesar de brigar com a irmã, jamais desejou realmente que ela não existisse. Seus olhos estavam vermelhos, seu rosto molhado por lágrimas. Ela abriu a torneira da pia e lavou o rosto, secando com a toalha de rosto que estava pendurada ao lado do espelho. Voltou para o quarto, colocou um pijama. Uma camisola rosa, com uns babados nas pontas. Olhou-se no espelho, e sorriu levemente, ao perceber que estava vestida como Melanie. Ela no fundo, até estava gostando de vestir assim, ela se sentia mais bonita. Após uns minutos, em frente ao espelho, Sam finalmente se deitou para dormir. Ela apagou a luz do abajur e fechou os olhos, para descansar. A noite passou tranquilamente. Sam dormiu muito bem, apesar de alguns sonhos meio malucos. No outro dia, o despertador tocava loucamente. A loira como de costume, o agarrou ainda com os olhos fechados, e o jogou contra a parede, fazendo um barulho alto. Em poucos segundos, ela ouviu a porta do quarto abrir e sua mãe assustada aparece. 

Pam: O que houve, Samantha? - Ela perguntou, procurando por algo. 

Sam: Nada... - Respondeu, sonolenta.

Pam: E esse barulho.... o que foi isso?

Sam: Ah.. meu despertador... - Ela disse. A mulher olhou para o chão e viu o despertador, aos pedaços no chão. 

Pam: Você jogou o relógio no chão? - Ela questinou incrédula. 

Sam: Joguei... - Ela disse, afundando a cabeça ainda mais no travesseiro. 

Pam: Porque você fez isso?

Sam: Porque não consegui desligar, ué. 

Pam: Ai ai ai, Sam! Você anda muito estranha. 

Sam: Argh... me deixa dormir. 

Pam: Você tem aula, minha filha. 

Sam: E daí? Eu vou dormir lá também. - Ela dizia, sonolenta. Sam mal ouvia o que a mãe dizia. Lembrou-se então de que ela estava em outra realidade, naquele momento, estava fora de questão.

 Pam: Samantha!! Eu não sei o que foi que deu em você, mas eu quero que levante daí agora mesmo. - Ela falou, alto. Nesse momento, a loira despertou e começou a lembrar o porque de sua mãe agir assim. Ela rosnou, levantando-se e indo até o banheiro. Tomou um banho quente, rapidamente. Escovou os dentes, pegou a primeira roupa que viu e vestiu-se. Arrumou seus cabelos, deixando-os soltos e bem cacheados. Borrifou um perfume doce, porém suave, no pescoço e nos braços. Olhou-se no espelho e percebeu que só faltava maquiagem... e aí sim seria a Melanie. Mas a loira preferiu não passar nada, afinal, estava atrasada e nesse realidade... ela não podia se atrasar. 

( Sentimentos de Sam Puckett ) 

Aiii... como eu odeio acordar cedo. Eu acho que devia ser proibido acordar cedo. E como se isso não bastasse, ainda estou presa à uma realidade maluca, onde eu sou boazinha, meiga e uma patricinha boba. Argh! Eu odeio tanto isso...eu espero que pelo menos na escola as coisas não estejam tão bagunçadas., porque na boa.. não aguento mais surpresinhas daquele anjo doido. Acho que a falta de tamanho, afetou o cerebro dele, não é possivel. De onde ele tirou a brilhante idéia de me fazer vegetariana. Eu adoro carne, nunca ficaria sem comer a melhor coisa que já existiu no mundo.Ainda bem que eu parei para comprar bacon no caminho, porque em casa, não tem. Beleza!! Só falta um quarteirão para chegar ao colégio... que saco! Eu estou morrendo de sono... 

----- 10 minutos depois -----

Até que enfim!! Achei que não fosse chegar hoje, nessa escola. Não que eu queira assistir aula, mas eu quero uma cadeira e uma mesa, para dormir um pouco. Nossa... esse saco de bacon está tão bom. Abri a porta principal do Ridgeway e entrei calmamente, com um pedaço de bacon em mãos. Alguns garotos me encaravam, sorrindo. É... isso é realmente estranho. Geralmente eles correm de mim.... bom, talvez isso não seja tão ruim assim. Melhor eu ir pro meu armário pegar as minhas......

Sam: AAAAAAA CAAAAAAARLY!!!! - Eu berrei, ao ver a cena, mais medonha da minha vida. Eu... não posso acreditar.

Carly: O QUE FOI, SAMMY?? - Ela gritou assustada. 

Sam: COMO O QUE FOI? VOCÊ ESTAVA BEIJANDO O GIBBY!!! - Eu berrei, completamente confusa e um pouco enojada. Credo.. o Gibby?

Carly: E qual é o problema nisso? Nos beijamos toda hora. - Ela falou, se acalmando, mas ainda com uma expressão confusa. 

Sam: HÃ? DESDE QUANDO? - Eu perguntei, ainda em choque.

Gibby: Desde que começamos a namorar à 3 anos. - Falou ele, naturalmente. Ah era só o que me faltava.. a Carly e o Gibby. O que falta mais agora? O Sr. Howard e a minha mãe? 

Sam: Ma..mas.. e .. o Griffin? E a Tasha?

Carly: Griffin? Aquele delinquente que mora no meu prédio? 

Gibby: Quem é Tasha? - Perguntou o gorducho, confuso.

 Sam: Não.. ele não é delinquente. Você gosta dele... 

Carly: Sam... ta doida? Eu só falei com ele uma vez, quando ele roubou a moto do Spencer e ....SAAAAM O QUE VOCÊ ESTÁ COMENDO? - Ela gritou, ao me ver morder meu bacon. 

Sam: Bacon... - Eu respondi de forma natural. 

Carly: O que? 

Sam: Que é? Você pode namorar o Gibby, mas eu não posso comer bacon? 

Gibby: Olha só.. eu vou deixar vocês conversando... porque na boa, Sam, você não parece nada bem. - Falou, com a voz triste e uma expressão desanimada e confusa. 

Carly: Ok, amor. Te vejo na aula. - Disse minha amiga, dando um beijo no rosto do Gibby. Eca!! Isso não pode estar acontecendo... não comigo. Vi Gibby pegando sua mochila do chão e colocando-a nas costas. Ele caminhou em direção ao banheiro masculino. 

Carly: O que foi que deu em você, Sam? - Ela perguntou com o tom de voz elevado. 

Sam: Nada... acontece que está tudo errado... e você não entende. Nada do que está acontecendo é real. 

Carly: Do que voce está falando? 

Sam: Nada Carls.... esquece. 

Carly: Sério amiga, eu estou ficando preocupada com você. - Ela disse, colocando a mão em meu ombro. 

Sam: Eu estou bem, Carly. - Eu menti, tentando acalmá-la. 

Ok, eu tenho que me controlar mais... só que é dificil. Eu sinceramente não consigo imaginar a minha melhor amiga, que sempre ficou com os caras mais populares e lindos da escola, estar namorando o Gibby. E o pior é que eu sinto que tem mais surpresas me aguardando.. e eu simplesmente não sei por mais quanto tempo eu aguento isso. Mas quando eu encontrar aquele anjo.. ele vai ter que me dar muitas explicações. Porque isso não se faz. 

Carly: Vamos Sam... o sinal já bateu. - Ela disse, me tirando dos meus '' pensamentos ''. Ótimo.... o inferno vai começar. Caminhei em silêncio, até a sala. Carly avistou Gibby e correu até ele, para sentar-se ao seu lado. Hump.... a minha melhor amiga, faz dupla com o '' namoradinho bisonho '' .... e me deixa sozinha. Percebi que estava parada no meio da classe, olhando pra Carly e pro Gibby, que pareciam tão apaixonados e felizes. 

Freddie: Amor... não vai sentar? - Ouvi a voz dele atrás de mim. Me virei e o vi, sentado na primeira mesa. Ah meu Deus... ele está de brincadeira, né? Sentar lá na frente? Bem na cara da professora.. como eu vou dormir? 

Sam: Ahn...desculpa, eu não te vi aí. - Eu disse, indo até ele e me sentando ao seu lado.

Freddie: É... eu percebi mesmo. - Ele falou, sério. Porque eu sinto que as coisas só vão piorar daqui pra frente? 

Sam: Precisamos mesmo, sentar aqui?

Freddie: Claro... como vamos prestar atenção na aula, se sentarmos lá trás? - Ele falou, como se fosse óbvio. É... vai ser uma longa manhã. 

----- 6 horas depois -----

Ah... finalmente as aulas acabaram. E como eu previa, as coisas ficaram piores. Eu não sei que tipo de nerd eu sou nessa realidade maluca, mas tudo ficou tenso, quando não só a Srta. Briggs, mas todos os professores, faziam alguma pergunta e queriam que eu as respondesse. Não teria problema nenhum nisso, se eu soubesse as respostas. Eu simplesmente não tinha idéia do que eles falavam. Eu não prestava muita atenção nas aulas, como sempre. Freddie ficava concentrado em tudo que os professores explicavam, e geralmente quem respondia as perguntas em meu lugar, era ele. Percebi que os alunos na classe, me olhavam de um jeito diferente, pareciam surpresos por eu não saber as respostas. Argh.. eu devo ser mais nerd que o Freddie. Credo! O que eu vou fazer agora? Logo que chegou o intervalo, eu corri para o banheiro antes que Carly e Freddie me enlouquecesse com perguntas. E estou aqui ainda... acho melhor eu sair daqui, antes que me vejam. Abri um pouco a porta do banheiro, mas parei ao ver Carly e Freddie conversando. Fechei a porta, deixando um poquinho aberta, para que eu pudesse escutar a conversa. 

Freddie: Aí Carly... viu a Sam? - Ouvi ele perguntou.

Carly: Não... ela saiu da sala correndo no intervalo e depois não a vi mais. 

Freddie: Sabia que ela não apareceu nas ultimas duas aulas? Eu não sei o que está acontecendo com ela... 

Carly: Como assim?? Ela nunca falta as aulas... - Ela disse, espantada.

Freddie: Por isso estou preocupado, Carls. Eu não sei o que está acontecendo com ela...

Carly: Também estou preocupada Freddie... 

Freddie: E o pior é que temos reunião no clube AV, agora. - Ele falou, parecia triste. Eu também sou do clube AV? É.. meu dia não poderia ficar pior. 

Carly: Eu sei... e mais tarde nós temos o treino das lideres de torcida...- Ela falou, meio desesperada. Argh... nerd, patricinha... o que mais me falta? 

Freddie: Sem contar que ela tem a entrevista para o PFH! - Ele falou. Que droga essa agora? 

Carly: Professores do futuro hoje? - Ela perguntou à ele. 

Freddie: Isso!! Ela disse que queria ensinar á crianças, e pediu ao diretor Franklin para fazer uma entrevista. - Ele explicou. COMO É QUE É? EU? PROFESSORA? DE CRIANÇA? NÃO... ISSO NÃO PODE ESTAR ACONTECENDO. Como eu vou dar aulas, se eu não lembro nem o que eu comi ontem. 

Carly: Olha... eu vou pra casa e no caminho, tento encontrar a Sam... e você vai pra sua reunião. Qualquer coisa eu te aviso. 

Freddie: Beleza... até mais. - Eles se despediram com um beijo no rosto. E cada um foi pra um lado. Sai do banheiro e corri para a saída da escola. Eu não fico mais um minuto aqui... nem morta eu vou ser professora de crianças. Sorte minha esse estacionamento estar deserto, eu não quero que ninguem me veja saindo daqui. Vou pra casa, descansar e rezar para que tudo isso seja um sonho, do qual logo eu vou acordar. 

----- 15 minutos depois ----- 



Finalmente cheguei. Nossa....que estranho. Tenho a sensação de que demorei mais do que o normal, para chegar aqui. Essa mochila está tão pesada com todos esses livros. Arrgh! Eu odeio ser nerd. Ser nerd é uma droga. Peguei minhas chaves dentro da bolsa e abri a porta. Assim que entrei, vi meu irmão no sofá, comendo um sanduiche. 

Max: Aí.. está atrasada. A mãe foi pro trabalho sem almoçar. - Ele falou, com a boca cheia. E eu com isso? Espera... a minha mãe trabalha? Nossa... quantas surpresas ainda me aguardam, heim?

Sam: Ela não podia ter feito algo pra comer? 

Max: Você sempre chega á tempo com a comida... o que há com você garota? Ta mais idiota do que o normal. - Ele falou, ríspido. Idiota? COMO ELE OUSA ME CHINGAR DESSA MANEIRA? 

Sam: Como é que é, ô projeto de bad boy? - Eu falei alto, jogando minha mochila no chão e cerrando os punhos.

Max: Uiii... a nerdzinha ta bravinha, é? - Ele falou, num tom irônico, afinando a voz. 

Sam: Olha aqui, se me chamar de nerd outra vez, eu quebro seus dentes, está me ouvindo? - Eu falei alto, puxando a gola da camisa. Ele arregalou os olhos, mas logo um sorriso sarcástico se fomou no rosto. 

Max: Own... a Sammy acha que pode me enfrentar. Hahaha... - Ele falou, rindo. 

Sam: É SAM, SEU IMBECIL. - Eu berrei, empurrando ele, no sofá. 

Max: ESCUTA AQUI, GAROTA. QUEM VOCÊ PENSA QUE É, PRA ME CHAMAR DE IMBECIL, HEIM? - Ele gritou, me agarrando pelo braço. Aiii... como ele é forte. Está me machucando. Desgraçado. 

Sam: ME SOLTA. 

Max: UÉ... ATÉ AGORA ESTAVA TODA VALENTONA... NÃO TEM FORÇA PRA SE SOLTAR, É? - Seu tom irônico, me deixava fervendo de ódio. 

Sam: ME LARGA... SENAO.... - Eu ia dizendo, mas ele me apertou mais forte e me interrompeu.

Max: SENÃO O QUE? VAI CORRENDO CONTAR PRA MAMÃEZINHA? - Ele berrou. Eu fiquei em pânico. Pela primeira vez, eu estava realmente com medo. Não sabia como reagir. Ele é muito mais forte do que eu. Com certeza meu braço ficará com marcas das mãos dele. Pensa Sam... o que fazer?? Ele me encarava com um sorriso maléfico, e um olhar que transbordava ódio. Suas mãos seguravam meus braços com força... me soltar dele, estava completamente fora de questão..... ou será que não? Eu não tinha muito tempo... em apenas um minuto, eu planejei o que faria. Algo simples, mas que provavelmente o derrubaria, por uns segundos, enquanto eu corria pro quarto. Reuni todas as forças que restavam do meu corpo, e chutei-lhe entre as pernas. Acertou em cheio o alvo. No mesmo instante, ele me soltou, caindo no chão, enquanto gritava e chingava. Sai correndo, subindo as escadas, tropeçando em alguns degraus, até que finalmente consegui chegar no meu quarto. Me tranquei lá e me joguei na cama. Lágrimas saíam rapidamente, e escorriam pelo meu rosto e algumas molhavam o meu travesseiro. Ouvi passos fortes, se aproximando da porta do meu quarto. Ouvi um barulho, como se fosse um murro na porta.

Max: ABRE ESSA PORTA!!! - O ouvi berrar do lado de fora. 

Sam: SOME DAQUI. - Eu gritei, tentando controlar o meu choro.

 Max: Isso não vai ficar assim, sua patricinha idiota. Quando eu te pegar, você vai se arrepender. - Ele disse, um pouco mais baixo, mas ainda mantinha a voz alta e muito rude. Meu Deus... o que eu vou fazer? Isso deveria acontecer? Será que ele é sempre assim? Eu me sinto tão mal... eu odeio essa vida. Eu não vou aguentar isso todos os dias. 

Sam: Mitch!! Mitch!! MITCH!!!!! APAREÇAAA!!! - Eu berrei, mas ele nao apareceu. Porque ele não veio? Ele não pode me deixar aqui... eu preciso fazer alguma coisa. Contar pra alguem?? Não... ninguem ia acreditar em mim, e eu acabaria internada num hospício.Ouvi meu celular tocando, vi o numero, Freddie. Eu não vou atender. Sinto muito, mas não estou com cabeça pra isso e ele ainda vai me perguntar porque fugi da escola. Verifiquei as chamadas perdidas e tem umas 16 da Carly. Se aqui ela é surtada igual na outra realidade, cara... ela deve estar entrando em pânico por eu não ter atendido. Eu preciso pensar no que fazer... Eles vão suspeitar, quando perceberem que não estou tão inteligente quanto antes, e que odeio esse lance de líder de torcida... e principalmente, eu preciso dar um jeito de nesse ridiculo do Max. Arrgh... maldita hora em que eu fiz aquele estúpido desejo de não ter a Melanie como irmã. Ah... como eu sinto falta dela. Sempre tão doce, alegre... por mais que eu fizesse alguma besteira, ela sempre falava algo positivo à meu respeito. Porque tudo isso foi acontecer? Me sinto tão mal... e tão culpada. E ainda tem o Freddie que me ama nessa realidade... porque eu sou como a Melanie, mas quando e se eu voltar pra minha vida real, ele não sentirá o mesmo. Ele não me ama, ele ama a Carly....ou quem sabe a Melanie, já que ultimamente estão bem juntos.Ah não.. ouvi a campainha. Espero que nao seja a Carly ou o Freddie aqui. E agora? O que eu faço? Grudei a orelha na porta, para ver se escutava alguma voz. Mas não ouço nada... será que era algum conhecido do pateta do Max? 

Carly: Sam? Sam... abre essa porta. - Ouvi a voz da Carly do outro lado da porta. Ela girou a maçaneta, tentando abrir, sorte que eu passei a chave. Fiquei em silêncio, ouvindo a voz de Carly me chamar no corredor. Eu não sei o que fazer... nem o que falar. 

Freddie: Conseguiu falar com ela? - Ouvi a voz abafada dele, de repente. Ah, que beleza... o Freddie está aqui também.

 Carly: Não... mas o Max disse que ela está no quarto, trancada. Está nervosa e tentou agredí-lo... e eles acabaram brigando. - Ela disse. NÃO ACREDITO QUE ESSE IMBECIL DO MAX FEZ A CULPA TODA SER MINHA. AH, MAS EU VOU MATÁ-LO. 

Freddie: Carly... eu não sei mais o que fazer. Não sei o que a Sam tem... - Ele falou com uma voz chorosa. 

Carly: Nem eu... ela nunca foi assim. Sempre foi gentil...sempre tão estudiosa, e agora está assim, estranha. 

Freddie: Sam, meu amor... eu sei que está aí.. por favor, abra a porta. - Ele pediu, calmamente. Eu não pude resistir... vê-lo triste, me partia o coração. Respirei fundo e abri a porta devagar. 

Carly: Ai... até que enfim amiga. - Ela disse, entrando no quarto. Permaneci parada. Freddie me olhava confuso. Ele se aproximou e me deu um beijo na testa. 

Sam: O que estão fazendo aqui? - Perguntei com naturalidade. 

Carly: COMO ASSIM O QUE ESTAMOS FAZENDO AQUI? - Ela berrou, me assustando. 

Freddie: Carly... fica calma. Deixa que eu resolvo. - Ele disse tentando tranquilizá-la. 

Carly: Mas..Freddie... - Ela ia retrucar, mas Freddie a impediu. 

Freddie: Shiii..... Sam, estamos aqui, porque ficamos preocupados com você... sabe, você anda agindo diferente e isso está nos assustando. - Ele disse, calmo mas bem direto. 

Sam: Gente, é sério... eu estou bem. Não precisam se preocupar comigo. - Eu falei, como se estivesse tudo bem. 

Carly: É óbvio que não está tudo bem. Você está dormindo nas aulas, não foi ao treino das líderes de torcida e ainda fugiu da escola... porque? - Ela estava séria. Eu não sabia o que dizer. Não posso contar a verdade à eles, porque eles simplesmente não acreditariam em mim. De repente ouvi algo bater forte na porta, que ainda estava aberta. Dei um pulo e olhei para trás. Minha mãe. Ah não...

Pam: ENTÃO É VERDADE? VOCÊ TAMBÉM NÃO FOI AS AULAS? - Ela gritou, irritada. Senti meu corpo tremer e minhas mãos ficarem geladas. Nossa... é a primeira vez que tenho medo da minha mãe. 

Sam: Ahn... eu.. - Eu gaguejei, tentando dizer algo convincente, mas nada vinha a minha mente. Carly e Freddie também me encaravam, esperando uma explicação. 

Pam: Ligaram da sua escola no meu trabalho, dizendo que viram você pulando o muro da escola fugindo. E ainda não foi à sua entrevista do PFH!! - Ela não gritava, mas falava bem alto e muito furiosa. 

Freddie: Você não foi na sua entrevista?? - Ele perguntou, surpreso. 

Pam: O que está acontecendo com você, garota? Nunca foi assim... sempre foi tão comportada e agora está tão... agressiva. - Ela me olhou com um certo desprezo, e bem triste. Carly me olhava do mesmo modo, mas permanecia em silêncio. As palavras simplesmente não saíam da minha boca. Meu coração batia rápido demais, e eu sentia falta de ar. Me senti fraca.... de repente era como se a Sam Puckett, não existesse mais. 

Sam: E...e..eu.. po..posso..ex..expli..car. - Eu disse, com a voz trêmula. 

Carly: Então explique... o que houve com a minha amiga... porque você não é ela. - Ela disse, ríspida. 

Sam: Olha... eu... faltei... porque...porque...nao estava me sentindo bem, então vim pra casa. - Eu menti. Eles me olharam como se não estivessem acreditando. 

Freddie: Se não estava bem, porque não me disse? Sabe que nós sempre vamos te ajudar.... podíamos ter te levado pra enfermaria. - Ele disse com uma voz calma, mas parecia decepcionado comigo. Ele com certeza percebeu que estou mentindo. 

Sam: Eu...sei... mas eu preferi vir pra casa...

Pam: E precisava pular o muro? Poderia ter ligado pra mim, eu teria ido falar com seu diretor. - Ela falou, séria. Arrrgh... odeio quando ela fica assim paranóica, parece a mãe do Freddie. 

Carly: É ... sua mãe tem razão. Você devia ter me avisado que não iria ao ensaio. Que irresponsabilidade Sam. - Ela falou, brava. Hump!! Quem ela pensa que é para falar comigo desse jeito? Essa não é a minha amiga... eu sinto saudades da Carly de verdade... e da indiferença da minha mãe. 

Max: Ahh.. finalmente abriu a porta do quarto, irmãzinha. - Ouvi sua voz, e logo ele surgiu. Seu sorriso sarcástico e olhos cheios de ódio, me fizeram estremecer. Ele se aproximou de mim. 

Sam: Ta fazendo o que aqui, ô idiota? - Eu dei um passo à frente, mostrando não ter medo. Ele me encarou de cima abaixo, e soltou um riso malicioso. 

Pam: Samantha... isso é jeito de falar com seu irmão? - Ela me repreendeu. Era só isso que me faltava... 

Max: O chute que você me deu, ainda está doendo muito, viu princesinha mimada. - Ele falou, bravo. 

Sam: Que bom... espero que a dor fique aí por um mês. - Eu falei, sorrindo. 

Freddie: Chutou o seu irmão??? - Ele perguntou, espantado. 

Max: Chutou sim.... bem aqui. - Ele disse, com uma voz chorosa, apontando com a mão onde eu o chutei. Senti 3 pares de olhos completamente chocados, me encarando. Porque eu sinto que isso vai piorar? 

Carly: Oh meu Deus, Sam!! Você chutou seu irmão. Você definitivamente não está bem. - Ela parecia não acreditar no que estava acontecendo. 

Pam: Samantha Puckett, quero que você me explique agora mesmo, porque chutou seu irmão? - Ela esbravejou. 

Sam: Porque ele me provocou... e niguém provoca Sam Puckett e fica impune. - Eu disse, olhando para o meu '' irmão ''. 

Max: Eu não provoquei nada... eu disse à ela, que por culpa do atraso dela, a senhora foi trabalhar sem almoço. - Ele falou, com uma expressão inocente, fazendo minha mãe e Carly ficarem com pena dele. Arrrrrrgh!!! Eu vou quebrar a cara dele. 

Pam: Sam... definitivamente, você não está no seu juizo perfeito. Eu vou te levar à um psicólogo. - Ela falou, com uma expressão muito confusa, ela parecia, chocada, triste, com raiva e muito decepcionada. 

Sam: EU NÃO ESTOU LOUCA... eu não vou à médico algum. - Eu falei, alto. 

Freddie: Eu concordo com sua mãe, meu amor, você anda muito estranha... você nunca levantou á mão pra alguém, muito menos pro seu irmão. Eu acho que você anda muito estressada. 

Carly: É Sam... quem sabe você não está precisando de um calmante... algo para relaxar. - Ela disse, colocando a mão em meu ombro, tentando me confortar. Ah cara... o que eu faço? Eles vão continuar me atormentando... e eu simplesmente não posso mais aguentar isso. E se eu disser a verdade, aí sim me internam de vez no hospício. Eu não nunca senti tanta raiva de alguém quanto sinto de mim mesma, por ter feito aquele estúpido desejo de aniversário. Eu odeio ser como a Melanie... odeio minha mãe toda dedicada, eu desprezo ter um irmão como o Max... me irrita a Carly ainda mais patricinha do que ela já é. E principalmente odeio o Freddie me amar tanto, pelo simples fato de eu ser uma patricinha nerd e sem graça. 

Max: É... eu sei do que ela precisa... e não é um calmante. - Ele falou com sarcásmo. Esse sorriso irônico, é o que mais irrita nele. Cara... eu não o suporto. Eu quero a Melanie de volta. Mesmo ela sendo patricinha e irritantemente meiga... eu sinto saudades. 

Pam: Max... pára com isso. Sam.... venha, vamos agora mesmo falar com meu psicólogo. - Ela falou, me puxando pelo braço. 

Sam: Ei ei ei... eu não vou à lugar nenhum. - Eu a interrompi, soltando meu braço de suas mãos. 

Carly e Freddie: Você vai sim!! - Ele disseram unissonos. Me virei para eles, e vi que ambos apoiariam minha mãe. Eu estava sozinha. Ninguém dessa vez vai me ajudar. 

Pam: É claro que você vai.. eu sou sua mãe e você tem que me obedecer. - Ela falou, me encarando séria.

Sam: Não vou não.... Carly, Freddie, me ajudem. Eu não preciso de um médico. Eu preciso da minha vida de volta. - Eu disse, já com as primeiras lágrimas querendo escapar dos meus olhos. 

Carly: Sam... eu sinto muito, amiga. - Ela falou, com um tom de preocupação. Entendi que não poderia mesmo contar com ela.

 Freddie: Amor... você sabe que eu te amo, e quero o melhor pra você.. por favor vá com a sua mãe. - Ele falou, acariciando meu rosto. Arrrgh! Senti a raiva crescer dentro de mim... dei um tapa no braço do Freddie, tirando sua mão do meu rosto. Ele me olhou assustado. 

Sam: Você não me ama... você ama uma patricinha metida a sabe-tudo... essa que está aqui na sua frente, não é ela. 

Freddie: Mas... Sam... eu.. - Ele ia dizendo, meio nervoso, mas o interrompi.

Sam: MAS NADA FREDDIE! - Eu berrei, deixando as lágrimas correrem livremente pelo meu rosto. 

Pam: Samantha, pára de chorar... vamos ao médico, pra ele te dar um remédio para os nervos. - Ela falou, tentando me consolar, ou sei lá. 

Sam: JÁ DISSE QUE NÃO VOU À MÉDICO NENHUM. EU ESTOU BEM....OU MELHOR NÃO ESTOU BEM. EU NÃO AGUENTO MAIS ESSA VIDA. Não quero mais viver nessa realidade insana e sem graça.... - Eu comecei gritando, mas minhas forças estavam acabando... minha voz, saía fraca...

 Pam: Meu Deus... eu vou ligar para o psicólogo vir aqui... - Ela disse, pegando o celular do bolso. Arraquei-o de suas mãos e o joguei na cama. 

Sam: NÃO QUERO NINGUEM AQUI! Eu só quero minha vida de volta... eu quero meus melhores amigos me apoiando em tudo, mesmo quando estou errada. Quero de volta a minha mãe desorganizada e desempregada, que nunca se importou comigo, mas mesmo assim, eu amava. Quero poder nunca mais olhar pra cara do Max e ter que dizer que ele é meu irmão.... quero que o Freddie volte a ser o nerd bocó que sempre amou minha melhor amiga. E que nós três possamos fazer de novo o iCarly, que é visto por milhões de pessoas e que nós tanto amamos.

Carly: Mas que droga é iCarly?? - Ouvi ela sussurrar, para o Freddie, que simplesmente deu de ombros. 

Sam: E quero principalmente a minha irmã de volta. Melanie. Eu me arrependo demais de ter feito aquele maldito desejo... se eu não tivesse feito isso, eu jamais teria vindo parar nessa vida totalmente maluca e que me fez ver a pessoa horrivel que eu era para a minha irmã. E me fez enxergar o quanto eu a amo, e como ela faz falta na minha vida. Sem ela eu não poderia ser quem eu sou. - Eu falei tudo muito rápido, com as lágrimas saindo incansávelmente, molhando não só o meu rosto, como também a manga da minha blusa, cada vez que eu tentava secá-las. Quando finalmente parei de falar, eu percebi que todos me fitavam com um certo medo. Minha mãe estava perplexa, provavelmente por eu ter dito sobre a Melanie. Eu sabia que agora sim, iriam me internar, então a única coisa que me passou pela cabeça, foi correr. Desci as escadas correndo, com certa dificuldade para enxergar. Meu rosto estava muito quente, e minhas mãos geladas. Abri a porta e saí de casa, sem ter a menor idéia de para onde eu deveria ir. Tomei a direção do Bushwell e comecei a correr. 

Freddie: Saaaam!! - Ouvi a voz dele de longe, mas já era tarde. Eu estava há quase um quarteirão de casa. Ótimo... eu preciso ficar sozinha. 

( Ponto de Vista Geral ) 

Sam estava muito abalada com tudo que acontecera. Ela correu desesperadamente até o Bushwell Plaza, chorando. À essa altura, a loira mal sabia como estava indo na direção certa. Passava correndo pelas ruas, esbarrando nas pessoas, que algumas vezes, a xingavam, mas ela nem sequer prestou atenção nisso. Atravessou as ruas, sem se importar com os carros, que quase à atropelara. Sam na verdade, não se preocupava com isso, ela queria mais é que isso acontecesse, para que não precisasse voltar para casa e agir como alguém que ela nunca seria. Após longos 20 minutos, a garota chegou ao prédio. Sam parou por alguns minutos, no estacionamento, afim de recuperar o fôlego. Ela ofegava e tremia muito. Suas pernas estavam bambas e completamente sem força. Com muito esforço, ela caminhou até a portaria, entrou sem fazer barulho, embora fosse difícil, já que sua respiração estava muito acelerada. A loira praticamente se arrastou até o elevador, e entrou. Subiu até a saída de incêncio, onde ficaria por tempo indeterminado. De longe, alguém a observava. 


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Notas finais do capítulo

Heeey Guys!!
Boa noite... como vão??
Então... as coisas estao pessimas para o lado da Sam, né. kkkk
O que acham que vai acontecer agora??
Quem será que estava observando ela??
Ela vai recuperar a vida de volta??
Bom... saibam amanha. Porque hoje estou cansada demais pra continuar postando. Desculpem.
Mas amanha, eu continuo postando... a fic esta chegando ao fim.
Espero que estejam gostando babys.
Boa noite fiquem com Deus
Obrigada a todos por lere.. e por favor.. COMENTEM.