Filha Do Amor escrita por Noderah


Capítulo 5
The Gift Of a Friend


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei um pouquinho para postar esse, mas não é normal um capítulo por dia! Enfim, eu não irei mais postar tão rápido, pois minhas aulas voltaram, mas irei fazer de tudo para postar. :D



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Continuando...

– Ei, você é a Helena? – Alguém atrás de mim perguntou.

Eu tentava trançar um tecido de algodão com outra garota que era filha de Atena e fazia isso tão rápido que eu mau conseguia ver sua técnica.

Virei para a voz feminina atrás de mim.

Era a garota que o Ricardo gostava! Carol.

- Ah, oi. É, sou eu.

- Eu sou Carol. Achei melhor me apresentar. – Ela estava sendo simpática, mas a sua voz e o modo com que dizia isso, não era nada simpatizante.

- Ahn, bom, prazer.

Ela sorriu e sentou ao meu lado.

- E então, como chegou aqui? – Ela perguntou do nada.

- Ahn, bom... Eu encontrei uma Quimera, e Mark e Daniel, me ajudaram.

- Ah! Não foi o Ricardo?

- Não, nos nós conhecemos um pouco antes do almoço.

- Ah! Jura?! Eu não fazia ideia! – Ela passou a mão no cabelo e olhou para o lado.

- Hum, é.

Uma sombra passou por seus olhos e ela voltou a olhar para mim.

- Foi um prazer te conhecer!- Ela pegou minhas mãos e se levantou.

Vi ela andando e entrando no chalé onde tinha um tridente e colunas retorcidas parecidas que tinham sido pintadas de um azul realmente vindo do mar, que ia clareando até ficar branco.

- Sabe como é, Filhos de Poseidon... – A filha de Atena, Megan, disse sem olhar para mim. – Nunca sabemos o que eles estão pensando.

Eu ri.

- Ell, temos um tempo livre. Tenho que te levar para ver alguém. – Mark segurou meu braço e me levantou do chão.

- Te vejo depois, Megan. – Dei tchauzinho com a mão.

- Você faz amigos rápido!

- Sim, você, o Ricardo, a Megan e eu acho, que a Carol, a filha de Poseidon.

- Ah, Carol. Sei quem é. – Ele disse me conduzindo entre os chalés.

- Ei, quem iremos ver?

- Um amigo. – Mark disse.

Olhei para ele e seu cabelo loiro voando ao vento... Ele olhou para mim e eu desviei o olhar.

- É aqui. – Ele abriu a porta de um chalé que tinha gelo seco em volta, criando uma atmosfera suspeita.

Mark abriu a porta para mim e me deu espaço para passar. Entrei em um chalé repleto de poções com cores diferentes.

Sentado em cima de uma mesa no extremo oposto do chalé, um garoto alto e extremamente branco, com cabelos castanhos escuros, assim como seus olhos. E tinha outro garoto de costas para nos sentado na cadeira em frente a mesa, misturando várias coisinhas dentro de um cilindro transparente.

- Ell, bem vinda ao chalé de Hécate. – Mark disse fazendo o garoto de costas virar para nos olhar e o outro nos encarar.

O garoto sentado era quase da mesma altura do outro, mas este era ruivo, com sardinhas e uma touca azul marinho. Os seus olhos não tinham uma cor definitiva, era algo totalmente indefinido.

- Mark! – O garoto em cima da mesa saltou.

- Pensei que namorados não podiam ficar no mesmo chalé. – Mark disse me fazendo engasgar.

- Desculpe, mas... o que? – Me recuperei.

- Exato. – Ele respondeu. – E são pessoas que não fossem do mesmo sexo, o que não nos inclui.

Eu ri.

- E você? Quem é? – O ruivo perguntou.

- Sou Helena. – Sorri.

- Eu sou Steve e esse é o Will. – O moreno disse.

- Prazer.

- Você é filha de quem? – Steve perguntou.

- Eu ainda não sei... Mas e vocês?

- Hécate – Will apontou para si mesmo. – E Nyx. – Ele apontou para seu namorado.

- E o que devemos a visita? – Will cruzou os braços.

Eles eram uma gracinha, revezavam as frases um do outro.

- Não tem como você jogar uma poção em Ell, para descobrir de quem ela é filha? – Mark perguntou para Will.

Awn, que fofo: “Ell”.

- Podemos tentar. – Will disse se levantando e indo até um armário de madeira no canto.

- Como assim “tentar”, nunca deu errado. – Steve murmurou com Will.

Will riu olhando para nós como se dissesse “Ele não é um amor?”, eu sorri. Ele abriu o armário onde diversas poções em cilindros retangulares estavam organizadas por cor e um rotulo. Ele tirou de lá um cilindro transparente que borbulhava.

- Sente-se aqui e tome isto. – Ele puxou meu pulso e me levou até uma poltrona toda de remendos.

Ele me deu a poção e eu desatarraxei a rolha. Fiquei olhando para o vidro. Eu realmente queria descobrir a quem eu pertencia assim? A força? É, sim, eu tinha esperado 3 anos por isso. Eu precisava saber. Sem pensar mais, para não me arrepender, virei o vidro em minha boca, um gosto doce e sensível desceu pela minha garganta, fazendo cosquinha.

- Como se sente? – Will perguntou se ajoelhando diante de mim e apoiando o braço na perna que não estava encostada no chão

- Normal. E então nada diferente?

- Vamos esperar um minuto.

- Cer... – Antes que eu pudesse continuar a falar, vi que certa fumaça tremulou a minha volta.

Senti-me tonta, e aquela cosquinha agora não estava mais agradável, agora parecia que Fruitloop arranhava minha garganta. Logo depois, tudo apagou e eu desmaiei.

...

Todo o meu corpo doía como se eu tivesse levado um choque, meus olhos coçavam.

- Ela está acordando. – A voz de Mark disse.

Abri os meus olhos trêmulos e Mark, Martie, Will e Steve estavam a minha volta olhando eu abrir os olhos.

- O que aconteceu? – Perguntei me sentado, mas sem ter forças para isso cai de volta no travesseiro.

- Não foi possível saber quem é seu pai olimpiano... Me desculpe, Ell. – Will respondeu.

Olhei em volta e eu estava na minha cama no chalé de Hermes.

- Não tem problema, acho que não era para ser. – Disse.

- Como se sente? – Mark perguntou.

- Estranha. Me ajude a sentar. – Falei para Mark.

Ele me abraçou me puxando e eu coloquei uma mão em seu ombro e com a outra me apoiei na cama.

- Obrigada.

- Tome isto aqui. – Martie me deu algo em um copo longo de vidro que tinha um daqueles canudinhos coloridos que dão voltas.

- O que é isso? – Perguntei pegando o copo.

- Vai te ajudar, é ambrosia.

Suguei aquele líquido e fiquei um pouco confusa, afinal aquele não era o gosto que eu esperava. Aquilo tinha gosto de sorvete de morango, quando parecia suco de maça. Eu queria jogar o canudinho fora e virar o copo, mas na metade, Martie pegou o copo de volta. Limpei a boca com o dorso da mão e fiz cara de cachorrinho.

- O que? Qual o problema?

- Se tomar muito, você pode ficar com febre. – Disse Martie segurando o copo protetoramente.

- Ou ser incinerada. – Completou Steve.

- É. Você consegue ficar de pé? – Mark perguntou pegou a minha mão.

- Com certeza. – Segurei sua mão.

Me apoiei e desci da cama. Soltei a mão de Mark e andei até a porta, já era de tarde, e o sol já estava se pondo.

- Quanto tempo eu dormi? – Virei para eles.

- Meia hora. –Mark disse.

Abaixei os olhos para o chão e virei de volta para a porta. Olhei para a colina e a casa grande lá em cima, onde Dionísio e Quíron deviam estar. Dei meia volta e sentei na minha cama.

- Nos temos que ir. – Will falou pegando a mão de Steve. – Antes que alguém nos descubra aqui.

- Obrigada, rapazes. – Eu disse.

Eles sorriram e foram embora.

- Eu vou procurar Jessica, logo volto para irmos jantar.

- Tá. – Mark disse. – Traga o resto do chalé.

Quando ela foi, Mark se sentou ao meu lado na cama.

- Foi um dia cheio, né? – Ele disse me olhando. – Amigos, arco e flecha, quase descobrir quem você é, desmaios...

Olhei para ele rindo.

- Eu só espero que você não seja minha irmã... – Ele disse para si mesmo, mas ele estava tão perto de mim que eu pude ouvir.

- Mark, você me empresta umas dracmas? – Um garoto branco de cabelo preto e um pouco arrepiado entrou.

Percebi que ele tinha olhos azuis e parecia querer esconder isso com o cabelo. Ele era realmente alto, magro e tinha um corpo em forma.

Mark olhou para o garoto, eu não pude ver sua expressão, mas parecia bem ruim, pois o garoto ficou um pouco assustado.

- Erik, não podia ser outra hora? – Mark disse entredentes.

- Eu preciso falar com o meu pai... – Ele disse.

- Tome aqui. – Mark jogou duas moedas para Erik.

- Olá. – Eu disse.

- Oi.

- Erik, está é Helena. Ell, este é Erik, filho de Hades.

- Ah, prazer.

Algo parecido com surpresa passou por seus olhos, mas foi tão rápido que eu pensei se realmente tinha sido alguma coisa.

- É, tanto faz... Tô indo. – Ele disse se virando.

- Ele é sempre... Assim? – Perguntei.

- Na maioria. – Mark se virou para mim.

Neste exato momento, as crianças voltaram ao chalé e um sino ao longe bateu.

- Eu preciso ir. – Ele se levantou. – 11! Ordem de formação!

Todos os adolescentes e crianças do quarto formaram uma fila que parecia ser na ordem de chegada ao chalé e como eu era a mais nova lá, fui para o final da fila.

- Ell. – Mark me chamou.

Olhei para ele e fui até lá, passando por mais ou menos 20 crianças.

- Fique aqui na frente. – Ele disse.

Fui para o lado dele e começamos a marchar em direção ao pavilhão. Chegando lá, sentamos na mesa do chalé 11 e começamos a conversar e rir.

Fiz novamente a minha reza silenciosa para minha/meu mãe/pai. Acabamos de comer e eu ia voltando para o chalé, eu estava cansada e com sono, mas Mark segurou o meu pulso e disse:

- Onde você vai? Temos uma fogueira para curtir. – Ele sorriu carinhoso.

- Ah, certo. – Eu o deixe me levar e sentamos em uma metade de um tronco com o resto do chalé.

Nos cantávamos como em um verdadeiro acampamento, até que em uma música que falava sobre os deuses, Sr. D interrompeu:

- Boa noite, hoje chegou uma nova campista, Helena. Seja... Bem vinda. – Ele falou em dúvida.

Toda a atenção foi dirigida para mim, o que me deixou desconfortável. Depois voltamos a cantar, rir e queimar marshmallows.

Olhei para os filhos de Apolo e vi Ricardo lá com seus irmãos, na maioria loiros e bronzeados. Tinha uma garota junto a Carol, ela devia ser sua irmã, elas eram parecidas. Junto aos filhos de Nyx, Steve contava algo e ria com seus irmãos e irmãs, e Will o olhava junto com seus irmãos filhos de Hécate, enquanto, onde deveriam ficar os filhos de Hades, Erik estava sozinho lendo algum livro que parecia muito interessante e não querendo estar lá.

- Ei, Ell. Você ouviu? – Martie chamou-me atenção estalando os dedos.

- Não, desculpe.

Martie repetiu e mesmo assim eu não prestei atenção, por que eu sentia algo que a muito tempo eu não sentia. Algo que no início eu tive que procurar mais fundo para entender, mas quando eu soube, eu só sorri. Eu me sentia em um lar.



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Notas finais do capítulo

Eu não sei se vocês sabem, mas eu ouvi uma história de uma garota que se enforcou por que não recebia Indicaçoes..... E se eu ficar insatisfeita, vocês nunca saberão o fim da Helena... Eu odeio mendigar indicaçoes e reviews, mas eu não tenho nenhuma e 8 leitores, algo está erradoo...
Beijos meus lindos,
Amore ♥



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