Lost In The Shadow escrita por LaraMagchep


Capítulo 14
BÔNUS: A Carta.


Notas iniciais do capítulo

Eu havia planejado um final desses mesmo já para eles, antes que vocês me matem, sim eu estou visando uma 'segunda temporada' e queria a opinião de vocês, eu tenho uns cinco capítulos escritos e o formato vai ser um pouco diferente, seria uns dez anos depois, no minimo, então tem aquelas coisinhas que essa não tem, por exemplo o lado hentai do casal. Fica ai a critério, mesmo, eu achei bacana a outra, não por ser minha AUHEUHAE mas também porque a história vai lembrar um pouco um clássico grego ai...



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A coruja pousou no parapeito da janela mais alta da mansão e bateu duas vezes no vidro. O homem sentado a meia luz em uma poltrona velha e corroída pelo tempo levantou-se como pode, mancou até a claridade e abriu a janela. A ave era minúscula e agitada, incomodou visivelmente o homem que ao tirar a carta de suas garras a empurrou bruscamente forçando-a sumir de vista. Na claridade seu rosto estava ferido e seus olhos inchados, inúmeros cortes faziam seu rosto se parecer comicamente com um jogo da velha trouxa, usou a unha do dedo mindinho para rasgar o envelope e encostou-se contra a parede da janela para que a claridade permitisse que ele compreendesse o que a letra cheia de floreios tão conhecida tinha a lhe dizer. Lúcio Malfoy atirou os cabelos branco-quebradiços para trás e começou a ler a carta de seu filho.

Pai,

Devo dizer que faz quase uma hora que escrevi a saudação e não me inspirou nada para escrever. Deve ser o que essa palavra carrega o dom que ela em si tem de fazer com que transpasse por mim medo e orgulho, raiva e amor.
Pai, eu tenho certeza que provavelmente não está orgulhoso do que fiz e temo que tenha sofrido os mais variados castigos pela minha irrefutável desobediência. Perdão. Mas não perdão por eu ter feito o que escolhi, mas por você ser o meu bode expiatório, você e mamãe (Mamãe está bem? Suponho que minha tia não tenha sido compreensiva com meu fracasso. Tudo bem, eu jamais gostei dela mesmo) sofrendo por minha culpa me faz querer gritar, mas não vou fazê-lo, pai. Não vou fazê-lo porque não sou mais o covarde que foi criado em uma gigantesca mansão, com um belo jardim e pavões albinos.
Se chegar até aqui me considero grato, não queria escrever-lhe, poderia dar mais motivos para que sofra a cólera dele, ou mais motivos para que me odeie e despreze o que eu sei, é inevitável. Mas escrevo, calculei horários que o Lord deixa está casa e mandei a coruja que peguei emprestada levar esta ao senhor. Lembro-me pai, quando me viu correndo com ela para fora do castelo, pai, eu sempre me orgulhei de você e esforcei-me ao máximo para atingir seus objetivos, mas temo que daqui em diante eu terei minha própria razão para lutar, por quem lutar. A esta altura já devem ter torturado todos em Hogwarts e descoberto que passei meus dias ao lado dela, e devo confidenciar ao senhor que foram os dias mais felizes da minha vida, a despeito do ataque do Gênio, ou da invasão de vocês. Sei o que está pensando nesse instante, a sangue-ruim corrompeu meu filho. Está enganado, ela não me corrompeu, Hermione uniu todos os meus pedaços que se espalharam com a sua prisão e a vinda do Lord para casa, uniu todos ao lado dela e me sinto infinitamente grato por ela te-lo feito, acho que sucumbiria.
Pai, eu estou deixando Hogwarts, não completarei meu sétimo ano, mesmo sabendo que era de seu gosto e da mamãe, vou-me, não, não com Potter, apenas vou-me.
Ano passado arrisquei-me e fui subordinado como um elfo doméstico vi pessoas morrerem e sofrerem, fui amado e senti o que era coragem, o que era aquela infinda qualidade que um Grifinório precisa, eu a tive, meu pai, eu lutei, sangrei, dei de tudo para proteger pessoas que eu amava e que não amava, Dumbledore disse que eu havia crescido, mas que apenas não tinha tido oportunidade de revelar essa maturidade, bem, penso que a tive em abundancia. Porém, se eu pudesse voltar no tempo, eu faria tudo de novo, mesmo que me machucasse e me destroçasse, eu faria, pois seria maravilhoso tanto a ter novamente, quanto usar todos meus esforços para retira-lo de Azkaban.
Por favor, pai, proteja mamãe, eu não posso fazer isso daqui, não de onde estou. Como sabe a Ordem está atras de Comensais e os Comensais estão atrás dos traidores (Eu encontrei com Aleixo dias atrás, penso que devo ter exagerado um pouco, se ele não apareceu por ai, procure-o na Travessa do Tranco, próximo aquela loja das Parkas, estava fechada e eu o enfiei pela janela lá dentro) ficarei aqui até a hora de regressar, talvez eu me avance para a guerra quando a hora chegar, mas já adianto que defenderei os meus interesses e o Lord das Trevas não condiz com eles, logo eu não estarei ao seu lado. Eu lutarei com Hermione e por você e é lamentável que ela lute ao lado de Potter, a vida dele não me importa nem um pouco, mas se isso acabar com essa guerra, que assim seja.
Eu já não sei mais o que posso lhe dizer pai, já lhe implorei por perdão e deixo claro que amo muito a você e a mamãe, eu lamento que tenha que ser assim. Quero que fiquem bem, quero que a mamãe fique bem, quero que tudo isso acabe e eu possa, se não voltar para casa, ver mais uma vez vocês.
Adeus, pai, até a próxima.
Dracus Lucius Malfoy.

P.S: Eu acho que sente falta da sua bengala, sei que era um belo suporte para sua varinha, então eu a estou deixando naquela casa onde passamos o verão antes de eu entrar para Hogwarts, pegue-a de volta, eu por enquanto, não sou digno de tê-la.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada por terem chego comigo até aqui. Me perdoem o abandono, mas eu sempre voltarei, eu prometo.
Deixe sua opinião sobre o que acham de uma segunda temporada, é importante para mim.
Agradeço mais uma vez de coração, mesmo.
Sentirei saudades.