Vinculados escrita por JuSalvatore


Capítulo 9
Reflexões


Notas iniciais do capítulo

Demorou? sim eu sei que demorei pra posta, mas né, vcs vao ter que ter um pouco de paciência cmg pq ando sem tempo pra fazer muita coisa ultimamente, nem fanfics nao consigo ler mais :'(
Mas... aproveitem aí



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– E aí como foi? – perguntou Bella assim que Renesmee e Jacob chegaram em casa. Ela e Edward estavam parados na porta esperando-os, Edward com uma expressão muito desconfiada, provavelmente lendo todos os pensamentos de Jake e Nessie.

– Nossa muito legal. O DJ só tocou músicas boas e bem diversificadas. Dancei muuuuito – disse Nessie toda animada.

Bella olhou para Jake e, com seus sentidos super apurados, percebeu que ele não parecia tão feliz assim, mas tentava sorrir tranquilamente. E então viu que Nessie também parecia um pouco desconcertada. Isto é, para um simples humano que a visse, ou talvez até um vampiro qualquer, ela estaria irradiando alegria, mas Bella conhecia Nessie melhor até que ela mesma e sabia que algo não estava certo. Havia alguma coisa que Renesmee não estava contando. Bella olhou para Edward e ele parecia estar investigando a mente dos dois procurando por algo errado, mas não manifestou-se, o que talvez queria dizer que não houvesse nada de fato. Mas por via das dúvidas, Bella interrompeu o relado de Nessie e decidiu que depois poderia falar com ela, já que ela não parecia disposta a contar nada na frente do pai e de Jake.

– Nossa que bom que você se divertiu, Nessie. Mas não está com fome? Se alimentou bem lá na festa?

– É na verdade lá não tinha nada de bom para comer, fiquei até tentada a cortar umas gargantas – ela riu sozinha, mas parou imediatamente ao ver que ninguem mais ria. Ahn, tinha só mais bebidas. Jake comprou uma, mas achei o gosto muito ruim. Estou com uma fome de leão e agora sou capaz até de comer uma comida humana que Carlisle tem na geladeira.

Bella sorriu:

– Bem vamos entrar então. Vou ver o que posso preparar pra você. Acho que ainda tenho um pouco dos meus dotes culinários de humana, hehe.

As duas se dirigiram à cozinha enquanto Edward e Jake ficavam na sala junto com Jasper e Emmett que estavam assistindo um jogo na televisão.

Assim que entraram na cozinha, Bella dirigiu-se a geladeira e Renesmee foi espiar seu pai na sala de estar pela janela da cozinha, para ver se ele estava pelo menos um pouco distraído, a ponto de não perceber o que ela estava prestes a fazer. Ao confirmar que sim, Nessie correu rapidamente até sua mãe e a tocou no braço enviando-a uma imagem pedindo para Bella a cobrir com seu escudo protetor por tempo suficiente para que a filha pudesse organizar suas idéias sem que Edward lesse seus pensamentos.

– Para quê? O que você andou aprontando Nessie? – Bella perguntou sem emitir nenhum som, apenas movendo os lábios.

– Depois. Por favor, mãe. – Ela respondeu igualmente.

Logo Renesmee sentiu a camada protetora de sua mãe envolvendo-a e então sentou–se na cadeira mais próxima e pôs-se a pensar tranquilamente, consciente do fato de que sua mãe a observava curiosa, mas não dando muita bola pra isso.

Se você acha difícil sair de casa porque seus pais são muito durões, imagine ter um amigo lobisomem super protetor e um pai vampiro que pode ler sua mente e saber cada detalhe do que você anda fazendo. Bom, era mais ou menos assim que Nessie se sentia. Muitas vezes ela cansava disso e sentia vontade de fugir, sumir para outro planeta bem distante. Ela sabia que não era assim com as outras garotas da sua idade. Quer dizer, não literalmente da sua idade, mas com a idade da sua mentalidade, podemos dizer. Por mais que algumas tenham pais rigorosos, elas ainda podem sair com as amigas, ou pelo menos ter amigas, ao contrário de Renesmee. E ela sabia disso não por conviver com outras garotas, mas por que, na internet, ficava sabendo de muitas coisas, além de ler diversos livros sobre adolescêcia. Livros que, segundo ela, seu pai e Jake deveriam ler para ter um pouco de noção de que garotas não foram feitas para ficarem trancadas em casa sendo guardadas pelos pais.

Ela entendia que não podia ir à escola porque crescia muito rapidamente e as outras pessoas notariam, mas não era justo o que sua família fazia com ela. A tratavam como se fosse um enorme objeto de diamantes que tinha que ser eternamente cuidado e guardado para não receber nenhum vestígio de arranhão. E, sinceramente, ela odiava isso. Ela tentava a todo custo entender seu pai, ficar feliz por ter a família que tem e ser uma espécie raríssima no mundo todo, mas era quase impossível. Justamente pelo fato de uma ser metade vampira, metade humana, ela deveria poder enfrentar qualquer tipo de criatura e saber se defender, mas ninguém parecia compreender isso. E compreender também que, apesar de ter só cinco anos de idade, ela tinha corpo, alma e pensamentos de uma garota quase adulta.

Havia ainda outra coisa que a amedrontava muito: quando ela finalmente puder ir a escola fazer algumas amigas, como ela se sentirá quando as outras garotas falarem de festas, namorados, viagens e todas essas coisas de meninas? Renesmee nunca havia nem dado um beijo no rosto de um garoto desconhecido, imagine na boca ou namorar? E ,enquanto todas as garotas normais já tiveram 17 anos para se acostumar com a vida e passar por muitas aventuras, Nessie teve apenas cinco e obviamente não têm muitas histórias divertidas para contar às garotas humanas. A não ser suas viagens a pé com seu melhor amigo lobisomem para caçar animais e se alimentar, mas talvez isso não fosse muito conveniente de se comentar. Por esse lado, Nessie odiava ser diferente de todos, até mesmo dos próprios vampiros.

E por falar em melhor amigo lobisomem, bom, ela tinha muitas questões sem resposta quanto a isso e obviamente sua família não estava muito interessada em lhe contar. Mas havia, sim, alguma coisa. Na verdade, Nessie sabia que Jake é e sempre foi apaixonado por ela até mais que sua própria família, apesar de ele não fazer parte dos Cullen. E era isso que a intrigava. Por que Jake gostava tanto dela? Por que ele se submetia a morar na casa de seus maiores rivais, os vampiros, e chegar a se mudar junto com eles apenas para ficar com ela? Por que ele era quase pior do que seu pai em termos de cuidado com Nessie? E por que, se ele era tão apaixonado, fazia de tudo por ela e não era seu parente, ele nunca, nunca mesmo, havia tentado beijá-la ou paquerá-la? Nada fazia sentido com relação à Jake e ninguém nunca havia lhe explicado o por quê disso. As únicas coisas de que Nessie tinha certeza eram que sempre que ela precisasse dele para qualquer coisa, mesmo a mais idiota e estúpida, ele estaria ao seu lado lhe apoiando; e que, apesar de tudo isso, o sentimento que ela sentia por ele não passava da mais pura amizade.

Muitas veses ela já havia imaginado como seria beijar Jacob ou namorar com ele, mas era logo obrigada a afastar esses pensamentos, simplesmente por não poder suportá-los. Isso porque ela sempre estivera com ele. É provável que desde a sua infância ela passou muito mais tempo com Jacob do que com seus pais, ele sempre foi o melhor amigo que alguém poderia ter, e ela estava acostumada a essa realidade. Qualquer coisa que passasse disso era abominável.

Mas voltando ao assunto que fez Renesmee pedir para sua mãe guardar seus pensamentos: o cara fortão que ela havia visto na porta do clube noturno.

Ela estava parada na porta da festa esperando Jake voltar do banheiro para os dois irem embora (só porque Jake pediu, pois, por Nessie, eles ficavam ali até amanhecer) quando por acaso ela olhou para a quadra adiante onde, ela já havia notado na entrada, havia um clube noturno lotado. Na mesma hora ela viu um homem magnífico saindo de lá. Ele era grande, usava roupas pesadas de couro e era muito lindo. Graças a sua visão noturna aguçada, Renesmee pôde gravar cada detalhe de seu corpo musculoso, apesar da distância entre eles. Tinha um cabelo escuro cortado curto e feições duras. Mas de repente ele olhou diretamente para ela e Nessie não tem ideia de como ainda conseguiu ficar em pé. Seus olhos azuis eram penetrantes e pareciam engoli-la, ao mesmo tempo em que eram gentis e queriam protegê-la. Era o tipo de olhar que ela vê diariamente Jacob lançar para ela só que misturado com aquele quê de desejo e atração. Instantaneamente ela sentiu vontade de sair correndo ao encontro dele e perguntar quem ele era, mas logo Jake apareceu na porta e a puxou para que ela saísse do meio do corredor de saída. Então a conexão entre os dois foi cortada.

– O que estava olhando? – Jacob havia perguntado.

– Nada – ela murmurara bem baixo, e deu mais uma olhada no cara com roupas de couro só para ter certeza de que ele não havia sumido, e de fato ele continuava encarando-a parecendo ainda mais feroz, e então ela foi obrigada a virar-se e ir para casa com Jacob.

Analisando tudo melhor agora, Renesmee não entendia por quê exatamente havia se sentido tão atraída por aquele homem. Considerando que ele era enorme, estava vestindo couro da cabeça aos pés e saía de um dos clubes noturnos mais barra pesada da cidade, boa coisa ele não deveria ser. Na verdade, Nessie se arriscava a sugerir que ele poderia até ser um assassino de inocentes. Mas, mesmo assim, por algum motivo ele a encarou. Encarou a ela enquanto poderia olhar apara qualquer outra mulher muito mais sexi que rebolava pelo clube. E ela não estava enganada quanto ao olhar que ele lhe lançou. Era mesmo como se ele quisesse protegê-la, abraçá-la ou agarrá-la. Talvez fosse isso que mais chamou a atenção de Nessie. Pela primeira vez, uma pessoa do sexo masculino havia olhado para ela de maneira diferente, não como um vaso de porcelana, mas como uma mulher. E também o fato de não ter sido qualquer um a fazer isso, mas sim um homem musculoso com cara de assassino durão. Esse sentimento de “perigo” despertou em Nessie uma coisa diferente de tudo o que já havia sentido.

Como sempre foi mantida presa dentro de casa e cuidada por oito vampiros que nunca a deixaram sofrer nenhum arranhão, ela ansiava por aventura e adrenalina (e por isso tantas vezes queria sair para caçar de um modo diferente e mais radical) e aquele homem parecia lhe oferecer isso de sobra e ainda prometer cuidar dela com carinho. Era perfeito!

Um pigarro de Bella fez Nessie despertar de seus pensamentos enlouquecidos e, por um momento desesperador, ela pensou que sua mãe havia cortado o escudo. Imagine se seu pai ouvisse tudo isso? Era capaz de ela ser trancada num convento. Mas, graças a Deus, o escudo continuava a protegê-la. Não agradava muito a Renesmee a ideia de ter que pedir a sua mãe para encobrir seus pensamentos, porque obviamente Bella saberia que Nessie estava escondendo algo. Mas ela podia confiar em sua mãe, sabia que ela era a única pessoa que poderia ajudá-la agora, quando precisava de um pouco de privacidade mental. E sabia que sua mãe lhe entendia. Por algum motivo, Bella e Rosalie eram as únicas que mais lhe entendiam naquela casa e, apesar de também serem super protetoras, elas eram confiáveis.

O problema era que, mesmo entendendo Renesmee e ajudando-a, um dia Bella ainda iria chamar-lhe num canto e pedir explicações. Ela só esperava que esse dia demorasse bastante.

Bella fez um sinal com a cabeça perguntando se ela já podia recolher o escudo e Nessie se preparou para limpar a mente de qualquer pensamento esclarecedor (o que era difícil, mas ela já teve anos de prática nisso. Nunca queira ter alguém que leia mentes em sua casa, ainda mais se esse alguém for seu pai) e confirmou com a cabeça.

Ela foi até sua mãe e lhe deu um abraço forte, sussurrando em sua ouvido:

– Muito obrigado, mãe. Eu estava precisando disso. Papai não suspeitou?

Ela negou e sorrindo disse em voz alta:

– Mas e então, o que você vai querer comer afinal?

– Ah mãe, qualquer coisa que você fizer está bom. Estou morrendo de fome.



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Domingo, 9h22min am.

Terceiro dia de análise: ainda sem novidades. Tudo continua na mais perfeita paz…


Raven pousou a mão sobre o teclado do netbook sem saber o que mais escrever. Realmente, nesta manhã se completavam três dias de observação desde que ela tinha avistado aquelas três pessoas perfeitas lançando olhares suspeitos para ela e Damon Salvatore. Raven havia ficado no bar aquele dia até o final da tarde, e nada deles aparecerem novamente. Nem naquele dia, nem no outro e nem neste. Depois que ela avistara Damon saindo pela porta dos fundos do bar e os três perfeitos indo logo atrás dele, sua maior vontade foi seguí-los também e ficar a par de toda a história. Mas ela conseguiu se conter e esperou eles retornarem, afinal, vai que eles realmente fossem vampiros e a atacassem? (Tá, ela não iria se importar muito, seu maior sonho era ser mordida por um vampiro), mas para todos os casos ela ficou ali esperando. O problema é que, quando finalmente a porta se abriu novamente, não entraram exatamente todas as pessoas que Raven esperava. Damon passou pela porta bufando com seu irmão logo atrás com uma cara de nojo e ainda a pessoa que Raven menos esperava ver com eles: Caroline.

Claro que Raven era uma ótima espiã e percebia tudo na hora. Tinha dito desde o começo que Caroline escondia alguma coisa e conhecia os segredos de Damon e Stefan, mas não revelava nada. Durante esses três dias, Raven tentou a todo custo arrancar algo de Car ou, pelo menos, puxar qualquer assunto com ela, mas a garçonete simplesmente se fechou desde aquele episódio. Dizia que tinha muito serviço e não havia tempo de ficar “fofocando com a Raven”, por mais que o bar estivesse vazio.

Mas enfim, louca para ter mais notícias e achando que estava muito perto de confirmar sua teoria sobre a existência de vampiros, Raven passou os próximos dias quase inteiros ali no Mystic Grill esperando que Damon ou um dos outros “vampiros” voltassem, mas nada.Tudo estava na mais perfeita tranqüilidade. Nada de Damon, nada de Stefan, Elena e tampouco o trio maravilha durante os três dias. Total paz em Mystic Falls.

Ela tentou também sair a noite e perambular pelos becos da cidade a fim de encontrar alguma coisa, mas ainda sim não viu nada que não fosse normal em uma cidade pequena. Como isso podia ser possível? Será que ela havia sonhado? Será que essa sua obsessão por vampiros havia definitivamente afetado seu cérebro e ela estava começando a ver coisas surreais onde não havia nada? Até porque, todas as pessoas com quem ela puxava assunto, e comentava sobre Mystic Falls ser meio estranha e sinistra, a ignoravam e diziam que nunca notaram nada de anormal.

Talvez… se ela falasse com alguém mais “intimo” da cidade? Algum parente dos fundadores de Mystic Falls… Raven já havia lido algo sobre os mitos da cidade que diziam que, há muito tempo, os vampiros dominavam aquele lugar e os fundadores da cidade tentavam a todo custo acabar com eles. Seria isso verdade?

Concluiu, afinal, que aquilo não podia ser coisa da sua cabeça e que ia ficar espreitando pelo Grill esperando um suposto vampiro por mais aquele domingo, se ainda nada aparecesse ia descansar uns dias e esfriar a cabeça dessas coisas para ver se conseguiria pensar com mais racionalidade.

Ela estava quase dormindo sentada olhando para a tela de seu netbook quando avistou tudo o que mais queria ver nos últimos dias. Chegou a pensar que tinha pegado no sono e agora estava sonhando por isso deu-se um beliscão para certificar-se de que estava acordada. E realmente estava.

Eles estavam se aproximando. Aproximando-se da sua mesa. Os três “vampiros” perfeitos e mais um outro igualmente maravilhoso e muito musculoso. Caminhavam chamando a atenção de todos no bar, como da outra vez, mas agora olhavam para Raven e dirigiam-se à sua mesa como se fossem falar com ela. Ela deu-se mais um beliscão discretamente enquanto olhava abismada para o quarteto, este doeu bastante.

Acalme-se garota. Por favor, não aja como uma retardada agora. Finja-se de normal. Dizia uma parte de seu cérebro.

Mas o que eu posso fazer? Meu sonho desde menina parece estar se tornando realidade. Esses seres perfeitos só podem ser vampiros, e eles estão se dirigindo a mim. A outra parte de seu cérebro respondia maravilhada.

– Com licença? Será que você se incomodaria se sentássemos aqui com você? – perguntou o vampiro loiro com uma voz tão perfeita como sua aparência. – Não se preocupe, não vamos lhe fazer mal algum.

Eu sei que não vão… Mas a única coisa que conseguiu fazer foi balançar a cabeça, definitivamente como uma perfeita débil mental.

– Por favor não fique assustada, temos a impressão de que conhecemos você e só queremos conversar – disse a garota de cabelos arrepiados sorrindo carismaticamente com uma voz linda e melodiosa.

Depois de mais alguns segundos de transe, finalmente Raven acordou e realmente se deu conta do papel idiota que estava fazendo diante das pessoas mais perfeitas desse mundo.

– Ahn, claro que não me importo, fiquem à vontade – disse sorrindo de orelha a orelha. – Na verdade adoraria conversar com vocês também.

Os quatro abriram um sorriso espetacular e quase que Raven desmaia novamente, mas depois manteve-se firme e forte até o final da conversa, realizando o maior sonho da sua vida.


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Notas finais do capítulo

e aí, o que acharam? se vcs comentarem muuuuito juro que faço de td para conseguir postar o proximo cap mais rápido. Mas se não, não vou me empolgar muito de escrever mais e vcs terão q esperar para saber o que acontecerá... uma coisa posso adiantar: no próximo cap ou talvez no outro, Nessie resolverá dar uma fugidinha de casa, adivinhem pra quê?... hehe
kisses