Vinculados escrita por JuSalvatore


Capítulo 6
Semelhanças Desiguais


Notas iniciais do capítulo

*pessoal nesse capítulo na verdade passam-se apenas alguns minutos, mas é repleto de detalhes já que vampiros fazem milhões de coisas em um segundo. é contado +- como Bella relata em Amanhecer :D
*dois caps. inteiros só PDV Edward, prepare-se kkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/193423/chapter/6

Certo, talvez Edward não devesse ter falado daquele jeito com Carlisle. Agora seu pai adotivo andava silenciosamente atrás dele. Edward percebia que Carlisle tentava não pensar nisso mas sabia que o tinha magoado. É que simplesmente não conseguia refrear algumas coisas. Estava com certa raiva do suposto vampiro estranho. Muitas perguntas afligiam sua mente e era terrível não poder ter mais respostas além dessas nebulosas. O que ele exatamente ele era? E o que queria?

Os três atravessaram o bar sendo seguidos por muitos olhares curiosos.

Edward vá devagar, não estou com um bom pressentimento. Pensou Alice.

É, pode até ser uma armadilha mesmo, mas Edward tinha certeza de que ele, seu pai e sua irmã eram capazes de dar conta do recado.

Edward? Carlisle se manifestou. Tem mais alguém lá fora. O que estão pensando?

– Parece que o irmão de Damon chegou – sussurrou Edward sorrindo um pouco enquanto eles passavam pela porta.



A porta dos fundos dava para uma espécie de beco entre dois prédios altos. Havia alguns latões de lixo do bar no canto esquerdo e nem sinal de uma pessoa nem no beco, nem na rua que passava na frente dos dois prédios. Pelo visto essa porta nao era utilizada frequentemente por clientes do bar.

Edward na verdade conseguiu observar isso apenas em um milésimo de segundo – o tempo que Damon demorou para agarrar-lhe pelo pescoço e o prender contra a parede.

Por mais um milésimo de segundo Edward ficou paralisado. Nunca, Nunca mesmo, tinha sido encurralado. Primeiro porque era um vampiro (sabe, maior predador da Terra com super mega sentidos, etc.); e segundo porque, mesmo sendo outro vampiro a atacar-lhe, Edward ainda podia ler a mente dele e saber cada próximo movimento que daria. Mas agora simplesmente não entendeu a mente de Damon para poder prevenir esse ataque.

A segunda coisa que percebeu, depois do choque, foi que Carlisle e Alice também tinham sido pegos de surpresa e encurralados contra a parede. Carlisle por um outro homem que pelo que Edward entendia era o tal do Stefan e Alice por uma garota loira de cachos que vestia o avental de garçonete do Grill.

Passados os dez centésimos de segundo de choque, os três Cullen tentaram reagir. Só para descobrirem – na verdade comprovarem suas suspeitas – que de fato Damon e sua turma não eram humanos. Tinham uma força sobrenatural e Edward sentia a mão do cara pressionando tão forte sua garganta que não passava nem um sopro de ar por sua laringe impossibilitando-o de falar. Também tinha conseguido segurar suas mãos juntas em frente ao corpo. Damon deve ter percebido logo que Edward não precisava respirar porque disse:

– Então, quem são vocês? – Sua voz era sem sombra de dúvida de um predador, mas com uma ponta de sarcasmo. – Ou eu deveria perguntar, o quê são vocês?

– Talvez se nos deixar falar possamos responder – conseguiu dizer Carlisle sufocando pelo aperto de Stefan.

– Damon, eles não parecem oferecer tanto perigo assim – disse a garçonete, Caroline.

Damon estreitou os olhos.

– Por que eu deveria confiar neles? Não são vampiros, não têm cara de lobisomem, mas definitivamente não são humanos.

– Também não têm batimentos cardíacos – disse Stefan com uma voz mais grossa. – São gelados e parecem feitos de pedra. São uma espécie de zumbis?

Por uma mínima fração de segundo, Damon afrouxou a mão do pescoço de Edward enquanto prestava atenção ao irmão e Edward aproveitou a chance: soltou as mãos e agarrou o pescoço de Damon surpreendendo-o com sua velocidade. Alice e Carlisle também aproveitaram o mínimo momento de surpresa de Caroline e Stefan e saíram de seus apertos. E então, de repente, estavam os três Cullen contra os três de Mystic Falls abaixados em legítima posição de ataque de vampiro. A única diferença, Edward pôde notar, eram os olhos dos outros: estavam escuros e cheios de veias vermelhas. Ao redor deles também haviam veias mais pretas.

Edward seus dentes, pensou Alice com nervosismo. E só então Edward notou isso. Os caninos deles despontavam para fora dos lábios, grandes e pontudos.

Alice e Carlisle estavam com os pensamentos a mil. Isso somado aos seus próprios pensamentos enlouquecidos fazia com que Edward não entendesse quase nada do que eles pensavam quanto mais o que os “vampiros” ali na frente ponderavam.

Não é possível, conseguiu ouvir Carlisle. Em todos os meus mais de 400 anos nunca vi algo assim.

Edward eles também são vampiros. Agora Alice. Mas daqueles dos filmes de terror de Hollywood.

O que estão pensando?

Oh, ótima pergunta Carlisle.

– Muito bem, Damon. Talvez vocês pudessem nos dizer o que são – disse Edward finalmente. Ele pôde ver rapidamente a expressão de espanto em Damon por Edward saber seu nome antes que ela sumisse e desse lugar a escárnio.

– Bom já que estamos em certa desvantagem por aqui, você sabe quem eu sou e eu não sei quem você é, creio que você deva me responder primeiro.

Edward olhou rapidamente para Carlisle e Alice até que o primeiro saiu de sua posição de ataque e disse:

– Talvez nós possamos conversar sem tudo isso. – Ele apontou para a posição dos outros. – Meu nome é Carlisle, estes são Alice e Edward meus… filhos. Não sabemos exatamente quem vocês são e certamente não viemos a esta cidade atrás de vocês. Mas como casualmente nos encontramos talvez possamos conversar e nos conhecermos melhor, o que, creio eu, é do desejo de todos. - Claro, Carlisle sempre com seus argumentos para manter a paz mundial.

Imediatamente Alice e Edward se levantaram e aos poucos os outros também voltaram ao normal analisando atentamente os Cullen da cabeça aos pés.

– Por que estão aqui? – perguntou Damon.

– Alice tem poderes especiais. Consegue prever o futuro – explicou Carlisle. – E desde que nos mudamos para Caldwell, não muito longe daqui, ela passou a ver coisas estranhas envolvendo esta cidade. E também uma garota que está no bar aí do lado que sabe várias coisas sobre vampiros. Resolvemos vir aqui ver o que poderíamos descobrir para nos prevenirmos.

– Sabe, não gostamos muito de não saber o que nos espera. – Alice não conseguiu se conter.

– Entendo…

– Ora parem logo de enrolação – interrompeu Stefan. – Digam logo o que são. Não se preocupem já estamos acostumados a ver diversos seres sobrenaturais.

Edward achou a mente dele a mais confusa. Ainda era diferente da de Damon e Caroline que eram nebulosas, mas precisas. A dele parecia estar dividida. Tinha um estremo desejo de sangue, era um assassino nato, já matara muitas pessoas e não se importava muito com isso. Mas ao mesmo tempo, como que no fundo de sua mente, existia amor. Um amor enorme por uma garota humana e isso era única coisa que fazia com que ele não se entregasse de vez à matança e deixasse para trás qualquer vestígio de humanidade. Amava também seu irmão Damon e agora estava fazendo de tudo para voltar a importar-se com a vida e deixar de lado o assassino estripador. Mas isso custava-lhe muito, inclusive sua paciência.

– Tudo bem então – disse Edward. – Somos vampiros. Contentes?

Damon soltou uma forte gargalhada. Caroline e Stefan também riram serenamente.

– Tá, então quer que acreditemos nisso – soltou Damon. Sinceramente ele estava irritando muito Edward. Ele realmente não acreditava no que Edward dizia. Em sua cabeça eles eram os vampiros do mal e pronto e se quisessem poderiam esmagar os três “forasteiros” num piscar de olhos, só estavam dando uma chance. Edward sabia que isso era tremenda mentira e apenas para salientar isso para Damon tinha vontade de ele mesmo os esmagar. Só não agia por consideração à Carlisle. Ele provavelmente não iria gostar dessa atitude. – E por que exatamente o tal de Edward nos olha como se enxergasse nossa alma?

– Talvez por que realmente enxergue – supôs Edward sorrindo com desdém.

Vampiro falso idiota, estou começando a cansar. Pela primeira vez Edward entendeu perfeitamente o que Damon pensou.Talvez devesse esmagá-lo agora mesmo. De que eles nos adiantam?

Ele olhou para Stefan que pensava a mesma coisa. E então os dois se viraram rapidamente para Edward. Só então percebeu que ele mesmo estava grunhindo baixo.

– Estão nos subestimando, não é? Acham que não podemos fazer nada contra vocês? – Nem Edward sabia de onde vinha toda aquela raiva dos outros. Geralmente não era assim tão agressivo.

– Ah é? – subestimou Damon. – Mostre-me então do que é capaz.

Edward, avisou Carlisle. Controle-se. Você é melhor que isso. Não se rebaixe.

Edward conseguiu se conter no último segundo.

– Tem razão Carlisle. Não precisamos disso.

– Ele não falou nada – disse Caroline confusa.

– Muito bem, se não estão a fim de conversar também não vamos insistir – disse Carlisle ignorando Caroline. – Temos mais coisas a fazer do que tentar convencer estranhos do que somos. Não devemos nada a vocês.

Claro, vão fugir como bons covardes, pensou Damon.

Podem ir. Só gostaria realmente de saber o que são. Stefan estava curioso, mas não muito. Nada importava tanto para ele. Pelo visto não se alimentava há muito tempo e sua sede era mais forte que sua vontade de estar ali discutindo. Quanto mais Edward se esforçava mais conseguia ouvir os estranhos vampiros. Menos mal, pensou Edward. Se praticasse bastante talvez logo pudese ouvi-los perfeitamente. Mas estava se enfurecendo cada vez mais, como se os pensamentos deles tivessem o poder de irritá-lo.

– Já falamos quem somos, Stefan Salvatore – Edward respondeu à seu pensamento. – Mas por que pergunta? Nem está tão interessado nisso. Está louco para sair por aí e cortar algumas gargantas, mas como bom irmão mais novo e ex-namorado obediente está se contendo. Por acaso sabe tudo o que Damon fez enquanto estava fora? Como aproveitou sua ausência para conquistar de vez Elena Gilbert? – Edward riu – E que ela não achou isso muito ruim?

Conforme ia falando, Edward ia vendo mais e mais pensamentos que acabavam de chegar à mente dos irmãos e logo que os via, falava. Não sabia exatamente o porquê, mas sentia a necessidade de incomodá-los.

Edward pare com isso, não estou prevendo coisa muito boa. É sério. A voz de Alice nem chegava à sua mente direito. Estava concentrado demais nos dois em sua frente. Seu instintos predadores à mil. Os olhos dos Salvatore foram escurecendo de espanto e raiva por Edward saber tudo isso e ira um do outro. E ele, de alguma maneira, estava adorando.

– Ok, Edward. Agora está levando as coisas para o lado pessoal – disse Stefan. E então atacou.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem baaaastante. Já tenho próximo capítulo prontinho, mas se não ganhar comentários não posto, ein!