Dirty Little Princess escrita por Loreline Potter, Milady Black


Capítulo 29
Just do it!


Notas iniciais do capítulo

Postando sem capa porque estou em dia de vestibular! Mas pelo menos o capítulo está aí!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/192508/chapter/29

                                                Just do it!

Já fazia alguns minutos que eu estava sentada em minha poltrona favorita na sala comunal da Grifinória, sim eu tinha voltada para a segurança vermelha da minha casa.

A sala estava ainda apinhada de estudantes e eu agradecia por estar sendo deixada em paz, eu precisava organizar meus pensamentos, digerir todas as informações da noite, tentar entender até onde eu poderia ir por Lana Prescott. Ou melhor, até onde eu quereria ir por Lana Prescott.

–NÃO! VOLTA GATINHO!Volta aqui... -Por que eu tinha a impressão que aquela voz pertencia a ninguém mais ninguém menos que Heloíse Chase? Só torci pra ela não estar falando daquele jeito com Hugo, eu não ia aguentar Merlin, por favor que o gato em questão não seja o Hugo...

Sem aviso prévio meu lindo e fofo gato desceu as escadas do dormitório quase que rolando e logo começaram a chover gargalhadas dos estudantes que assistiam a cena. Meu pobre gatinho, motivo de chacota, ainda bem que ele estava de capacete assim ele não iria se machucar após a sua nada suave descida.

Hei! Espere um pouco.

Capacete?

–ELE FUGIU SARA! -Certo, com certeza absoluta aquela era a voz de Lise e tinha algo de muito estranho acontecendo. E eu que pensei que não tinha como o Berlioz odiar ainda mais a garota.

Logo o gato estava no meu colo e eu comecei com o que chamo de controle e reparo de danos. Certo Lioz respirava, as unhas não estavam pintadas dessa vez e ele só parecia muito apavorado, MUITO apavorado mesmo. O pobre bichano até mesmo mantinha os pelos eriçados. Pobre, pobre Lioz. Seu último ano em Hogarts foi extremamente estressante graças a todas as atitudes "carinhosas" de Lise. Aposto que ele sentia falta de quando tinha apenas a atenção de Sara que consistia em agrados esporádicos.

Com certeza meu gato concordava com a atitude de minha amiga, basicamente ignorar a existência um do outro. Lise por outro lado A-D-O-R-A-V-A Lioz. Ela apenas não conseguia ver a diferença entre o mesmo e um ratinho de laboratório. Acho que meu gato já deve ter gastado quase todas as suas sete vidas após ela ter chego em Hogwarts.

O motivo do pavor do meu gato era bem óbvio na verdade, em sua cabecinha fofa estava um pequeno capacete pink com uma lanterninha que piscava sem parar, ele usava uma roupinha branca com os dizeres "SPLP".Perguntei-me o que diabos aquilo significava e sem me importar que fosse chamar atenção de todo o salão berrei a plenos pulmões.

–LISE SERÁ QUE DÁ PRA VOCÊ PARAR DE ATERRORIZAR MEU GATO?

Nisso Heloíse Chase desceu rapidamente as escadas que davam para o dormitório seguida de perto por Sara que parecia furiosa, ops isso não era um bom sinal. Era melhor eu ficar furiosa por causa do meu gato e fazer ela esquecer o que quer que eu tivesse feito ela ficar com aquela cara de Gina Potter pronta pra aplicar um castigo. Novamente pensei no quanto algumas de suas atitudes eram parecidas com as de minha mãe. Pena que James não estava aqui, ele poderia distraí-la tão mais facilmente...

–Lise, eu não acredito que você continua maltratando o Berlioz! -Falei tentando soar brava, enquanto me congratulava mentalmente pela exepcional mudança de assunto. Qualquer coisa para que o foco da conversa não seja eu.

–Não estava maltratando ele, só estava preprando o Lioz pra operação resgatando Lílian Potter! Não viu a sigla?- Me perguntou ela apontando para as letras rosas na roupinha dele.

–E isso deveria significar? -Perguntei ignorando minha outra amiga que estava com as mãos na cintura e parecia me analisar por inteiro como se esperasse que eu voltasse sem um braço pra sala comunal.

–Segurança particular de Lílian Potter! SPLP! Não ficou fofo? -Pediu ela quase flutuando de animação, juro que seus olhos de boneca brilhavam.

Ops, os olhos da Sara também brilhavam, o que definitivamente não era um bom sinal.

–Hum, oi Sara! -Falei dando meu melhor sorriso tenho 32 dentes e eles são brancos e brilhantes.

–Corta essa de oi, Lílian, onde você estava? Estavamos preocupados, já ia ir atrás do mapa do maroto pra ir atrás de você! -Acusou ela me fazendo encolher, aposto como ela e seus olhos de aguia seriam muito úteis quando ela tivesse que interrogar algum criminoso. Sério, estar sob o seu olhar faria qualquer um confessar tudo aquilo que fez e até mesmo o que não fez.

–Eu falei pra você que eu ia passar na sala da Lucy Prado antes de vir pra cá! -Respondi me levantando ainda com Lioz no colo e saindo da mira da iris castanha.

–Já faz três horas que você foi dar uma "passada" na sala da Lucy. -Comentou ela alterando um pouco o tom de voz.

–O que você quer? UM RELTÓRIO DE CADA PASSO MEU? -Perguntei ficando irritada com toda aquela proteção exagerada, eu não gostava de ter que justificar cada coisa que fizesse. Afinal a vida era minha, e eu tinha o direito de fazer o que bem entendesse sem ter de ficar prestando contas de meus atos a todo momento. Sinceramente aquilo já estava me estressando.

–SERIA BOM! -Gritou Sara em resposta, a monitora chefe eu já estávamos há meses sem gritarmos uma com a outra de algum modo era quase como voltar a rotina ouvir aquele tom de voz. Tom este que novamente estava repleto de repreensão. Era realmente chato que Sara me tratasse como uma criancinha de três ano que se não estivesse a sua volta com certeza faria algo certamente muiro errado.

–HEI VOCÊS DUAS!- A voz de Hugo me surpreendeu, ele segurava um livro nas mãos, e logo percebi que haviamos chamado a atenção de boa parte dos grifinórios ali presentes.

–O QUE VOCÊ QUER? -Perguntamos eu e a castanha ao mesmo tempo.

–Só sugerir que terminem isso em outro lugar, sabe tem gente normal aqui querendo estudar e conversar decentemente com os amigos. -Disse meu primo olhando ao redor, seus olhos se fixaram então em Heloíse que parecia estar em um profundo estado de meditação, ela tinha os olhos fechados e murmurava algo pra si mesmo enquanto se equilibrava em apenas uma perna.

–Ainda estou a procura das pessoas normais. -Comentei não contendo o riso e fazendo com que Sara sorrise também, após um suspiro resignado que eu entendi como bandeira branca subimos para o dormitório. A castanha me deu uma trégua, mas se bem a conhecia sabia que esta seria só por hoje. Enquanto a monitora parecia me estudar atentamente Lise preenchia o silêncio em sua conversa que consistia basicamente em um monólogo sobre como Berlioz deveria confiar mais nela.

Ahan. Se tem uma coisa que eu sempre soube é que Lioz é um gato muito esperto. Não me espantaria se ele sumisse pelos próximos dias.

Naquela noite voltei a sonhar com Heloíse, mais uma vez aquele mesmo sonho em que ela chorava e gritava meu nome, tentei correr porém ao mesmo tempo em que eu corria ela parecia se afastar, mesmo que ela estivesse ajoelhada no chão.

Dessa vez o desespero foi ainda mais forte, tentei gritar, avisar Lise que eu estava ali por ela e que tudo estava bem, tudo ia ficar bem e eu ia cuidar dela, porém minha voz não saia.

(...)

Mais um sábado na biblioteca com Hugo, Heloíse e Sara, minha atenção estava dividida entre o livro de feitiços do sétimo ano e a garota loira e magra debruçada sobre um pesado livro de transfiguração. Eu pensava em medidas de abordá-la. Precisaria de um bom plano. Com um pai e um irmão auror aprendi desde cedo a importância de planejar bem os seus passos. Os planos de meu pai eram em geral sempre muito bons. Já os de James... bem o que posso dizer, seus planos normalmente eram realizados com sucesso, ele só precisava de alguém para se certificar de que ele não usasse explosivos, acentos ejetáveis e outras tralhas do tipo.

Sempre soube que Lana Prescott tinha dificuldade com a matéria que coincidentemente era a minha favorita, era a oportunidade perfeita para me aproximar dela, eu só precisava oferecer ajuda e em troca pedir que me auxiliasse em Feitiços.

Porém eu não encontrava a coragem necessária para chegar até lá, não que eu tivesse medo dela, o grande problema seria a reação de minhas amigas e do meu primo sentados na mesma mesa que eu.

Sara lia um livro de Runas Antigas gigantesco de aparencia antiga e chata, ela estava bastante compenetrada me perguntei qual seria a dificuldade em aprender Runas pra quem já falava Russo.

Heloíse e Hugo estavam apoiados no mesmo livro de Poções, em um dado momento Lise apontou algo no livro, seja o que for fez Hugo soltar um risinho divertido e trocar um olhar cúmplice com minha amiga. Senti vontade de bater com o livro na cabeça dos dois pra fazer sumir aquele brilho fofo dos olhos de ambos.

Lana se levantou, ela estava agora no meio das prateleiras e não vi uma hora mais oportuna pra dar inicio ao meu plano. Me levantei pegando um livro da mesa, dando a entender que iria devolvê-lo, com passos rápidos me escondi atrás de uma das prateleiras, a mesma onde Lana absorta procurava por algo.

–Oi.- Falei meio sem jeito de puxar assunto, mas eu precisava daquilo quase como se minha felicidade dependesse de poder provar pra mim mesma que eu podia fazer o que eu quisesse. Mesmo a coisa mais difícil e improvável.

–O que quer Potter? -Me perguntou ela tentando ser durona, porém ela parecia meio envergonhada pelo que eu tinha visto na noite anterior.

–Olha estou aqui em missão de paz Prescott.-Informei rapidamente desejando que ela não surtasse e começasse a gritar do nada.

–Missão de paz? -Questionou ao mesmo tempo que levantava apenas uma sobrancelha. O que ela precisava mais para entender o que eu disse? Uma bandeira branca? Um sinal de fumaça? Suspirei pesadamente tentando ter paz com a sonserina. Acho que o velho habito de ter ganas de arrancar seu cabelo loiro oxigenado agora nem tão oxigenado assim, estava por demais incrustado em minha personalidade.

–Exato, olha percebi que você está com certa dificuldade em algumas matérias e pensei que poderia precisar de ajuda. -

–É óbvio que preciso de ajuda Potter, qualquer um com olhos perceberia isso. -Disse ceticamente, abri um sorriso e por dentro me sentia vitoriosa, ela adimitia que precisava de ajuda não seria afinal, tão difícil como pensei. -Mas não quero a sua ajuda. -Completou ela fazendo com que eu imediatamente murchasse, como se em uma festa de arromba alguem simplesmente ascendesse as luzes e desligasse a música.

Certo, situações precárias exigem medidas drásticas. Vamos ver se eu consigo enrolá-la.

–Mas Prescott, eu realmente vou bem em Transfiguração e em DCAT, posso ajudar você, seria até bom pra eu estudar mais e...

–Não preciso da sua pena Potter, deveria equecer o que viu ontem. -Me cortou a oxigenada secamente revirando os olhos. É talvez ela merecesse tudo aquilo, quem mandou ela ser uma vaca completa?

Ok, calma Lílian Potter, respira, conta a três e trace um novo objetivo.

–Por favor Prescott? Eu preciso de você! Seria uma troca, eu já estou me sentindo um lixo completo após o acidente e não quero mesmo ir mal em Feitiços. Por favor me ajude? -Sim, eu fiz isso, eu me humilhei na frente dela, não era inteiramente verdade nem de todo falso o que eu acabara de dizer porém usando tudo que pude fiz minha melhor cara de pobre coitada.

Lana era exatamente o tipo de pessoa que não quer estar por baixo, ela sabe que está na pior e sabe que os outros sabem porém admitir isso aceitando minha ajuda? Não ela nunca faria isso, por outro lado a situação se invertia quando eu pedia por ajuda a loira só não sabia que tudo fazia parte de um plano ao estilo Potter.

Vi em seus olhos que a atingi, culpa e logo depois pena transpassaram seu rosto bonito e agora pálido, antes dela abrir a boca já sabia sua resposta.

Lílian Potter 1, Lana Prescott 0!!!!

–Certo Potter, já que precisa tanto assim de mim vou te ajudar! Mas não se esqueça que vai ter que retribuir me ajudando. Ai de você se eu não conseguir um òtimo no NIEM's de transfiguração! -Avisou ela enquanto eu tentava esconder a expressão vitoriosa do rosto.

–Hoje, depois do almoço e aqui na biblioteca. -Informei retirando um livro qualquer da prateleira e voltando para a mesa que estava antes.

Bom a primeira parte estava feita, logo o que eu achei que fosse ser mais complicado, mas pelo visto Lana Prescott era mais humana do que eu acreditava, apenas um pequeno apelo emcional e ela estava na minha mão.

Agora o pepino seria ensinar transfiguração pra ela, se a cobra não aprendeu isso com o Jack que é o melhor professor do mundo como eu vou conseguir enfiar isso na cabeça de raízes escuras dela?

Um riso abafado desviou minha concentração, claro que era Lise e Hugo de novo, pelo visto ela oferecera uma bala azeda pra ele, meu primo fazia uma careta estranha enquanto tentava manter o silencio.

De uma mesa do lado oposto uma garota escondia as lágrimas por de trás de um livro de Defesa Contra as Artes das Trevas, odiei Hugo naquele momento e odiei ainda mais a sonserina que se rendera tão facilmente. Em um momento de profundo egocentrismo pensei em como eles não faziam a menor ideia do que era superar desafios, não como eu sabia pelo menos.

(...)

–Transfiguração se resume em uma palavra, meta. Você tem que estabelecer uma meta e se concentrar nela é importante visualizar no que você quer transfigurar algo. -Expliquei com uma voz profissional, aquela já era a quinta vez em que nos encontrávamos para estudar, dessa vez não estávamos na biblioteca, precisávamos partir para a parte prática e isso seria impossível em um local de silêncio.

–Você já falou isso e eu já entendi isso! -Contra-argumentou a loira chateada.

–Então porque seus ratos continuam com orelhas, rabo e olhos de coelho? -Pedi ceticamente olhando para a bizarra criatura no chão da sala.

Transfigurar um mamífero em outro, aquela era parte mais complexa da transfiguração, o grau mais alto antes da animagia, claro que esta era opcional e devidamente acompanhada pelo ministério. Lana de modo algum conseguia transformar seu coelho em um rato isso porque estávamos com um coelho cinza para rato cinza ela provávelmente explodiria se eu pedisse que mudasse a cor da pelagem também.

–Eu não sei tá legal? Transfiguração não é pra mim, não consigo fazer isso direito!

–Seu problema continua no principio de tudo, você precisa visualizar o que quer Lana! Não adianta um movimento de varinha perfeito combinado com a pronuncia correta do encanto. Se fosse só isso os feitiços não verbais seriam impossíveis.

Me olhando com um olhar capaz de matar ela tentou de novo, de novo e de novo porém sempre um detalhe ou outro era deixado pra trás, estávamos ambas cansadas e já passava da meia noite. Me arrependi de ter deixado o mapa do maroto no malão, ele seria útil agora, torci para que Sara não lembrasse dele, eu ainda não havia encontrado coragem para confessar o que fazia quando sumia.

–Terra chamando Luna! -Brincou a sonserina com meu segundo nome, sorri ao ouvir isso.Inacreditávelmente ainda não tínhamos tentado nos matar não que conversássemos muito, sempre ficávamos mais focadas em estudar de modo que qualquer desavença ligada a Hugo fosse temporiariamente esquecida.

–Acho que já chega por hoje, definitivamente fizemos um progresso. -Comentei enquanto jogava as coisas em minha surrada mochila ao passo que ela arrumava tudo metodicamente em sua bolsa lateral.

–Você sabia que Lucy e Katherine eram melhores amigas? -Me perguntou ela de supetão.

–Não, foi estranho e totalmente inesperado. -Respondi me lembrando da foto onde as duas jovens se abraçavam.

–Profª. Sullivan sofreu bastante... -Impressão minha ou Lana queria puxar conversa, mesmo que o assunto fosse falar da vida dos nossos professores.Não era fofoca apenas uma troca útil de informações.

–Você sabe o que aconteceu com ela? -Perguntei ficando interessada em saber o que tinha deixado aquela mulher tão rancorosa, me sentei em uma poltrona confortável que a sala forneceu.

–Os pais dela foram presos na última guerra, ela não tinha nem 1 ano eu acho.

–Os pais dela são comensais? -Perguntei chocada.

–Eram, morreram em Azkaban no ano que entramos aqui, parece que foi o seu pai quem os acusou formalmente e fez com que fossem presos.

Bom isso explicava muita coisa, finalmente as coisas pareciam fazer mais sentido, se eu soubesse que Lana seria uma fonte de informações tão boa já teria falado com ela há muito tempo.

–Por isso ela me odeia.

–Ela não odeia você, mas você também não espera que ela te ame, certo? Kath foi criada pelos avós, que acredite em mim não são lá muito pacientes eles são amigos dos meus avós que também não são melhores que isso.

–Por isso vocês se dão bem? Já se conheciam, quantos anos ela tem afinal? -Pedi percebendo que chegaríamos a outro ponto importante do meu plano, a relação de Lana com os familiares.

–Vinte e sete, ela chegou a namorar com um primo meu, a questão é que pelo que eu sei os pais da Lucy a acolheram como própria filha depois que as duas se tornaram amigas em Hogwarts.

–Uma sonserina e uma grifinória, isso é estupidamente dramatico. -Comentei pensando no assunto.

–Mas pode dar certo. -Comentou Lana me encarando como se quisesse dizer algo, desviei o olhar e peguei uma embalagem em minha mochila.

–Me lembrei de algo. Mandei vir diretamente da Londres trouxa, foi complicado mas finalmente chegou. -Estendi o pacote pardo para uma confusa sonserina que após abrí-lo soltou uma risada divertida.

–Está tão ruim assim? -Me pediu segurando as caixas de tintura.

–A não ser que você queira voltar para o time das morenas...-Comentei zobeteiramente.

–Amanhã mesmo vou fazer isso. -Me garantiu ela guardando na bolsa o pequeno kit de produtos. -Quem diria que a Potter metida me incentivaria a ser uma loira oxigenada!

–Não me provoca Prescott. -Falei antes de pegar minha mochila de dar o o fora dali.

No dormitório Sara e Heloíse já dormiam, eu bem sabia que na manhã seguinte enfrentaria um verdadeiro interrogatório, mentir pra elas estava ficando cada vez mais difícil e eu estava prevendo o momento em que simplesmente me fariam tomar veristaserum.

(...)

Mesmo sendo a última adormecer fui a primeira a acordar, mesmo que eu não corresse mais todas as manhãs acordar cedo se tornou um habito difícil de ser perdido, me arrumei em instantes e fui para o salão principal.

Chegando ao grande salão de pedra não me surpreendi em ver o mesmo quase vazio, apenas alguns professores e a diretora já se encontravam ali, uns poucos animados primeiranistas também já se movimentavam por entre as mesas.

Como de costume enchi uma taça com suco de abóbora e quando já estava quase terminando de comer minhas amigas finalmente apareceram.

–Só tenho algo a dizer, você está cometendo um grande erro. -Disse Sara no instante em que ocupou o lugar a minha frente.

–Bom dia pra você também Sara, não é ótimo que a primavera se aproxime a cada dia? -Perguntei ironicamente tentando não me irritar com sua já conhecida arrogancia.

–Vimos o mapa ontem e você não estava visível. -Comentou Lise como se pedindo desculpas.

–O que? Você estava me vigiando? -Pedi olhando diretamente para Sara Hale.

–Foi o quinto sumiço em duas semanas, você não pode esperar que eu ignore isso. -Me respondeu ela enquanto se servia de café, bebida que a cada dia ela consumia com mais frequência.

–Eu não sumi, falei pra você que precisava pensar, ler e me concentrar um pouco. -Respondi fazendo o possível para sustentar seu olhar.

–Você está mentindo. -Disse a castanha simplesmente.

–Não, eu não estou. -Rebati com firmeza.

–Sim você está, Hugo viu você e Lana na biblioteca semana passada e ontem vocês duas desapareceram ao mesmo tempo.

–Por que está andando com ela, não gosta mais da gente? -Pediu Lise com um cara de choro, só faltou fazer biquinho. Ri pensado que daqui a pouco ela usaria a tão popular frase "Você não nos ama mais?"

–Claro que eu gosto de vocês, são minhas amigas, minhas melhores amigas. -Respondi achando graça em toda aquela insegurança dela, talvez ela apenas esperasse por isso tendo em vista o comportamento de seu pai sempre variando de humor.

–Tem algo de estranho com você Lílian Potter, desde que foi a sala de Lucy Prado naquela noite há algo de estranho acontecendo e eu vou descobrir queira você ou não! -Ameaçou Sara.

–Pode parecer novidade Hale mas nem tudo que acontece no castelo precisa passar por você. - Uma voz firme, clara e adocicada disse fazendo com que a castanha ficasse vermelha, sim ela era mesmo curiosa e adorava estar no controle das coisas.

–Você esqueceu seu livro ontem Lílian.

A garota que tinha acabado de abaixar a bola de Sara e que me estendia o livro estava odiosamente bem arrumada. O uniforme parecia ser feito para ela, assim como os cabelos loiros brilhavam e caiam em ondas suaves emoldurando os rosto muito bem maquiado.

–Weasley a comida não vai fugir pode comer com calma e feche a maldita boca enquanto mastiga! -Pediu ela olhando para Hugo como se este fosse um ser inferior e digno de pena.

–Até depois grifinórios. -Disse saindo batendo os saltos no chão com gaciosidade.

Olhei para o livro que ela havia me entregado, espere aquilo não era meu! Abria a capa e dentro havia um bilhete em sua caligrafia redonda.

Não Potter, esse livro não é seu!

Nesse sábado você vai me encontrar às nove horas em frente à cozinha, não se atrase, leve seu mapa ele é realmente útil.

Vá bem arrumada e leve os saltos na bolsa.

Não vá furar comigo.

L.M.P

Certo, agora era oficial.

Lana Marrie Prescott estava de volta, só que dessa vez a culpa era unica e exclusivamente minha.

Se Sara e Heloíse soubessem que eu era a responsável por trazer a adorável personalidade de volta elas me matariam, na verdade pelos olhares que me lançavam elas me matariam de qualquer jeito.

Olhei novamente para a mesa da sonserina onde a loira deu um sorrisinho de lado enquanto vários garotos tentavam chamar sua atenção ao mesmo tempo. Ela ignorou a todos e se sentou como uma rainha.

Oh meu Merlim, eu acho que criei um monstro!

Sara se virou para olhar o que eu olhava na outra mesa. Lana lançou um olhar superior para a castanha, fazendo com que a monitora estreitasse os olhos em sua direção.

Lise e Hugo conversavam normalmente, não precisou de muito para que o meu "querido primo" distraisse a minha amiga de sua explosão de raiva em potêncial.

Sara olhou em minha direção como se estivesse vagamente confusa. Ao ver que eu não iria explicar nada fechou a cara e se serviu de sua terceira xicara de café, agora sem açucar.

Lana olhou uma ultima vez para mim em todo o café e me deu um sorrisinho sarcástico. Ela sabia que tinha irritado a minha outra amiga e pelo visto queria me ver lidar com isso. Ela virou para prestar atenção no que o capitão de quadribol da sonserina lhe dizia. Não era novidade para ninguém que ele corria atrás dela como um louco.

Ela balançou os seus cabelos e lhe lançou um sorriso desdenhoso.

Oh, meu Merlin! Acho que trouxe Lana Prescott de volta, só me restava saber se realmente tinha criado um monstro ou se ele sempre esteve ali.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

NB/ Olá povinho meu...
E ai o que acharam do capítulo. Várias conclusões e a principal é?
COITADO DO BERLIOZ, POBRE BICHANO!
kkkkkkkkkkkkkkkk.
E ela esta de volta. Lana Prescott com todo o seu explendor oxigenado e o seu humor requintado. E o que vocês acharam de tudo isso?
Beta volta a afirmar FEALP na veia! (kkkkkkkkkk, sim eu não desisto, não gosto da Lana e pronto!)
Bjs, da beta
Milady Black
NA/Para completa alegria da autora A LANA QUE TODO MUNDO AMA ODIAR VOLTOU!!!!
Não que ela seja completamente odiosa, mas qual é, ninguém pode ser tão perfeita! Quanto a demora nas postagens, só pra vocês terem ideia do meu desespero, estou escrevendo isso no quarto de um hotel onde estou hospedada pra fazer vestibular. Lembrando que a Milah está aqui do meu lado chingando a loira oxigenada a cada momento!
No próximo capítulo vai ter uma surpresinha, uma coisa bem agradável pra nossa Lílian...
Beijos, não esqueçam de comentar!
Loreline Potter



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dirty Little Princess" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.