Dirty Little Princess escrita por Loreline Potter, Milady Black


Capítulo 28
New directions


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, não deixem de ler as notas finais!



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A primeira vez que conversamos foi uma coincidência, aposto que se fossemos depender de uma ou de outra para puxar assunto ficaríamos eternamente mudas.

Era sexta feira e logo após o jantar eu iria conversar com meus professores, eles tinham me mandado uma carta durante o jantar, queriam me entregar algo, de modo que fui até a sala de Lucy Prado morrendo de curiosidade.

Quando cheguei em sua sala, a porta já estava aberta, entrei um pouco receosa sem saber bem como agir, eu nunca tinha me encontrado com os professores sem ser em horário de aula.

A sala de Lucy refletia sua jovialidade e também seu amor pelo estilo de vida trouxa, ao fundo da sala a tradicional mesa de madeira escura estava coberta de objetos decorativos e fofos. Blocos de papel coloridos, pesos no formato de sapinhos, pergaminhos escritos com tinta rosa brilhante e uma foto antiga onde a reconheci como sendo a garota de cachos negros que abraçava uma outra loira.

Em um dos cantos da mesa um vaso cheio de rosas vermelhas chamava atenção, e eu apostava um dedo de que havia sido um presente do seu noivo e também meu
professor Paul Cook.

–Venha até aqui Lílian. -Pediu ela a me ver parada na porta, na sala pude ver que estavam também meu professor favorito Jack Mallory, mestre de transfiguração e o auror e professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, o já citado noivo de Lucy, Paul Cook.

–Com licença. -Murmurei enquanto caminhava até onde os três estavam a professora de estudos dos trouxas me estendeu um pergaminho, eu o peguei sem entender o que aquilo era.

–Deve estar se perguntando por que a chamamos aqui Lílian. -Comentou Jack com um sorriso.
Aleatoriamente pensei ser uma sorte eu ter força de vontade e muita fibra para me aguentar em cima dos meus joelhos. Se eu fosse Lise estaria agindo de modo sonhador perante o seu sorriso. E a Sara teria olhado para o outro lado e prendido a respiração atingindo a cor roxa até que Jack a lembrasse de respirar.

Mas como sou Lily Potter, uma ótima garota eu me controlei e tentei não parecer estranha enquanto aguardava saber o motivo da
visita. Se tivesse algo a ver com a recente crise que ocorreu no dormitório
feminino do sétimo ano eu só poderia dizer que a culpa não foi minha se uma das garotas surtou com a aproximação dos NIEM’s e resolveu que seria uma boa ideia ficar gritando e batendo na própria cabeça com sua escova de cabelo. Talvez eu amenizasse a minha culpa se dissesse que realmente a ideia de bater nela com o travesseiro foi minha, mas quem realmente executou o plano foi a Sara...

Eles me encaravam enquanto eu segurava o pergaminho me perguntando o que seria tudo aquilo. Não me parecia uma sessão de reprimenda visto que todos aparentavam um ar leve de quem esta contente com a situação.

–Pode apostar que sim. -Falei me sentindo um pouco mais a vontade ao perceber o ar amistoso deles.

–É uma carta de recomendação, sabemos que foi chamada para a Academia Francesa e como também deve saber é uma escola difícil Lílian, você pode ser grande lá ou então pode não suportar a pressão e fugir na primeira semana. -Explicou Paul me fazendo suar frio, ótimo não é como se eu já não estivesse apavorada com a perspectiva de morar em Paris. Não ele ainda tinha que me assustar, só de imaginar as garotas cheias de não me toques ou então a disciplina com uniforme e aparência
sentia vontade de vomitar.

–Pare de assustá-la Paul. - Repreendeu-o Lucy batendo no braço do mestre de DCAT. -Não se preocupe, tenho certeza que irá brilhar lá assim como fez em Hogwarts. Confesso que quando Kath me disse que tinha mandado um pedido de vaga pra você achei que ela estava errada, mas dada as circunstancias...

–Kath? Como assim Kath que fez um pedido de vaga pra mim? - Perguntei sem entender do que ou de quem Lucy Prado falava.

–Como acha que entrou na escola Lílian? -Pediu Jack Mallory achando graça. Fiquei muda por alguns segundos, sempre achei que tinha entrado por ser uma Potter, mas agora parando pra pensar vejo o quão improvável isso é. A escola é exigente, a prova disso foi a admissão de Sara de última hora, agora que meus professores tocaram no assunto sou eu quem pergunto. Como diabos eu entrei na Academia de Bruxas
Francesa?

–Lílian você sabe que para ser aceita lá deve enviar uma carta com seu histórico escolar e escrever o motivo do interesse na escola. Sara Hale sua amiga fez isso. - Falou Jack como se estivesse explicando algo para uma criança.

–É eu sei, mas eu não fiz nada disso. -Resmunguei.

–Nós sabemos. Há outra forma de ingressar na escola, uma ex-aluna escreve uma carta de recomendação e manda junto seu histórico escolar e todos os seus dados é o modo mais fácil de entrar, pensei que sabia que foi assim que foi aceita lá.

–Não, eu nunca parei pra pensar nisso, sempre achei por ser filha de quem sou...

–Katherine recomendou você, assim como fez com Lana Prescott. -Revelou finalmente Lucy Prado.

–Que Katherine? -Perguntei temendo a resposta. A bela mulher latina então pegou a foto de sua mesa e apontou para a bela garota loira da foto.

–Sua professora de feitiços, Lílian, minha melhor amiga Katherine Sullivan.

Levei um bom tempo pra me recuperar, certo foram apenas alguns segundos, porém eu ainda não conseguia acreditar. Quer dizer eu sempre soube que a prof. Sullivan me odiava, talvez ela só quisesse garantir que eu estivesse longe o suficiente dela assim que me formasse.

–Tem certeza? -Perguntei olhando para Lucy Prado e praticamente esperando que ela começasse a rir e gritar "PEGADINHA DO MALANDRO". Preciso informar que isso não aconteceu?

–Claro que sim Lily, eu ela até discutimos sobre isso, disse a ela que você nunca tinha demonstrado desejo em ingressar na academia, mas Kath foi categórica. -Explicou a professora.

–Certo. -Disse debilmente olhando para o pergaminho enrolado que segurava nas mãos. -Então...

–É isso Lílian Potter, você foi aceita na grande Academia bruxa europeia e ainda tem três cartas de recomendação em mãos. Como seus professores agora só nos resta lhe desejar sorte, o que podíamos fazer já foi feito. -Disse Paul Cook ao seu modo dramático usual.

É eu sempre achei que aurores tinham uma veia especial dedicada só ao drama. Depois de olhar a despedida de James e da Sara quando a mesma embarcou no trem, de presenciar um surto de tio Rony porque o amendocream tinha acabado e a mais recente crise dramática digna de Oscar executada pelo meu próprio pai só podia supor que sempre estive certa.

–Você vai se dar bem Lílian, tenho certeza disso, é uma excelente aluna. -Complementou Jack Mallory me olhando como se eu fosse sua própria filha.

–Obrigada, obrigada a vocês três, vocês foram ótimos professores.

–Vá logo garota, vai me fazer chorar assim. -Murmurou o mestre de transfiguração limpando uma lágrima imaginária. Dei risada com isso, quando estava chegando quase na porta Lucy Prado disse algo que me congelou a espinha.

–Talvez você deva ir até sua professora de feitiços e agradecê-la pela carta Lílian. -Quando virei pra trás o trio me olhava de modo enigmático como se estivessem lendo minha mente.

Sim eu devia muito mais que um obrigada a Katherine Sullivan, ela havia amortecido minha queda no acidente e agora eu descobria que fora a responsável por me garantir um futuro.

–Sim senhora.-Falei antes de me virar novamente em direção do corredor agora escuro.

Então por mais que eu gostasse tanto da ideia quanto gostaria de ter a minha pele transfigurada em pelagem de gato em sabia que não ficaria em paz comigo mesma enquanto eu não agradecesse a Katherine. Eu já estava com coisas demais na cabeça, como procurar um novo objetivo para preencher meus dias, para adicionar a culpa de ser um ser ingrato em minha lista de pensamentos para quando não estivesse estudando.

Decidi assim, que iria naquele momento procurar Katherine, sua sala era nas masmorras próxima a sala comunal da sonserina, um lugar que confesso eu evitava frequentar. Desci as escadas do primeiro andar me apoiando nas paredes, desejei que o castelo não fosse tão frio ou escorregadio enquanto a neve derretia.

Assim que cheguei em segurança no subsolo ouvi algo que me assustou, se eu fosse uma pessoa normal voltaria por onde tinha vindo e esqueceria o grito sufocado que enchia os corredores de luzes esverdeadas.

Mas nessa altura do campeonato já ficou mais que comprovado que eu não sou nem um pouco normal, e não eu não vou fazer uma lista de anormalidades, pra isso eu tenho uma melhor amiga.

Caminhei lentamente na direção do som, estava sem o mapa naquela noite, estava também sem minhas usuais vigias, Sara e Lise, uma vozinha em minha consciência gritava para que eu subisse as escadas e voltasse. Meu pai podia estar certo, eu poderia estar em perigo mas ainda assim eu continuava caminhando empunhando minha varinha acesa. Por alguma razão eu não conseguia me refrear mesmo sabendo
que se certas pessoas soubessem disto, primeiro garantiriam que eu estivesse bem para então arrancar meu fígado diante de minha irresponsabilidade em zanzar pelas masmorras à noite.

No final de umcorredor qualquer nas masmorras sonserinas um corpo magro estava estirado ao chão.

Primeiro pensamento, correr e gritar pra longe dali.

Segundo pensamento, correr até o corpo.

Terceiro pensamento, não posso correr mesmo que eu queira.

Demorou até queeu finalmente percebesse que o corpo respirava, e demorou ainda mais para que eu me lembrasse de como caminhar. E de que eu mesma deveria voltar a respirar normalmente se não quisesse fazer companhia para o corpo. Eu deveria parar de pensar em “o corpo”, isso me faz lembrar de um filme trouxa que eu vi onde tinha um assassino e ele vinha na calada da noite, bem como nesse horário, em lugares sombrios, bem como essa masmorra e ai ele...

AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!

Dei um pulo para trás ao notar que poderia dar nome ao corpo.

A surpresa da noite?

Lana Prescott estava desmaiada como uma boneca ali e parecia mais frágil do qualquer coisa, o rosto estava molhado, não soube dizer se era de lágrimas ou de suor. A testa estava cortada e sangrava, logo supus que ela havia desmaiado, livros de transfiguração e de Defesa Contra as Artes das Trevas estavam espalhados no chão.

Me perguntei há quanto tempo ela não comia, ou dormia já que as pesadas olheiras negras estavam enormes. Minha pior inimiga do tempo escola parecia um cadáver e o pensamento fez lágrimas inundarem meus próprios olhos.

Não soube o que fazer. Deveria acordá-la? Chamar a enfermeira? Chamar meu pai, os aurores, o ministro? Até que me lembrei do motivo de ter descido até ali em primeiro lugar. Professora Katherine saberia o que fazer e a sala dela era logo ali, eu só precisava chamá-la.

Andando o mais rapidamente que pude cheguei à frente da porta de madeira quase negra com cobras esculpidas. Bati na porta várias vezes até que ela finalmente me atendesse.

–Potter? -Perguntou ela rispidamente ao me ver através do vão, sua expressão de raiva logo foi substituída por uma de preocupação ao ver meu rosto banhado de lágrimas. - O que foi Potter?

–Prescott...professora... Lana Prescott...final do corredor.....desmaiada! -Nem eu mesma reconheci minha voz, eu estava ofegante e as palavras saíram intercaladas e desconexas enquanto meus braços se moviam em varias direções tamanho o meu nervosismo.

Imediatamente a mulher loira saiu da sala usando um robe azulado, ela se movia graciosamente e finalmente constatei que seus cabelos loiros além de lisos eram muito compridos. Tão rápido quanto sumiu de minha vista ela voltou, a varinha apontada para a garota que flutuava as suas costas.

–Não vai levá-la para a ala hospitalar? -Perguntei assustada.

–Lana só precisa de uma boa refeição e de uma boa noite de sono Potter. -Me informou ela entrando na própria sala e mantendo a porta aberta, tomei isto como um convite para adentrar no aposento.

Não pude evitar a comparação que fiz com a sala de Lucy Prado onde estivera há apenas alguns minutos atrás. A sala de Lucy gritava jovialidade e a de Sullivan era o completo oposto.

Os móveis, a decoração, as luzes tudo ali era antigo e luxuoso, como se ela tivesse assaltado o palácio real e levado só a mobília ao invés das joias da coroa. Outra coisa, não identifiquei nada que remetesse ao mundo trouxa, Katherine Sullivan amava a magia e isso era perceptível nos quadros e pergaminhos espalhados por todo o aposento.

A única semelhança com a sala que estivera antes era a foto, a mesma foto que Lucy tinha na mesa Katherine possuía aqui, e agora eu já sabia que a garota linda e loira que sorri na foto é minha temível e megera professora de feitiços.

–Pegue o frasco de tampa verde pra mim Potter! -Pediu a professora ainda de modo ríspido.
Tentando ser mais ágil do que os curandeiros me permitiam levei pra ela o
pequeno frasco, Lana estava deitada no grande sofá e apenas uma gota do que quer que houvesse no frasco fez a garota acordar.

Ela parecia perdida, a luz da sala incomodou seus olhos de modo que logo após abri-los ela voltou a fechá-los. Quando finalmente me encarou com os belos e angelicais olhos azuis pareciam furiosos.

–Potter? Onde estou? Fale agora! -Suspirei aliviada, a oxigenada estava bem. Se ela já estava imaginando que eu tinha elaborado um plano mirabolante para sequestrá-la e maltratá-la supus que ela estava sã e em plena consciência. Ela me lançou um olhar raivoso, mas afinal o que ela esperava? Que eu a torturasse? Sentindo realmente desapontá-la mas no momento a única tortura que as minhas condições físicas me permitiam infringir eram cócegas. E com uma pena pois se fosse para ficar pensando em meus dedos até que os mesmo executassem um movimento de fazer
cócegas eu já estaria mais do que estressada.

–Acalme-se Lana, a Srt. Potter a encontrou desmaiada e veio me chamar, você está em minha sala querida. -Lana porém ao invés de se acalmar ao ouvir a voz da professora favorita pareceu ainda mais furiosa, porém nada disse.

–Você precisa comer garota, vou pedir a um dos elfos para que prepare comida pra você. A Potter lhe fará companhia. -Continuou a professora antes que eu tivesse a chance de lhe implorar para que não me deixasse sozinha com ela. Sério podia ser muito perigoso vai saber o que ela poderia fazer comigo?

Me sentei em uma poltrona tentando não encarar a esquálida garota ainda deitada, porém em um dado momento olhar para meus próprios joelhos se tornou bem chato de modo que me peguei analisando o rosto da sonserina.

–O que está olhando? Aposto que deve estar amando me ver assim! -Desdenhou ela.

–Não!- Respondi rapidamente o que a fez levantar uma sobrancelha.

–Não me faça rir Potter, você deve estar saltitando pelos corredores. Terminei com Hugo e de quebra perdi minha vaga na academia para sua amiguinha NERD.

–Eu não posso saltitar. -Respondi vagamente, o que nos levou para mais um tempo de silencio.

–Sinto muito por seu acidente. -Me disse ela de modo surpreendente. - Eu realmente sei o que é perder algo que quer muito, algo que lutou muito para conseguir.

–Sara não vai para a academia, a vaga ficará em aberto. – Falei ao me dar conta do quanto àquela vaga significava para ela.

–Nada garante que ela será dada a mim Potter. Além disso, há muito mais na vida do que vagas em escolas francesas. -Respondeu Lana Prescott fechando os olhos como que tentando afastar um pensamento ruim.

Me perguntei o que de tão ruim acontecia com Lana, sempre achei que a vida dela fosse perfeita, ela sempre foi a garota perfeita com a aparência perfeita, notas perfeitas, namoro perfeito enfim a miss perfeição da escola.

Pela primeira vez me peguei pensando em como devia ser horrível ser perfeita, pensei em quanto tempo do seu dia Lana passa tentando ser essa garota. Não, ela não podia ser assim 24 horas por dia, com certeza em algum momento ela se dava ao luxo de parecer um pouco mais real.

A porta se abriu subitamente e a professora entrou segurando uma bandeja cheia de comida, após colocá-la na mesinha de centro sentou-se na poltrona aveludada de frente para a minha e ficou encarando a estudante que se sentou e começou a comer.

Honestamente foi deprimente ver aquilo, a garota comia como um Weasley com fome e acredite isso não é pouca coisa.

Questionei-me quando poderia me retirar da sala. Será que se eu realizasse a minha agora conhecida, manobra de bambolear, que lembra muito vagamente a minha antiga forma de correr para fora da sala e de volta para a proteção vermelha da sala da Grifinória elas iriam notar? Suspirei me conformando em permanecer ali.

–Você precisa se cuidar Lana. -Pediu Prof.Sullivan.

–Não...eu preciso estudar... -Respondeu a outra em meio a mordidas em uma coxa de galinha.

–Não vai adiantar nada estudar assim, precisa comer e dormir nas horas certas. -Pediu novamente a mestre de feitiços.

–NÃO! -Gritou a garota com tanta dor que me cortou o coração. Lágrimas escorriam pelos olhos azuis e pensei que ela vomitaria toda a comida que havia acabado de ingerir.

–Lana, se acalme.

–Não, você me garantiu que eu entraria, você me prometeu que eu entraria na academia! Meus pais passaram o natal inteiro olhando pela janela esperando a coruja que nunca chegou! Eles estão bravos comigo! -Explodiu Lana Prescott em meio a lágrimas.

Katherine Sullivan então fez algo que me tocou profundamente, ela se levantou e envolveu Lana em um abraço como se quisesse protegê-la de todo mal, e usando uma voz calma que me fez lembrar de Victoire ela falou.

–Chore criança, chore e depois se acalme. Você vai conseguir, vou fazer tudo que estiver em meu alcance, porém você tem que ficar viva até lá. Lana já não é a primeira vez que desmaia assim. -Será que na França eles tinham uma matéria intitulada "como acalmar as pessoas"?

Me senti como uma intrusa, eu não deveria estar assistindo àquela cena, porém não tinha como fugir, Lana e Katherine pareciam se entender e pela primeira vez entendi o motivo de tanto carinho entre elas.

Agora parecia bem óbvio, ambas vinham de famílias de sangue puro, famílias que exigiam o máximo dos filhos, famílias que queriam a perfeição e nada mais do que isso. Elas poderiam passar como irmãs, a garota mais nova de olhos azuis brilhantes chorando nos braços da mais velha. A mais velha porém de olhos gelados como se já tivesse sofrido tudo que pudesse, como se nada mais a assustasse pois por dentro não passava de uma alma devastada.

Uma ainda sonha a outra talvez já não possa dormir.

Talvez a mãe de Lana não a abraçasse, talvez seu pai fosse ainda pior que o de Heloíse, talvez só talvez ela procurasse por uma amiga de verdade. Uma amiga que gostasse dela pelo que ela era e não por seu sobrenome, por sua beleza ou por seu dinheiro.

Talvez Lana Prescott estivesse precisando de alguém que a ajudasse percebi que intimamente eu já tinha abraçado a causa da sonserina.

Depois de ter meus sonhos perdidos e de buscar por meses algo para preencher meus dias eu finalmente tinha encontrado. Lílian Potter tinha pra si um novo desafio; fazer Lana Prescott entrar na Real Academia de Bruxas Francesa e fazê-la se acertar com os pais.

Ela querendo ou não.

Se eu já não poderia ter os meus sonhos realizados que mal havia em ajudar alguém a alcançar os seus objetivos?

A única coisa ruim em toda esta minha nova perspectiva é que ela continuava sendo Lana Marrie Prescott. E eu sempre continuaria a ser Lílian Luna Potter.

O que significava três coisas.

A primeira, é que independente da ajuda que eu desse para a oxigenada jamais seríamos amigas. Por que, por favor!! Ela continua sendo a loira falsa da sonserina. E eu recebi um balaço na coluna e não na cabeça, vamos esclarecer isto, sim, obrigada!

A segunda é que com certeza eu conseguiria fazê-la fazer o que eu quero. Afinal eu sou Lílian Potter e eu decidi fazer algo. Deve lembrar que não é a toa que todos os dias pelo menos alguém me chama de teimosa.

E a terceira e não menos importante:

Ninguém deveria saber disso.



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Notas finais do capítulo

NB/ AAAAAAHHHHHH, eu amo o Jack
Considerações sobre a vida pessoal da beta: Eu já tive um professor muito parecido com ele, lindo loiro olhos azuis e muito, muito mas muito legal mesmo. Sério ele era um amor de pessoa!
Ok, momento desabafo off.
E ai o que acharam do cap? Muito engraçada a parte em que a Lily encontra a Lana estirada no corredor!
Não vou falar mais nada para não estragar, mas por mais que a autora seja maravilhosa em demonstrar todos os lados de todas as personagens eu tenho que confessar. Eu não gosto da Lana. Não gosto, não gosto, não gosto e pronto!
Então acho que a situação pede medidas drásticas pois prevejo muitas mudanças de lado e pessoas simpatizando com a sonserina. FEALP UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO!
Minhas fiéis seguidoras, não me abandonem, lembrem-se vocês tem que ser FIÉIS!
Bjs da beta (que pelo visto leva muito jeito para discurso de político... cofcof)
Milady Back
NA/ Mas nessa altura do campeonato já ficou mais que comprovado que eu não sou nem um pouco normal, e não eu não vou fazer uma lista de anormalidades, pra isso eu tenho uma melhor amiga.
Mais do que nunca faço das palavras da Lílian as minhas palavras, ouviu BETA?
Quanto ao capítulo eu adorei porque tem um monte de Lana e eu amo, amo, amo a Lana! Não mais do que amo a Lílian que fique bem claro! Destaque pros professores nesse capítulo, quem ama o Jack levanta a mão!! õ/
Comentem muito! Leitoras sumidas APAREÇAM! Leitoras que ainda não recomendaram...RECOMENDEM QUE LOGO A FIC ACABA E DAÍ VAI TER A SEGUNDA PARTE PRA VCS RECOMENDAREM!
Beijos e queijos...apesar de que nesse frio o melhor seria fondue de queijo!
Loreline Potter



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