Tale As Old As Time. escrita por Jajabarnes


Capítulo 9
It Started With a Song




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/191175/chapter/9

Lucia me levou pela mão, atravessando o salão, indo em direção aos músicos que estavam com seus instrumentos ao lado da escada central.  Caspian vinha logo atrás de nós e parou ao meu lado enquanto a irmã assumia o piano, os músicos pararam de tocar para acertar com Lucia qual seria a musica e esse silêncio fez todos os convidados voltarem sua atenção para nós. O silêncio reinou e só foi quebrado quando Lucia começou com as primeiras notas. Ao som delas, Caspian me conduziu até o centro do salão, os casais pararam de dançar deixando a pista livre apenas para nós dois e puseram-se a nos observar junto dos outros convidados. Fez-se silêncio. Era possível ouvir apenas o som do piano e dos outros instrumentos, até que a letra começou. Suspirei e comecei a cantar, a princípio de olhos fechados.

            - Tale as old as time.

              True as it can be,

              Barely even friends

              Then somebody bends

              Unexpectedly. – abri os olhos e encontrei os de Caspian me fitando.

            - Just a little change

              Small, to say the least

              Both a littler scared

              Neither one prepared – cantou ele, olhando em meus olhos. Caspian tocou a lateral de meu rosto.

            - Beauty and the beast. – cantamos juntos. Sorrimos um para o outro. Tirei sua mão de meu rosto, segurando-a na minha e recuando até senti-la deslizar por minha mão. Então virei de costas para Caspian, continuando a cantar com ele.

            - Ever just the same

              Ever a surprise

              Ever as before

              Ever just as sure

              As the sun will rise. – cantamos.

            - Ooooooh, Ooooooh! – cantou ele se aproximando de mim. Houve o som do piano durante um tempo.

            - Hummmmmmmmm, oooh, oooh, oooh! – virei para ele.

            - Ever just the same – cantamos.

            - Ever a surprise – sua voz soou alta e grave.

            - Ever as before – o acompanhei.

            - Ever just as sure – cantei.

            - As the sun will rise! – nossas vozes soaram altas, sincronizadas e com um contraste perfeito.

            - Ooh, Ooh, Ooh! – cantou só.

            - Tale as old as time

              Tune as old as song – cantei.

            -Bittersweet and strange

              Finding you can change

              Learning you were wrong – cantamos. Afastei-me dele mais uma vez. Agora, nós andávamos fazendo um círculo, sem quebrar o contato visual um segundo sequer.

            - Certain as the sun. – cantou ele baixo.

            - Certain as the sun. – fiz eco, suavemente.

            - Rising in the east – sua voz suave, grave e linda.

            - Tale as old as time – suavizei o tom.

            - Song as old as rhyme.

  Beauty and the beast – cantamos.

            -Tale as old as time – dei um passo em sua direção.

            - Song as old as rhyme – veio com dois passos em minha direção.

            - Beauty and the beast – cantamos baixo, caminhando em passos lentos um em direção ao outro.

            - Ooh, Ooh! – contou.

            - Hummmmmm... – cantei. Ficamos frente a frente, como no começo, então Caspian pegou minhas mãos nas suas e, olhando nos olhos um do outro, cantamos o ultimo verso da musica.

            - Beauty and the... Beast.

            O som do piano acabou pouco depois e nós só quebramos o contato visual quando o sonoro som das palmas rompeu o silêncio. Eu corei ao lembrar que todos estavam olhando para nós. Sorrimos e logo os músicos voltaram a tocar, os casais invadiram a pista e nós deixamos a mesma.

            - Sua voz é linda! – observou Caspian, vindo logo atrás de mim.

            - Ah – parei – Obrigada – sorri. – Mas eu não mereço todos os créditos, sua voz é ótima! – ele sorriu.

            - Obrigado – o contato visual se estabeleceu de novo e só se rompeu com a chegada dos outros.

            - Nossa, Caspian, não sabia que você cantava! – observou Jill.

            - Vocês não sabem muita coisa sobre ele – murmurou Dash, ele e Caspian se encararam. Lucia, percebendo o clima entre seus irmãos, tratou logo de interromper tal tensão.

            - Pois é ele canta desde pequeno – contou ela sorrindo para Caspian.

            - Não entregue, Lucia. – pediu ele, nós rimos. Caspian pegou um copo com whisky. – Mas, fora isso, vocês estão exagerando. Há anos parei de fazer as aulas, minha voz está sem prática. – tomou um gole.

            - Só a voz não é, Caspian? Por que outras coisas estão perfeitamente em dia. – provocou Dash. Olhei para Caspian e ele encarava o irmão com raiva, o mesmo se fazia de indiferente.

            - Não seja modesto, Caspian, você cantou divinamente bem. Você e a Su. – Jill sorriu.

            - Sim, mas a Lucia também foi perfeita tocando, não foi, Rillian? – perguntou Pedro que também tinha um copo de whisky. Rillian pareceu acordar.

            - Ah... É... Claro, ela foi maravilhosa. – só então ele percebeu o tinha falado, pigarreou desviando os olhos para os pés, Lucia corou violentamente. Todo mundo percebeu o clima que pairou ali. Houve silêncio.

            - Gael, você quer dançar? – perguntou Eustáquio.

            - Claro. – respondeu sua esposa. Logo os dois seguiram de mãos dadas para junto dos outros casais.

            - Lillian? – chamou Corin.

            - Vamos! – ela o puxou pela mão para a pista.

            - Dash, dança comigo? – perguntou Lucia ao irmão.

            - Claro – era óbvio que ele estava irritado, mas Lucia pareceu ignorar enquanto o levava para junto dos outros casais.

            - Er... Jill... Será que o Eustáquio iria ficar com muito ciúme se eu chamasse você para dançar...? – ela corou ao ouvir a pergunta de Edmundo.

            - Hm... Acho que não. – Ela sorriu visivelmente nervosa. Edmundo sorriu e estendeu a mão para ela que aceitou e foi dançar. Rillian falou.

            - Caspian, dança comigo? – brincou. Eu ri e Pedro quase se engasgou com o whisky.

            - Vai sonhando. – respondeu Caspian. Rillian riu.

            - Vou pegar mais bebida, você vem Pedro? – perguntou. Pedro foi com ele, me deixando a sós com Caspian.

            - Rillian ficou decepcionado. – falei. Caspian riu.

            - As veze me pergunto se ele é realmente meu primo. – contou. Eu ri e seguiram-se alguns minutos de silêncio enquanto observávamos os outros dançarem.

            Permanecemos ouvindo a bela musica que fazia os casais bailarem felizes e pela primeira vez naquela noite eu pude ficar a sós com meus pensamentos.

            O silêncio em minha mente a fez trabalhar a procura de algo com o que se ocupar e, claro, o assunto escolhido foi o momento intrigante há poucos minutos, começava com The Beauty and The Beast. Um calafrio percorreu minhas costas ao lembrar a sincronia e do contraste perfeito que foi cantar com Caspian.

            Eu ficava uma muito nervosa sempre que iria cantar não importando para quem... Mas, ao olhar nos olhos dele, eu simplesmente esqueci as dezenas de olhares que estavam sobre mim e apenas cantei... Cantei com o coração. Eu sentia a música, como se ela fosse a história da minha vida, e eu não tenho nem o que falar sobre a nossa sincronia de gestos. Não havia nada programado ou ensaiado, apenas aconteceu de uma forma simples e ao mesmo tempo profunda e complexa demais...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Bom, eu sei que fica muito chato só ler eles cantando, então vocês poderão ouvir eles cantando acessando esse link: http://www.youtube.com/watch?v=b77npLqfbAc
Claro, não são as vozes do Ben e da Anna, até por que isso seria meio impossível para mim kkk Quem faz a voz da Susana é a Celine Dion e a voz do Caspian é o Peabo Bryson. Espero que curtam.