Love Come Down escrita por Lustin


Capítulo 4
Angels


Notas iniciais do capítulo

Bom... Aqui estou eu. Leiam as notas finais. Espero que gostem.



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Capítulo anterior...


''– Está tudo bem - garanti - como é o seu nome? Pra onde estamos indo? - consegui reunir toda minha coragem para perguntá-la.

– Que coisa feia de minha parte! - riu consigo mesma - meu nome é Alisson. Sou um dos membros da turnê, dizem que sou o braço direito de Justin. Logo você verá pra onde estamos indo - piscou para mim, sorrindo levemente.''


A moça, Alisson, me guiava em meio a ferros enormes, creio que era a estrutura do palco. Várias pessoas perambulavam apressadas. Ouvia a voz de Justin cada vez mais perto.

Entramos em um corredor iluminado e logo Alisson abriu a porta de uma sala que tinha uns grandes sofás pretos e uma lona escura, dividindo a sala ao meio. A decoração era bonita e aconchegante.

– Você pode ficar aqui por uns minutos - disse ela sorridente.

– Mil desculpas de vou parecer grossa com essa pergunta, mas... O que exatamente eu estou fazendo aqui? - falei entre um sorriso nervoso. Eu enrolei demais pra fazer a pergunta.

– Não se preocupe, você parece ser um doce de menina - ainda sorria - mas pode ter certeza de uma coisa: não costumo fazer isso - segurava a maçaneta da porta, inquieta.

Não acho que tenha respondido minha pergunta, mas resolvi deixar pra lá. Fiquei intrigada com seu comentário...

– Não sei se você está certa ao dizer que sou ''um doce de menina'' - ri nervosa.

De repente a sala foi invadida por centenas de meninas, crianças e mães. Todas falavam alto, algumas garotas choravam, outras gritavam.

Fiquei observando as garotas por uns instantes e senti uma ponta de desespero cutucar minha barriga. Olhei para o lado a procura de Alisson, mas como se era de esperar ela não estava ali.

Resolvi sentar em um canto do sofá, tentando acalmar o alvoroço que se formava dentro de mim. Deixei minha mente vagar para qualquer lugar, para não pensar o que estaria fazendo naquele lugar. Tentei me concentrar para ver se ouvia algo que estava acontecendo fora da sala, mas o burburinho estava alto demais.

A lona preta ia sendo aberta por um homem alto, magro, com o cabelo levemente bagunçado e com um sorriso largo, emoldurado pela barba fina. Um grupo de meninas entrava conforme eram chamadas por ele.

Enquanto observava tudo silenciosamente, me dei conta de que estava pensando em coisas totalmente idiotas, como por exemplo: esquilos felizes correndo por um campo.

Tentei me concentrar para não rir alto. Acho que estava ficando louca de vez. Todos os meus pensamentos - até os mais idiotas - se congelaram quando ouvi Justin conversar calmamente com as garotas que entravam. Sua voz era rouca e suave... Jamais não reconheceria.

De primeiro, pensei que fosse minha mente me pregando uma bela de uma peça, mas sua voz ficava cada vez mais evidente toda vez que pronunciava uma palavra.

Meu coração pulsava cada vez mais alto e forte. Cada vez mais rápido. Minhas bochechas coraram e a temperatura do meu corpo alternava de quente para frio a cada dois segundos. E eu tremia.

''Mantenha a calma, não pareça idiota'', pensava comigo mesma. E repetia várias vezes a mesma frase.

Tentei me distrair com qualquer coisa mínima. Desejei que os esquilos voltassem aos meus pensamentos. Toda garota que entrava, gritava. Algumas berravam. O homem magro com o cabelo engraçado continuava a convidar as meninas, e ria toda vez que ouvia um grito.

Quando me dei conta e consegui me acalmar um pouco - bem pouco - vi que faltava apenas eu e outra garota que me olhava suplicando alguma reação minha. Ela tinha o olhar focado nos meus. Não sei quantos minutos permaneceu me olhando.

Ela tinha o olhar assustado e olhava profundamente para mim, parecia que seu olhar dizia: ''estou desesperada, fale comigo!''. Tenho certeza de que retribuía o olhar assustado, não sabia o que fazer. Por fim, soltei uma risada em sua direção. Aquela situação estava ficando um tanto quanto engraçada.

O homem chamou a garota, que se levantou rapidamente.

– Boa sorte! - consegui dizer a ela.

– Pra você também! - respondeu, indo em direção a lona que estava aberta.

Meu coração parecia estar em uma maratona sem fim. Ele pulava, corria em ritmo acelerado, desacelerava. Meu estômago revirava.

– Parece que você é a última, hein - disse o homem - o melhor sempre fica pro final - piscou. Será que ele fez isso de propósito? Repentinamente fiquei ainda mais pilhada.

– Parece que sim... - respondi com a cabeça embaralhada.

– Então vamos, chegou sua vez - ele sorria, entrando na lona preta.

Me levantei, tentando estabilizar minhas pernas, que estavam mais bambas que não sei o que. Caminhei vagarosamente e adentrei a lona e tinha certeza de que meu coração pularia pela boca a qualquer momento.

– Hey! - uma voz alegre e inconfundível soou atrás de mim.

Fechei meus olhos e contei até três. Não sei bem se foi exatamente até três, parece que demorei mais. A esse ponto, não sei o que sentia. Alegria era pouco.

Depois de muito enrolar, me virei e me deparei com o sorriso mais brilhante e o olhar mais sincero que já havia visto em meus dezesseis anos. E ele, meu sonho, estava ao alcance do meu toque. Minha estrela. E ela sorria para mim.

Sorri de volta, era a única coisa que conseguia fazer: sorrir.



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Notas finais do capítulo

Já sabem, só continuo com reviews. E queria agradecer as garotas que deixaram alguns ontem. Até mais, ou não.