Love Come Down escrita por Lustin


Capítulo 3
The night turned into day


Notas iniciais do capítulo

Não vou escrever pros mosquitos. Notas finais.



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Capítulo anterior...


''O estádio foi invadido por gritos e mais gritos. Encarei aquela multidão por alguns minutos, em meio a fumaça e muitas luzes que faziam meu olhar falhar algumas vezes.

Não há como explicar estar vivendo seu sonho.

Sorri.''


Marine POV


''Meu sonho vai muito além de um show, entende?'' Palavras que voaram de meus lábios anteriormente ecoavam em minha mente.

Essa semana passara incrivelmente rápido, um milagre em minha opinião.

Pandora tinha seus ataques constantemente e Arthur não dava as caras no colégio e em qualquer lugar que fosse a sei lá quantos dias.

Depois daquele episódio da morena com belas curvas (que até hoje não sei o nome), ele não apareceu mais.

Algo havia mudado. Arthur não era desse jeito. Sei que nada acontecera, mas ele estava incrivelmente diferente. Estava escondendo algo, o que é realmente muito estranho, já que somos amigos desde a sexta série.

Peguei o celular em mais uma tentativa de conseguir falar com ele.

– Alô? - depois de três chamadas ouvi sua voz rouca e grossa, inconfundível.

– Onde você está? - não fiz rodeios, fui dura e seca.

– Em lugar nenhum. Já vou voltar pra casa - ouvi uma voz atrás.

– Quem está aí, Arthur? E onde você está? - insisti na pergunta.

– Não enche, falo Marine? Já estou voltando - disse rápido e grosso, desligando o telefone.

Uma onda de calor subiu, fazendo com que minhas bochechas corassem. Se Arthur estivesse na minha frente, poderia matar ele com minhas próprias mãos.

O som da campainha me fez dar um pulo de susto, desci apressada para abrir a porta.

– Pronta? - Pandora estava parada com um sorriso de orelha a orelha.

Com essa história do Arthur havia me esquecido por alguns minutos que hoje seria o grande dia. O tão esperado e falado dia.

Suspirei e sorri pra ela.

Enquanto nos arrumávamos, Pandora me contava como tinha sido seu dia e o quão ansiosa ela estava.

– Arthur atendeu o telefone hoje - mudei de assunto repentinamente. Estava sentada na cama olhando Pandora terminar de se arrumar, já estava pronta.

– Não acredito! E o que ele disse? - falou se olhando no espelho.

– Nada de mais... Foi bem grosso por sinal.

– Aí... O que você acha dessaroupa? - disse ignorando completamente o que tinha dito. Continuava se olhando minuciosamente no espelho.

– Você está linda, Panda. É só um show. E você vai morrer de dor no pé!- revirei os olhos.

Ela era uma pessoa totalmente exagerada. Pandora era a perfeita drama queen. Dramática que só ela. Nós somos totalmente diferentes uma da outra. Apesar de ser sonhadora também, Panda consegue ultrapassar todos os conceitos de ''sonhadora''. Se machuca muito fácil, tem um coração mole. Na maioria das vezes, tenho que ser forte por mim e por ela, pois sei que sou responsável por não deixá-la cair muitas vezes.

E é assim: nós duas nos completamos.

– Ainda não me convenci de que ''estou linda'' - ironizou.

– Estamos ficando atrasadas... - falei advertindo-a.

– Aí meu Deus! Anda logo, Marine! Vamos! - dizia entre gritinhos.

Saí de casa rindo.

* * *

Chegamos em frente o estádio e as ruas estavam incrivelmente vazias. Haviam poucas pessoas perambulando pelas calçadas.

Pandora apertava minha mão.

– Acho que vim produzida demais... - falou nervosa.

– Também acho - ri.

Pagamos o táxi e saímos em direção a entrada da pista Premium. O pai de Panda havia conseguido os ingressos para nós, pois ele era um grande empresário em São Paulo.

Conseguia ouvir os gritos e os barulhos de dentro do estádio. Tay James ainda animava a multidão.

Me concentrava em acalmar meu coração que pulava, pulava e pulava.

Caramba! Meu sonho estava tão perto!

Pandora havia passado pela segurança e estava a minha espera.

– Você não pode entrar, mocinha. Esse ingresso é falsificado - um segurança grande disse seriamente.

– Como assim ''falsificado''? Você está vendo errado - falei num tom de deboche.

– Eu tenho plena certeza do que estou dizendo - disse ainda mais sério. Eu o olhava desesperada.

As primeiras batidas de ''Love Me'' ecoaram pelo estádio. A gritaria ficou cada vez mais aguda e só pude ver Pandora sussurrando um ''me perdoa'' enquanto virava as costas e corria estádio a dentro com aquele salto enorme.

Eu olhava desesperadamente para o segurança, que não prestava o mínimo de atenção em mim. A voz de Justin ecoou pela rua e meu coração doeu de uma forma inexplicável.

Meu sonho... Tão perto, mas tão longe. Me senti o ser mais pequeno existente. Estava com vontade de gritar que tudo aquilo estava errado, minha garganta ardia em chamas... Mas decidi ficar quieta. Me concentrava em tirar o nó que se formava em minha mente e as chamas na extensão de meu canal respiratório, me impedindo de puxar o ar.

Tão perto, mas tão longe.

Sentei nos degraus a frente dos seguranças, abaixei a cabeça e não prestei mais atenção em nada.

Estava frio, mas dentro de mim estava ainda mais gelado. Meu sonho estava sendo destruído.

– O que você faz aqui fora? - uma voz que nunca ouvi antes, era uma voz feminina. Bonita até. Ela falava em inglês.

Levantei a cabeça e vi uma mulher sorrindo em minha direção. Ela era um pouco cheinha, mas tinha um rosto muito bonito. Tinha um belo sorriso e os cabelos castanhos escuros.

– Hm... Não me deixaram entrar - respondi receosa.

Ela me olhava pensativa.

Pela primeira vez na vida, gostaria de ler os pensamentos de alguém.

– Deixem ela comigo - disse a moça direcionando um olhar até os seguranças que assentiram positivamente com a cabeça.

Ela estendeu a mão para mim num gesto carinhoso. Segurei sem receio, sabia que a qualquer lugar que ela me levasse seria melhor do que aquele ar gelado e o chão molhado.

– Como é o seu nome? - ela perguntou me guiando para dentro do estádio, por umas entradas diferentes.

– Marine - respondi observando o caminho que estávamos fazendo.

Não via o palco. Não via multidão. Não via garotas loucas. Não via Pandora. Não via Justin.

– Que belo nome! - ela disse me olhando e sorrindo.

Depois de alguns minutos andando, pude ver o palco de longe. Justin cantava ''Runaway Love'', com uma roupa vermelha e preta, que brilhava. Mas não brilhava tanto quanto ele... Minha estrela.

Apertei inconscientemente a mão da mulher que ainda me guiava. Uma pontada atingiu meu coração.

– Aconteceu alguma coisa? - disse ela num tom preocupado.

– Está tudo bem - garanti - como é o seu nome? Pra onde estamos indo? - consegui reunir toda minha coragem para perguntá-la.

– Que coisa feia de minha parte! - riu consigo mesma - meu nome é Alisson. Sou um dos membros da turnê, dizem que sou o braço direito de Justin. Logo você verá pra onde estamos indo - piscou para mim, sorrindo levemente.



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Notas finais do capítulo

Se alguém leu, por favor, deixa um review. Não sei se vou continuar com a fic, não tem muitas leitoras, né? Haha. É isso, se alguém leu, deixa review. Até mais, ou não.