[N/a: Vejam a nova capa. (o Zac Efron é o Erik. Gato, não?)]

–Mais je suis ta mere! (Mas eu sou a mãe dela!) – escutei a voz estridente de minha mãe berrando do lado de fora da enfermaria. Era impossível permanecer no mundo dos sonhos quando uma meia veela francesa e maluca berrava á 5 metros de sua cama.

–Eu não te entendo, senhora Weasley, mas eu tenho certeza que no momento em que ela acordar eu vou deixar você ver ela. – a enfermeira disse um pouco confusa. Era o péssimo hábito de minha mãe falar em francês quando ficava nervosa. As brigas dos meus pais no final sempre acabavam assim. Meu pai confuso e sem entender nada, e minha mãe irritada com os ingleses.

–C’est ne pas possible. Ma fille... (Não é possível. Minha filha...)

–Ah mãe, ela só desmaiou, pare de fazer dramas! – Louis disse calmo, entendendo perfeitamente o que ela falava, mas respondendo em inglês.

–Mon Dieu. Vous vais parlez en français avec moi quand je parle em français avec tu. (Meu Deus. Você vai falar em francês comigo quando em falar com você!) – ela disse em tom de repreensão, odiando o nosso hábito de não falar em francês com ela.

–Merlin, Fleur, fale inglês ou só nosso filho poderá te compreender. – papai disse impaciente.

–Ok, enton...

–Eu já acordei, mãe! – berrei não aguentando mais escutar aquela discussão.

Escutei passos apressados e um xingamento em francês, até a cortina que me rodeava se abrir.

Uma mulher loira passou por ela, seguido por meu pai, e por fim meu irmão.

–Mon amour...

–Mae, estou muito bem, sem dramas. – disse calma, tentando me esquivar do abraço apertado que ela me dava.

Meu pai riu e bagunçou meus cabelos no momento em que minha mãe louca se afastou.

–Você vai fazer uns exames no hospital...

–Não! – cortei meu pai, olhando desesperada para os lados. A enfermeira não tinha ótimos recursos para descobrir os meus problemas, mas um medi bruxo teria não só ótimos, como os mais eficientes e recomendados para não só descobrir, mas para contar para minha família também.

–Filha, isso é importante. Você pode estar doente e precisamos saber como tratar se você estiver. – ele disse calmo, me olhando no fundo dos olhos.

Suspirei.

–Pai, eu estou bem, só foi um mal estar. – disse tentando parecer calma. – Eu não quero ir ao hospital, você sabe que eu odeio aquele lugar e que eu não posso perder mais alguma aula. Eu vou acabar repetindo de ano! – disse começando a me desesperar novamente.

Minha mãe assentiu, concordando com meus argumentos.

–Se eu passar mal outra vez, vocês me levam para o hospital que quiserem. – acrescentei.

Meu pai parou para pensar por alguns minutos, mas acabou assentindo em concordância.

–Está bem, mas você tem que me prometer que qualquer mal estar, qualquer um, Dominique, você vai nos avisar. Combinado?

Assenti sorridente e me aconcheguei melhor nos lençóis da enfermaria.

*_*

–Eu me desesperei quando você desmaiou, Dominique. Não sabia o que fazer, foi tudo tão rápido que só tive tempo de te pegar no colo e correr para a enfermaria. – Erik disse.

Alvo e Rose, que estavam do meu lado no jardim, assentiram.

–Foi desesperador. – Rose disse olhando para o céu. – Principalmente quando não deixaram a gente ver se você estava bem.

Alvo riu.

–Até o momento em que Louis ameaçou chamar meu pai. Ai ela deixou seu irmão entrar. – alvo completou rindo.

Erik riu também.

–E tudo se resume a Harry Potter... – uma voz fria soou atrás de nós.

Rose e Alvo enrijeceram e Erik olhou para trás no mesmo momento, revirando os olhos logo depois.

O cheiro de menta invadiu meus sentidos e eu suspirei.

–Não comece, Scorpius. – disse calma, virando para encarar suas orbes cinzas.

Ele sorriu para mim e se sentou ao meu lado. No mesmo momento Alvo e Rose franziram o cenho e bufaram.

–Que bom que está melhor, Dominique. – disse sorridente. – Ninguém da sua família queria me dar informação alguma... – completou lançando um olhar acusador para meus primos.

Rose empinou o nariz e cruzou os braços.

–Não via a necessidade de você saber como ela estava. Mas pelo jeito vocês parecem ser bem amigos, não? – disse um pouco venenosa.

Erik bufou.

–Essa rixa entre vocês dois é ridícula. – disse impaciente. - E é mais ridículo ainda eu ter que presenciar isso.

Assenti concordando.

–Bom, não é rixa, é bom senso, Erik. – Alvo disse calmo. – Não vamos andar com filhos de comensais.

Scorpius fez menção de tirar a varinha, mas eu impedi.

–Tio Harry nunca lhe ensinou isso, Alvo. – disse em tom de repreensão. – Muito menos a tia Gina. Aposto que foi o James.

O garoto deu de ombros.

–James ou não, não ando com filhotes de comensais. – disse se levantando.

Erik se levantou junto com ele e o segurou pelo braço, seus olhos faiscando uma raiva que eu nunca tinha visto antes.

–Pois saiba, Alvo, que você andou a sua vida inteira com um filhote de comensal. – Erik disse com raiva. – Minha mãe foi Louise Dolohov, a irmã mais nova do Antonio Dolohov. – ele completou frio, soltando um Alvo atônito e saindo de perto do grupo.

Rose olhou assustada para mim, esperando que minha reação fosse a mesma, mas eu simplesmente dei de ombros e me levantei também.

–Eu já sabia disso, pessoal. Ele era meu namorado, esperavam o que? – disse começando a correr na direção que ele fora.

Senti Scorpius me seguir também.

–Eu também sabia disso. – ele disse praticamente do meu lado.

–Como você sabia se ele não tem Dolohov no nome? – perguntei curiosa.

O loiro parou de correr e sorriu para mim de uma forma estranha.

–Eu pesquiso sobre a vida de todos que eu ando ou convivo. – respondeu e por algum motivo, um arrepio estranho passou pela minha espinha. – Na verdade eu sei de tudo, Dominique.

Parei de correr e suspirei.

Será que ele sabia de tudo mesmo?

Com essa pergunta na minha mente, eu voltei a correr em direção ao salão comunal da Lufa Lufa, onde Erik tinha ido.

Com rapidez, disse a senha e entrei no salão. Senti Scorpius ainda me seguindo, mas ignorei, subindo até o dormitório masculino e batendo freneticamente na porta do quarto que Erik e Nate dividiam.

Nate abriu a porta irritado e antes que ele pudesse me xingar, eu entrei no quarto, encontrando Erik sentado na cama abraçando os joelhos.

Com cautela eu me agachei na sua frente e coloquei minha mão em seu ombro.

–Tudo bem? – sussurrei para que só ele escutasse. Eu sabia que ele não gostava de tocar no assunto dos comensais da morte e da sua mãe, que ainda tinha pensamentos ultrapassados.

Ele assentiu sem olhar para mim e com calma, eu me sentei ao seu lado, mexendo levemente a cama.

–Alvo tem alguns momentos “a moda” James, Erik, ele não é assim o tempo todo. – disse tentando animá-lo um pouco.

Eu riu baixinho.

–Já percebeu que a maioria da sua família é problemática? – disse me olhando agora nos olhos.

Eu assenti.

–Deve ser por isso que eu entrei na Lufa-Lufa, a minha única salvação. – disse em tom de brincadeira, abraçando Erik.

Escutei Scorpius e Nate pigarrearem.

–Procurem um quarto, por favor. – Nate disse divertido.

Erik revirou os olhos.

–E estamos onde? – rebateu rindo.

Ri junto. Pronto, Erik estava de volta novamente e eu estava feliz, junto com ele. Mas quando meu olhar recaiu em Scorpius o pensamento de mais cedo me incomodou.

Será que ele sabia de tudo mesmo?

Teaser...

–Ridículo, James. Quem acreditaria em você?

...

–Se a Lufa-Lufa ganhar esse jogo...

–Nós vamos ganhar, o problema é que eu vou ter que ser melhor que a Lily!

...

–Será que você continua sendo a mesma Dominique de sempre?