Birthday Project escrita por Sak Hokuto-chan


Capítulo 3
Camus - 07 de Fevereiro


Notas iniciais do capítulo

Lembrando que:
1) no mangá, Camus é o mestre de Hyoga e Isaak;
2) Camus é 6 anos mais velho do que Hyoga, que foi treinar aos 8 anos (de acordo com a matemática fail do tio Kurumada e tal);
3) Isaak já era discípulo de Camus há um ano quando Hyoga foi treinar com eles.

ps. atrasado porque estive sem net esses dias =/



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Camus – 07 de Fevereiro

Era o primeiro aniversário de Camus desde que chegara ao Santuário para se tornar um Cavaleiro, mas ele não se importou com isso. Na verdade, ele ficou vagamente surpreso quando Milo, muito alegre, apareceu na arena onde se preparava para treinar e o felicitou pela data. Tinha certeza de que não contara ao garoto quando era.

– Tenho meus meios para descobrir... – Milo deu de ombros.

Camus não se interessou. Agradeceu, por educação, e começou a treinar ignorando solenemente todas as sugestões de Milo para “comemorar”. Ele tinha seis anos e não via motivos para perder tempo com uma coisa tão simplória. Aniversário era uma marca do tempo passando, uma indicação da maturidade chegando. Só que para os Cavaleiros de Athena isso era irrelevante, pois quando o treinamento começava a infância passava depressa e terminava assim que recebiam as respectivas armaduras. Não eram os aniversários que mostravam o amadurecimento.

Com o tempo, Milo tornou-se um bom amigo, mas nunca aceitou essa perspectiva. Ele era o Cavaleiro de Escorpião e compreendia que a idade pouco importava para eles, mas continuava comemorando.

– Cavaleiros também precisam de diversão, cara!

Os cantos da boca de Camus ascenderam um pouco, mas seu sorriso não foi além desse esboço.

Se Milo não aceitava tal perspectiva, o Grande Mestre certamente entendia. Ele não se importou que Camus fosse, tecnicamente, pouco mais do que um menino quando lhe designou uma incumbência. Camus tinha só treze anos...

Treze anos e já seria o mestre do futuro Cavaleiro de Cisne. No início Camus ficou intrigado. Sabia que se o Grande Mestre o escolhera era porque tinha plena confiança em suas habilidades, em sua responsabilidade e em sua maturidade. Além, é claro, de ser um Cavaleiro de gelo e ter treinado na Sibéria também. E Camus sabia que seria capaz, já era até conhecido como o Mago da Água e do Gelo, mas...

Mas ele não era do tipo amigável. Se Milo e ele eram amigos, grande parte do fato devia-se à tenacidade do Cavaleiro de Escorpião. E agora teria que lidar e conviver com crianças tão novas quanto ele era quando começou seu treinamento.

Milo, é claro, se divertiu horrores quando soube.

– Olha, eu já estou vacinado contra sua frieza e indiferença, mas imagino como será traumático para essas crianças ter você como mestre!

Camus meramente estreitou os olhos para ele.

*****

Não foi tão tenso assim. Isaak era um bom discípulo, esforçado e com um grande senso de justiça. Estava desenvolvendo bem o cosmo e certamente se tornaria um Cavaleiro de valor em alguns anos. E ele não parecia se afetar com a frieza do mestre. Isaak entendia que era para o seu próprio bem.

Teria sido mais simples se o discípulo que chegou um ano depois também fosse assim... Mas Hyoga era um tanto sentimental demais para um aspirante a Cavaleiro. Ficava evidentemente chateado com o jeito nada amável de Camus. Além disso, os interesses do novo discípulo eram bastante pessoais.

– Aquele menino ainda vai me dar muito trabalho. – o Cavaleiro de Aquário comentou com Milo, num dia em que estava no Santuário.

E deu mesmo. Poucos anos depois, em uma das idas cada vez mais freqüentes de Camus para o Santuário, Hyoga resolveu mergulhar no mar da Sibéria para visitar a mãe morta. Só que ele ainda não estava preparado. Foi uma ideia prematura e infeliz que custou muito caro.

Camus teve que admitir para Milo que se sentiu um pouco abalado pela morte de Isaak. Era seu discípulo mais promissor. Porém, como logo ele diria a Hyoga, não se podia ficar lamentando os mortos pelo resto da vida. Era preciso seguir em frente.

Hyoga demorou para entender isso.

*****

Camus não se arrependeu por ter afundado ainda mais o barco em que a mãe de Hyoga jazia congelada para todo o sempre. Não se importou em prender o discípulo em um esquife de gelo e sentenciar sua morte. Porque ser Cavaleiro era assim mesmo. Precisava passar por cima de muitas coisas. Hyoga amadurecera, mas não se desapegara por completo do passado.

Ele melhoraria logo. Até mesmo Milo reconheceria Hyoga como um adversário digno.

Quando começasse a lutar contra o discípulo, sem indulgências, para que ele aprendesse tudo o que tinha para ensinar, Camus sabia que estaria fazendo a coisa certa.

Fim


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Notas finais do capítulo

Nossa, eu gosto muito do Camus e tal, queria ter feito mais e melhor u_u mas tenho outros planos para ele, não dava pra me estender muito aqui... (juro que tive vontade de deixar rolar um yaoi livre, leve e solto no início, mas me controlei 8D)

MAS muitos parabéns pra você, Camus querido! o/

Obrigada pelas reviews: Su Cabral, Song HaMi, giikoma, Larissa Saint e Alexia :D

Fico feliz em saber que vocês veem as respostas 8D

Até o próximo niver! o/