Walk In The Sun escrita por Carolina


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem ((:



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A viagem fora tranquila, havia dormido uma boa parte do caminho, e tinha acordado com o aviso que já iriam pousar. Tinha saído ás 6am do Brasil, e já eram umas 16:30 , mas com o fuso-horário, seriam umas 20:30. Quando pousaram, Lily se levantou, e ajeitou sua roupa, era uma blusa branca básica, com um short, meia calça preta, e uma ankle boot preta, e como ela sabia que estaria fazendo um pouco de frio, ela levou seu casaco sobretudo bege, mais ou menos do comprimento do seu short. Ao sair do avião, um vento frio passou, fazendo seus cabelos esvoaçarem um pouco, e colocou o casaco. Chegando ao desembarque, pegou suas malas, colocou-as no carrinho, e saiu à procura das pessoas que a levariam para o hotel. Andou mais um pouco e avistou uma mulher e um homem, ele segurava uma plaquinha com os dizeres “Lilyan Carter”. É então era aquele pessoal mesmo que a levaria para a ‘nova casa’. Provavelmente eles não saberiam falar português, então usar o inglês como língua principal, seria algo com que se acostumar.
– Olá! Prazer, Lilyan Carter, mas podem me chamar de Lily. – ela deu um sorriso e a mulher loira retribuiu.
– Ah sim, estávamos esperando pela Srta. Me chamo Rebecca Foster, vice-diretora do jornal The Sun. – ela era loira, e aparentava ter uns trintas anos, e parecia ser simpática. – E esse é Peter, ele vai ser seu motorista nesses três meses em que tiver estagiando conosco. – Peter era um senhor, parecia ter uns 60 anos.
– É um prazer em conhecê-la Srta. Carter. Espero que goste de Londres, é uma cidade belíssima. – Peter disse, e fora levando o carrinho de bagagens de Lilyan para fora, onde estava estacionado o carro. – Era um belo carro preto e grande, não sabia qual era, nunca entendera nada de carros, mas era grande e espaçoso por dentro.
– Lilyan, vou levá-la direto para o hotel, porque aposto que você deve estar muito cansada da viagem, afinal, são muitas horas dentro de um avião. – disse Rebecca que estava ao lado dela no banco de trás do carro.
– Pode me chamar de Lily a propósito. – ela riu. – É a viagem foi um pouco cansativa, mas acho que no final vai dar tudo certo.
– Ah sim, você vai adorar essa cidade, trate-a como se fosse uma segunda casa, que ela lhe receberá de braços abertos. – ela olhou pela janela, como uma criança olha para um pote de doces. – A vista da maioria dos pontos da cidade é surreal, você vai gostar principalmente do seu quarto. Eu fui escolher pessoalmente. É a prova de erros. – ela riu.
– Acho que tudo aqui é a prova de erros, não?
– Claro, mas você é jovem, tem muito o que aproveitar ainda. Aproveite cada segundo nesta cidade, acho que é uma oportunidade que todos gostariam. Foi pra isso que fizemos o concurso.
– E foi uma das melhores coisas que já me aconteceu, com certeza, Sra.Foster.
– Pode me chamar de Rebecca, querida. E algo me diz que seremos boas amigas, não acha? Você é realmente muito simpática. As outras estagiárias não passaram nem um mês e meio no jornal... Todas antipáticas. Mas você... Você parece diferente.
– Acho que realmente sou diferente. – ela riu. – Não sou do tipo antipática, eu faço amizade com todos que posso.
– Então bem-vinda ao clube! O pessoal da redação vai amar você! A propósito, amanhã Peter vem lhe buscar ás 9:00, então aconselho que ajuste seu relógio e o seu despertador. Vou lhe mostrar amanhã como tudo funciona, e temos uma festa para cobrir amanhã! Vou saber qual é a banda amanhã na redação, porque até pra mim é surpresa.
– Ah claro, vou ajustar tudo hoje. Agora na verdade, porque eu vou chegar ao hotel, tomar um bom banho e ir dormir, estou muito cansada. – Ficaram ambas em silêncio, e Lily ficava só olhando as pessoas passarem pelos seus olhos de fora do carro, até que o carro parou devagar, em frente a um hotel muito luxuoso e grande, e alto.
– É aqui que você fica querida. Esse vai ser sua nova casa. Vamos, eu vou lhe levar lá, e mostrar.
E entraram no hotel, era um ambiente muito grande, com piso de mármore, alguns sofás, e várias entradas de elevador, com os recepcionistas no fundo, e uma fonte no meio. Mais adiante um grupo de meninas estava gritando e rodeando alguma coisa, mas continuaram caminhando até os recepcionistas.
– Boa noite Hollie! Ataque de fãs de novo? – ela olhou para o lado e deu uma leva apontada para o grupo de garotas. – Ah sim, Hollie, essa é a garota que eu falei para você, a brasileira.
– Prazer Srta. , você é...
– Lilyan Carter. Pode chamar só de Lily se quiser. – ela sorriu. Hollie era uma senhora de uns 50 anos, com algumas marcas de expressão, usava um blazer vinho com o nome do hotel, e parecia muito doce e simpática.
– Ah sim, é um prazer Lily. – sorriu de volta. – Ataque de fãs novamente, com certeza. – falou para Rebecca. - Enquanto esses garotos estiverem morando aqui, isso continuará acontecendo. – ambas riram. – Pelo menos os garotos são simpáticos.
– É! Isso é ,já cobri alguns shows deles. Muito bons, de verdade.
– Err... Desculpa perguntar, mas quem são?
– É uma banda daqui da Inglaterra, chamada The Wanted. Os cinco integrantes moram aqui no hotel... – Hollie pegou algo em cima de sua mesa, e estendeu-o para Lily. – A propósito Lily, eles moram no mesmo andar que você.
– The... Meu Deus, isso só pode ser brincadeira não é? Uma pegadinha?! - ela olhou para o grupo de meninas, e alguns seguranças estavam tirando as meninas de perto dos meninos. E quem estava rindo e fazendo as conhecidas caretas para os demais? Thomas Parker... Era realmente o The Wanted ali. Lilyan os olhou perplexa. Mais um sonho estava se formando ali, bem diante dos seus olhos. Quantas vezes ela não imaginou o que faria quando aquele dia chegasse... E agora ela estava sem reação. Seus cinco anos de curso de inglês foram por água abaixo. Não existam mais palavras, esse era o problema. De repente, ela se via simplesmente olhando-os, e mentalmente dizendo, “Eu só preciso de um abraço, só isso.”.
– Lilyan? Você está bem? Você gosta da banda? – disse Rebecca.
– Se eu gosto? – ela engoliu o seco. Pegou seu celular, e entregou a Rebecca. Era um gif da banda rindo, e se divertindo.
– Isso explica muita coisa- ela riu. – Porque você não vai lá falar com eles?
– Rebecca... Eu... Eu não tenho nem palavras para dizer a eles agora... Meu vocabulário sumiu, e o que eu pensei em dizer todos esses anos foi por água a baixo...
– Nossa, isso é uma pena. Mas veja, você terá outras oportunidades para vê-los. Vocês moram no mesmo andar ué.
– Isso é verdade. – Lily limpou uma lágrima que insistia em descer, e sorriu. – Vou vê-los outra vez, e dessa vez, vou saber o que falar eu acho. – todas riram inclusive Hollie. – Então eu acho que vou subindo. Pegou o cartão que Hollie tinha colocado em cima do balcão, que era a chave do seu quarto e foi com rapaz do carrinho das malas até o elevador. Quando entrou, ela viu Siva a olhar, e dar um sorriso para ela, e um aceno. Ela sorriu de volta, mas foi uma coisa meio involuntária, porque não sabia nem se tinha sido pra ela. Lily chegou ao andar de número 25, e procurou pelo seu apartamento. Ele ficava entre dois, no meio do corredor. Abriu a porta, e deixou as malas entrarem. Era um quarto era um duplex, com uma sala grande no andar de baixo, tinha uma TV , e alguns sofás, também tinham umas janelas que pegavam todo o tamanho da parede, e dava para ver boa parte de Londres de lá. No andar de cima, tinha mais janelas como as da sala, uma cama bem grande, grande demais até, um guarda-roupa , e um banheiro com um balcão. Subiu com as malas e começou a colocar algumas roupas, sapatos , perfumes, dentro do guarda-roupa, e em seguida, foi tomar um bom banho. Já eram 23:15, e suas coisas já estavam ‘acomodadas’ , e já havia uma roupa separada para o primeiro dia de estágio. Não demorou muito, e ela dormiu, com as luzes da cidade entrando no quarto... Não tinha fechado a cortina, assim ficaria mais fácil apreciar a paisagem.
Sabe aqueles dias, em que você dorme com aquela sensação que por mais que as coisas sejam difíceis, vai aparecer algo pelo que valha a pena? Era bem isso que ela estava sentindo. Estágio, Londres, The Wanted... Quando tempo ela tinha esperado por isso? Talvez a vida toda. Mas esse tipo de sonho, que se torna realidade, só se realiza com um pouco de sorte e uma grande intervenção de você mesmo. As coisas por mais que demorem a acontecer, não deixam de acontecer. E quando vem, vem tudo de uma vez.


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