Shitashii Sensei escrita por Jibrille_chan


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Depois de um longo inverno, de crises de criatividade, a maldição do mês 8ç... cá estou eu de volta 8D Apenas atesntando que NÃO, NÃO POSSO FICAR SEM ESCREVER VIADAGENS DESSE POVO. :3 É a única coisa que me mantém lúcida.
Mas chega de bla-blá-blá D:



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Ruki's P.O.V.

Meu celular despertou na manhã seguinte, e levei algum tempo pra entender o que diabos era aquele barulho irritante. Fiquei alguns segundos encarando o aparelho, até decidir que... não, eu não iria dar as caras na escola naquele dia. Na verdade, não estava com coragem de sair daquela casa pelas próximas semanas. Suspirei, me virando na cama e voltando a adormecer.

Três horas depois o maldito celular voltou a tocar. Levei bem mais tempo pra entender porquê ele estava fazendo barulho até perceber que era uma ligação de Nakayume.

- Naka?

- Taka, pode abrir a porta da sua casa?

- Porta da minha casa?

- É. Sabe, já to ficando cansada de esperar aqui fora, você não me ouve bater.

- Claro... como sabe que eu estou em casa?

Ela riu do outro lado da linha.

- Sou sua irmã, baka.

Sorri, desligando o celular. Fui mais que depressa até a porta, abrindo-a e abraçando a irmã maravilhosa que eu tinha.

- S.O.S. irmã mais velha chegando, senhor.

Apertei ainda mais o abraço entorno dela, sentindo-a andar para dentro da casa e ouvindo o som da porta batendo. Eu não conseguia dizer nada. Sempre fora assim, desde que eu me entendia por gente. Ela sempre, sempre sabia quando eu não estava bem.

- É bom saber que meus instintos ainda estão funcionando. Trouxe uma barra de chocolates aqui na minha bolsa, achei que você iria precisar.

- Você... é a melhor irmã do mundo.

- Faço o que eu posso.

Acabei por rir, negando com a cabeça. Tinha horas que eu realmente desejava que ela fosse minha mãe.


Reita's P.O.V.


Seria hipocrisia minha dizer que eu não estava preocupado com Takanori. Ele não havia aparecido na escola naquela segunda-feira... não que eu realmente esperasse que ele fosse aparecer, mas aquilo me causava certo pânico e uma dose gigantesca de culpa. Porque eu sabia perfeitamente bem que a culpa era minha. E ainda não sabia o que diabos havia me dado pra ter o agarrado daquela maneira. Não sabia de mais nada.

Quando voltei pra casa, ainda pensei em atravessar a rua e ir até a casa do menor, mas acabei por decidir que não era uma boa idéia. Por mais que eu quisesse que aquele... clima de tensão se dissolvesse. Suspirei, terminando de almoçar, e quase engasguei quando ouvi o som de batidas na porta. Não podia ser ele. Podia?

Fui tropeçando em metade da casa atender a porta, e me assustei seriamente com quem vi do outro lado.

- Nakayume-san?

Ela assentiu, um ar sério que eu nunca havia visto.

- Gostaria de conversar. Do lado de dentro, se não for incomodar.

- C-claro.

Dei espaço pra que ela entrasse, mil possibilidades passando pela minha cabeça. Poderia ter acontecido alguma coisa com Takanori. Ou ela poderia ter vindo pedir explicações... até podia ver meu diploma voando para longe de mim. Fiz um gesto para que ela se sentasse em um dos sofás e eu me sentei no outro, sentindo que estava mais branco que o normal. Nakayume me fuzilava com o olhar.

- Não quer ser injusta, então antes de jogar alguém na fogueira, preferiria ouvir os dois lados da história.

- Mas você já está me fuzilando com o olhar.

- Desculpe, é o instinto.

Ela ainda não havia amenizado a intensidade no olhar e acabei por suspirar, contando a minha versão da história, omitindo alguns detalhes sórdidos. Não ia ficar narrando os detalhes de como eu prensei o irmão mais novo dela na parede. Ela levou alguns segundos pra dizer alguma coisa.

- Resumindo, você não faz a mínima idéia do que você quer.

- Bom, eu sei o que eu não quero. Eu não quero magoar o Takanori.

Ela acabou por sorrir.

- Olha... eu vou dizer o mesmo que eu disse pro Taka. Acho que vocês deveriam deixar as coisas seguirem e ver o que vira...

- Que tipo de conselhos você dá pro seu irmão?

- ... quem sabe não pode nascer algo daí? Taka é jovem e bonito quando quer.

- O que quer dizer com isso?

- Que se você fizer ele sofrer pode arrumar outra pessoa.

- Ah.

- E eu coloco fogo na sua casa. – sorriu.

- O QUÊ?

Ela ainda sorria meigamente. Decididamente, ela me dava medo.

- Bem, era isso o que eu tinha pra fazer. Tenha um bom dia.

E sem nem esperar por uma resposta minha ou que eu fosse abrir a porta, ela saiu. Fiquei alguns segundos encarando o sofá que ela havia ocupado. Tentava destrinchar os possíveis significados de "deixar as coisas seguirem pra ver no que dá". Suspirei, sorrindo, me levantando do sofá e indo até a porta, abrindo-a. Encarei a porta da casa em frente à minha. Cinco anos de faculdade e um diploma em risco e eu nem ao menos hesitava mais um pouco. Inferno de vida.








Continua...


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