Circulo De Paixões. escrita por Lorys Black


Capítulo 23
Capítulo 22 - O Retorno do Alfa


Notas iniciais do capítulo

Olá matilha, tudo bem!!!
Capitulo está lindo, a fic entra numa dinamica diferente agora..Nosso lobo delicia, chegando poderoso a La Push .Esse capitulo é o ponto de vista da Leah
Obrigado a todas as leitoras que comentaram, as que sempre nos acompanham valeu amadas, as fantasminhas que vieram para luz Sejam bem vindas e por favor continuem na luz...kkkk
Obrigadaço a Claudia Black, loba linda que recomendou nossa CP maravilhosamente, amei suas palavras e seja bem vinda também.
Sem mais delongas vamos ao capitulo..
BOA LEITURA!!!!



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Visão Leah


Quem controla os outros pode ser poderoso, mais quem é mestre de si mesmo é ainda mais forte.


lao Tsé





Uma sensação estranha, esta tomando conto do meu dia hoje.

A sensação de não estar vendo algo diante dos meus, estar deixando algo de lado.

Essa sensação vem me acompanhando há dias.

Levantei da cama, olhando o relógio na parede, que marcava cinco da tarde.

Mike ainda estava trabalhando.

– Droga!

Peguei a primeira roupa que achei pelo quarto. Havia prometido a Kim que a ajudaria fechar a loja e o caixa, já que Kate e Nessie passariam o dia fora.

Em segundos estava correndo do lado de fora. Meu quintal da acesso a mata, de carro vou demorar mais.

A movimentação dos meninos estava tranquila.

Podia sentir os olhos deles em mim.

Próxima a saída que dava acesso a loja me ajeitei e arrumei meus cabelos.

Kim já fechava a loja, enquanto conversava com umas clientes que tinham as mãos cheias de sacolas.

– Boa Tarde. Kim desculpe pelo meu atraso. – ela sorriu.

– Eu ganho para isso Leah, e não se preocupe, foi tudo bem. – ela me entregou algumas anotações sobre o registro do caixa hoje, e a chaves da loja, guardei as chaves no bolso.

– Eu não gosto de descumprir minhas palavras. Enfim, ate amanhã. – ela acenou, e continuei olhando as anotações caminhando até o ponto de onde tinha vindo.

– Ah Leah. – ela correu em minha direção. – Um cliente nosso ligou hoje, achei estranho a conversa dele, mas anotei o numero, ele pediu para que você ou Kate ligue. O numero esta no fim do bloco.

– Um cliente, o que ele disse? – um aperto sem sentindo dominou meu peito.

– Que Kate deixou um recado remarcando a visita, porem ele não poderá atende-la na data remarcada, ele gostaria de marcar uma nova data. – e tranqüilidade nas palavras dela, fez algo estranho gritar no meu peito. Um sinal de alerta.

Assenti e atravessei a rua novamente, tinha quase certeza que esse cliente era um dos principais das visitas de hoje.

Abri a porta rapidamente e liguei para o numero. A secretaria atendeu, e informou que esta manhã uma moça ligou para desmarcar a visita que seria hoje. Ela remarcou para a semana que vem. Agradeci.

Desliguei o telefone a procura das anotações de Kate.

Liguei para um dos números na lista de visitas hoje. Fui atendida pela nossa cliente que informou a mesma coisa.

Não preciso ser um gênio para saber, que cada cliente na lista havia recebido a mesma ligação.

– Droga Kate. – sai da loja como um foguete me lançando a mata em direção a casa de Embry.

No caminho encontrei com Seth.

– Leah onde esta Reneesme? Ela disse que ajudaria Kate nas visitas hoje, mas há horas Eu e seus pais estamos tentando falar em seu celular, ou no celular de Kate, e estão desligados. – o tom colérico dele, fez a tal sensação de não estar enxergando algo ficar clara na minha mente.

Kate andava estranha de uns dias para cá. Notei algo estranho na tarde de ontem, investiguei com Nessie, e ela disse que estava tudo bem.
Mentira Néss estava acobertando algo. Agora o que diabos as duas estavam aprontando?

– Acalme-se, vamos a Forks tentar encontrá-las. Elas podem estar por lá ou em Port Angels.

– O que esta havendo, onde esta Kate? – Embry caminhava nervoso em nossa direção.

– Não sabemos ainda, vamos descobrir. – tentei tranquiliza-lo mesmo sabendo que seria inútil.

Nos lançamos em direção a Forks.

Alguns poucos minutos e estávamos no centro.

Era difícil farejar as duas, já que elas estavam de carro, então seguimos o odor das terras Quileutes. Porem como o borrão a maldita Swan Cullen, passou por mim em direção a um estacionamento.

Maravilha e o dia só melhorava.

Ao entrar vimos o carro de Kate parado em uma das vagas, o local estava vazio.

– O que houve? – Seth perguntava para si.

Embry abriu o carro e notou que os dois celulares e a bolsa de Kate estavam no banco de trás. Eu verifiquei o porta malas, e as caixas de roupas estavam ali. Quase intactas, faltavam apenas dois cachecóis e duas parcas.

– O carro de Nessie estava aqui, pois ela o deixou para levar ao mecânico ontem, ela preferiu que alguém olhasse já que Emmett não esta em Forks, e entende melhor de carros na família. – Bella olhava o local onde o carro deveria ter ficado.

Os passos rápidos de Edward se aproximavam.

– Mas onde elas teriam ido? E qual motivo de não nos contar? – Seth olhava em minha direção, como se eu soubesse de algo.

– Não ouse me lançar este olhar, não faço ideia de onde elas tenham ido. – a irritação fez meu tom de voz subir algumas oitavas.

– O carro esta em Port Angels. – o cheiro e a voz insuportável de Edward me deixaram ainda mais irritada.

Mas que merda, onde essas duas se meteram?

Sem precisar dizer nada saímos em disparada. O velocidade que estávamos, não permitiria humano algum nos ver.

A corrida ate Port Angels foi rápida.

Embry e Seth estavam na forma de Lobo, eu já não precisa estar transformada, pois era ágil sob duas pernas como sou sob quatro.

Chegamos ao local exato onde estava o carro de Reneesme. Podíamos sentir o cheiro das duas por vários locais. Compras talvez? Acho difícil.

O cheiro de Reneesme era predominante. E por isso tinha certeza, ela tentava nos despistar.

Edward tinha uma foto dela nas mãos.

Um rapaz na marina disse que a viu com duas outras moças mais cedo, elas pegaram um táxi.

Enquanto Edward, conversava com o rapaz e vasculhando sua mente, em busca de pistas.

Meus instintos gritavam em outra direção.

Algo me dizia, que elas não estavam mais por perto ha horas. Reneesme era esperta demais para correr o risco de ser pega. Caso queria realizar algo, e ela conhece Seth, seus pais e principalmente quem treina com ela há anos. Eu.

A monstrinha não correria o risco de sair de Forks de carro, conhece o pai e sabe que ele a alcançaria facilmente. Pela Marina em uma cidade pequena, seria muito complicado apagar os rastros, e a mente das pessoas envolvidas.

Olhei para o céu.

– Elas foram para o aeroporto. – sai em direção ao aeroporto de Port Angels, a essa altura sem me preocupar de fato com quem via ou não minha disparada.

Cheguei alguns segundos depois de Edward, seguida por Bella.

Embry e Seth já começavam a se desesperar.

– Vou por ali. – informei, o cheiro das duas era fraco, elas estiveram aqui na primeira hora da manhã. Demoramos muito tempo para nos dar conta da situação.

Segui o aroma leve da pele delas ate o hangar de embarque de aviões.

Edward se aproximou.

– Alice ligou, Reneesme esta movimentando o cartão em Nova York. – Rosálie já esta a caminho, ela e Emmett estão em um hotel muito próximo a este.

– Elas não estão lá. Reneesme não é tola. Não subestime e inteligência da sua filha. – segui a trilha onde o cheiro delas era mais fraco, desta vez era um hangar de helicópteros.

Era incrível como o sanguessuga não conhecia as habilidades da filha, e muito irritante também. Ele a vê como uma boneca que ela jamais foi. Talvez esse seja o motivo de Nessie, passar quase todo tempo na reserva nos últimos anos.

Edward começou as perguntas com a foto de Nessie nas mãos.

Depois de realizar algumas perguntas, ele achou o piloto de um helicóptero que nos informou que as levou para Seatlle. Edward certamente estava vendo como foi esse trajeto.

O telefone de Bella tocou e podia ouvir a voz irritante de Rose.

Ela informava que eram duas moças usando o cartão, Nessie deixou com elas duas cartas, uma para Seth, Embry e para mim, a outra para a sua família. Ela fez de propósito, pois sabia que Rosálie estava por perto.

Aos pais ela pedia calma, e compreensão. Afirmou que sabia se cuidar, e que ela não era alvo de absolutamente, nada. Porem não disse nada, pois sabia como eles a tratavam como um vaso de cristal. Avisou que parassem de procurar onde as pistas acabassem para o bem de todos, ela sabia o que estava fazendo. Em alguns dias estaria de volta e tudo seria devidamente explicado. Despediu-se dizendo que os amava e pedindo para não haver ânimos alterados. Ninguém na reserva sabia de seus planos.

A carta para nós era mais preocupante e fez uma culpa morder fortemente meu peito.

Nessie dizia nesta carta que os sonhos dela e de Kate eram os mesmos, e elas foram buscar alguém que as ajudassem a interpretar, entender, e caso fosse necessário impedir que aquelas imagens se tornassem reais. Dizia também, para não haver culpas em relação a isso, mas que ambas não podiam mais ignorar estes pesadelos, e acreditar que eram apenas causados por simples preocupações com Seth ou Embry. Para Seth e Embry elas exigiram calma, disse que eles deveriam confiar no amor delas por eles, para mim elas pediram pulso com eles caso ousassem não atender seus pedidos. Pediram desculpas por mentir, porem elas tinham certeza que se pedissem ajuda tentaríamos impedi-las. Nessie se despediu dizendo que depois de anos sendo treinada por mim, a certeza que Kate estaria em segurança deveria ser a mesma do retorno de ambas em alguns dias, afirmou nos amar de uma maneira indescritível e por isso logo estariam de volta.

Bella e Edward ficaram congelados com as palavras da filha, e eu achando que eles não poderiam parecer mais estranhos do que eram normalmente.

Para eles era uma surpresa esse tipo de atitude de Reneesme.

Mas Seth e Eu sabíamos que ela estava longe, e todas as pistas que nos levassem as duas, seriam inúteis.

Os Sanguessugas decidiram seguir ate Seatlle, mesmo sabendo que era inútil Embry e Seth decidiram fazer o mesmo.

Eles não queriam ficar dependendo dos Cullens para ter noticias, especialmente Embry, que não cultivava nenhuma simpatia por eles como meu irmão.

Decidi ficar, pois eu sabia que Seattle não era onde elas estavam, e muito provavelmente essa seria a ultima pista.

Na volta explodi em minhas roupas.

A confusão estava armada, todos preocupados, Sam achando melhor os meninos não viajarem, e fiz questão de ignorar tudo isso.

Precisa organizar meus pensamentos primeiro, depois lidar com os demais.

Ao me aproximar de casa notei que Mike ainda não estava.

Entrei rapidamente, e corri para tomar um banho.

Tentava organizar meus pensamentos. E descobrir para onde diabos elas estavam indo, sabia que deveria ser distante.

O carro de Mike estava parando na porta da nossa casa.

O cheiro de massa fez meu estomago se revirar inquieto. Só então lembrei que havíamos combinado uma noite romântica hoje.

– Droga Leah, que cabeça. – como ia explicar o que houve?

Ele abriu a porta do banheiro. Ajeitava a toalha nos cabelos.

– Oi amor. – ele caminhou em minha direção e me deu um abraço seguido de um beijo. – Trouxe comida para cinco pessoas. – ele sorriu divertido. – Já que você come por três.

– Que absurdo. – fingi indignação.

Ele tirou a roupa e ligou o chuveiro.

– Aconteceu algo muito chato hoje. – tentei parecer tranquila, ele me olhava preocupado enquanto se lavava.

– O que houve, não vai me dizer que vai ter que sair as pressas novamente Leah? – uma ponta de irritação ameaçava aparecer.

– Não Mike, deixe eu terminar minhas frases antes de começar as conclusões ok. – cruzei os braços e ele riu. – Kate e Nessie sumiram esta tarde. Quer dizer, elas meio que fugiram. – tentei dar um tom descontraído para não alarmá-lo.

– Meio que fugiram? Explique isso Leah, ou elas fugiram ou não. – o tom descontraído foi por água abaixo ele não se convenceu.

– Bem elas não fugiram, mas foram viajar e não avisaram ninguém, deixaram cartas. – ele me olhava desconfiado.

– E qual motivo de sair assim? Embry e Seth não me parecem o tipo que as prendem. – ele desligou o chuveiro e se enrolou em uma toalha.

Esse poderia ser um momento bom para contar a verdade a Mike. Ele poderia quem sabe, nos ajudar de alguma maneira.

Respirei fundo, minha garganta secou e o habitual nó se formou.

– Elas queriam visitar uma especialista em sonhos, eles não. Elas cansaram de esperar e esta manhã partiram. – covarde, essa é a única palavra que me define. Porcaria.

– Bom elas sabem o que fazem, são adultas, vacinadas e donas de suas atitudes. – Ele caminhou em minha direção. – Isso vai atrapalhar nossos planos de alguma forma? – seu olhar de cachorrinho sem dono me fez gargalhar.

– Não Mike, prometi ficar esta semana toda em casa lembra? Só vou passar na casa da minha Mãe, para ver como Seth esta ok?. – dei um beijo em seu pescoço.

– Vou organizando as coisas por aqui. – ele desceu enrolado na toalha.

Me vesti rapidamente e sai, não poderia demorar, porem precisa verificar como Seth e Embry estão.

Peguei o carro e dirigi ate a casa da minha Mãe.

Ela conversava com Seth enquanto ele andava de um lado para o outro no quarto. Provavelmente arrumando as malas. Minha Mãe pedia calma a ele, confiança e paciência.

– Fique calma Mãe, eu sei que ela não esta lá, mas preciso saber se ate aquele ponto ela estava bem, calma. – ele fechou a mala, e desceu as escadas. Esperava por ele no andar de baixo.

– Vocês sabem quando voltam? – estava fugindo do impulso que dominava meu corpo. O de proteger Seth, e ir junto.

– Não sei. Talvez sim, ou não. – ele deixou a bolsa no chão. – Me desculpe Leah, eu só estava desesperado, nunca imaginei Reneesme fazendo algo desse tipo. – ele me abraçou. – Me perdoe, por favor?!

– Eu entendo Seth. – o encarei séria. – Tem certeza que vai ate lá? Nós sabemos que ela esta longe Seth.

– Eu sei Leah. Assim mesmo verei se acho alguma pista ou resposta do que elas procuram exatamente. – apenas assenti.

Embry se aproximava.

Estava irritado, e visivelmente desconfortável.

– Vamos? – seu olhar era indecifrável.

– Embry tente se acalmar, tudo vai dar certo, esta bem? – palavras inúteis eu sei, assim mesmo era umas das poucas coisas que podia dizer.

– Ela vem me pedindo ajuda a meses, dizendo como esses pesadelos a deixam inquieta, eu ignoro. Essa manhã ela se despediu, agora sei disso. E o burro aqui sequer notou. – o semblante carregado do Lobo me deixou preocupada.

– Todos nós achávamos que era cisma dela, pare de fazer isso, se culpar. Elas estão bem, vão voltar logo e escutarão muito. – não havia muito o que dizer a ele.

Sam, Jared e Paul se aproximavam.

– Boa Noite. – a tentativa educada de iniciar algo desagradável estava estampada na postura de Sam. – Leah me explique o que esta havendo?

– Você viu o que houve, quando me transformei mostrei. – respondi seca.

– Você vai permitir que os dois saiam daqui com os sanguessugas e sem escolta? – ele ate poderia estar dizendo uma verdade, a situação de permitir que eles viajassem com os frios era absurda, porem quem era ele para opinar em algo?

Embry fez menção de responder. Levantei a mão o impedindo.

– Eles sabem se defender, e sabem que elas não estão mais lá, porem vão verificar se há uma nova pista. E quanto a permissão, diferente de você não obrigo ninguém da minha matilha a nada. – a irritação tomava conta do meu corpo.

– Leah, não me trate como inimigo. Estou apenas querendo ajudar. – a voz dele me irritava ainda mais.

– Então pare de me tratar como uma imbecil, idiota ou retardada, sei exatamente o que faço e quando faço. Seth e Embry são capazes de dar conta de dois sanguessugas caso isso seja necessário, assim como qualquer outro Lobo desta reserva. Eu confio na capacidade dos meus em fazer isso, se você não confia nos seus paciência. – me virei para Seth e Embry. – Vão antes que os sanguessugas partam sem vocês e ficamos atras deles, sem saber de nada.

Eles entraram na mata e correram na direção, onde iam se encontrar com os sanguessugas.

– Porque toda vez que venho falar com você brigamos? Não entendo isso, há quase dez anos somos alfas desta reserva e, não conseguimos manter uma relação mais amena. – Paul e Jared sumiram na mata. A voz suave se Sam me causava aflição às vezes.

– Porque você insiste em me tratar como uma imbecil, pare de fazer isso e paro de tratá-lo como um idiota. – dei as costas a ele, para me despedir da minha Mãe.

– Espere. Preciso te contar algo, antes que outra pessoa o faça. – me virei para encará-lo. – Tivemos um passado e sinto que devo isso a você. – revirei os olhos.

– Você não me deve nada Sam. Mas fale logo, meu Marido esta me esperando em casa. – cruzei os braços.

– Emily esta grávida. De pouco tempo, descobrimos hoje. – seu sorriso poderia rasgar suas bochechas neste momento.

Engoli a vontade de mandá-lo ir a merda, pois, não entendo essa necessidade de Sam ficar o tempo todo tentando arrumar uma brecha, para me colocar a par da sua vida com a esposa.

– Parabéns. Felicidades. – apertei sua mão. – Agora preciso mesmo ir Sam. Licença. – abri a porta e entrei na casa dos meus pais.

Minha Mãe lavava a louça.

– Tudo bem? – ela parecia preocupada. Assenti pedindo um minuto com um gesto, esperando Sam estar longe, ela entendeu.

Sam estava longe agora.

– Emily esta grávida, você sabia Mãe? – um incomodo fez meu peito se comprimir dolorosamente.

– Não. Quem te... – ela não finalizou a frase, entendeu quem havia me informado. – Sam. Você esta bem?

– Não. – fui sincera.

– Porque ele vai ser pai? – ela sabia que o motivo não era esse.

– Não, porque eu nunca serei Mãe. – dei de ombros. – E estou condenando Mike a nunca ser Pai.

– Não diga essas coisas Leah. O futuro é uma caixa de surpresas, esta fora de alcance para deduções. – ela segurou firme minha mão.

– Preciso ir, Mike esta me esperando, disse que seria rápido. – dei um beijo em sua testa e parti. Não queria pensar neste assunto hoje.

Sabia qual a expressão dela neste momento, não queria olhar.

Passei o caminho imaginando como eu seria grávida. Qual seria o formato da minha barriga enquanto estivesse deitada.

Respirei fundo para afastar pensamentos tristes para longe.

Estacionei o carro, o cheiro de velas e rosas era agradável. Sorri com o gesto romântico de Mike.

Abri a porta e ele me esperava em pé com uma taça de vinho nas mãos.

– Que lindo Mike. – ele espalhou algumas rosas, próximo as almofadas onde fez uma pequena decoração, e arrumou na mesinha de centro da nossa sala o jantar.

Mike era a única pessoa que conseguia me relaxar. Me fazer sentir normal as vezes.

– Eu sei, sou um gênio. – ele envolveu as mãos na minha cintura, colocando o queixo em meu ombro. – Te amo.

– Também. – a calma dominou meu corpo.

Mike preparou tudo com carinho. Jantamos entre conversas e risos, dançamos e assistimos alguns filmes.

Queria estrear a Lingerie que comprei para esta noite, porem com os acontecimentos de hoje, estava totalmente sem cabeça.

Dormimos abraçados como toda as noites. O frio intenso fazia com que Mike ficasse imóvel quase a noite toda, agarrado em meu corpo.

Dormi um sono tranqüilo.


................


Dois longos, e cansativos dias.

Assim foram os meus até tocar em Seth e Embry.

Como prevíamos Reneesme soube exatamente como despistar Lobos e Vampiros.

Usou a forma exata de fazê-lo. A água.

Edward ainda tentou procurar nas ilhotas próximas algum rastro, mas não houve nenhuma pista. O sanguessuga passou os dois dias, tentando descobrir como não viu nada nos pensamentos da filha na manhã da fuga.

Embry e Seth estão arrasados.

Porem se apegam nas palavras da carta.

Estão confiando em cada letra escrita pela pequena. Ou tentando bravamente.

As rondas nunca pareceram tão ridículas como nesses últimos dois dias.

Nós aqui protegendo a cidade, e Kate e Reneesme sabe-se lá Deus onde.

Liberei Seth e Embry das rondas. Porem nenhum dos dois quis isso.

Melhor ficar entre irmãos do que sozinhos. Ambos estão fazendo o melhor que podem neste momento, confiando.

Porem eu não consigo entender, qual o motivo da fuga, se era para ajudar, porque não nos falar? Afinal somos os maiores interessados.

Minha inquietação aumenta a cada segundo, pois eu sinto que as atitudes de Kate e Nessie, vão alterar minha vida e a de todos por completo.

Respirei fundo, e um segundo depois estava colocando minhas roupas.

– Leah. – Sam parecia sem graça. E eu não pareço, estou sem paciência alguma.

– Desembucha. – detesto quando ele aparece, enquanto coloco minhas roupas.

– Quero te pedir desculpas, pelo outro dia, fui totalmente desrespeitoso com você. – ele me encarava sério.

– Olha Sam, eu sei o quanto você sabe lidar com a sua matilha, admito que talvez nunca, vá conseguir sua paz de espírito, porem, eu confio nas minhas escolhas, e cada membro da minha matilha também. – despejei, tentando ser cordial, porem, minha grande vontade de mandá-lo ir a merda dificultava isso.

– Eu sei Leah. Eu só estava preocupado, com a situação toda, nada mais. – ele se aproximou. – Às vezes ainda a vejo, como aquela garota, que eu ia buscar na porta do colégio. – seu sorriso bobo, me irritou ainda mais.

– Por favor, Sam estou cansada demais para isso ok. Mas alguma coisa? – cortei o momento nostalgia, que ele sempre tenta me jogar quando faz algo irritante.

Ele apenas assentiu.

Continuei a caminho até a casa da minha Mãe. Essa noite eu dormiria por lá. Expliquei a Mike a situação de Seth e ele compreendeu.

A casa estava totalmente vazia.
Entrei, subi as escadas indo direto para o banheiro. Tomei um banho longo e demorado.

Me enrolei na toalha, meu corpo pedindo cama por alguns minutos.

Minha Mãe manteve meu quarto intacto. Kate o usou durante dois anos, porem não mudou nada.

Minha expressão era horrível, e mal conseguia segurar uma escova de cabelos nas mãos.

– Droga. – me abaixei para pegar a escova, quando olhei no espelho o susto quase me derrubou. – Jacob! – abafei com as mãos o grito, que estava preso na minha garganta.

O sorriso brincando em seus nos lábios era maravilhoso.

– Elas estão bem. Estão voltando Leah. – lagrimas estúpidas, e totalmente sem sentido escorriam pelo meu rosto. Há mais de oito meses não sonhava com ele.

Quando me virei para encará-lo, não havia ninguém naquele quarto. Voltei a olhar o espelho. Nada.

– Mas que diabos é isso? – sentei na cama, meu coração disparado, frenético, tentava controlar minha respiração desesperadamente.

A sensação da presença de Jacob vem me incomodando, ha dias.

Como se a qualquer momento ele fosse abrir a minha porta e sentar ao meu lado no sofá. Há um momento no dia, que eu posso ouvir os passos dele, se aproximando da loja, ou da mata onde estou de ronda.Uma tortura irritante.

Fiquei por um tempo indeterminado, sentada na cama, apenas me acalmando.

Levantei e vesti uma roupa qualquer, dormir agora é preciso. Ajeitei o despertador, para não dormir ate amanhã.

Dormi duas horas. Meu sono não foi nada tranqüilo.

Levantei e já podia ouvir a movimentação de Seth e minha Mãe no andar de baixo.

– Boa Noite. – encarei Seth.

– Oi filha. – minha Mãe veio em minha direção, depositando um beijo na minha testa. – Vou preparar o jantar, Seth precisa comer algo.

Meu irmão sentou no sofá, fitava a janela, desolado. Sentei ao seu lado.

Ficamos ali por um bom tempo.

– Hoje seria nossa festa de noivado Leah. Seriamos só nós, na praia. – ele segurava uma aliança nas mãos. – Sem Lobos, ou vampiros, apanas nós. Agora me diga, onde diabos ela esta? Como ela pode fazer isso comigo Leah?

– Seth pare de achar, que ela fez algo contra você. Pense nela por um minuto, esta bem? Como ela tentou achar significado no que sonhava, assim como Kate, e como nós não demos ouvidos, a nenhuma delas. – tentava acalmá-lo, mas de certa forma, me sentia enganada por elas.
– Eu sei, Leah. – ele se levantou, levando as mãos a cabeça. – Mas to com raiva, de mim entende? Eu sabia, estava sentindo há muito tempo, que havia algo de errado, todos os dias vinha para casa com a sensação de ouvir meias verdades. Eu sabia, simplesmente. E preferi ignorar. – ele parecia cansado.

Me aproximei o abraçando com firmeza, como se pudesse junta-lo, ou dar paz ao seu coração.

– Não se culpe mais. Todos nós ignoramos. Pare de culpá-las também. Agora vamos jantar. – sua expressão triste, fez meu coração se comprimir dolorosamente.

Jantamos tranquilamente.

Seth desabou no sofá após o jantar. Ele não dormia a mais de três dias.

Decidi passar na casa de Kate, e Embry estava com a mesma expressão de Seth, com a diferença, que ele estava mais confiante, menos bravo talvez.

Voltei para casa da minha Mãe, ao me aproximar, senti o cheiro mentolado da pele de Mike, espalhado no ar. Meu marido me esperava sentado nos degraus da varanda.

– Perdido? – seu sorriso sincero, e lindo estampou seu rosto.

– Sempre fico sem você. – ele tinha uma sacola ao lado do corpo. Mesmo sabendo o que era gostoso, ver a sensação de alegria, quando ele tentava me surpreender.

– O que tem ai nesta sacola? – sentei ao seu lado, e selei nossos lábios.

– Para você. – ele pegou o pote gelado, e uma colher. – Sorvete de chocolate, meio amargo para você, já para o seu maridinho, vinho. Pois ele sente frio, ao contrario da esposa. – gargalhei com a expressão divertida dele.

– Que maridinho mais legal. – senti um vento gelado tocar meu rosto. – Não estava conseguindo dormir, sem sua esposa, certo? – afundei a colher, no sorvete.

– Sim, quer dizer, claro que não. – ele me encarava sério, depositou um selinho nos meus lábios gelados pelo sorvete.

– O que foi amor? – senti um aperto no peito.

– Ang esta grávida Leah. Ela e Ben, estão tão felizes. – senti minha garganta secar.

– Que bom amor, vou telefonar amanhã. – disfarcei. – Agora o que você acha de passar a noite aqui? Não quero deixar Seth hoje.

– Você sempre foge disso. Quando toco no assunto filhos. Vamos tentar, eu serei um bom pai. Prometo. E se não for, seus amigos são meio grandes, duvido que achem meu corpo nessa reserva! – ele fazia piada, tentando deixar o tema mais leve.

– Mike eu já disse. Não posso ter filhos agora. – era doloroso falar essas palavras, e mais ainda saber, do que eu estava privando Mike.

– Você pode deixar o corpo de Paz, esses estranhos e misteriosos trabalhos que faz, por um tempo. Vamos tentar. – ele veio em minha direção e me abraçou.

– Mike, por favor. – não podia mais mentir, estava me cansando.

– Esta certo. Vou esperar, essa confusão com as garotas passar. Mas não vou esquecer desta vez Leah. Quero motivos concretos. – ele soltou um suspiro longo, pesado. – Vou para casa.
Ver a expressão magoada dele, me fazia sentir ainda pior.

Estava decidida. Vou esperar, a volta de Kate e Nessie, e vou contar a verdade a ele.

Mike vai decidir se ainda quer manter este casamento, com uma mulher incapaz de lhe dar filhos.

– Mike espere, fique. – ele voltou e selou nossos lábios.

– Não você precisa ajudar Seth. Amanhã venho a noite. Te amo. – mais um beijo rápido.

Mike partiu. Entrou no carro, e partiu, para nossa casa.

Entrei, com um sentimento de traição dominando meu corpo.

Mas porque diabos, eu não consigo falar a verdade para ele? Eu travo, e fico parecendo uma idiota? Tantas vezes tentei falar, porem, sempre arrumo uma desculpa. E faço algo que detesto. Minto. E a cada mentira, me sinto pior. E digo me convenço a contar, e desisto.

Subi as escadas, Seth dormia tranqüilo. Parecia cansado.

Coloquei as almofadas em cima da cama no chão, arrumei os lençóis e deitei.

Estava com uma sensação estranha no peito.

Dormi.

Senti o toque em minhas mãos. A voz da estranha mulher, lendo minha mão há dez anos, chegou como musica aos meus ouvidos.

“Ele esta no seu destino, entrelaçado em cada parte dele, tanto no melhor, como no pior” – senti meu coração acelerar.

“ E eu disse, que Ele partira, porem, não haverá perda. Ele já é seu. Só não sabe disso”


– Jacob! – sufocada, abri meus olhos exatamente desta forma.

Estava acontecendo algo com ele. Cada mínima parte do meu corpo sentia.

E eu não podia saber o que era, ou ajudar. Ou talvez fosse somente um sonho, uma impressão estranha.

Olhei para o relógio, dormi apenas quinze minutos.

Fiquei me revirando durante algum tempo.

Levantei, sem emitir um único som. Fui ao quarto de Seth, ele dormia como um bebê. Minha Mãe também dormia tranquila.

Encostei a porta do quarto, abri a janela e saltei.

Nenhum movimento no interior da casa.

Corri em disparada pela mata. Passei pelo meninos que estavam de ronda, e sinalizei, para que ficassem tranquilos.

Alguns minutos e já estava no campo, atrás da minha casa.

Entrei silenciosamente, a TV estava ligada. Mike estava deitado, com o controle nas mãos, e cochilando. Parei no batente da porta.

– Psiu. – ele abriu os olhos assustado. Ao meu ver o meu sorriso lindo preencheu seus lábios. – Tem espaço na cama?

Ele levantou o edredom.

– Sempre. – deitei, me aconchegando em seus braços.

– Prometi dormir em casa, todos os dias esta semana, e vou cumprir. – ele afundou o rosto nos meus cabelos.

Coloquei minha cabeça em seu peito, e as batidas tranquilas, de seu coração, me fizeram dormir.

..........

Acordei com os passos apressados de Mike pelo quarto.

– Que horas são? – perguntei sem a menor vontade de sair da cama.

– Seis da manhã, volte a dormir amor. – ele colocava a roupa as pressas.

– Qual o problema? – sentei na cama.
– Nenhum, combinei de ir com meu Pai a Seattle. Vamos sondar o mercado por ali. E sairemos as sete, ou seja, estou atrasado. Até mais tarde. – ele me deu um selinho rápido, e saiu correndo.

Enquanto ouvia seus passos apressados procurando as chaves na sala, uma sensação estranha se apoderou do meu corpo.

Algo seria diferente hoje. Mudaria de alguma Forma.

Levantei rapidamente, e antes de Mike abrir a porta do carro:

– Espere. – corri em sua direção e o beijei, apaixonadamente, senti suas mãos envolvendo minha cintura. – Até mais tarde Mike.

Ele parecia estar sem fôlego.

– Nossa. – ele se apoiou no carro. – Quero isso mais tarde. – seu tom malicioso, e ao mesmo tempo divertido me fez rir. – Te amo.

– Também. – respondi com um nó na garganta. – Agora vá, você esta ficando ainda mais atrasado.

Mike entrou no carro e partiu.

Voltei para minha cama, com a mesma sensação angustiante, de caminhar para algo muito grande.

Deitei e com muito custo voltei a dormir.

.......


Acordei com um uivo de alerta rasgando os céus da reserva.

– Mas que droga. – saltei pela janela.

Segundos depois estava na mata. Explodi nas minhas roupas.

A situação não era nada boa.

Malditos sanguessugas.

Muitos.

Atacaram um grupo de alpinistas, mataram quatro deles. Porem o mais preocupante era o grupo nos penhascos. Eles estavam em oito, corriam em nossa direção.

Nos dividimos por todos os cantos.

Seth, Quill e Eu perseguíamos dois sanguessugas. Porem e não consegui perceber como, em um segundo estávamos cercados por mais seis.

O trabalho hoje será divertido meninos. – uivei o mais alto que consegui.

Sam e os meninos estavam dando conta dos demais sanguessugas. A situação era complicada.


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Seth e Quill eram ágeis, mas a quantidade não nos favorecia, de modo algum.

– É ela. – a sanguessuga, que investia contra mim, sorriu sombria.

– Não a machuque, mate todos os outros. Temos que tira-la daqui hoje.

Leah, saia daqui agora. – Seth pediu desesperado.

Vá Leah cobrimos você. – Quill e Seth lutavam com um grupo de sanguessugas.

Estamos chegando Leah, vá, cobrimos Seth e Quill. – Sam pedia preocupado.

É piada isso? Desde quando Eu, me curvo, ou tenho medo de gente morta? – investi contra a sanguessuga, e seu parceiro.– Vou acabar aqui e socorrer as donzelas .

Senti uma pancada na coluna.

Passos leves, e cheiro irritante.

Mais visitas.

Não sabia contar quantos, mas eram mais de sete.

– Peguem a fêmea, e acabam com os cães fedidos. – a prepotência, do sanguessuga no alto da pedra na mata, fez meus dentes trincarem.

Mostremos a eles que nenhum Lobo se curva, a essa raça maldita. Matem quantos deles nossos dentes puderem triturar. – arremessei a sanguessuga nas minhas costas contra a arvore, e pulei em cima arrancando sua cabeça fora.

Tive um único segundo para ver a situação toda.

Eles estavam em um numero maior que os recém criados, de anos atras. Era impressionante.

Precisamos de ajuda. – sabia exatamente o que Seth queria dizer. Os Cullens.

O uivo ensurdecedor de dor e a imagem de Collin no chão, suspenderam minha respiração por segundos, até Paul arrancar a cabeça do sanguessuga, antes dele matar Collin.

Estávamos em uma desvantagem massacrante.

Então uma ventania nos atingiu.

Foi instintivo, e inevitável. Minhas patas cravaram no chão, quando o cheiro amadeirado e conhecido invadiram minhas narinas.

Ao nosso redor, Os Sanguessugas que lutávamos, começaram a se contorcer diante dos nossos olhos.

Eles investiam, porem uma parede invisível, os impedia de nos atingir. Como aconteceu ha anos atras.

Fechei meus olhos.

Enquanto via como um flash, os meninos se aproveitando e arrancando cabeças. Alguns simplesmente ficaram sem ação.

Um ou dois sanguessuga, tentou fugir, mas os Lobos acabaram os capturando e matando.

Podia ouvir uma corrida veloz. Uma única pessoa.

Abri meus olhos no exato momento, em que Jacob apareceu no alto da pedra, onde a poucos segundos atrás o sanguessuga dava ordens.

Todos os Lobos ficaram ali paralisados.

O vento forte, ao nosso redor cessou. Apenas uma brisa quente rodopiava no ar.

Jacob saltou ágil da pedra.

Tudo era diferente.

A aparência, a postura, o modo de se movimentar, o olhar.

Era incontrolável, e quase impossível, controlar o impulso de se curvar diante da figura dele. Ele olhava diretamente nos meus olhos.

Meu coração martelava frenético no peito.

– Vocês vão ficar como estatuas até quando? – o tom rouco, firme e leve dele, acelerou ainda mais meu coração. Mas foi o sorriso em seus lábios que me fez perder o ar por alguns segundos.

Não percebi o momento que Seth, Embry e Quill, voltaram a suas formas humanas.

Mas eles passaram por mim, e abraçaram um de cada vez Jacob.

– Jake, mano...eu, eu. – Seth gaguejava.

– Que cabelo é este Black? – Quill bagunçava os cabelos dele.

– Quanto tempo Jacob, achei que jamais o veria novamente. – o tom se Embry era emocionado.

Aos poucos vários meninos da reserva foram chegando.

Jacob tinha os olhos penetrantes em mim, eu estava irritante e ridiculamente paralisada.

– Bem tenho uma entrega para vocês dois. – Jacob gesticulou na direção de Embry e Seth.

Então podia ouvir vários passos ágeis, desconhecidos, exceto pelos passos, aroma e batidas aceleradas de dois corações.

Kate e Nessie.

– Mas como? – as perguntas, saiam sem rumo de todos os lados.

– Calma. – o tom de voz de Jacob era algo indescritível, poderoso, o silêncio foi geral. – Elas vão explicar.

Embry e Seth correram em disparada, na direção onde elas estavam vindo. Nessie carregava Kate nas costas.

Senti um alivio imenso, em saber que ambas estavam bem, e de volta.

Sam se aproximou de Jacob com um sorriso, tímido no rosto.

– Jacob, que bom ter você de volta. – eles se abraçaram.

– É bom voltar. – os olhos dele se fixaram nos meus.

Virei e sai em disparada.

Cada sonho meu, em todos esses anos ansiava este momento. Que o veria diante dos meus olhos, mas nada me preparou para vê-lo de fato.

Coloquei minhas roupas.

– Acalme-se, apenas respire, e controle-se. – repetia mentalmente voltando para o local onde ele estava.

Antes de surgir ao alcance dos olhos deles novamente, respirei fundo, controlando, ou disfarçando melhor minha respiração acelerada.

Haviam sete desconhecidos no local. Três mulheres, quatro homens, com aparências selvagens, muito parecidos com índios nativos.

Todos, inclusive as mulheres, eram extremamente lindos.

Caminhei em direção a Jacob.

– O que houve aqui? De alguma forma, acho que você tem a ver com isso. – soltei as palavras.

É irritante, querer dizer:” Como Vai”, e apenas conseguir ser hostil, e mau humorada.

– Tenho a ver com isso de todas as formas. Porem vou explicar depois. – ele se virou, e pela primeira vez em dez anos ficamos frente a frente. Ele se aproximou lenta, e calmamente. Não reconhecia mais o olhar, a postura, somente o cheiro.

– Que bom. – engoli o nó na minha garganta. – Seja bem vindo. Seus amigos também. Vou falar com Reneesme e Kate. – sai rapidamente dali, os meninos, estavam conhecendo os amigos de Jacob. Eu ia tentar brigar com Kate e Nessie. Depois de conseguir falar, normalmente, outra vez.

– Leah espera. – droga, o tom de voz dele, é algo indescritível, meus pés cravaram no chão imediatamente. Me lembrava o tom de Sam , quando queria impedir uma atitude errada minha, quando era de sua matilha, porem era muito mais poderoso.

Respirei fundo e me virei.


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– O que? – meu tom de voz saiu bem mais hostil do que o planejado. – Estou com pressa.

– Claro, claro. – minha respiração acelerou. Não apenas pelo sorriso preenchendo os lábios dele, mas também, por ouvir essas palavras.

Era uma confirmação, a certeza, que ele estava realmente ali diante dos meus olhos.

Ele ia dizer algo, porem o impedi, a vontade de abraçá-lo e ter certeza da presença dele ali era massacrante. Irritante, odiosa e incontrolável.

– Olha vamos pular as partes chatas esta bem? Eu estou bem, se era isso que ia perguntar, assumi a matilha. – ele cruzou os braços. – Você vai querer a matilha de volta, é isso? Olha tenho certeza, que você perdeu esse direito, sei lá, ou sempre o teve não sei.

E lá estava Eu novamente, parecendo uma adolescente problemática. Falando pelos cotovelos, e sem saber ao certo o que. Porcaria.

– E se eu quisesse você me entregaria a matilha? – seu tom era desafiador. – Tenho certeza absoluta que não. Ou estou enganado?

– Você era o Alfa dela, sei lá, quais as suas intenções. – tentei parecer o mais firme que esta porcaria de situação estava exigindo.

– A minha pergunta não foi essa. – ele descruzou os braços e se aproximou. – E você ate onde eu sei, é tão alfa quanto Eu. Ou não? – a respiração dele varreu meu rosto, acelerando a minha.

– O que você quer Jacob? – queria correr, eu acho, porem estava paralisada. – Eu quero diversas coisas Leah. – era a mistura mais intensa de sentimentos, que eu já havia sentido em toda minha vida, raiva, alivio, ódio.
– Só não tenho o direito de pedi-las. Não mais. – ele estava próximo demais. – Então posso te dar a minha verdade, ouvir as suas, e esperar respostas.

– Agora você ouve? Que novidade interessante. – as palavras estavam querendo escapar pelos meus dentes, minha voz era sarcástica, irritada, magoada, uma porcaria de atitude sem o menor o controle. – Preciso ir. Nos falamos depois. – respirei fundo e dei as costas a ele, tentando sair dali, pois aquele vazio, o da ausência dele, que me acompanhou todos estes anos, simplesmente evaporou.

– Eu mudei Leah, assim como você. – todas as palavras dele têm uma força, quase gravitacional.

Cravei meus pés no chão e voltei a encara-lo.

– Não. Como Eu de maneira alguma. Fui corajosa, você não. – disse entre dentes.

– Ninguém muda da mesma maneira Leah, nem pelos mesmos motivos. Somos diferentes, e você gostando ou não mudamos pelo mesmo erro. O meu. – era quase inacreditável ouvir essas palavras ditas por Jacob. Continuei caminhando, não queria voltar a encará-lo, não agora, eram informações demais para processar.

Porem escuta-lo se afastar, me trouxe uma sensação incomoda.

Parei e voltei alguns passos.

– Você vai ficar? – me arrependi das palavras assim que as pronunciei.

– Vou. – ele não se virou para responder.

– O que te trouxe de volta? Ficou fora dez anos, e acredito que nunca tenha pensando em voltar. – mais uma vez, a droga das palavras saindo pela minha boca sem controle.

– Você acreditou errado. – ele se virou, seu olhar era intenso.

– Você não respondeu minha pergunta. – cruzei os braços, mas para me juntar que para outra coisa. – Elas estavam com você? O que houve?

– Voltei por você. – não estava preparada, para estas palavras. – Ficarei por você. Sim, elas estavam comigo. Nada aconteceu a elas como pode ver.

– Você não tem o direito, de falar essas coisas. Nunca mais fale isso! – a raiva dominou meu tom de voz.

– Eu sei, assim mesmo não vou mentir. Voltei por você, sempre estive aqui, por você. – ele se aproximou mais rápido que meus olhos puderam acompanhar.

– Se afaste, faça o que veio fazer, mas longe de mim. Estou casada, e feliz. – ele encarava meus lábios.

– Eu sei, eu vi. – os olhos dele não desgrudavam dos meus lábios.

– Como assim viu? – aquela maldita sensação, no dia do meu casamento, de sentir a presença dele.

– Sua aliança, pendurada na corrente, para fora da blusa. – ele olhava a aliança.

– Espero encontrar você, antes da sua partida. – tentava controlar minhas ações, meu embaraço, meu coração. – Eu não vou a lugar algum. Voltei, não pretendo partir. Porem, me manterei afastado, se você acha melhor. Não se preocupe, não vou complicar sua vida. – ele caminhou em direção a mata, onde estavam os demais.

Minha vida havia acabado de virar de ponta cabeças, e ele dizendo não querer complicá-la. Droga.

Sonhar com ele era complicado.

Sua presença, significa algo, que neste momento estava fora do meu alcance, explicar ou entender.

Corri para longe dali. Precisava de uns minutos. Horas ou dias.

Digerir, me entender, tentar não gritar,e parar de parecer uma menininha em crise.

Não sei ao certo o que a volta de Jacob me causou, ou ainda vai causar.

Mas aquela impressão desta manhã de que minha vida, não seria mais a mesma, era uma realidade quase palpável neste momento.

Tudo que eu temia e de certa forma ansiava, era este momento. Tentei fingir durante todos esses anos que seria natural. Me preparar.

Porem descobri hoje, que mesmo depois de anos, nada me preparou para ficar diante dele novamente.

Não estava pronta, para o retorno de Jacob.

Porem teria que aprender a lidar com ele, e a vida que eu construí.

Bem era notável, eu precisaria de mais que alguns minutos para respirar, e me acalmar.

E quanto tempo seria suficiente?

Essa pergunta, só não é, mais complicada que a resposta.


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Notas finais do capítulo

Meninas esta ai.
Agora ele voltou, e a partir deste, cada encontro dos dois não será nada fácil.
Capitulo mais tenso, alguns detalhes, e vários novos personagens.
Bruna e euzinha esperamos que vocês Curtam.
Próximo capitulo já a caminho e será o pov dele.
Mexam seus dedinhos, comentem, comentem muito e logo o será postado.
As leitoras fieis, mais uma vez obrigadaço.. e as leitoras fantasminhas, venham para a luz, não faz mal nenhum e ainda impulsiona as autoras a postar mais rapido.
Saudações Lupinas e até o proximo.