Alvorada escrita por Frank Kitzinger


Capítulo 6
Capítulo 5. ME DÊ UMA TEORIA


Notas iniciais do capítulo

Para aqueles que esperavam mais do que anciosos a continuação de alvorada, está aqui meu mais novo capítulo! Espero que gostem realmente dele, pois eu fiz especialmente para vocês!
Quero agradecer desde já a todos os leitores fiéis da fanfic, a todos que me elogiaram e comentaram a fanfic.
Essa fanfic ela anda conforme o carinho que vocês tem por ela, meu talento na escrita, pts, é fichinha perante ao carinho que vocês tem pela saga...
Então deleitem-se nesta hulmide fanfic feita especialmente para vocês!
FÃS DA SAGA CREPÚSCULO!
(Avisnado logo: o 6° capítulo sairá no máximo até na próxima sexta)
de: FrankRibeiro



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PASSEI BOA PARTE DA MANHÃ PENSANDO NAQUELA GAROTA. BELLA nas últimas semanas tomou-me boa parte de meus dias, pois eu fico pensando tanto nela que isso fez com que eu voltasse a falar com ela, era como uma necessidade de minha existência.

Alice vez ou outra me dava um cutucão, para que eu voltasse a prestar atenção a aula. Quem diria que um dia eu ia encontrar um ponto fraco na minha existência, sorri com esse pensamento, uma vez que Bella se tornara algo que me enfraquece e me fortalece. Seria paixão? Em minha vida humana não me lembro de ter esse tipo de sentimento por alguém, portanto se for isso mesmo, então isso é algo novo para mim. Mas sempre tem aquela questão, de que sempre tem duas coisas em uma só. O bem e o mal, neste caso, eu carrego os dois pesadamente dentro de mim.

No entanto estava decidido a voltar a falar com ela, não era muito por mim, mas sim por ela, uma vez que a percebo triste por causa de mim, me encontro na forma de concertar isso tudo.

O sinal tocou, dando início a mais um almoço.

– Vamos? – Alice me indagou com um sorriso perfeito.

– Sim.

Fomos os últimos a sair da sala. O corredor estava abarrotado de alunos, mas isso não os impediram de se afastarem por instinto de nosso caminho. Para chegarmos ao prédio onde fica o refeitório, tínhamos que atravessar parte do estacionamento leste. Quando saímos, nossos outros irmãos estavam próximos a porta.

– E aí, o que vamos comer hoje? – Emment zombou novamente com uma piada particular.

– Hoje vou comer hambúrguer com um pouco de coca! – Alice continuou a piada dele.

Caímos na gargalhada. Algumas pessoas que estavam ali perto da gente, se assustaram.

Quando chegamos no refeitório, ele ainda estava vazio.

– Hoje não vou ficar com vocês aqui – afirmei.

– O quê? – Rosalie perguntou comum olhar curioso. – Por quê?

– Hoje quero ficar a sós com Bella.

Meus irmãos olharam para mim como se eu fosse outro ser. Assustados com minha decisão ficaram com raiva de mim. Rosalie ficou vermelha como nunca quando viu que eu assumi uma reação fria, e com um simples sorriso voltei-me para uma mesa que estava mais longe de minha família.

Eles estavam chegando, Bella estava vindo para o refeitório com Jessica, Mike, Angela, Eric e Tyler. Abri um sorriso.

– O que deu nele? – Ouvi Jasper perguntar a Alice.

– Nada, acho que apenas reavendo seus conceitos com relação a Bella.

Afila da cantina começara a crescer. E lá, entre ela, estava Bella Swan. Ela, no entanto parecia meio assustada, e estava olhando para os seus próprios pés. Fiquei a observar cada movimento que ela fazia. Cada um mais atraente que o outro, ela era tão frágil.

Bella olhou instintivamente para mesa de minha família, isso se tornara algo habitual para ela. Sem me encontrar na mesa, seu rosto entristeceu por um momento. Quando chegara sua vez, ela comprou apenas uma garrafa de soda limonada.

Quando Jessica percebeu que eu observava sua amiga. Não custou nada ela dizer:

– Edward Cullen está olhando para você de novo. Por que será que está sentado sozinho hoje?

Bella voltou seu olhar para minha direção. Então eu fiz algo que a fez ficar de boca aberta. Abri um sorriso torto para ela e a olhei por breves segundos, até que levantei minha mão e gesticulei com o indicador para que ela viesse se sentar comigo, ela ainda não acreditava que eu estava falando com ela, e sem me controlar, dei uma piscadela.

– Ele que dizer você? – Jessica perguntou à sua amiga, num tom quase insultante.

– Talvez ele precise de ajuda com o dever de biologia – ouvi Bella murmurar de antemão à Jessica. – Hmmm, é melhor ver o que ele quer.

Jessica olhava atentamente sua amiga se afastar do seu lado e vindo para minha direção.

Bella se aproximou de minha mesa, ficou em pé na minha frente, podia ver que a insegurança lhe controlava por completa.

– Por que não fica comigo hoje? – Abri um sorriso

Automaticamente ela se sentou, observando-me com uma cautela fora do comum. Ainda sorrindo, esperei que ela me dissesse algo.

– Isso é diferente – ela falou com dificuldade de achar as palavras.

Eu entendi em que ela se referia.

– Bom... – Dei uma pequena pausa, tentando reagrupar as palavras certas. – Eu concluí que, já que vou para o inferno, posso muito bem fazer o serviço completo. – De certo isso foi algo que ela não esperava, e que muito menos ela iria entender.

Os segundos se passaram, e vi que Bella tentava entender o que significavam tais palavras.

– Sabe que não faço ideia do que você quer dizer – ela ressaltou.

– Eu sei. – Sorri. – Acho que seus amigos estão com raiva de mim por ter roubado você. – Mudei o assunto sem anuncio.

– Eles vão sobreviver.

Quando Bella me respondeu, meus olhos desviaram-se para a mesa de seus amigos, mas logo voltei a olhar para ela.

– Mas é possível que eu não a devolva. – Podia ver que Bella notara minha perversidade no olhar.

Ela engoliu em seco.

Eu sorri.

– Parece preocupada.

– Não – sua voz falou. –Surpresa, na verdade... Qual o motivo disso tudo?

– Eu lhe disse... Fiquei cansado de tentar ficar longe de você. Então estou desistindo. – Falei com sinceridade. Ela percebeu.

– Desistindo? – Ela estava confusa.

– Sim... Desistindo de tentar ser bom. Agora só vou fazer o que eu quiser e deixar os dados rolarem. – Meu tom de voz começou ficar sério à medida que eu explicava tudo. Mas minha seriedade certamente foi direta para os meus irmãos, que lógico, todos estavam ouvindo, já que nossa última reunião o assunto era Bella Swan. Meu sorriso diminuiu.

– Está me confundindo de novo.

Sorri novamente para ela, sem ela saber que o que eu dissera não tinha nada haver com ela.

– Eu sempre falo demais quando converso com você... Este é um dos problemas.

– Não se preocupe... Eu não entendo nada mesmo

– Estou contando com isso. – Algo dentro de mim me disse que essa afirmação era verdade.

– Então, numa linguagem clara, somos amigos?

– Amigos... – Refleti indeciso.

– Ou não – ela murmurou.

Sorri.

– Bom, acho que podemos tentar. Mas estou avisando desde já que não sou um bom amigo para você. – Sorri novamente, mas estava avisando-a com seriedade.

– Você já disse isso muitas vezes – ela estremeceu por um momento.

– Sim, porque você não está me ouvindo. Ainda estou esperando que acredite nisso. Se for inteligente, vai me evitar.

– Acho que também já deixou clara sua opinião sobre meu intelecto. – Bella estreitou seus olhos.

Sorri como desculpa.

– E aí, como estou sendo... nada inteligente, vamos tentar ser amigos? – Ela recapitulou por um momento.

– Isso parece bom.

Bella olhou repentinamente para a garrafa de soda limonada, que estava em sua mão, ela ainda não abrira.

– No que está pensando? – Lhe perguntei com curiosidade.

Seu olhar voltou-se novamente para os meus olhos, ainda que confusa, ela me respondeu.

– Estou tentando entender quem é você.

De repente isso me fez lembrar que eu sou um vampiro, e que ela era apenas uma mera humana que poderia descobrir meu segredo. Meu queixo endureceu, mas, com muito esforço deixei meu sorriso aparecendo.

– Está tendo sorte? – quando lhe perguntei, notei assim como ela, que meu tom de voz era rude.

– Não muita – ela admitiu.

Eu ri, para que ela esquecesse meu tom rude.

– Quais são suas teorias?

Bella desviou seu olhar para a mesa, e ficou assim por um momento. Estava buscando as respostas em seus pensamentos.

– Não vai me dizer? – Quandofiz a pergunta, tinha inclinado minha cabeça para o lado com um sorriso no rosto.

Ela sacudiu a cabeça.

– É constrangedor demais.

– Isso é muitofrustrante, sabia? – queixei-me.

– Não – Bella discordou de meu modo de pensar, semicerrando seus olhos. – Não consigo nem imaginar por que seria frustrante... Só porque alguém se recusa a contar o que está pensando, mesmo que o tempo todo esteja fazendo pequenas observações obscuras que pretendem especificamente que você passe a noite toda se perguntado o que poderiam significar... Ora, por que isso seria frustrante?

“Toma na cara! Bem feito!” Ouvi Emment pensar. Dei um sorriso duro para ela.

– Ou melhor –ela começou novamente, mas, sua raiva fluía perceptivelmente em seu rosto –, digamos que a pessoa também tenha tido uma série de atitudes estranhas... De um dia salvar sua vida sob circunstâncias impossíveis a tratá-la como um pária no dia seguinte, e nunca explicar nada disso, nem mesmo depois de ter prometido. Isso também não seria nada frustrante.

– Você tem um gênio e tanto, não é? – conclui por fim, sabendo que ela mais uma vez estava certa.

– Não gosto de dois pesos e duas medidas.

Sem sorrimos um para o outro, ficamos a nos encarar por um bom momento. Quando olhei por cima do ombro de Bella, não me contive e dei uma risada, quando vi Mike me fulminando com uma raiva em particular. Li seus pensamentos e percebi que eram ciúmes de Bella.

“Acho que vou apartar essa maldita briga, entre eles! Será que ele ainda não percebeu que ela é apenas uma garota?”

– Que foi?

– Parece que seu namorado acha que estou sendo desagradável com você... Está se perguntando se vem ou não interromper nossa briga. – ri novamente, relembrando os pensamentos de Mike.

– Não sei de quem está falando – ela me respondeu friamente. – Mas tenho certeza de que está enganado.

– Não estou. Eu lhe disse, é fácil interpretar a maioria das pessoas.

– A não ser a mim, é claro.

– Sim. A não ser você. – a frustração me abateu novamente. – Fico me perguntado o porquê disso.

Bella desviou seu olhar novamente do meu, mas dessa vez para se concentrar em abrir sua soda limonada. Quando a abriu, tomou um gole, mas ainda sim, continuou a fitar a mesa.

– Não está com fome? – lhe perguntei comum distração repentina.

– Não. E você? – Ela me perguntou também, mas usando com referencia, a mesa vazia na minha frente.

– Não, não tenho fome. – respondi num tom engraçado.

– Pode me fazer um favor?

Fiquei cauteloso, não sabia o que ela iria dizer.

– Eu só pensei... se, para o meu próprio bem, você podia me avisar com antecedência da próxima vez que decidir me ignorar. Para que eu fique preparada. – Ela ficou fitando seu dedo mínimo desenhar o anel da abertura da garrafa de soda limonada, enquanto falava.

– Parece justo. – Por fim respondi, mas mordi meus lábios para segurar um riso, quando Bella desviou seu olhar para mim.

– Obrigada.

– Então posso ter uma resposta em troca?

– Uma.

– Me dê uma teoria.

Ela se alarmou por um momento.

– Essa não.

– Você não qualificou, só prometeu uma resposta – lembrei-lhe, mas estava testando-a, ou melhor, checando se ela sabia de algo.

– E você mesmo já quebrou promessas. – Ela me relembrou.

– Só uma teoria... Eu não vou rir.

– Vai sim.

Olhei para baixo, dando-lhe a entender que eu ia desistir, mas, voltei a olhar para ela com o olhar mais quente o possível.

– Por favor? – Sussurrei a ela, enquanto me inclinava para ela.

Bella pestanejou atônita.

– É... o quê? – ela me perguntou confusa.

– Por favor, me conte só uma teoriazinha.

– Hmmm, bom, foi picado por uma aranha radioativa?

– Isso não é muito criativo – zombei dela.

– Nada de aranhas?

– Nada.

– E nada de radioatividade?

– Nada.

– Droga – Bella suspirou.

– A criptonita também não me incomoda – esbanjei um riso.

– Não devia rir, lembra?

Rapidamente lutei para recompor minha expressão.

– Um dia eu vou descobrir – Bella me alertou.

“Isso está passando dos limites...” Alice grunhiu.

– Gostaria que não tentasse. – Falei sério.

– Porque...

– E se eu não for um super-herói? E se eu for o vilão?

Dei um sorriso brincalhão para ela, mas eu queria que ela soubesse de toda a verdade, sem que eu precisasse lhe dizer, mas, se ela soubesse sua vida correria risco. Mas, Bella poderia pelo menos se afastar por conta própria vindo de seu próprio instinto, porém isso não acontece com ela.

– Ah – por fim ela dissera algo, mas seus olhas dizia que ela estava pensando em algo. – Entendi.

– Entendeu? – Como seu tivesse levado um choque em minha coluna, eu rapidamente me endireitei, supondo que ela sabia de toda a verdade, e que estava escondendo isso o tempo todo de mim.

– Você é perigoso? – Ela conjecturou. Dessa vez tive certeza de que ela falava por apenas os seus instintos, pois a sua pulsação estava acelerada.

Eu apenas a olhei, querendo saber como Bella iria reagir com relação a isso.

– Mas não mau – ela sussurrou, sacudindo sua cabeça. – Não, não acredito que você seja mau.

– Está enganada. – Minha voz estava inaudível, ela percebera isso. Rapidamente olho para baixo, e pego a tampa da garrafa e começo a girá-la de lado entre os dedos. Depois a peguei me observando. Bella fazia suas próprias conclusões.

Fui sincero quando falei tudo isso a ela, porém Bella se mostrava ser diferente dos outros humanos, seus olhos não demonstravam medo puro, ou repulsa, mas fascínio, apenas fascínio.

O silencio tomara conta de todo o recinto, e Bella logo percebera isso, quando olhara para os dois lados e vendo que o refeitório estava quase todo vazio, ela ficou em pé num átimo.

– Vamos chegar atrasados.

– Eu não vou à aula hoje – lhe informei enquanto girava a tampa da garrafa.

– E por que não?

– É saudável matar aula de vez em quando. – Sorri para confirmar minha resposta, mas ainda sim estava pensando... ‘Se Bella soubesse a verdade, saberia que eu estava com toda a razão. ’

– Bom, eu vou.

Volto a olhar a tampa da garrafa, que estava a rodar em minha mão.

– A gente se vê depois, então.

Bella cogitara em ficar, percebi isso em seus olhos, mas quando o sinal tocou, ela correu disparada a porta fora, e via quando ela olhou de relance para mim.

Hoje eu não iria à aula, por um motivo. O Sr. Banner faria o recolhimento de amostras de sangue com a sua turma, para levar para a Cruz Vermelha. Não podia me submeter a isso, pois Bella estaria correndo risco de vida seu eu estivesse presente quando ela furasse seu dedo com uma agulha. Isso me fez lembrar o seu gracioso sangue. Minha garganta queimou.

Eu não queria me afastar de Bella, infelizmente tive que fazer isso, pois era questão de princípios e questão de proteção. E não podia estar presente ali na sala, mas, estaria presente nas redondezas da escola. Dei meio sorriso quando entrei na sombria floresta, para ficar de vigia.

– Muito bem, pessoal, quero que todos tirem um objeto de cada caixa – escutei quase como seu estivesse mesmo ali na sala o Sr. Banner iniciar sua aula. Escutei um som de luvas sendo esticadas. – O primeiro deve ser um cartão indicador – O professor fez uma pausa, ele provavelmente estava mostrando aos alunos com se deve fazer em cada passo. – O segundo é um aplicador de quatro dentes e o terceiro é um microbisturi estéril.

Corri entre as árvores para buscar um campo de visão amplo e perfeito para a sala de biologia. Quando o encontrei, vi o professor mostrar uma lâmina para os alunos.

– Vou andar pela sala com um conta-gotas com água para preparar seus cartões, então comecem quando eu chegar até vocês, por favor. - O Sr. Banner foi até a mesa Mike, e o usou como exemplo de sua aula hoje. – Depois quero que piquem o dedo com o bisturi cuidadosamente... – O professor pegou a mão de Mike e simplesmente deu uma pequena picada no dedo dele, e de lá brotara uma gota de sangue.

– Coloquem uma pequena gota de sangue em cada um dos dentes. – O professor continuou a explicar, espremendo o dedo de Mike.

Olhei para o resto da turma, procurando Bella.

– E depois apliquem no cartão – o vi quando ele pegara o cartão com as gostas de sangue de Mike e mostrou para o resto da turma.

Dei mais uns três passos para a esquerda na floresta negra para ter o melhor ângulo do resto da turma, foi aí que eu a vi. Bella, ao que parecia, estava se sentido ruim perante as explicações do Sr. Banner, isso fez com que sentisse uma fúria por dentro de mim, creio que for o meu instinto de defesa, defesa esta que me refiro na proteção de Bella. Ela estava de olhos fechados, estavam fechados tão fortes como se isso a fizesse esquecer-se dos acontecimentos.

– A Cruz Vermelha vai fazer coleta de sangue em Port Angeles nofim de semana que vem, então pensei que todos vocês deviam conhecer seu tipo sanguíneo. – O Sr. Banner esbanjou um sorriso para a sua turma. – Os alunos que ainda não têm 19 anos vão precisar de permissão dos pais... Tenho formulários na minha mesa.

O Sr. Banner enquanto explicava cada detalhe do assunto de hoje, observei Bella que estava muito pálida, diria que até mais do eu. Ela encostou seu rosto no tampo de mesa. O professor notou que Bella estava se sentindo muito mal, e rapidamente aproximou-se dela.

– Bella, está tudo bem? – Sua voz estava alarmada com a situação.

– Eu já sei meu tipo sanguíneo, Sr. Banner – Bella estava falando com a cabeça baixa com o professor, sua voz era tão fraca, que se não fosse os meus sentidos sobrenaturais, creio que não teria escutado o que ela dissera, se bem que já nessa distância em que estou, nenhum ser humano escutaria.

– Acha que vai desmaiar?

– Sim, senhor – ela murmurou.

– Alguém pode levar Bella à enfermaria, por favor? – O professor gritou.

“Agora é minha vez de agir!” Pensara Mike com um belo sorriso no rosto, suas mãos estavam trêmulas de nervosismo.

– Pode andar? – O Sr. Banner perguntou à Bella.

– Posso – Bella sussurrou.

Senti um formigamento no meu rosto quando vi a alegria de Mike em passar o braço em volta da cintura de Bella, depois um nó em minha garganta, quando ele puxou o braço dela para o seu ombro. O ciúme estava correndo implacavelmente por dentro de mim, ainda mais quando ela relaxou seu corpo por cima do corpo dele.

Com rapidez saí da escuridão da floresta, fui serpenteando entre os carros do estacionamento, para enfim chegar ao outro lado do campus. Fui seguindo a mil em direção a voz dos dois, minhas mãos estavam fechadas em punhos.

Quando me aproximo dos dois, Mike estava soltando Bella de seus braços, pois ela havia pedido isso, agora Bella estava tombando de lado, colocando seu rosto no cimento, o chão estava muito úmido, talvez gelado, pois vi Bella relaxar seu rosto, fechando seus olhos fortemente.

– Puxa, você está verde, Bella – o tom da voz de Mike era nervoso.

Revirei os olhos pela moleza de Mike, vendo a situação resolvi chegar mais perto para enfim notarem minha presença. Será que ela estava se sentindo mal de novo?

– Bella? – Chamei por seu nome, enquanto olhava com descrença para Mike, cujo qual estava com uma cara rabugenta perante a minha presença.

Bella enrijeceu-se quando ouviu minha voz.

– Qual é o problema... Ela se machucou? – O som de minha voz era perturbador, uma vez que vejo Bella quase estirada no chão isso me preocupou. Eu notei quando ela apertara novamente seus olhos.

E mais uma vez me senti um inútil, por não poder saber o que ela estava pensando, ou no que estava sentindo.

– Acho que está desmaiando. Não sei que o aconteceu, ela nem furou o dedo.

Olhei para aquela situação, e fui em direção a Bellae sentei bem ao seu lado.

– Bella. – Meu tom saíra em alívio. – Pode me ouvir?

– Não – ela gemeu. – Vá embora.

Eu ri, mas tentei me conter.

– Estava levando ela à enfermaria – percebi o tom de defesa na voz de Mike, isso me surtiu como uma afronta –, mas ela não conseguiu ir tão longe.

– Vou cuidar dela – lhe respondi num tom severo entre meus risos. – Pode voltar para aula.

– Não – ele protestou num tom melancólico, queria destruir a cara dele, mas me contive – Eu é que devo fazer isso.

Ignorei a resposta dele, ficando em pé de costas para ele e involuntariamente passei meus dois braços por debaixo de Bella, e a carreguei como se ela fosse uma boneca de trapos, envolvi-a em meus braços fortemente, deixando-a confortavelmente. Abri um sorriso quando o estado dela em choque, quando abrira seus olhos e percebera que era eu que a carregava, e não o Mike.

– Me coloque no chão! – Sem delongas comecei a andar, antes que ela começasse um novo protesto.

– Ei! – Ouvi Mike gritar já ao longe. Apenas eu o ignorei.

Finalmente pude observar Bella de perto.

– Você está horrível – eu lhe disse com um sorriso malicioso.

– Me coloque na calçada de novo – olhei para Bella novamente, e vi que ela estava daquele estado devido o balançar de meu andar. Então mas do que depressa afastei seu corpo que estava próximo ao meu, e sustentei seu peso apenas com os meus dois braços.

– Então você desmaia quando vê sangue? – Lhe perguntei. Abri um largo sorriso imaginando como ela seria se tornasse um de nós, uma vez que ela passa mal por sangue.

Ela não respondeu, apenas cerrou seus lábios em uma linha reta, e fechando seus olhos novamente.

– Até mesmo do seu próprio sangue – continuei.

Com rapidez eu já estava na frente da porta da secretaria, fiz um movimento muito rápido pra alguém perceber, até mesmo Bella. Passei todo o peso do corpo dela para apenas um dos meus braços, para que o outro braço ficasse livre e eu pudesse abrir a porta. E antes que a porta revelasse quem estava entrando, eu pus meu outro braço por baixo de Bella, que nem sentiu um só movimento ao seu redor, quando entrei o ar quente do aquecedor nos açoitou.

Quando a Srta. Cope percebeu que a jovem que eu carregava nos braços era a aluna nova de Forks High School, seus olhos alarmaram, e sua boca os acompanhou.

– Ah, meu Deus – ela arfou.

– Ela desmaiou na aula de biologia – expliquei, para tentar acalmar a secretária.

A Srta. Cope percebeu que eu estava rumando em direção à única maca do recinto, ele logo se posicionou em minha frente, para poder manter a portar do balcão aberta e a passagem até a maca pudesse ficar livre. Olhei rapidamente para Bella e viela abrir seus olhos e encontrar os meus, depois desviara eles para a única enfermeira da sala, que estava sentada numa mesa, e quando viu Bella sendo carregada, deixara de lado um romance que lia, ao que parecia se chamava Noites de Tormenta – um romance feito especificamente para adultos, do autor muito honrado o Nicholas Sparks, já li, e é muito envolvente.

Coloquei o mais confortavelmente Bella na maca, enquanto os papéis estalavam abaixo dela, dei uma última olhada para ela, enquanto me afastava até a parede e ficara por ali encostado esperando melhoras dela.

– Ela só teve uma pequena vertigem – garanti a enfermeira que estava um pouco preocupada. – Estão fazendo tipagem sanguínea na biologia.

Compreensiva, ela apenas assentiu.

– Sempre acontece com alguém.

Sufoquei um riso de gozação.

– Só fique deitada um minuto, querida; vai passar.

– Eu sei – Bella suspirou.

– Isso acontece muito? – A enfermeira lhe perguntou agora curiosa.

– Às vezes – quando ela admitiu sua real rejeição a sangue, eu ri, mas acabei por tossir por cima para esconder minha diversão.

– Pode voltar para a aula agora – a enfermeira me disse, por que percebera minha diversão.

– Acho que vou ficar com ela. – afirmei com autoridade, a enfermeira apenas franziu os lábios.

– Vou pegar um pouco de gelo para colocar na sua testa, querida – informou para Bella e em seguida sumiu porta fora.

– Você tinha razão – ouvi-a gemer, depois a vi fechando seus olhos.

– Em geral tenho... Mas sobre o que especificamente desta vez? – lhe perguntei, agora com a intenção de levantar um assunto.

– Matar aula é mesmo saudável. – observei ela dizer tais palavras, enquanto tentava uniformizar sua respiração acelerada.

– Por um momento, você me assustou lá fora – admiti depois um momento, uma vez que isso fora um fato real, pois Bella era minha fraqueza, é como Aquiles e seu calcanhar, Sanção e suas tranças, isso é humilhante. Uma mera humana exercer poder maior contra um vampiro. – Pensei que Newton estivesse arrastando seu corpo para enterrar no bosque. – Mudei o rumo da conversa para algo cômico.

– Rá-rá. – ela imitou uma gargalhada, formando um sorriso falso no rosto, ainda mantendo os olhos fechados.

A cada momento eu me surpreendo com ela, ali, ela deitada, ela fica tão desprotegida e mesmo assim se encontra calma e confiante comigo, talvez se ela soubesse que sou um vampiro, ela não agiria assim...

– Sinceramente... Já vi cadáveres com uma cor melhor. Fiquei preocupado se teria que vingar seu assassinato. – sorri para o invisível.

– Coitado do Mike. Aposto que ele ficou irritado.

– Ele realmente me odeia – admiti animadamente.

– Você não pode saber – ala argumentou, mas uniu suas sobrancelhas, estava pensando em algo.

– Eu vi a cara dele... Sei que me odeia. – Afirmei novamente.

– Como foi que você me viu? Pensei que estava matando aula. – Ela só não me pegara de surpresa por que esse tipo de pergunta é muito fácil de omitir.

– Estava no carro, ouvindo um CD. – Por um momento vi uma faísca de surpresa no rosto de Bella.

Sem tirar os olhos do rosto dela, ouvi a porta se abrir e a enfermeira passar por lá, Bella abriu seus olhos que rumaram para a direção da enfermeira que carregava uma compressa fria na mão.

– Lá vamos nós, querida. – Vi a enfermeira por a compressa na testa de Bella, e em seguida vi sua reação ao perceber a melhora dela. – Parece melhor. – Ela completou.

– Acho que estou bem – Bella lhe respondeu sentando-se de imediato, olhava para o teto e as paredes, talvez checando se a tontura tivesse ido embora de si.

Os pensamentos da enfermeira sempre são preocupantes, foi por isso que ela teve uma reação de querer fazer Bella se deitar, mas ante que ela colocasse seu pensamento em atividade, a porta se abriu e seu pensamento esvaiu ficando no apenas... ”deite-se querida...”

– Temos mais um – ela alertou quando viu quem entrava.

Bella saíra da maca, entregando a compressa para a enfermeira.

– Toma, não preciso disso. – Disse ela.

Mike cambaleava trazendo consigo Lee Stephens, já era de se imaginar que Mike ia dá um jeito de vim até aqui, garoto insolente. Lee era outro aluno de nossa turma estava pálido como morto vivo de filme americano. Bella se escorou bem ao meu lado na parede, para que os dois pudessem passar, já que a sala é pequena.

– Ah, não – murmurei para ela, pois ela não deveria estar na enfermeira. – Vá para a secretaria, Bella.

Ela olhou para mim desnorteada.

– Confie em mim... Vá.

Surpreendi-me quando Bella simplesmente atravessara a porta antes mesmo que ela se fechasse. Segui-a à menos de um passo a trás dela.

– Desta vez você me deu ouvidos. – Essa foi a primeira vez que ela me escutara, garanto que fiquei pasmo.

– Senti o cheiro de sangue – informou-me ela enquanto torcia seu nariz.

Impossível os humanos sentirem o cheiro de sangue. Quis rir, porém reprimi isso dentro de mim.

– As pessoas não conseguem sentir cheiro de sangue – contestei.

– Bom, eu consigo... É isso que me deixa enjoada. Tem cheiro de ferrugem... e sal.

Insondável e atento eu a observava, querendo de alguma forma entender o que ela queria dizer com isso, pois na minha passagem humana neste mundo, nunca senti o cheiro de sangue e, agora como vampiro o que sinto é apenas sede por um líquido doce e muito melhor que a água.

– Que foi? – Ela me perguntou.

– Nada.

Ouvi de novo a porta se abrir e de lá sair um loiro insolente. Ele vinha já olhando quase que secando minha parceira, depois a fúria surgiu em seu olhar quando se voltaram para mim, o ódio era visível e ardente, agora Bella teve certeza em minhas palavras.

Você parece mesmo melhor – ditou-o em direção a ela.

– Não tire a mão do bolso – ela lhe disse.

– Não está mais sangrando – Mike murmurou. – Vai voltar à aula?

– Tá brincando? Se for para a aula, vou acabar voltando para cá.

Eu queria tirar Bella de perto dele, era com se a presença dele incomodasse minha relação com ela.

– É, acho que sim... Então, vai nesse fim de semana? Á praia?

Quando ele fez essa pergunta, eu tinha acabado de me afastar de Bella, agora estava encostado no balcão olhando fixamente o vazio, enquanto viajava nos pensamentos de Mike, que o mesmo olhou pra mim por reflexo quando fez esta pergunta.

“Espero que ela não o tenha convidado, pois eu quero ter um minuto de paz com ela, onde ele não esteja a cercando!” Pensou ele.

– Claro, eu disse que eu iria.

– Vamos nos reunir na loja de meu pai, às dez. – Ele disparou seu olhar novamente para mim, mas dessa vez eu o peguei de surpresa, no entanto ele queria dizer com isso que só estava convidando ele e não eu e ela.

– Estarei lá – ela prometeu.

– A gente se vê no ginásio, então – Mike ditara enquanto saia da secretaria indo para a sala de aula.

– A gente se vê – Bella respondeu antes que ele saísse, ele deu uma olhada para ele mais uma vez.

Ele realmente queria vê-la no ginásio, porém isso de alguma forma abalou Bella.

– Ginásio – ela gemeu, entendi com um pensamento alto.

– Posso cuidar disso. – já estava do lado dela quando disse isso, estava falando perto de seu ouvido, porém me surpreendi comigo mesmo, pois eu não queria dizer isso, não queria fazer isso, isso era apenas uma reação indesejável para mim e não para o meu ser. – Sente-se e pareça pálida – murmurei.

Direcionei-me até o balcão.

– Srta. Cope? – falei com a voz mais gentil possível.

– Sim?

O que meu ser queria dizer era que eu queria deixar pelo menos hoje, Bella longe de Mike e com isso formulei uma bela mentira para a Srta. Cope.

– Bella tem educação física no próximo tempo e não acho que ela esteja se sentindo bem, na verdade eu estava pensando que devia levá-la para casa agora. Acha que pode dispensá-la da aula? – Dominação é um talento incrível que tenho sob as pessoas.

– Vai precisar de uma despensa também, Edward? – A Srta. Cope pareceu estar irrequieta.

– Não, tenho a Sra. Goff, ela não vai se importar.

– Muito bem, está tudo resolvido. Melhoras, Bella. – Ela acenou com a cabeça para a Srta. Cope, e percebi o quão ela foi exagerada em sua encenação.

– Consegue andar, ou quer que eu carregue você novamente? – Lhe perguntei sarcasticamente quando me virei em sua direção, ficando de costas para a Srta. Cope.

– Vou andando.

Com cuidado ela se levantou. Fui em direção a porta, para mantê-la aberta para que Bella pudesse passar, eu sorria educadamente para ela enquanto via-a entrar no chuvisco de Forks. Ela inclinara um pouco sua cabeça ficando com o rosto para cima para aproveitar aquele fino chuvisco frio.

– Obrigada – ela falou enquanto atravessávamos a calçada da secretaria. – Quase vale a pena passar mal para faltar à educação física.

– Disponha. – Semicerrei os olhos enquanto olhava para frente.

– Então você vai? No sábado, quero dizer? – O tom da voz dela fez com que eu entendesse que ela queria realmente que fosse com ela.

– Aonde vocês vão exatamente? – Continue a olhar para frente, esperando pela resposta dela.

– La Push, à primeira praia.

Aquele nome, meus olhos se estreitaram. La Push a praia dos Quillayute’s uma tribo indígena que moram nessa reserva há anos.

Olhei para Bella pelo o canto do olho enquanto sorria.

– Acho que não fui convidado.

Ela suspirou. Por mais que eu tenha sido convido, não poderia ir.

– Eu estou convidando.

Soltei um sorriso frio.

– É melhor você e eu não pressionarmos ainda mais o coitado do Mike esta semana. Não vamos querer que ele desmorone. – Sinceramente, eu estava nem um pouco me lixando pro Mike, mas eu ia me divertir muito vendo a cara dele de depressão.

– Mike-bobão – Bella murmurou, porém sabia que ela estava se referindo no que eu disse “você e eu”...

Mas alguns passos e estaríamos no estacionamento. Quando chegamos, ela procurou sua picape, quando a viu rumou na direção dela, mas quem disse que eu iria deixá-la ir?

Antes que ela desse seu terceiro passo, peguei seu casaco, puxando-a para trás.

– Aonde você pensa que vai? – Eu estava furioso, do jeito como ela é não duvido que fosse bater seu carro logo no primeiro quarteirão, uma vez que ela tenha tido uma vertigem. Agarrei mais forte ainda o seu casaco.

Ela olhou confusa para mim.

– Vou para casa.

– Não me ouviu prometer que levaria você para casa com segurança? Acha que vou deixar você dirigir nas suas condições? – Estava completamente indignado com ela.

– Que condições? E a minha picape? – lá vai ela começar a reclamar.

– Vou pedir a Alice para levar depois da aula. – Agora estava me direcionando para o meu carro, puxando-a pelo o casaco, por mais que ela não queira, vou levá-la.

– Solta! – Ela insistiu, mas a ignorei. Bella cambaleou de lado pala calçada mais não adiantaria ela fazer drama agora. Quando cheguei perto da porta do carona de meu carro eu a libertei, e ela tropeçou caindo perto da porta.

– Você é tão mandão! – Ela rosnou.

– Está aberta – sem ligar para o que dizia me direcionei para a porta do motorista e entrei.

– Sou perfeitamente capaz de dirigir para casa! – ela estava muito irritada comigo, porém ainda não havia entrado no carro e o chuvisco lá fora estava se tornando chuva.

Abaixei o vidro elétrico, e me inclinei no assento olhando para ela, que estava sem seu capuz e já tava ficando ensopada.

– Entre, Bella.

Nenhuma resposta. Ela estava olhando para diversos lugares.

– Vou arrastar você de volta – eu a ameacei.

Por vi seu olhar de rendimento, e entrou no carro. Quando sentou vi o quanto ela se sentia envergonhada por estar ensopada, ainda mais quando suas botas guinchavam.

– Isso é totalmente desnecessário – ela disse, toda rígida.

Eu não respondi por que do jeito que ela estava íamos começar uma bela discussão para aplausos e público.

Ainda sem dá uma palavra, liguei o motor do volvo, e liguei rapidamente pelos os controles o aquecedor e tocador, a música que estava tocando era a mesma que escutara tempos atrás, talvez meses, quando saí às pressas da sala de biologia, para não matar certo alguém que agora está sentada no meu banco carona.

Olhei pelo o retrovisor interno para ela e vi seu rosto ficar curioso.

– “Clair de Lune”? –como ela sabe?

– Você conhece Debussy?

– Não muito bem – explicou ela. – Minha mãe toca muita musica clássica em casa... Só conheço minhas favoritas.

– Também e uma das minhas favoritas. – a chuva era muito forte lá fora, mas isso não me deixara tanto surpreso quanto o gosto compatível dela com o meu.

O ar estava ficando mais relaxante entre nós, assim como o derretimento da parede de gelo que se formava entre nós dois, olhei para ela novamente, ela estava relaxada em seu banco, enquanto ficava a observar a chuva se tornar um borrão na janela do volvo. Estava tudo tão silencioso que a cidade ao nosso redor parecia ser uma cidade fantasma.

– Como é a sua mãe? – lhe perguntei tentando levantar um novo diálogo.

Ela me pegou analisando-a curiosamente.

– Ela é muito parecida comigo, só que mais bonita – Ela disse, me surpreendendo por saber o quão ela era negativa com a sua beleza, estar certo que ela não bonita como aquelas modelos, mas ela tinha sua própria beleza. – Tenho muita coisa do Charlie. Ela é mais atirada que eu, e mais corajosa. É irresponsável e meio excêntrica, é uma cozinheira imprevisível. Ela é minha melhor amiga. – Ela parou de falar.

Dobrei à esquina esquerda e segui em frente, quase no final da rua a casa do Sr. Swan começara a surgir, comecei a ficar frustrado por ter que deixar Bella longe de mim.

– Quantos anos você tem, Bella? – Lhe perguntei enquanto eu estacionava o carro na frente casa do Sr. Swan.

– Tenho 17 anos – o tom da voz dela era confuso.

– Não parece ter 17.

Afirmei com censura, porém ela riu em seguida.

– Que foi? – Lhe perguntei com curiosidade.

– Minha mãe sempre diz que eu nasci com 35 anos e que entro mais na meia-idade a cada ano que passa. – Ela riu e depois suspirou. – Bom, alguém tem que ser adulto. – Olhei para ela, pois ela havia parado por um segundo. – Você mesmo não parece um calouro na escola – Ela observou.

Fiz uma careta, lembrando que ela estava supondo algo que de fato era real, sem mais delonga, mudei de assunto.

– Então por que sua mãe se casou com o Phil?

Quando terminei de fazer a pergunta, pude perceber o quão deixei Bella surpresa, isso fez com que ela parasse por um momento.

– Minha mãe... é muito jovem para a idade dela. Acho que Phil a faz se sentir ainda mais nova. De qualquer forma, ela é louca por ele. – Ela sacudiu sua cabeça repentinamente.

– Você aprova?

– E isso importa? – Senti o contra-ataque no tom da voz dela. – Quero que ela seja feliz... E é ele quem ela quer.

– Isso é muito generoso... eu acho – refleti por um momento, chegando em fim a uma conclusão.

– O quê?

– Acha que ela teria a mesma consideração com você? Independentementede quem você escolhesse?

Estava dessa vez a procurar o olhar de Bella, pois queria entendê-la perfeitamente, uma vez que me interesso por esse assunto.

– A-acho que sim – Bella gaguejou. – Mas afinal de contas, ela é mãe. É meio diferente.

– Ninguém assustador demais, então – zombei dela, mas ela me retribuiu com um sorriso duro no rosto pálido.

– O que quer dizer com assustador? Piercings na cara toda e tatuagens enormes?

– Acho que essa uma definição.

– Qual é sua definição?

Apenas ignorei a resposta uma vez que eu sou um vampiro, e para um mortal, isso lhe cause riscos.

– Acha que eu posso ser assustador? – ergui uma sobrancelha enquanto sorria lenta e levemente para ela.

Ela abaixou seu campo de visão para pensar por um momento. Por fim, seu olhar voltou-se para mim.

– Hmmm... Acho que você podiaser, se quisesse. – Bella me respondera com um tom de incerteza na voz.

– Está com medo de mim agora? – Dessa vez meu sorriso esvaiu-se e um tom sério surgiu em minha voz.

– Não. –Ela respondeu rápido demais e percebi que ela estava com medo, pela primeira vez tive certeza, sorri disso. –Então, agora vai me falar de sua família? Deve ser uma história muito mais interessante do que a minha. – Bella propôs essa pergunta como distração.

– O que quer saber? – Lhe perguntei de imediato apesar de está sendo cauteloso.

– Os Cullen adotaram você? – ela conferiu.

– Sim.

Acho que a deixei um pouco tensa com essa questão, porém ela não se intimidou com isso.

– O que aconteceu com os seus pais? – lá surgiu mais uma pergunta.

– Eles morreram há muitos anos. – Julguei a questão como uma resposta sem por detalhes.

– Eu sinto muito – Bella murmurou.

– Eu não me lembro deles com muita clareza. Carlisle e Esme têm sido meus pais há bastante tempo.

– E você os ama. – Ela me respondeu com uma afirmação, sabendo que existia uma ligação muito forte entre mim e Carlisle e Esme.

– Sim. – Sorri ao responder. – Não consigo pensar em duas pessoas melhores.

– Você tem muita sorte.

– Sei que tenho. – E realmente tenho, apesar de Carlisle ter me transformado em um demônio sugador de sangue, fico feliz por ele ter me transformado em um vampiro cujo qual tem piedade com os humanos, o que eu digo por Esme também.

– E seu irmão e sua irmã?

Caramba me esqueci. Olho para o painel em busca do horário.

– Meu irmão e minha irmã e, a propósito, Jasper e Rosalie, vão se irritar muito se tiverem que ficar na chuva esperando por mim.

– Ah, desculpe, acho que você tem que ir. – Sua voz era triste, dando a entender que ela não queria sair de meu carro.

– E você deve querer sua picape de volta ante que o chefe Swan chegue em casa, assim não precisa contar a ele sobre o incidente na biologia. –Sorri para ela.

– Tenho certeza que ele já sabe. Não há segredos em Forks. – Bella suspirou com este pensamento.

Retribui o seu sorriso. Fiquei tenso ao lembrar que no sábado, Bella estaria nas terras onde jamais colocarei meus pés, uma vez que se tenha um contrato com relação a isso, queria que ela não fosse a essa praia, mas concluí que eles não podiam ferir Bella.

Mas só consegui dizer isso:

– Divirta-se na praia... Espero o clima esteja bom para um banho de sol. – Concluí ao observar como clima estava drasticamente chuvoso lá fora, era com se estivesse de noite apesar de não passar das quatro e meia da tarde. Porém já sabia que amanhã teria sol, pois Alice preverá isso.

– Não vou ver você amanhã?

– Não. Emment e eu vamos sair cedo para o fim de semana.

– O que vão fazer? – O tom tristonho abalou a voz dela novamente.

– Vamos escalar a Great Rocks Wilderness, ao sul de Rainier.

Caçar queria dizer caçar ao invés de dizer escalar... Infelizmente isso era um segredo.

– Ah bom, então divirtam-se. – Por mais que ela tentasse estar entusiasmada com o que eu ia fazer amanhã, percebi que ela estava triste, isso fez com que um sorriso surgisse em meus lábios, um sorriso este de modo sarcástico, uma vez que pego Bella tentando mentir para mim.

Não sei o porquê de ainda está preocupado com ela, só por que ela irá ao fim de semana para La Push?

– Faz uma coisa por nesse fim de semana? – Me virei para olhar em seu rosto, com aquele olhar que sempre a deixo desnorteada.

Ela sem mais nenhuma reação só fez assentir.

– Não se ofenda, mas você parece ser uma daquelas pessoas que atrai acidentes feito um ímã. Então... Procure não cair no mar, nem se afogar, nem nada disso, está bem? – Pus um sorriso torto em meus lábios.

Bella me olhou por um momento, e foi nesse mesmo instante que eu senti uma forte ligação entre nós, algo muito mais que intimidade. Talvez essa minha preocupação de protegê-la fez com que eu me aproximasse dela.

– Verei o que posso fazer – ela respondeu e em seguida abriu a porta do carona, e saiu para chuva, depois ela fechou a porta com um pouco mais de força precisa, fazendo com que o som tornasse alto dentro do carro.

Liguei o motor, deixando Bella para trás, ainda que sentindo um forte vazio dentro de mim.

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Notas finais do capítulo

Mil desculpas à aqueles que não gosta de ler muitas páginas por capítulos, sei que dessa vez tem mais páginas - assumo - porém foi minha culpa, é que neste último dias eu fiquei tão inspirado em escrever, que quando percebi já tinha ultrapassado a média do que consegui no 4° capítulo.
Adiantando o que o vem no próximo capitulo:
* Edward sai para caçar;
* Ele pensa pela primeira vez em seu passado em Forks;
* Ele preocupa-se por Bella está na praia dos lobos;
* Ele observa Bella Desde o momento em que ela volta da praia.
ENTÃO NÃO PERCA O 6° CAPÍTULO: UM TRATADO PERMANETE.
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