Sedução escrita por vickdecullen


Capítulo 5
Capítulo 4




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Isabella tomava café da manhã na cama, como ela havia pedido. Lia o jornal trazido de Londres e tomava uma xícara de chá preto com limão. Ana enquanto isso tirava os melhores vestidos para Isabella usar na tarde para o piquenique com o Lord.

-Que tal esse amarelo senhorita?- diz Anna tirando um vestido que moldava o corpo.

-Não sei- respondeu colocando a xícara no pires- Acho meio incomodo para usa-lo em um piquenique... Anna, trouxemos minha roupa de montaria? Gostaria de usa-la.

-Sim senhorita, mas a de montaria? Não é algo apropriado para a ocasião.

-Justamente- respondeu levantando-se da cama- Ontem meu pai disse que sou ousada. Está na hora de colocar isso em prática.

-Mais do que já coloca? Senhorita, sua mãe não ira gostar da ideia.

-Por isso mesmo Anna, não é obvio? Acho que colocar uma roupa não apropriada é o minimo que posso fazer para irrita-la ainda mais depois de tudo que esta provocando com essa historia de casamento quase arranjado.

Isabella foi até o closet que tinha e tirou a roupa de montaria que tinha. Essa roupa tinha sido feita exclusivamente a ela, já que normalmente montaria era um esporte masculino. Apesar de ter o culote negro e as botas, o camiseta branca era um tanto feminina. Como Isabella tinha os ombros largos, as mangas eram soltas com elásticos nos pulsos dando um efeito leve, na cor branca. Todos os botões eram de ouro com o brasão dos Swan. O colete era vermelho igual a cor de seu batom. Usaria os cabelos soltos (que normalmente deveriam estar presos em uma transa para uso de montaria) e deixaria eles levemente erguidos de um lado presos em uma fivela. Estaria usando perolas e o anel de ouro.

-Como estou?

-Milady sua mãe ira te matar!- exclamou a empregada.

-Então estou estupenda- respondeu sorrindo e passando perfume nas áreas estratégicas.

Enquanto isso na sala de hóspedes Edward e Jacob conversavam enquanto tomavam café. Já estavam prontos para o piquenique que fariam para o almoço.

-O que você achou do Lord de Brack?- perguntou Edward.

-Sujeito meio estranho, mas todos os escoceses são não é?

-Sua prima pareceu se divertir com ele.

-Isabela?- exclamou rindo- claro que não. Ele não é do feitio de minha prima. Para conquista-la terá que ter muito mais do que um sotaque charmoso.

-Mas ela pareceu bem a vontade na presença do Duque no jantar.

-Meu caro amigo, Isabella é mais do que uma capa de livro. Ela tem muito o que ser lido.

-Então acredita que ela não gostou dele?

-Não creio, já disse, ele vai precisar muito mais do que um sotaque. Mas, porque tanto interesse no Lord e na minha prima?

-Nada são só observações- respondeu tomando um gole de café.

-Sei... Se eu não te conhecesse diria que... Edward?

Ele já não escutava o amigo, Edward, agora estava muito ocupado olhando para Isabella que descerra as escadas e entrava na sala. A roupa que usava não era muito comum ser vista em mulheres, mas mesmo usando algo tão másculo, por incrível que parecesse ela ainda ficava muito sensual para seu bom estado mental.

-Bom dia cavalheiros- saudou ela.

-Bella? O que você esta usando?- perguntou Jacob divertido.

-O que parece Jacob querido? É uma roupa de montaria!

-Você é tão absurda- respondeu.

-Ousada quer dizer. E essa não é uma de homens essa foi feita para mim, com um toque feminino não vê?

-Claro que vejo, mas mesmo assim, não acho que seja apropriado para ser usado na frente de convidados especiais.

-Não tenho nenhum convidado especial, e mesmo se tivesse não me impediria de usar a roupa que uso.

-Acho que ficou perfeito- disse Edward fazendo Jacob e Isabella o encararem.

-Obrigada- respondeu ela corando.

A manhã passou rápida. Quando eram quase meio dia, o Lord Brack chegou e achou Isabella extremamente sensual naquela rouba de montaria. Depois que Bella pegou a cesta de piquenique que nela havia uma variedade de frutas, presunto, queijos, geléias, pães quentes com manteiga, e vinho, eles se prepararam para pegarem seus cavalos e irem em busca de algum lugar para almoçarem. Isabella montou o cavalo com maestria, muito melhor do que o Lord e seu primo, e depois de certo tempo encontraram uma grande arvore onde pararam e se instalaram ali.

Diferente de ontem a noite, Isabella não parecia tão interessada no que o Lord tinha a dizer sobre o quanto era linda e o quanto isso ou aqui ela era, na verdade ela estava agora absorta em seus pensamentos, e de vez enquanto trocava olhares significadores com Edward. Eles comeram, beberam, conversaram de politica, armas e rumores da sociedade inglesa. Até que o Lord de Brack teve que se despedir e voltar para a casa sozinho, por ter que resolver alguns problemas. E depois que ele se foi pareceu que o clima ficou mais leve, e Isabella passou a rir mais.

-Devemos ir a Londres em um final de semana- comentou Isabella tragando seu cigarro.

-E o que tem em mente?- perguntou Jacob.

-Gostaria muito de ir a Ópera, ou um baile de mascaras!

-Baile de mascaras?- perguntou.

-Sim, amo a ideia de ninguém nos reconhecer.

-Realmente é muito divertido, apesar do que falam sobre esses tipos de baile.

-E o que falam exatamente?- toma um gole de seu vinho.

-Bem, que pode ser algo muito bohêmio e promiscuo.

-Por isso torna tudo tão fascinante- respondeu olhando de esguelha a Edward.

Jacob viu os dois trocarem o olhar e percebeu que estava faltando ali, e percebendo o que aquilo queria dizer, e finalmente entender as perguntas sucessivas que Edward fazia sobre a prima, e de Isabella jogar indiretas dificilmente de serem entendidas.

-Acho que vou voltar- anunciou se levantando- acho que tomei muito vinho e vou dormir um pouco.

-Porque não tira um cochilo aqui? Esta um dia tão bonito- exclamou Bella.

-Não, não... Sou muito difícil para o sono, tenho que estar em um lugar totalmente escuro se não, não durmo.

-Então voltamos também- disse Edward se levantando.

-Não, por favor, não iram sair desse dia por minha causa, absolutamente não! Porque não aproveitem e se conhecessem mais um pouco, sei que iram se dar bem- Jacob esticou os braços enquanto soltava um suspiro- Nos vemos mais tarde.

Os dois viram Jacob subir no cavalo e sair em disparada pelos jardins verdes.

Um silêncio meio incomodo se pairou ali, e Isabella pareceu corar, dessa vez verdadeiramente.

-Então Edward- começou ela olhando para ele tentando se controlar na voz tremula- Sinto que ainda me deve a historia de sua vida, que ontem não pode me contar.

-A senhorita continua interessada nisso?

-Absolutamente que sim. Por alguma ração você me parece muito mais interessante do que realmente é, por isso- se ajeitou- conte-me sua historia.

Edward sorriu e acendeu um cigarro.

-Por onde devo começar?- tragou a nicotina- Bem sou um novo rico como bem sabe. E não sei a diferença de um talher de peixe com um talher de passar manteiga. Fui criado com apenas com garfo, faca e colher. Meu pai e minha mãe trabalharam muito para me sustentar e sustentar minha irmã mas nova Alice. Cresci na rua e cheguei até a roubar. Entrava em brigas e saia com cicatrizes. Meu passado, minha historia pode ser muito mais assustador do que parece.

-Acho fascinante- respondeu sem demostrar o medo que na verdade sentia.

-Então não te incomoda saber que já roubei de pessoas que são da mesma classe social e econômica que você?

-A culpa não é sua se roubou por necessidade.

-E se não foi por necessidade?

-E não foi?- perguntou com uma sobrancelha levantada.

-Precisava do dinheiro, mas igual não fui justo.

-Então eu não me importo- respondeu pegando um morango- e como você conseguiu entrar no ramo de armas?

-Fui para Paris para conseguir algum dinheiro, para mim e minha família, e foi quando conheci Jacob e nos tornamos sócios, foi tudo tão rápido e inesperado que até hoje não entendo como as coisas desenrolaram tão bem.

-E sua família onde esta?

-Estão em Londres, mando dinheiro mensalmente para eles, e agora vivem em uma casa boa em um bairro nobre. Tudo o que eu sempre quis para eles.

-Devemos convida-los para uma festa em minha casa, como meu pai disse, seria um prazer conhecer os pais de um jovem tão inteligente.

-Por mais que admire o convite, ainda não somos muito bem aceitos na sociedade...

-E o que a sociedade tem a ver com o convite proposto? Seus pais iram conhecer os meus, que não tem preconceito com os novos ricos, talvez mamãe tenha, mas ainda sim quem manda na casa é meu pai.

-O problema é quem estará na festa, e não seus pais.

Isabella abaixou a cabeça e percebeu o quão difícil deveria estar na situação dele.

-Quer andar um pouco?- ofereceu ela se levantando.

Ele aceitou se levantando também.

Caminharam por um bom tempo conversando de diversos assuntos, e rindo em muito deles. Edward ficava cada minuto mais fascinado por ela, e ela cada vez mais sentia que ele era o homem mais interessante que havia conhecido. Apesar de muito de seus amigos serem muito inteligentes e terem bom assunto, Edward ganhava deles. Talvez por ele ter sido de um mundo diferente de o dele, ou apenas por ele ser incrivelmente lindo.

Caminhando mais um pouco, escutaram o barulho de agua, e caminhando para mais perto do barulho de agua, firam que era um riacho com cachoeira. Edward olhando para o riacho teve uma breve visão de Isabella brincando com a agua inteiramente nua.

-Parece estar gelada- disse Edward olhando para Isabella, que começara a desabotoar os botões de ouro de seu colete- o que a senhorita esta fazendo?

-Eu e Jacob costumávamos a pular no riacho quando éramos pequenos- disse ela agora tirando as botas- E bem, faz muito tempo que não tomo um banho de agua purificada então.

Isabella tira o culote e fica apenas a camiseta branca e as roupas de baixo de homem que tinha que ser usada com o culote. Edward sentiu seu membro dar sinal de vida e grunhiu com a imagem sedutora da jovem.

-Isso não é apropriado.

-Mesmo para você Edward?- disse rindo e pulando na agua gelada.

Edward ficou admirando ela, mas quando viu que não voltava a superfície ficou realmente preocupado e tirou os sapatos, o palito e o colete e se jogou na agua.

-Isabella?!- gritou olhando para os lados.

Uma risadinha atras dele o fez virar e viu a jovem de baixo da pedra de onde haviam pulado.

-Não vejo a menor graça em me deixar desesperado.

-É porque você não viu a sua cara- ela nadou até ele.

-Você é de verdade a mulher mais incrível que eu tive o prazer de conhecer- disse ele a encarando intensamente.

Isabella sentiu seu olhar queimar a alma e seu ser. Ela já havia beijado uma vez. Em realidade beijara Jacob (claro que o beijo não mudara nada entre eles, já que era apenas para ensina-la beijar), mas já fazia tanto tempo que Isabella nem se lembrava como se fazia.

-Quero beija-lo- diz ela com a voz tremula e baixa. Ela mal acreditava que dissera isso, e muito menos ele acreditava ter escutado.

-Quer ser beijada, por mim?- perguntou chocado. Nunca uma mulher lhe dissera isso, sempre ele tivera que racionar.

-Quero, como nunca quis por outro homem- respondeu ela se aproximando dele.

Ela abraçou seu pescoço e ele sua cintura. Depois disso tudo começou a se tornar algo natural. Ela encostou os lábios nos dele e ele os sugou levemente. A agua do riacho com o doce da boca dela era uma combinação incrível. Começaram com um beijo suave e avançaram para algo mais ardente quando ela gentilmente abriu espaço para a língua dele. Em um ato totalmente irracional ela soltou um gemido rouco que serviu de estimulo para que ele agarra-se as coxas dela e as prendesse na cintura dele, o que não foi uma boa ideia, pois o sexo dele com o dela se chocaram fazendo ambos sentirem um arrepio. Para Isabella aquela sensação era nova- diferente de Edward que já sabia o que era aquilo. Seria o mais prudente ele parar, mas ela se apegara tanto nele, beijara ele com tanto mais fervor que foi impossível afasta-la.

Ele agarrou um dos seus seios empinados e duros que estavam presos no espartilho que usava. Isabella parou de beija-lo para tomar ar e suspirar. Era tão maravilhoso ver os gemidos saírem por aquela boca úmida e vermelha de Isabella, que o fazia delirar em êxtase, e aproximar seus lábios em seu pescoço, o sugando, mordendo...Bella queria sentir mais daquela sensação nova que experimentava, agarrou seus cabelos molhados, e se uniu mais ambos os corpos.

-Edward- suspirou.

E ele voltou a beija-la. Edward nadou com ela até a borda do riacho e encostou o corpo dela na terra molhada. Cobriu seu corpo com o dele e assim foi mais fácil o contato entre eles. Inconscientemente Bella rebolou sobre ele, fazendo ambos dos sexos umedecerem, e rasparem um no outro. Ela precisava dele, assim como ele dela. Porém, infelizmente, como um tapa na cara, Edward percebeu a enormidade do que aquilo havia se tornado, e que se afastasse sua roupa de baixo e ele desabotoasse sua calça, nada mais os impediriam de fazer o que tanto queria, mas não poderia fazer isso com uma mulher casca e ainda mais, seria um ato te total falta de maturidade que ele cometeria. Se sentia um adolescente com os hormônios bombeando testosterona. Não, ainda sobrava - mesmo que pequena - uma consciência de que não poderia fazer isso com ela.

-Isabella melhor pararmos por aqui- diz ele ofegante enquanto ela tentava traze-lo novamente para um beijo.

-Não, eu quero continuar- responde puxando seus cabelos.

Edward se encostou mais nela, fazendo-a sentir sua ereção o que a fez se assustar, o que era aquilo duro em sua coxa?

-Sente isso?- perguntou muito perto de sua boca fazendo ela engolir em seco- Se eu não parar agora, não serei responsável pelos meus atos.

-O que é isso?- perguntou ela inocentemente.

Edward ficou pálido de uma hora para outra. Porque as mães não falam com suas filhas sobre o corpo humano? Se perguntou, tudo seria tão mais fácil.

-Isso... Isso usamos para... droga... Para que as mulheres sintam prazer. Suponho que saiba algo sobre de onde os bebes são feitos não?

-Claro que sei- respondeu brava.

-Bem, é com isso que fazemos eles...

Isabella se assustou. Aquilo então era o instrumento que todos os livros que lia de suas empregadas falavam. Era aquele o instrumento que também a faria delirar e sentir as nuvens nos pés. Eles ficaram naquela posição por um tempo que pareceu infinito, até Edward a convida-la a se levantar e voltarem ao piquenique que faziam.

-Espero que o beijo não mude nada entre a gente Edward- diz Isabella secando os cabelos quando já estavam a baixo da arvore.

-Eu não mudaria nem se quisesse, geralmente esta no papel da mulher fazer isso- respondeu rindo.

-Pensei já ter deixado claro sobre eu não ser uma mulher convencional- pões as mãos na cintura.

-Certamente que já- ele a olhou com mais desejo de beija-la novamente.

Isabella corou com tal olhar mandado e virou o rosto terminando de secar seus cabelos para que caíssem em uma cascada de caracoles perfeitos.

-Melhor voltarmos- diz ela- já ficara tarde, mamãe pode querer fazer uma festa.

-E porque ela faria tão encima da hora?

-Ela é extravagante, sempre faz surpresas. Talvez isso tenha sido a única coisa que herdei dela.

Edward riu e ajudou a guardar o resto de comida que tinha. Enquanto trotavam de volta para casa Edward, muito curioso perguntou:

-O Lord de Brack é um sujeito muito boa gente- Isabella riu a maneira chula e antiguada que falou, mas achou ao mesmo tempo muito sedutor.

-Sim, ele é um homem muito bom- respondeu.

-Ele parece estar gostando da senhorita, não que seja o único!

-O senhor sente ciumes dele?- perguntou divertida, vendo Edward corar.

-Não seja absurda.

Isabella sorriu, ele de fato tinha ciumes dela e ela, por uma estranha e louca razão, gostava de ele ter tais sentimentos por ela. Assim ela sentia poder. E ela adorava isso. Mas em que todo esse jogo de sedução ia os levar? Poderia ser para o inferno, mas que ela fosse abraçada com o diabo, que nesse caso, era Edward Anthony Masen Cullen.


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