Fazia tempo que estava devendo uma visita para mãe. Aproveitou que os pais de Carmem tinha viajado e que a garota tinha lhe dispensando, Titi foi até sua antiga casa. A mãe saudosa lhe encheu de mimos e fez jantar, achava que o garoto andava muito magrinho. Estava terminando de jantar quando viu passar na Tv um link ao vivo do jornal.

Titi – É aqui na rua não é mãe?

Mãe- A casa da dona Deyse... – Mãe e filho se puseram na frente da TV.

Um close da fachada da casa de Denise. O repórter entrevistava um abatido seu Oscar.

Oscar – Há dias estou sem notícias da minha filha, ela só tem 16 anos, uma menina ainda... Eu to desesperado, minha esposa também... Eu peço que quem estiver com minha filha que por favor, entre em contato conosco... – Sofrido. - Não agüentamos mais essa agonia, nossa filha única desaparecida. – Respira fundo, o repórter percebe o estado sensível do pai da garota.

Repórter – O senhor tem mais um recado a dar aos possíveis seqüestradores de sua filha?

Oscar – Tenho um recado a dar sim... Pra minha filha... – Respira um pouco refletindo as palavras. – Filha... Você é a coisa mais importante da minha vida... A parte mais bonita da minha história... – Choroso. – Eu não sei se você esta me vendo agora... Mas se tiver, saiba que eu te amo muito... E eu tenho certeza que logo vou poder dizer isso pessoalmente. Se cuida tá? – Ao repórter. – Só isso...

Logo entra uma vinheta e entrou os comerciais

Mãe de Titi – Que horror, como estão sofrendo...

Titi estava paralisado em frente ao seu prato de comida. O sofrimento do pai da ruivinha mexeu de forma violenta com seu animo. A dor lhe ocupava por inteiro. Sua mãe tinha razão aquele sofrimento estava se alastrando demais, já era hora de por um ponto final. Levantou-se decidido.

Mãe de Titi – Não vai terminar filho?

Titi – Perdi a fome... Tenho que ir mãe...

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Cebola já tinha ido algumas vezes até o curso de inglês noturno de Irene. Ficou cerca de quinze minutos esperando a garota sair com sua turma. Ao ver o Troca Letras a menina deixou as garotas que conversavam para trás e se pendurou no pescoço do garoto.

- Aí Cê, quanto tempo você não vem me buscar...

Cebola – Precisamos conversar Irene...

Irene (Maliciosa) – Hummm... Só nos dois?

- Não, nós três Irene... – Mônica disse saindo de trás da árvore que estava escondida, surpreendendo Irene. Olha pra Cebola a espera de alguma explicação.

Cebola – A Mônica veio comigo, e é um assunto importante mesmo...

Irene – O que essa dentuça tem pra falar comigo?!

Mônica- Olha aqui eu... - Antes de falar alguma coisa Cebola lhe impede.

Cebola – Aquele dia da danceteria... Você ouviu minha conversa com a Mônica e contou pra mais quem?

Irene – Do que vocês estão falando?

Mônica – Não se faz de desentendida sonsa!!! Não é segredo pra ninguém que o Cascão e a Magali estavam namorando, e você foi logo tratar de contar pra Cascuda e encher a cabeça dela?! Não foi isso que aconteceu?!

Irene – Filha, se não é mais segredo por que você acha que eu que falei pra Cascuda?!  Façam-me o favor...

Cebola (Perdendo a paciência) – E não foi não?! É mentila que você ouviu quando eu falei pla Mônica e foi colendo falar pla Cascuda?!!! NÃO FOI???

Irene – Não, eu não contei pra ela, JURO!!!

Mônica – Ninguém cai mais na sua não!!!!! Conta a verdade porque é o seu queridinho aqui que tá pagando o pato!!! O Cascão acha que ele que traiu e abriu a boca!!!

Irene – Isso é verdade?

Mônica – Ao contrário de umas e outras eu não minto!!!

Cebola – O Cascão não pode achar que eu que traí a confiança dele... Ele é meu melhor amigo... Um dos caras que mais me conhece... Você como ele é importante pra mim!!!

Irene – Mas eu não falei nada pra Cascuda...

Cebola – Ilene...

Irene – Eu até sei o que aconteceu, será que podemos conversar sozinhos, Cebolinha?

Cebola encara Mônica que entende o recado.

Mônica – Eu vou dar uma volta... E não demoro... Licença...

Afasta-se deixando o Troca letras com a ruiva. A cada declaração de Irene, Cebola parece mais perplexo, mas também quem não iria ficar com a história que a garota estava lhe contando?

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Marina foi direto da agência para o clubinho. Pensava que ia encontrar Mônica, Magali e Cascão, mas apenas o inventor estava na ilha de edição. Mais uma vez mexendo em alguma parafernália que ela não sabia o que era. Estava preocupada com Carmem.

-Não é melhor ligarmos Franja?

Franja – Não vai ser preciso com isso aqui... – Pega um dos inventos e pluga no nootbook. – Isso aqui Marina é coisa de ultima geração quando se trata de transmissão de dados. Eu instalei um chip GPS no colar câmera da Carmem e ele será rastreado em qualquer lugar do mundo... – Batendo algumas informações no computador. – Agora, por exemplo, ela esta em... – Estranhando. – Bogotá?!

Marina começa a rir.

-Ué o que saiu errado? – Perguntou-se.

Marina – Você não vai mudar nunca é? – Afaga os cabelos do garoto, como quando eram namorados. Franja abre um sorriso deixando a desenhista sem graça. – Desculpe eu não quis...

Franja – É bom sentir isso Marina... Bom mesmo.

Marina vira as costas e começa a procurar o celular na bolsa para disfarçar o nervosismo.

Marina – É melhor ligar pra Carmem...

Franja (Sem graça) – Claro... Ligue...

Disca o número, a garota demora, mas atende.

Marina – Oi Carmem, te atrapalhei em alguma coisa?

Carmem – Não Marina, pode falar...

Marina – Queria saber se esta tudo bem...

Carmem (Tensa) – Tá sim... Não se preocupa comigo... Eu vou desligar agora porque estou com dor da cabeça tá? Tchau!!! – Nem espera Marina desistir e desliga.

Franja – Tá tudo bem com ela?

Marina – Estranho, ela desligou na minha cara...

Franja (Rindo) – Então tá ótima, ela sempre foi mal educada... Sabe que eu já até estava estranhando ela tão legal assim... Não combina com ela...

Marina (Também rindo) – Aí não fala assim, ela tá se esforçando... Tadinha...

Não sabiam, mas Carmem atendeu o celular com uma arma apontada para a cabeça e sob a ameaça de Moacir que garantiu que atirava se ela abrisse a boca pra tentar se salvar. Deixaram atender para que ficassem tranqüilizados e assim o plano de Diego seguir sem surpresas.

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Mônica retardou o quanto pode sua volta no quarteirão, ao chegar no lugar combinado com Cebola, Irene já tinha ido embora

Mônica – E então água de salsicha resolveu abrir a boca? – Curiosa. – O que ela te contou?

Cebola – Eu não posso te contar!!!

Começa a discutir, mais uma vez.

Mônica - QUE? Eu que te dei a dica dela, como você não pode me contar?! O que aconteceu Cebolinha???

Cebola – Já te disse que não vou te contar!!!

Mônica – Eu tenho o direito de saber o que aconteceu!!!

Cebola- Por que?! Não diz nada a respeito a você!!!

Mônica (Irada)– Eu não acredito que você não vai me contar!!!

Cebola – NÃO TE INTERESSA, EU NÃO VOU TE CONTAR!!! É UM SEGREDO MEU COM UMA AMIGA NÃO É FOFOCA DE REVISTA PRA FICAR NA BOCA DOS OUTROS NÃO!!!

Mônica –VOCÊ É UM BABACA CEBOLINHA!!! E EU SOU MAIS AINDA QUE ME PREOCUPO COM VOCÊ!!! SÓ QUE AGORA ACABOU, TO CANSADA DE NÃO RECEBER NADA EM TROCA!!!

Cebola – Do que você tá falando?

Mônica (Decidida)– DE GOSTAR DE QUEM GOSTA DE MIM!!! Cansei de correr atrás de um idiota crianção que só sabe olhar pro próprio umbigo!!!

Cebola – MÔNICA, ESPELA!!!

Antes que pudesse dizer alguma coisa a dentuça já corria sem rumo. Não correu, sabia que era bobagem. Sentou-se no banco, um tanto atordoado. Não foi surpresa a declaração de Mônica, sabia que um dia, mais cedo ou mais tarde ia acontecer. Só não esperava que a declaração seria seguida de um fora.

Caminhou até o Limoeiro pensativo. Não só na sua vida, mas na conversa reveladora que teve com Irene. Agora tudo parecia estar mais claro. Precisava falar com Cascão. Mas só passou na casa do sujinho tarde da noite, depois de ir á procura de uma pessoa de sua confiança que confirmava a teoria de Irene. Foi o próprio Cascão que atendeu.

Cascão (Frio) – Que é?

Cebola – Eu já sei de tudo que aconteceu...

Cascão (Com raiva) – Se sabe por que veio me procurar?!

Cebola – Porra Cascão, você não tá achando que eu espalhei tua história com a Maga por aí?! Você é meu melhor amigo... A Magali praticamente uma irmã mais nova... Eu não ia fazer isso!!!

Cascão – Eu confiava em você e graças a isso um segredo meu se espalhou!!!

Cebola – Eu tenho que te contar uma coisa...

Cascão – Velho será que você não entendeu que eu não to interessado em saber?! Meu dia foi horrível. A mina que eu quero acha que eu sou um mentiroso e eu descobri que o cara que eu mais considerava não passa de um fofoqueiro traidor!!!

Cebola – Cascão...

Cascão (Nervoso) – Saí da minha frente agora Cebolinha, antes que eu faça uma besteira!!!

Cebola (Insistente)– Você ainda vai se arrepender!!!

Cascão – Some daqui!!!

Cebola vira as costas irritado e Cascão lhe observa até sair do quintal. Antes de por o pé pra fora do gramado Cebola vira novamente e exclama irritado.

- Qualquer pessoa antes de ser condenada tem o direito de ser ouvida e vocês vão se arrepender de não me escutarem.

Em resposta o Sujinho bate a porta com raiva. Lembra-se de uma conversa com o Troca Letras.

Flashback