Do Princípio... escrita por Vany Myuki


Capítulo 63
Constatação


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiii minhas lindas, especiais e queridas leitoras *-*
Então, dessa vez não demorei tanto assim ^^
Achei que com as férias teria sossego mas resolveram não nos dar férias no curso de qualificação, ou seja, fiquei atolada em matéria, mas, agora que tá tudo tranquilo, eu estou aqui, com um capítulo novo, não sei se será da apreciação de todos, mas...veremos né?! ;D
Estou tentando atualizar minhas 4 fics, mas até agora só consegui um cap de Do Princípio e 2 cap de I need you...ever (estou correndo com esta pois estou em falta com a mesma ^^) Enfim, agradeço à todos vcs por tudo.
Espero q gostem, mil beijos!
Desculpem erros...



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P.O.V Autora

Glozelle estava inquieto enquanto observava a movimentação do lado de fora da cabana.

Ele sabia, na verdade cultivava a absoluta certeza, que Suzana não havia desconfiado de seus verdadeiros objetivos.

O episódio de minutos atrás, minutos estes que antecederam a conversa com Suzana, lhe invadiram a mente, causando uma enchurrada de lembranças contínuas...

Flashback:

Glozelle estava de guarda da cabana de Suzana, assim como ordenado por Mirraz, a quem ele via como um inimigo caso desrespeitasse ou ignorasse suas leis, porém, diferente do que ele imaginara que ocorreria, viu-se ser amordaçado e levado a força até o lado oposto do acampamento, encontrando lá, ninguém mais, ninguém menos do que o próprio e amedrontador Mirraz.

_O que significa isso?_perguntou assim que lhe destamparam a boca a pedido de Mirraz.

Glozelle, por mais que estivesse espantado com tudo aquilo, não pode deixar de sentir-se humilhado na frente dos demais soldados que o assistiam caído aos pés do Rei, as mãos presas firmemente, como se fosse um oponente perigoso e digno de arrastar-se junto ao solo.

Mirraz, que tinha um expressão furiosa, dispensou os demais ao seu redor com um aceno de cabeça, indicando, segundo parecia, que a conversa era particular.

_Direi o que significa tudo isso..._disse Mirraz acariciando o punho de sua espada presa à cintura.

Por mais que Glozelle soubesse o quanto Mirraz era um mau espadachim ele temeu a ira do Rei, pois o mesmo estava numa vantagem visível, podendo arrancar sua cabeça em apenas um golpe, um golpe de principiante devo ressaltar, mais ainda sim um golpe.

_Não estou entendendo meu Rei._disse como o bom seguidor que era.

Mirraz o olhou com tamanha fúria que fez Glozelle lamentar ter perguntado.

_Como ousa falar que nem imagina o motivo que me faz tomar a maior, e devo dizer, mais lamentável decisão de minha vida?_perguntou aos berros, sua expressão consumida pela vontade de matar.

Glozelle engoliu em seco, não entendendo nem um pouco o porquê da atitude do Rei.

_Desculpe meu Rei, eu realmente não sei..._Glozelle foi interrompido por uma bofetada certeira e dolorosa que o Rei lhe dera.

A dor em sua face era evidente, porém o orgulho e a humilhação transpassavam qualquer dor física que Glozelle poderia sentir no momento.

_Não sei como teve a audácia de trair-me, de jogar minha honra no lixo!_gritou histérico.

Glozelle ficou calado esperando o próximo passo do Rei.

_Eu poderia desconfiar de qualquer um, mas você passou dos limites ao deitar-se com minha esposa em minha própria cama!_sussurrou, certificando-se que nenhum soldado o estivesse escutando.

Glozelle, de imediato, ficou pasmo, a cor lhe sumira da face, e, por um breve instante, pensou na possibilidade de mentir, mas sabia que mais cedo ou mais tarde teria de enfrentar as consequências de seu passado, consequências essas que ele não se arrependia nenhum milímetro, pois Prunaprismia sempre fora e sempre será a mulher mais maravilhosa e especial que passara por sua vida.

Glozelle suspirou alto, sabia que afirmar tudo causaria sua morte instantânea, porém não queia mais adiar esse assunto, uma vez que preferia morrer a não viver ao lado de sua amada.

_É isto que deseja? Quer que eu esfregue a traição na sua cara? Pois muito bem._disse olhando com um sorriso debochado na direção de Mirraz, este parecia prestes a arrancar sua espada a qualquer momento e finalizar seu verdadeiro propósito._Eu fui o homem que Prunaprismia nunca teve! O homem que você não conseguiu ser, e que nunca será. Sabe por quê?_perguntou aproveitando o momento, mesmo que fosse o último, para saborear a humilhação que irradiava de Mirraz_Porque você é apenas um brinquedinho de luxo pra ela, um brinquedo que ela usa mas que não ama._finalizou alargando um sorriso vitorioso em seu rosto coberto por rugas perceptíveis.

Mirraz, imitando seu movimetou anterior, andou até Glozelle e estapeou-lhe não uma, mas sim três vezes, descontando a raiva por ser trocado por um qualquer.

Glozelle levantou a cabeça, não deixando-se abalar pelas bofetadas.

_É só isso? Acha mesmo que conseguirá reerguer sua honra com meros tapas?!_disse as gargalhadas._Você é patético Mirraz! Sempre foi! Se hoje você está no trono é porque eu lhe coloquei lá, você é incapaz de conseguir algo sozinho._disse sereno, sendo sincero até a última gota.

Mirraz, por mais que estivesse com vontade de mata-lo ali mesmo, controlava-se ao máximo, ouvindo tudo calado, deixando-o aproveitar seus últimos minutos de suposta vitória.

_Aliás, a prova de sua incapacidade é tanta que nem sua esposa conseguiu lhe suportar._falou sorrindo.

Mirraz, que até então apenas escutava, apressou-se em devolver a "gentileza" de Glozelle.

_Então acha isso mesmo não é?!_disse sarcástico, um sorriso pairava em seus labios.

No mesmo instante Glozelle comparou o sorriso com um de uma cobra, como se até o sibilar fosse notável.

_Tudo, sem exceção!_declarou um pouco abalado pelo sorriso irônico de Mirraz, imaginava que a essa altura já estaria morto.

Mirraz andou até perto de um tronco e apoiou-se ali, olhando para Glozelle com um sorriso fora do comum.

_Ótimo! Se é algo que admiro em você é a sua sinceridade, embora eu ache que não seja o momento oportuno para expressar esta._falou brincalhão, um tom que não combinava em nada com o momento.

_O que você quer?_perguntou o General, sabendo que essa atitude não era normal.

Mirraz riu, como se estivesse espantado com a percepção incomum de Glozelle.

_Que bom que você sabe que ainda não acabou. Afinal eu sou o Rei, eu dou as cartas e decido como prosseguir, não é mesmo?!_falou o olhando assustadoramente, como quem tem uma carta na manga.

Glozelle estreitou os olhos, o que mais ele queria e teria para falar antes de mata-lo de uma vez só?!

_Digamos..._começou Mirraz pausadamente_ que eu não vou desperdiçar um soldado tão valente quanto você, ainda mais sem utilizar de minhas façanhas para conseguir algo a mais.

_Você não terá nada de mim! Sabe Mirraz, eu posso muito bem morrer com dignidade, já que minha vida toda vivi sem a mesma._falou o General sinceramente, feliz por não ser mais comandado pelo poder persuasivo de Mirraz.

Mirraz riu sem graça, como se estivesse com pena de Glozelle, o que apenas levantava mais hipóteses de futuras armações do mesmo.

_Pode até ser que você queira redimir-se, porém acredito que seja algo impossível, uma vez que não só sua vida está em jogo._disse ele rindo.

Glozelle percebeu de quem Mirraz falava, e, consumido pelo nervosismo, perguntou desesperado, o coração doendo no peito por pensar na possibilidade.

_Você não mataria a mãe do seu filho, mataria?!_disse confiante, sabendo que Mirraz não seria capaz de tamanha brutalidade.

Mirraz arqueou seu semblante, fingindo pensar no assunto.

_Olha, até que é uma ideia bem formulada, porém não era dela que estava falando, se bem que sua alternativa vem a calhar._disse sorrindo, olhando o terror se dissipar e a incompreensão tomar lugar na expressão de Glozelle.

_Do que você está falando?_perguntou sem mais delongas.

Mirraz abandonou sua postura brincalhona e adotou uma de nojo enquanto falava as palavras que estavam entaladas em sua garganta.

_Do seu filho, General._o tom era, além de raivoso, triste, amargurado até.

Glozelle ficou sem fala a princípio, porém, quando as palavras do Rei começaram a fazer sentido, ele viu-se sorrir a constatação do que um dia fora sua grande dúvida.


 Glozelle acordou de suas lembranças quando Suzana, preparada para fugir, apareceu ao seu lado.

A culpa parecia pesar nos ombros do General, era um sentimento que jamais o mesmo tinha sentido, mas ainda assim fazia-se assustadoramente forte em seu interior.

_Pronto?_perguntou a garota, os olhos brilhando de felicidade.

Um rugido ecoou no ouvido de Glozelle, fazendo-o prisioneiro de sua própria culpa.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam?!
Comentários aquecem o coração, ainda mais nesse inverno ;D
Beijos!



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