P.O.V Autora

Lúcia, Suzana/Lilliandil e Natália estavam caminhando calmamente para onde estavam os demais.

Estavam pairando num silencio assombroso, até mesmo Lúcia, que era muito chegada em Suzana, estava calada, pensativa, assim como as outras.

_Bom, acho que estamos chegando._disse Natália, tentando quebrar o silencio.

Lúcia continuou calada, os olhos varrendo o chão.

_Sim, definitivamente chegamos, e eu queria pedir à vocês duas que se por acaso eu sair correndo do nada, me detenham!_disse Suzana severa.

Lúcia, finalmente, juntamente com Natália, encarou Suzana que ficou pálida em instantes.

_O que houve?_disse Lúcia se aproximando da garota e sustentando um pouco de seu peso.

Suzana suspirou estressada.

_É Lilliandil, ela está muito eufória, alguma coisa está fazendo com que ela pense que tem algo daquele lado_Suzana apontou para o acampamento_que lhe pertence, ela está animada com a descoberta do que quer que seja.

Suzana fez uma careta, logo em seguida uma nova onda de tremor a pegou de surpresa, deixando-a meio tonta.

Natália e Lúcia se entreolharam preocupadas.

_Lilliadil, dá para parar de machucar a Suzana? Sinceramente isso está virando um absurdo sem tamanho, o que for que tenha do outro lado não podera ser seu, porque, caso não tenha notado, você está presa aí dentro.

Suzana sorriu fracamente para Natália, ela estava muito pálida e tonta, a convivência com a alma de Lilliandil começava a lhe causar efeitos colaterais.

_Sem falar que você está prejudicando seu próprio corpo!_disse Lúcia com raiva, tentando fazer a cabeça da estrela.

A cor voltou ao rosto de Suzana, parecia que esse argumentou havia feito a estrela pensar melhor no assunto.

_Agora chega, eu espero que você se comporte, mantenha-se no oculto ou de nada o pacto terá adiantado.

Suzana arfou alto, seus olhos esbugalhados.

_Por favor, tente entender que eu estou no comando da situação, e isso está atingindo diretamente nos duas._disse Suzana em voz alta para a estrela.

Natália e Lúcia seguraram Suzana que pareceu relaxar o corpo, mais ainda sim não tinha muitas forças para manter-se em pé.

_O que foi?_perguntou Lúcia para Suzana.

Suzana riu, debochada.

_Digamos que ela não gosta de ganhar ordens._disse revirando os olhos.

Natália fez um barulho de indignação, mais não falou nada quando Lúcia a olhou repreendendo, afinal Lilliandil poderia se chatear com o comentário e iniciar mais uma sessão de tortura.

_Vamos!_disse Lúcia carregando, juntamente com Natália, o corpo de Lilliandil.

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P.O.V Natália

Finalmente chegamos no acampamento que Lúcia tanto havia comentado.

_Onde você se meteu Lúcia?_vi um homem se aproximar de onde estavámos com uma face de pura indignação.

Lúcia olhou-o e depois emergiu um som descontente.

_Esse é o Pedro, meu irmão mais do que convencido.

Eu ri para a garota, que pareceu simpatizar-se comigo também.

_Ele é gente boa, apesar de tudo, não é mesmo Lúcia?_perguntou Suzana, que estava parecendo mais corada e fortificada.

Lúcia riu e colocou as mãos nos quadris.

_Suzana é a namorada de Pedro, nunca verá ela falar uma coisa ruim dele, acredite, eu já tentei ver essa cena._Lúcia riu, enquanto Suzana se mantinha de pé, sozinha novamente.

Olhei para Suzana, ela parecia triste enquanto olhava a imagem de Pedro se direcionando para mais perto.

Ela viu meu olhar de compreensão e tentou sorrir, mais falhou na tentativa.

_Quero que me explique porque saiu daquele jeito._disse o tal Pedro, sua voz tinha um tom de comando natural.

Lúcia olhou para Suzana, como se pedisse ajuda com os olhos.

_Bom..., er..._Suzana começou, se perdendo um pouco nas palavras mais garantindo a atenção de Pedro para si_Lúcia queria conversar comigo, me desculpe por ter ouvido a conversa de vocês, não fora minha intenção..., desculpe de verdade, eu não queria ter que causar tanto mal entre vocês, mil perdões, não fora, definitivamente, minha intenção.

Pedro olhava Lilliandil com um misto de surpresa e interesse, como se ele conseguisse enchergar quem verdadeiramente estava pronunciando cada palavra da mesma.

Ele pigarreou e voltou a si.

_Não foi culpa sua, fique tranquila.

Ele tentou sorrir, mais como Suzana anteriormente, teve a mesma falha.

_Então..., _me intrometi na conversa, tentando acabar com a situação constrangedora_me chamo Natália, sou Guardiã de Lilliandil.

Estendi o braço para Pedro, ele pareceu notar minha presença e disse uniformemente:

_Prazer em conhece-la Natália.

Eu assenti, fingindo a mesma satisfação.

_Depois conversamos, preciso tratar de um assunto com os demais._disse Pedro, falando diretamnete com Lúcia.

A garota afirmou com a cabeça e voltou sua atenção para Lilliandil, enquanto Pedro, com um último cumprimento de cabeça em minha direção saiu.

_É impressão minha, ou loucura mesmo, ou ele está meio cabisbaixo?_perguntei, mais uma vez minha língua não se conteve antes que eu pudesse impedi-la.

Lúcia riu e respondeu sorridente.

_Tem alguém que não consegue esquecer uma certa pessoa._ela olhou para Suzana, está tinha lágrimas nos olhos e observava Pedro.

Suzana engoliu as lágrimas e olhou para Lúcia, essa afagou-lhe a face e piscou para a mesma.

_AI!_gritou Suzana.

Nos olhamos alarmadas para ela.

_Tudo bem, apenas Lilliandil, acho que ela não consegue ficar muito tempo quieta._Suzana riu e nos a acompanhamos nesta breve risada.

_Lúcia, estamos nos reunindo novamente, parece que Ripchip ficou sabendo de algo novo sobre Mirraz.

Antes mesmo que meus olhos pudessem olhar para a figura eu já sabia quem era.

Senti aquela mesma sensação de milhões de anos ocorrer em mim novamente, como uma chama queimando em ponto fraco e acendendo-se ardentemente em meu peito.

Era a voz dele, era a mesma aveludação e o conforto em cada palavra...

Eu sorri, tanto internamenmte quanto externamente, era ele eu, tinha certeza, mais ver ele, de uma certa forma, era algo que eu ansiava à anos.

Deixei que meus olhos virassem para onde ele permanecia parado.

Seus cabelos negros mantinham-se com o mesmo brilho de antes, estes imitavam a cor dos olhos tão impenetráveis, o sorriso presunçoso e brincalhão, a covinha de preocupação pendendo entre as sombrancelhas...

Era tudo igual, nada mudara, nunca mudaria...

Jhuliano, ou se preferir chama-lo de Kevin, Alexander, Thomás, Miguel..., eu mal conseguia me lembrar de seus outros nomes, faziam centenas de milhões de anos atrás que havíamos nos encontrado.

Eu sorri, o coração na mão, Jhuliano sempre tinha esse poder de deixar-me tonta e boba, era como se eu voltasse a ser uma pequena guardiã mortal, algo que há anos já não se revelava ser meu verdadeiro ser.

Meu sorriso, eu poderia apostar, que estava resplandecente, iluminado, simplesmente encantado com Jhuliano à minha frente.

_Tudo bem, estamos indo, Ed._disse Lúcia, tirando-me rapidamente da fascinação por Jhuliano.

Como sempre acontecia quando eu o encontrava de novo, eu fiquei curiosa por seu novo nome, e questionei-me o que ele seria de Lúcia para ela ter falado tão carinhosamente com ele, por um minuto tive medo que não fosse apenas uma amizade, e isso machucou-me cruelmente.

Como se nunca houvessemos nos visto, Jhuliano ou Ed, como Lúcia havia dito, saíu sem nem ao menos notar minha presença.

Eu suspirei fracamente, tentando não transparecer a faca que atingiu-me nessa hora, eu tinha que me conformar ou até mesmo me acostumar, mais era terrível fazer tal coisa.

Afinal, eu o amava e não havia coisa pior do que ver seu amor não lhe reconhecer, mesmo após anos terem se passado.

_Acho que temos uma reunião._disse Suzana começando a caminhar com Lúcia em seu encalce, eu assenti, feliz por elas não terem notado o que acontecera segundos atrás.

Comecei a segui-las com a marca em meu braço ardendo como fogo em brasa, mais naquela hora mal dei-lhe importância, era Jhuliano que ocupava minha mente e meu coração.